Chuva de Detenções



CAPÍTULO 9 – Chuva de Detenções

29 de outubro de 1996 – Terça feira

Harry se levantou tarde, tinha olheiras enormes. Não se lembrava exatamente de quando finalmente adormecer. Tampouco tivera sonhos. Parecia que seu corpo decidira sozinho que ele precisava de um descanso e ele simplesmente fora “desligado”.
Sua mente ainda não conseguia processar direito tudo que vira nos últimos dias.

Snape tinha sido a pessoa que contara a profecia à Voldemort

Sua madrinha era uma Viúva Negra.

Snape parecia ter sido amigo de sua mãe.

Acácia realmente queria ter ficado com Harry após a morte de seus pais.

Ela fez o possível para ajudá-lo, descobrindo uma espécie de cura para Remus Lupin.



Nada disso parecia fazer sentido algum.


Tonto de sono e do excesso de informação que rodeava sua mente ele se vestiu mecanicamente e foi silenciosamente para o Salão Principal onde ainda conseguiu pegar os restos do café da manhã. Seguiu desanimado para a aula de Poções, a segunda do dia. Tinha perdido Transfiguração... mas isso não parecia importar tanto agora.
Ele estava perdido.

Sabia muito bem que ver um lado mais sensível de Severus Snape lhe custaria muito. Adicionado ao fato que Snape saberia que fora ele que levara sua madrinha á loucura dizendo que Snape era o culpado pela morte de Lílian. Ele estaria em péssimos lençóis. E ainda estava atrasado para a aula dele.

Mal tinha entrado na sala e suas suspeitas se confirmaram.

Snape estava impassível à frente da classe e já havia mostrado no quadro a receita da Poção do Amparo, que deveriam realizar naquela aula. Sua figura estava abatida, mas nem por isso ele aparentava ter sido vítima de um atentado à sua vida. Harry pode notar que o braço esquerdo do professor estava dobrado dentro das vestes dele, de forma que os alunos não podiam visualizá-lo ou à atadura que deveria estar prendendo-o.

- Potter, parece que você se sente no direito de chegar atrasado às aulas. Isso seria péssimo de ser incentivado. Logo, DETENÇÃO. – Snape sustentava uma pose de quem dá o exemplo de boa conduta para a turma - Três vezes por semana durante um mês, começando hoje, logicamente. – sorriu maldosamente.

- Mas professor, temos treino de Quadribol! – Rony protestou!

- Remarque para quando a estrela do time puder jogar – disse com desdém. – E não me interrompa, senhor Weasley, menos cem pontos para Grifinória, pelo atraso do Sr. Potter e ciquenta pela impertinência do seu amigo Weasley. Agora mexam-se e façam essa poção se não quiserem ter o mesmo destino do sr. Potter, aqui.

Quando Snape começou a se movimentar, Harry reparou que o professor andava meio encurvado e mancando pela sala. Infelizmente os efeitos da noite anterior não foram só um sonho, como Harry queria. E as coisas não ficaram muito melhores mais tarde.

Pouco depois do intervalo, Harry sentiu alguém à suas costas. Virou-se para dar de cara com Dumbledore e tomou um belo susto.

“Pronto, Snape falou com ele sobre o que aconteceu e vai me culpar. Estou expulso!” pensou desesperado sem saber onde colocar as mãos nervosas.

Dumbledore não se alarmou com o susto do garoto diante de sua figura e aquiesceu com uma espécie de suspiro de entendimento. Ajeitando os oclinhos de meia-lua, ele observava o garoto com certa curiosidade. Seu tom foi perfeitamente cordial quando falou:

- Bom dia, Harry. Será que você gostaria de se juntar à mim em minha sala para um chá? Quem sabe um hidromel?

Harry olhou sem jeito o diretor e compreendeu que era um jeito sutil dele convocá-lo para uma conversa séria, e Harry já imaginava o porquê. Acompanhou o diretor até a gárgula. Dumbledore disse a senha e ambos entraram.

A respiração do rapaz falhava, a boca seca e um único pensamento na cabeça:

“Estou expulso!”


-Sente-se Harry. – ele esperou que o garoto se acomodasse ainda que o mesmo não conseguisse conter um ligeiro tremor nas pernas.

– Parece que, Acácia já o colocou a par da maldição que ela carrega, não é mesmo? -sorriu- E parece que você descobriu um pouco mais sobre sua mãe e suas amizades também, não é?


