No Expresso de Hogwarts
Capítulo 1 - No Expresso de Hogwarts
- Hey, Potter!
James afrouxou os primeiros botões das vestes e virou-se. Seu olhar foi diretamente para Sirius, que corria ao seu encontro acenando a varinha. James riu, ao notar que dela saiam faíscas coloridas que explodiam em todos a volta. Alguns ainda reclamavam em bom som quando Sirius o alcançou.
James não sabia se era ou não brincadeira do amigo. Porém, pelo sorriso maroto em seus lábios, ele teve uma leve idéia.
- Pedi para o Aluado ir segurar um vagão. - Sirius indicou o trem com a cabeça.
James sorriu. O trem, aquele ano, iria realmente cheio para Hogwarts. Estava uma calor infernal, e as vestes estavam encomodando James.
- Puts, tá um calor aqui!
- É verdade, tanta gente! - Black murmurou, rindo.
- Acho melhor entrarmos. - James e Sirius caminharam até a porta. - Ou Remus sozinho não vai conseguir segurar o vagão todo.
Os dois entraram no trem. Era difícil passar pelos segundanistas e terçanistas que, animados, conversavam nos corredores.
Sirius era o mais agitado, empurrava os menores com as grandes mãos dizendo:
- Saiam da frente! Saiam da frente! Estamos passando com uma Serpente Verde da Babilônia aqui!
James ria e passava por entre as crianças assustadas com a serpente que Sirius conjurara e mantivera flutuando acima da cabeça.
- Boa, Almofadinhas. - James riu, enquanto abria a porta do penúltimo vagão onde Remus e Peter conversavam.
- Olá, Rabicho. - Sirius saudou, fechando a porta do vagão.
James foi logo se livrando da capa. Estava um inferno lá dentro que depois congelaria com as mudanças climáticas.
Aconhegou-se, com os pés no assento e conjurou uma garrafa de Whisky de Fogo e quatro copinhos, que pairaram em frente a cada um.
- Abre logo essa bosta, Pontas. - vibrou Black.
James gargalhou, enchendo o copo dele e do amigo. Para Rabicho, serviu até a metade, porque sabia que ele não gostava. Remus, no entanto, recusou:
- Se o Monitor pegar a gente com isso...
- A gente pega a cabeça do Malfoy e amassa a porta contra ela. - Sirius gargalhou, fazendo careta ao dar o primeiro gole.
- É sério! - ralhou Remus.
- Remus... Companheiro... - James disse acenando a varinha. - É um, dois... - a garrafa desapareceu. - E pronto. Oh, até parece magia!
Os marotos riram da piada. Todos os quatro estavam no sexto ano da escola e eram da casa Grifinória.
James estava justamente pensando nisso, quando Peter deu um risinho, que mais parecia um ganido, e murmurou:
- Olha quem está ali, Potter.
- Oh, é a prometida do Pontas. - alfinetou Sirius.
James corou e, zangado, encarou Remus:
- Você viu quem estava no vagão ao lado antes de segurar esse?!
- Eu não. - Remus defendeu-se, ofendido. - Black apenas disse para eu segurar o primeiro vagão vago!
- Agora a culpa do seu extresse é minha? - Sirius levantou, nervoso.
James, Sirius e Remus estavam com as varinhas em punho. Adorava e admiravam uma batalha bem travada e, muitas vezes, arrumavam pequenos motivos para praticarem.
- Ei... Quem é esse com ela? - Rabicho apontou.
Os três viraram os rostos e James foi o primeiro a se aproximar do vidro. Não podia ver bem, já que o vidro era meio opaco. Mas podia notar muito bem os cabelos ruivos de Evans e outra presença ao seu lado.
- Eu vou lá. - murmurou procurando algo em sua maleta de mão.
- Eu também quero ir! - disse Black, animado.
- Você não vem. - James tirou a Capa de Invisibilidade da bolsa.
- Por que não?!
- Porque crescemos e eu não quero ficar roçando em você. - disse James, com desgosto.
Black sentou-se, mal-humorado com os risos de Remus e Peter. James sumiu no ar e a porta da cabine se escancarou, logo fechando-se coma mesma intensidade.
- Você devia ter ido, Black. - comentou Remus, inocentemente. - Tenho a sensação que o Pontas vai quebrar o nariz do Ranhoso... de novo.
XxX
James controlava a respiração. Não queria que Snape nem Lily o ouvissem ali. Ele encostou-se na janela, assim como os dois, mas um pouco afastado de Evans. Ouvia atentamente:
- Eu sou sua amiga, Severus. Quero que entenda que ainda é só isso.
- Ainda. - repetiu Snape. - Isso quer dizer que...?