Harry acenou a cabeça afirmativamente, desanimado. Expulsão,era tudo em que conseguia pensar. À essa altura, suas malas já estariam sendo mandadas por Argo Filch para a casa dos tios maternos. Isso se não fosse pior ainda, e ele tivesse de ser obliviado para esquecer de tudo o que vira... Na verdade, uma mudança em suas recordações parecia um mínimo preço à pagar por toda a confusão que ele ocasionara no dia anterior.

Dumbledore se curvou um pouco para frente em sua cadeira, apoiando-se em seus cotovelos e sorria da aflição interna do jovem Potter:
- Se importa se eu lhe perguntar o que acha dela, quero dizer, sua madrinha?

Isso fora inusitado. “E a expulsão?” Seu cérebro deu uma estacada repentina, ele ouvira direito? Será que sua expulsão dependia da resposta que ele desse?
Harry demorou a responder. A verdade é que estava bem confuso sobre o que sentia em relação à madrinha. E que tentara não pensar muito no assunto.


- Bom...- Harry pensou mais um - ela é um tanto... instável. – o garoto tentou não parecer rude.

Dumbledore riu gostosamente com o comentário e recostou-se novamente no acento de sua poltrona parecendo relaxado.

-Vejo que está confuso então.- Alvo soou plácido. – Isso é um bom começo. – E sorriu. – Em breve você verá nela as qualidades que sua mãe distinguiu e que as tornaram boas amigas, mesmo minha Acácia sendo uma Sonserina. E sobre a maldição dela, rapaz, você sabe muito bem não é?

-Não devo contar a ninguém. – se conformou sem entusiasmo.

Dumbledore assentiu com a cabeça.
- Nem a seus amigos mais próximos, Harry. – e o mirou um momento com um olhar grave – Eu saberei se falar.

E assumindo outra vez a postura descontraída que sempre adotava nas situações mais bizarras, O diretor continuou:
- Mas, mudando de assunto, Harry, não te chamei aqui para falar sobre a prof. Waracnac.

- Não? – Agora sim, ele estava desconcertado.

- Bem, estive pensando desde nossa última conversa ano passado, e acho que as perdas que você sofreu nos últimos anos o tornaram, de certa forma, maduro para que você se prepare para cumprir a profecia e enfrentar seu inimigo. Não posso tentar protegê-lo sem correr o risco de reincidir no mesmo erro do ano passado.
O professor Lupin conversou comigo e me colocou a par de suas preocupações sobre Tom Servolo Riddle.Você precisa conhecê-lo, Harry! O primeiro passo para se perder uma guerra é subestimar o inimigo. O acontecido em Hogsmeade foi calculado por mim. Tinha de saber se você estava pronto. – o diretor sorriu.

Frente ao completo desarme do garoto, Albus Dumbledore completou
-A partir de hoje, você terá aulas particulares comigo.

Harry encolheu-se em sua cadeira. Como assim?

- Mas... professor...- ele começou tentando esconder a vergonha - Snape me pôs em detenção três vezes por semana durante um mês começando hoje. – foi tudo o que conseguiu dizer em meio ao estado de abestalhamento em que se encontrava.

Dumbledore fez um pequeno gesto com as mãos indicando que aquela preocupação do garoto era banal.
- Já conversei com Severus. Ele me cederá um dos dias. Hoje mesmo começaremos, o que acha? – Dumbledore parecia satisfeitíssimo. – Me encontre aqui na sala as oito da noite. A senha, você sabe, certo?

Harry acenou afirmativamente com a cabeça e se despediu do professor antes de deixar a sala. Ainda estava meio surpreso com tudo. Mas estava realmente muito contente e aliviado pelo fato de, dos 3 dias na semana que passaria em detenção, um deles não seria com Snape.



Saindo da diretoria percebeu que já estava na hora do almoço. Entrou apressadamente no Salão Principal e foi ter com Rony e Hermione.

-Oi Harry, onde você esteve? Quase não o vimos à manhã toda! – Hermione parecia preocupada. – Você lançou um Feitiço Imperturbável na cortinas de sua cama! Não conseguimos acordá-lo de forma alguma! Quase perdemos o horário da aula de Transfiguração!

-É – Rony completou - Só te vimos na aula do Snape. E você teve que chegar atrasado e pegar aquela detenção enorme... Cara, aquilo não foi justo Cento e cinqüenta pontos a menos pra Grifinória? O jogo é em duas semanas! Temos que ganhar de uma boa vantagem se não quisermos recuperar os pontos... E o time está uma bela porcaria! Desse jeito vamos perder pra Lufa-lufa. E ainda têm as reuniões da AD!!