- Quem sabe? - Lily sorriu. - Se você continuar me convidando para sair.
- Claro. - Snape sorriu. - Podemos tomar uma Cerveja Amanteigada em Hogsmeade. Topa?
- Sim.
James assustou-se com a voz de Malfoy em alguns vagões a frente;
- Snape! Imprestável, precisamos de você!
- Eu tenho que ir. - murmurou para Evans. - Nos vemos.
Curvou-se sobre ela e, antes que James pudesse protestar, lhe deu um terno beijo na bochecha. James cerrou o punho e levantou-o, pronto para acertar em cheio a cabeça de Snape. Mas, dea lgum modo, Lily se projetou para entre os dois:
- Tchau!
Apenas quando Snape desapareceu em um vagão e Sirius saiu do seu próprio, desaparecendo no corredor, foi que Lily se mexeu, dizendo:
- Pode sair, Potter.
- Eu vou esmagar a cabeça dele, Evans! - explodiu James, revelando-se. - Esse Ranhoso vai ver o que merece! - só então James notou que Lily dava-lhe as costas. - Por que você não me dá chances igual você dá pra essezinho?
- Você ouve as coisas que você fala? - Lily parou e encarou James. - Porque realmente não parece.
- Por que? - ignorou o comentário de lily e cerrou os dentes.
- Simplesmente porque você é arrogante, mesquinho, egoísta e se aproveita dos mais fracos. - Lily sorriu com desdém. - Bingo, Potter. Conseguiu reunir as três características que eu menos gosto. - Lily deu as costas para ele novamente.
- E se eu conseguir te mostrar que não sou assim?
Lily parou, com a mão no puxador da porta. Ela encarou o chão, tristemente então respondeu a ele, entrando no vagão logo depois:
- Duvido muito que consiga.
XxX
- Chegou o Córneo Húngaro. - disse Remus, indicando a porta que se estilhaçava coma força que era aberta.
- Mas que bosta! - James resmungou, jogando-se no banco vazio. - Dá pra alguém limpar isso? - indicou os cacos de vidro da porta.
Peter se prontificou de primeira, acenando a curta varinha. No mesmo momento a porta estava nova em folha. Remus e James não estavam prestando atenção em Rabicho.
- Outra patada da Lily?
- Claro. - James bebeu o resto do Whisky de Fogo que tinha em seu copo. - Onde Almofadinhas se meteu?
- Foi comprar uns doces. - Remus deu de ombros.
- Por que apenas não conjurou? - James franziu a testa.
- Até parece que você não conhece o "doce" que Sirius quer.
James não pode deixar de rir enquanto Remus o reprovava.
XxX
Sirius caminhava, alguns sicles em seu bolso tintilavam. Agora que o trem estava em movimento, o corredor estava vazio e ele podia caminhar tranqüilamente. Avistou o carrinho de doces, mas não era nos doces que estava interessado.
- Uma Torta de Abóbora. - pediu Sirius a moça do carrinho.
- Oh, Black! - a moça sorriu.
- Judy! Nossa... nem percebi que era você! - mentiu Black, sorrindo por dentro. - Pensei que tinha ido trabalhar na Dedos de Mel.
- Eu fui. Mas ainda sirvo o Trem de Hogwarts. - a moça sorriu.
Sirius desde o quarto ano conhecia Judy do vagão de doces, e, em toda a ida ou volta de Hogwarts Sirius conseguia laçar a moça. Era algo perfeito para ele, já que apenas a via algumas vezes e não era nada formalizado.
- Bem... que tal v...
Black foi interrompido por um grupo de garotas. Uma delas era comum para ele, de modo que Sirius cruzou os braços e deu um sorriso falso:
- Olá, priminha Bela. Olá, Narcisa.
- Oi, priminho Sirius. - respondeu Belatriz, enojada.
- Oi, Sirius. - Narcisa disse, mais animada.
Sirius encarou a terceira menina. Essa não usava o uniforme da Sonserina, e sim da Corvinal. Tinha traços bonitos e finos. Era loira, apesar de ter olhos de um verde muito escuro. Black apenas sorriu a ela depois de um tempo:
- E não vão me apresentar sua amiga?
- Essa é Gabrielle Malfoy. É prima de Lúcio.
Sirius abriu mais o sorriso para tentar esconder seu desapontamento. A menina não lhe sorriu, apenas desviou seu olhar do olhar do maroto, meio envergonhada.
Belatriz pagou os doces e arrastou as amigas para longe de Sirius como se o mesmo tivesse pulgas. O que não era muito impossível.
Judy pigarreou, para tentar chamar a atenção do Maroto que se distraira com Gabrielle.