-Realmente, parece que o Professor Snape está de marcação em cima de você, Harry. – e como Harry não se manifestou frente ao comentário de Hermione, a garota estranhou.

Ela esperava no mínimo uma saraivada de acusações sobre o professor, mas nada veio. Harry se limitou a abaixar os olhos e fitar os escalopes ao molho com curiosidade anormal. O olhar perspicaz da garota tornou-se grave, isso era um péssimo sinal - Você fez alguma coisa, Harry?

Harry olhou para o próprio prato emburrado.

-Fiz. – não conseguia falar mais nada à respeito.








Depois de quase dois minutos de pausa e um silêncio sepulcral enquanto Harry comia, Rony soltou:

- Vai falar ou quer que a gente use legilimens em você?

Harry meio que acordou do transe em que tinha entrado enquanto comia e respondeu:

- Eu... É culpa minha que ele esteja mancando e abatido.

-O quê? – Hermione assustou-se e sussurrou em tom de urgência para o amigo– O que você fez Harry! Enfrentar um professor! Você será expulso!

-Não o enfrentei... Não diretamente.- Precisava inventar alguma coisa, ou Hermione continuaria com as perguntas. Era desagradável ter que mentir à amiga, mas ele prometera a Dumbledore. Não podia mencionar a maldição da Madrinha. Ele lembrava perfeitamente o que acontecera a Lupin quando a noticia sobre sua maldição espalhou-se em Hogwarts. – Eu armei pra ele. Ele sabe, mas como ele não tem como provar que fui eu, me retaliou com a detenção.

- Cara, você não devia ter feito isso! – Rony estava indignado. – Agora ele tem justificativa pra fazer o que quiser com você! E, amigo, escreve o que eu digo: Pelo estado dele hoje, ele vai te fazer sofrer, e muito.

Mas alguém mais parecia estar escutando a conversa:
-Quem vai te fazer sofrer, Pottinho? O seu grande amor dramático? Que romântico! – e dizendo isso Draco piscava os olhos freneticamente fazendo beicinho. Cabble e Goyle inclinaram seus troncos para trás soltando gargalhadas histéricas.

Harry já estava irritado e mal humorado. Tudo o que ele precisava era de mais um idiota arrogante como Malfoy pra ter em quem descontar toda sua raiva e frustração reprimidas.

-É Draco... eu devia saber quando me apaixonei por você – ele disse com voz de riso – Eu sabia que você nunca entenderia o nosso amor – Harry levantou-se e começou a andar lentamente em direção à Draco que arregalou os olhos apavorado e começou a dar passos pra trás enquanto empunhava a varinha.

- Fique onde está Potter! Ou eu...

-Ou eu o quê??

Rony e Hermione olharam Harry sem entender, mas o garoto não se intimidou, foi andando em direção a Draco apontando-lhe a varinha e sorrindo para ele. Até que o sonserino sem olhar realmente antes de dar os passos para trás, deu um encontrão na mesa da Lufa-Lufa e caiu sentado sobre o prato principal do dia.

-Isso é pra você aprender, ô cara de fuinha, a não ficar escutando a conversa dos outros - Gritou Rony antes de exprimir uma sonora gargalhada da cara de desalento de Draco Malfoy.

Todas as mesas do Salão principal, incluindo a Sonserina emitiram sonoras gargalhadas. Hermione não deixou o fato passar despercebido e ,quando Harry se sentou novamente rindo do susto que passara em Malfoy, ela comentou:

-É... Parece que o Draco está perdendo sua popularidade. Ouvi dizer que a Sonserina esstá se dividindo por afinidades na guerra. Os filhos de Comensais estão sendo isolados.

- Bem feito para aquela doninha! Agora ela vai aprender que nem tudo é dinheiro e sangue-puro! – Rony enfatizou as duas últimas palavras.

Harry pareceu se lembrar de algo que devia ter mencionado com eles:
- Quando eu estava seguindo Waracnac, Lucius veio vê-la.

- Mas ele não estava preso?- Hermione espantou-se – Não foi noticiado nada em lugar algum sobre sua soltura!

- O Ministério abafou o caso – Rony ficou cabisbaixo – Papai disse que ele utilizou todos os seus contatos mais influentes para considerarem as acusações sobre ele como improcedentes e ele saiu livre, com a ficha impecável...

- Não acredito! Como ele conseguiu isso? Temos testemunhas visuais! –Harry estava espumando!

- Parece que Você-Sabe-Quem mexeu alguns pauzinhos. Sinceramente acho que a liberdade dos outros que estiveram presentes na batalha do Ministério é uma questão de tempo. – Rony terminou soturno.

- Precisamos treinar mais. Pena que não poderemos fazer a reunião da AD Hoje...

-Pena mesmo... Mas tenho aula com Dumbledore às oito... – Harry falou absorto nos pensamentos sobre a possível fuga de Azkaban que parecia armar-se perante seus olhos.

-Aula com Dumbledore? – Hermione questionou – achei que eram detenções com o Snape...

- Longa história, Mione. Depois eu explico... – disse e subiu correndo para o Salão Comunal, escovar os dentes e se preparar pras aulas da tarde.


A tarde passou sem maiores problemas e Harry ansiava o tempo todo pela noite. Finalmente, Harry se sentia de algum modo contente com os acontecimentos. Afinal, ele iria aprender coisas fantásticas, como aquelas que Dumbledore usou contra Voldemort no ano anterior, na luta no Ministério. Ele seria treinado para vencer o assassino de seus pais, pelo único bruxo que ele temia! Aí sim ele teria chance de enfrentá-lo em combate.

E, percebeu com pesar, já era hora de informar seus melhores amigos de sua tarefa futura.


***

Snape estava com ódio mortal de Harry Potter. Mais que já sentira por qualquer aluno ou colega, quase se equiparando o ódio que sentira por James Potter e Sirius Black na escola. Qualquer fantasma que por ventura atravessasse o corredor onde se situava o dormitório do professor se assustaria com tamanho alvoroço vindo de uma única porta. Os barulhos de estilhaços eram freqüentes.

- Maldito Potter!!! ARG! – e lançou um candelabro contra a parede.

-Igualzinho o pai! Faz de tudo pra me irritar! Pra me separar delas... – E pegou delicadamente um porta retrato onde se mexiam alegres as jovens Lílian Evans, Acácia Waracnac (que sorria timidamente com os olhos) e ele, Severus Snape. Ele se lembrava bem daquele dia, era uma de suas memórias favoritas.

Christmas at the Evans

INÍCIO DO FLASHBACK

Estavam no terceiro ano em Hogwarts. Lílian havia convidado ele e Acácia para passar o natal em sua casa. Snape não tinha nenhuma admiração por trouxas, por isso estava emburrado, e pensou mesmo em não ir, mas as duas garotas insistiram tanto que ele cedeu.

Passavam os dias nos arredores, brincando como crianças normais. Severus nunca tinha imaginado que a vida pudesse ser tão simples. Sem ter de se perturbar com seus pais, se não teriam se matado mutuamente. Ele realmente nunca acreditou que trouxas pudessem se dar bem com bruxos, odiava seu pai. Talvez fosse por isso que se espantou com a naturalidade com que os pais trouxas de Lílian tratavam a ela e seus amigos. A única pessoa que os rejeitava na casa era Petúnia, mas essa pediu para passar o natal na casa de uma amiga no momento que viu Snape cruzar a soleira da porta dos Evans. Snape sabia que ela o temia desde o dia em que este fez um galho de árvore cair sobre ela, mais 4 anos antes, e isso o fazia sorrir por dentro.

Ele fora recebido como uma ilustre visita e ceara tranquilamente junto das amigas e dos pais de Lílian. Os assuntos não perpassavam qualquer motivo de irritação para ele. Nada de Estatuto de Sigilo, apenas alunos convesando e lembrando de suas passagens favoritas da estada em Hogwarts naquele ano e os inúmeros planos para o ano seguinte.

E mesmo que tivesse dormido no sofá, enquanto Acácia e Lílian dividiam o quarto, ele nunca se lembrara de ser tão bem tratado. As meninas ficaram lhe fazendo companhia e conversando até a madrugada, quando finalmente se retiraram para seus aposentos. Fora o melhor Natal de sua vida. A sua melhor lembrança. E quando fechava os olhos ainda podia ouvir ao longe os ecos das risadas de Lílian após eles relembrarem pela milésima vez o ataque de Sírius e James que ele e Acácia tinham conseguido espelhar contra os autores e rendera aos dois marotos roupas de palhaços, cabelos coloridos e sapatos enormemente grandes.

Aquela foto foi tirada pela mãe de Evans enquanto os três garotos abriam seus presentes de Natal pela manhã do dia seguinte. Ele, que ganhara um kit de revelação mágica de fotos de Lílian, sugeriu que testassem nas fotos daquele filme. Como só lidariam com poções, não havia perigo de serem expulsos por usar magia. Eles usaram o porão da casa como laboratório.