- Onde estávamos mesmo, Black?
- Ah é, toma. - Sirius empurrou um sicle para as mãos da moça e agarrou quatro Tortinhas de Abóbora. - Pode ficar com o troco!
Sirius correu em direção ao vagão dos Marotos, sem perceber que deixara Judy raivosa e frustrada atrás dele.
XxX
- Conheceu a prima do Lúcio, então? - Rabicho perguntou, mordiscando sua Torta de Abóbora como um roedor.
- Conheci. É bonitinha. - Almofadinhas, que já tinha engolindo sua Torta, estava de olho na de Pontas. - Se não quiser... ME DÁ!
- Pode comer. Só quero dormir. - Pontas passou o antebraço sobre os olhos e jogou a capa sobre si, agora estava com frio.
- O que... deu... nele? - Sirius perguntou, destruíndo e devorando a torta de James.
- Depressão pós-Lily. - esclareceu Aluado, lambendo os dedos.
- ME DEIXEM DORMIR!
- É, deixem a bela aqui dormir. - riu Sirius, cruzando as pernas e bocejando. - Faremos o mesmo.
- Bom sonhos, senhores. - Rabicho murmurou fechando os olhos.
- Pare de nos chamar assim, Rabicho. - disse Sirius, ligeiramente irritado.
- Tudo bem, Almofadinhas. - respondeu Peter.
Os Marotos adormeceram, menos Aluado. Aquela Torta de Abóbora lhe abrira o apetite, levantou-se e checou seu dinheiro. Iria comprar mais algumas.
XxX
Aluado encarava o céu quase escuro. Em pouco tempo chegariam a Hogwarts, mas daria para os Marotos tirarem um bom cochilo. Afinal, Aluado não sabia o que eles ficariam fazendo na noite de festa, portanto tinham que descançar agora.
A lua estava no céu, era Quarto Crescente. Ainda faltavam algumas noites para a chegada de sua inimiga. De qualquer modo, ele sentia a pele pinicar estando embaixo daquela luz. Escorregou para o escuro e, nesse movimento, tombrou em alguém.
- Ai... - disse a pessoa.
- Desculpe. - Remus disse, logo levantando a garota pela mão. - Lumus.
Sua varinha logo se acendeu, iluminando o rosto da tal garota. Remus não evitou de rir quando viu que o cabelo da garota ia de um verde musgo para um vermelho rubro.
- Que demais! - Remus deixou escapar.
- Ainda estou aprendendo a controlar. - disse a menina extrovertida, mudando a coloração dos cabelos para azul elétrico. - Legal, não?
- Consegue imitar um lobo? - Lupin disse, empolgado.
- Deixo tentar. - a garota apertou os olhos e seu nariz se modificou para algum tipo de focinho de cachorro pequeno, mas não de um lobo. - Vou praticar mais um pouco.
- Metamorfomaga, né? - Lupin sorriu. - Nunca soube que havia uma no sexto ano, ainda mais na Grifinória.
- Sexto? - a garota riu com gosto. - Sou terçanista.
- Está no terceiro ano?! - Remus pareceu bobo. - Realmente não parece. Essa é sua aparência original? - Lupin arregalou os olhos ao vê-la assentir. - Você é bem alta. Como se chama?
- Tonks.
- Sou Remus Lupin. É um prazer.
- Ah, a Lily me falou de você! Marotos, né?
Lupin sorriu, assentindo. Inflou o peito com orgulho, todos os conheciam.
- Então você conhece meu primo.
- Primo?
- Black. Sirius. - Tonks sorriu. - Na verdade ele é meu tio, assim como a Narcisa e a Bela. Mas minha mãe e eu fomos banidas da família Black. - deu de ombros, sem qualquer cuidado com o assunto.
- Ah... O Sirius também não é muito bem visto. - Aluado deu um sorriso amarelo.
- Bem... acho que eu vou chamar a Lily. Estamos chegando.
Era verdade, Hogwarts estava lá no horizonte, sendo banhada pelo lago. Lupin sorriu.
- Foi muito bom ter te conhecido.
- Idem. - Tonks acenou. - Até.
- Até.
Lupin ficou encostado encarando-a correr se uma forma desengonçada até a última cabine.
- Acho melhor ir chamar os Marotos. - encarou a varinha e murmurou. - Nox.
XxX
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N/A : Oi gente! Esse é o primeiro capitulo...
Posto mais quando alguém comentar...
E, uma coisa... A história da Tonks e do Lupin foi da minha cabeça mesmo, porque a Tonks é bem mais nova que ele.
Mas eu a coloquei pra ficar mais emocionante. =D
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