FIM DO FLASHBACK

Severus olhava tristemente o rosto risonho de Lílian enquanto essa tirava um bisbilhoscópio do embrulho. Pouco depois espatifou o porta-retrato contra a parede também. Ela estava morta. E Acácia não havia lhe dirigido a palavra durante todo o dia.

Era tudo culpa de Harry Potter, da maldita profecia, daquela guerra insana. Culpa daquele idiota egoísta que queria a atenção de todos e parecia não suportar que a madrinha fosse amiga dele.

Ele faria Potter pagar, ah se faria.

***


Acácia estava em sua sala corrigindo tarefas, não jantara, não sentia fome. Ainda não conseguia olhar Severus nos olhos, o evitara durante todo o dia. Seu estranho controle sobre os próprios sentimentos, que ela parecia perceber como se estivessem fora dela, como se ela a observasse em terceira pessoa, dizia que ela se sentia um misto de zangada, envergonhada e culpada.

Zangada consigo mesma, por ter perdido o próprio controle, por ter acreditado em Harry quando ela sabia que o garoto só conhecia uma das versões da história. Ela quebrara uma de suas regras básicas!
Envergonhada e sentindo se exposta perante o garoto, que por culpa exclusiva dela tinha visto o verdadeiro monstro que ela era.
Culpada, pois quase tinha matado o único amigo real que lhe havia restado, pela segunda vez. Por ter desconfiado que talvez ele tivesse deliberadamente traído Lílian. Por ter esquecido quão profundos eram os sentimentos dele sobre Evans. Ele morreria por ela, se pudesse.

Sim, Acácia era uma das únicas pessoas que sabia da paixão adolescente que Severus Snape nutrira por Lílian Evans. Uma paixão solitária e idólatra que persistira após o casamento dela com Potter e transformara-se em veneração após a morte da amiga. E mais uma vez, Acácia se sentia culpada por não imaginar o sofrimento vivido por Snape desde então, a culpa que também o abatia e o feria tão fortemente. Ele certamente sentia-se responsável pela morte da única mulher que amara na vida.

Mas ela também via dentre seus sentimentos a raiva. Ela o tinha avisado. Desde a briga entre Severus e Lílian no quinto ano, Acácia tinha ficado dividida. Ela tomava conta de Lílian, para Severus. E tentava fazer com que Severus voltasse à razão, por Lílian. Mas ele só percebeu a burrada que fizera quando era tarde demais... Eles já haviam deixado Hogwarts e Lílian tinha aprendido a gostar de Thiago Potter. Justo Thiago, a quem Severus tanto odiava.


INÍCIO DO FLASHBACK

Outubro de 1979.

Ela estava em Godric’s Hollow, sua casa, arrumando as malas. Iria fazer uma entrevista na Bélgica no dia seguinte. Seu padrinho, Wulfrie, a tinha dado excelentes contatos por lá e ela esperava conseguir o patrocínio necessário para uma de suas primeiras pesquisas na qual vinha trabalhando por conta própria desde o sétimo ano em Hogwarts.

Como estivesse claro e ela quisesse se despedir da vila, resolveu dar um passeio pelas ruas dali. Não que fossem tempos tranqüilos. Um grupo denominado Comensais da Morte vinha cometendo atrocidades que se noticiava por todo o país. Mas qualquer um que se metesse com ela não sairia vivo pra contar a história.

Cruzou ruas desertas observando as últimas folhas outonais que abandonavam suas arvores. Somente ela e as folhas levadas pelo vento que transitavam pelas ruas àquela tarde. Ela já estava distante de casa. Virou uma esquina perto de uma sorveteria que jazia de portas cerradas.

Foi então que ela o viu. A figura sombria e deslocada daquele ambiente tranqüilo. Tudo naquele andar esguio e esquivo, o peso sobre aqueles ombros ossudos e menos desajeitados do que ela se lembrava.

Ele veio até ela de varinha em punho, apontando para Acácia. Ela se limitou a sacar sua varinha prateada e fazer o mesmo.

- O que faz aqui, Snape?-ela perguntou sem alteração na voz.

- Snape... – ele murmurou ressentido - então é assim que comprimenta seu velho amigo? Pelo sobrenome?

Ela não respondeu. Olhava-o com indiferença.
Ele recomeçeou.

- Procurava você. Mas obviamente não sei qual é a casa.- ele olhava ao redor dos quarteirões de Godric’s Hollow a esmo.

-Presumo que mesmo que soubesse, não a acharia. Você não é mais bem-vindo. – Ele estreitou os olhos ao ouvir aquelas palavras.

-Um Feitiço Fidelius?- ele perguntou como se falasse o óbvio e ela não reagiu. Era como se a pergunta não valesse a pena ser respondida, ou como se o interlocutor da mesma não fosse digno de se dirigir a palavra.

- Quer dizer que seu precioso Lorde procura por mim? – ela olhou fundo nos olhos dele – Ou será que mandou meu suposto amigo para me capturar?

Snape demorou a responder. Parecia contrariado e confuso.
-Eu vim em paz. – murmurou mal-humorado – Não delataria vocês.

A voz de Acácia se alterou um pouco com desprezo.

- Você tem uma lógica de pensamento muito estranha, Snape.

-Eu não vim falar da guerra, Waracnak. Queria conversar.

Acácia deu de ombros e continuou a caminhar como se nada tivesse cruzado seu caminho. Snape mudou a direção de seus passos de modo a andar à esquerda da moça. Demorou muito até que Snape dissesse a que veio.

- Potter. Lílian vai mesmo...

- Sim, Snape.- E ela parecia levemente nervosa ao pronunciar o nome dele - E agora não há nada mais que você possa fazer para mudar isso. – A face de Snape se contorceu em ódio. – deve ser em mais ou menos um mês, assim que eu voltar...

Snape estancou o passo:
- Por que LOGO O POTTER?

- Porque você foi suficientemente tolo pra escolher a sua preciosa tatuagem no braço esquerdo em lugar de sua amiga de infância. – Ela olhou de esgueira para o jovem adulto ao seu lado. - Você deixou o caminho livre para Potter se redimir aos olhos de Lílian e conquistar bem mais que a mera amizade dela. Se você a amasse mesmo, Snape, tinha se afastado desse grupo de preconceituosos e assassinos. – ela acrescentou ainda andando num tom de quem serve o chá das cinco.

- Não é algo que possa ser mudado...

Snape voltou a caminhar um pouco atrás de Waracnak, evitando olhá-la nos olhos.

- E você? Quando vai contar a verdade a Lupin?

-Quando a verdade não mais apresentar perigo para ele. - Ela respondeu em seu habitual tom asséptico.

Snape zombou:

- Ou seja, nunca.

A moça nada respondeu. Se limitou a baixar um pouco a cabeça enquanto caminhava, a varinha ainda em punho, discretamente escondida na manga da camisa.

O rapaz estancou o passo abaixo se uma arvore frondosa que já não tinha folhas. Todas elas estavam no chão onde ele pisava. Como se o pressentisse, Acácia também parou e se ficou para encará-lo.

-Vim também para avisá-la Acácia. ELE sabe sobre você. A cara de ódio que ele fez quando soube que alguém te resgatou... Ele tenta refazer seus passos, mas não teve sucesso. Desconfia que Dumbledore a tenha interceptado primeiro. A Inglaterra não é segura pra você.

Ela o olhou de relance voltando o tronco para frente.

- De que lado você está,
Severus?

-Do lado daquilo que me é caro, Acácia. Fuja.

Snape tocou de leve o ombro da amiga e Waracnak olhou para trás pouco antes de dar de ombros novamente. Snape parou de acompanhá-la e foi ficando para trás até desaparecer por entre as casas do povoado.


FIM DO FLASHBACK

Ela não o veria até sua volta à Hogwarts.

Acácia tomou uma decisão. Precisava fazer alguma coisa. Levantou-se de sua mesa e rumou para o quarto de Snape. Haviam coisas a serem ditas e escutadas. Quanto mais tarde, pior.

Não demorou a escutar os estilhaços que provinham da porta do quarto do professor.

Toc.toc.

Poucos segundos depois uma fresta da porta se abriu. Snape estava com uma cara que daria medo até aos alunos da Sonserina, quiçá até ao Barão Sangrento.

- Severus, pelo que posso me lembrar você não era afeito à festas noturnas no dormitório – Ela disse séria.

- Me deixa em paz, Waracnac. – Snape respondeu rudemente. – Diga, o que quer?

- Eu não vim falar da guerra que parece estar acontecendo aí dentro, Snape. Quero conversar.

Snape a lançou um típico olhar quarenta e três e, a contragosto, abriu o resto da porta do quarto num convite.

O quarto de Snape estava quase tão desfigurado quanto tinha estado na noite anterior. Acácia adentrou cautelosa para não pisar nos muitos cacos de diversos objetos que se amontoavam sobre o chão. Sentou-se sobre uma cadeira que ficava ao lado da escrivaninha logo após eliminar de cima dela os cacos que por ali estavam.

- Hum... vejo que gostou da minha sugestão de decoração... – ela disse percorrendo o aposento com os olhos.

Snape, que tinha a varinha na mão direita, fez um floreio rápido e disse estrondoso:

-Reparo! – Imediatamente todos os cacos espalhados pelo chão começaram a levitar e se agrupar de acordo com a procedência e em seguida, reconstruíam os objetos que haviam sido e voltaram a pousar placidamente sobre as prateleiras às quais pertenciam. E Snape virou-se novamente para Waracnak no seu tom seco de sempre:

– Você dizia?


***


Ele sinceramente odiava estar naquele estado. Encarava seu reflexo monstruoso na janela que barrava a chuva que varria a sede da Ordem da Fênix. Sua respiração embaçava parte do vidro e mal se via o que acontecia do lado de fora. Mas Remus Lupin não estava de maneira alguma interessado no que acontecia ao seu redor. Ele estava emaranhado em pensamentos.
A voz de Snape ainda ecoava em sua cabeça. Acácia não estava com ele, afinal. Mas isso não significava muita coisa. Ou talvez sim. Ela já o aceitara uma vez, apesar de sua maldição... E apesar de tudo ter dado errado ele não conseguia se desvencilhar dela, de suas lembranças e de todos os fatos que o faziam lembrar tão docemente daquele período de sua vida.

Ele notou a música trouxa que parecia vir da vitrola da casa ao lado. Ele reconheceu a voz, era um cantor de quem Lílian gostava muito. Seu nome era Sinatra.

I don't want you
But I hate to lose you
You've got me in between
The devil and the deep blue sea


Eu não te quero
Mas eu odeio te perder
Tu me tens encurralado entre
O demônio e o profundo mar azul


I forgive you
'Cause I can't forget you
You've got me in between
The devil and the deep blue sea


Eu te perdôo,
Pois não posso esquecer-te
Tu me tens encurralado entre
O demônio e o profundo mar azul


I ought to cross you off my list
But when you come a-knocking at my door
Fate seems to give my heart a twist
And I come running back for more


Eu devia te riscar da minha lista
Mas quando tu me bates à porta
Destino parece embaralhar meu coração
E eu vou correndo atrás de mais


I should hate you
But I guess I love you
You've got me in between
The devil and the deep blue sea


Eu devia odiar-te
Mas eu acho que te amo
Tu me tens encurralado entre
O demônio e o profundo mar azul


Aquela música, ele achara curioso pensar, se encaixava perfeitamente em seu relacionamento com Waracnac. Ele estava confuso... Valia realmente a pena começar tudo de novo? Será que ela o aceitaria outra vez? Será que ela realmente sentia alguma coisa por ele? E ela? Merecia ter que conviver com a aberração de seu ser?

Sorriu internamente... Se ele voltasse ao lado dela, jamais teria de se preocupar novamente com seu monstro interior. E ele se lembrava perfeitamente do efeito dele sobre ela.

INÍCIO DO FLASHBACK

“A reunião dos monitores tinha acabado. Lílian estranhamente tinha corrido na frente de Remus e fora para o salão Comunal da Grifinória. Acácia tinha ficado pra trás, havia muitos papéis e dados para catalogar e separar em arquivos a serem repassados a Filch, aos professores e ao diretor. E depois daquela semana tão surreal que os dois conviveram, parecia estranho a Remus que a garota não falasse nada e agisse como se a coisa mais natural do mundo fosse passar uma noite de lua cheia ao lado de um lobisomem.

– Olha, eu realmente não sei o que aconteceu esses dias. Nunca ninguém pode chegar tão perto de mim sem se ferir, Acácia. Nenhuma garota entenderia...

A adolescente virou-se para ele, como se acabasse de notá-lo ali. Remus estava corado, sem jeito e totalmente envergonhado. Ela percebia-o tentar pronunciar algumas palavras como se lutasse com elas. Todo o corpo do maroto participava da batalha: suas mãos se contorciam, seu peso era equilibrado cada hora em uma perna, sua boca estava seca e os olhos não fitavam a mesma coisa por mais de 3 segundos.

E quando ele fixava seus olhos nela, e ela respondia o olhar, ele voltava a desviá-los rapidamente. Quando as palavras finalmente saíram, ele mirava o chão:

- Essa última semana... Eu queria que isso fosse... definitivo, Acácia. - Ele olhava firmemente os próprios sapatos.

- Você quer que eu fique com você durante as suas crises?- Ela parecia descontraída enquanto constatava o fato. Não havia pena ou surpresa em sua voz, mas sim entendimento.

-Não é bem isso..- ele começou sentindo-se pior do que começara - Queria que você fosse ... fosse minha... minha Namorada. – e disse as últimas palavras de olhos fechados como se fosse para não ver o estrago que suas palavras poderiam causar a ela.

-Namorada? - Acácia parou de organizar os papeis ao seu lado e olhou diretamente para Remus com os olhos mais azuis que ele poderia se lembrar.

-Eu sei... bobagem minha perguntar. - E riu sem-graça enquanto ele se encaminhava é ante pé em direção à porta do vestíbulo ainda mirando o chão do meio da sala - Quem é que iria querer estar com um lobisomem? Esquece!

Ela pegou calmamente os papéis sobre a mesa com a mão direita e andou em direção à porta sem dizer palavra.

Ela não disse: “ Eu quero”.

Mas quando ele sentiu a mão dela procurando as dele, Remus Lupin se sentiu o rapaz mais feliz do universo.

E os dois deixaram a Sala de reunião dos monitores de mãos dadas.”


FIM DO FLASHBACK

A porta se abriu lentamente, tirando Lupin de suas lembranças

- Incomodo?

O lobo balançou a cabeça em negativa. Não gostava de ser visto naquele estado, mas não era a primeira vez que Tonks vinha vê-lo. Ela sempre tinha palavras positivas e engraçadas que não o permitiam ficar deprimido.

- E aí? Curtindo as suas férias forçadas?

O lobisomem respondeu com uma leve bufada de escárnio.

-Calma aí Remus, não é tão ruim. - Ela se assentou perto da mesa enquanto passava a mão desarrumando e sacudindo a água de seus cabelos rosa chiclete. - A gente precisa de um descanso e você tem isso uma vez por mês!

A segunda bufada do lobo parecia uma risada.

A moça empertigou-se na cadeira, como que para falar seriamente:

-Dumbledore quer que façamos turnos em Azkaban, reforçar a segurança... O ministério está tendo dificuldades em manter a prisão, uma vez que os dementadores desertaram por completo e estão atacando as pessoas normais... Você começa assim que se sentir melhor, OK?

O lobo fez que sim com a cabeça, mas já não escutava. Por um pequeno instante, Lupin se pegou desejando que fosse Waracnac que estivesse ali ao seu lado, conversando com ele, fazendo todo aquele pesadelo passar.


***
FIM do Capítulo 9

Bom...não vou fazer muitos comentários, mas vou me justificar um pouquinho. Esse capitulo é meio paradão, mas eu precisava sedimentar um pouco mais das relações pessoais antes de.... BOM, EU NÃO POSSO CONTAR!!! Fica para o próximo capítulo...

Dessa vez quase não teve “Heroi Potter”, mas sinceramente, o meu universo não gira em torno do umbigo dele...Snape tem razão ao dizer que ele se acha! E ele realmente mereceu as 12 detenções!! Deixar o Sev em ponto de miséria...

A música é “ Between the Devil em the deep Blue Sea” e é uma das minhas favoritas... desde o início da fic eu sabia que TINHA que por ela... e existem outras na minha lista.
A tradução literal seria “ Entre o demônio e o profundo mar Azul”. Esse é uma espécie de dito popular que em teoria teria tido uma base náutica. Explicando: Se você fosse um marinheiro em meio ao mar bravio, qual dos dois você escolheria? O demônio ou o fundo do mar?? Uma dúvida cruel onde não parece haver uma boa escolha...

E como eu ADORO a Tonks, ela voltará em breve!


COMO VOCÊS PODEM NOTAR, NÃO CONSEGUI TERMINAR AS IMAGENS.

A PRIMEIRA QUE VOCÊS ESCOLHERAM QUE É A FOTO DO NATAL PREFERIDO DO MORCEGUINHO ESTÁ RASCUNHADA, MAS EU AINDA NÃO TERMINEI O LÁPIS....

A SEGUNDA EU NEM COMECEI!! O.O

MAS DEPOIS QUE O Gabriel ameaçou vir atrás de mim, eu tive que dar um jeito. Eu prometi que postaria o capítulo até sexta e PALAVRA DE CHRONOLÓGICO NÃO VOLTA ATRÁS!( Afinal EU regulo o tempo! Huahuaauhauhaua)

POSTO AS IMAGENS ASSIM QUE TERMINAR!!!

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Resposta aos Comentários:
ANONIMO - Fico feliz pelo comentário e, mais feliz ainda porque vcê está achando a fic excelente! Gostaria muito de dar uma olhada nas suas fics, mas não consigo visualisar o nome do autor do Comentário. Comenta de novo e eu entro!! ^^

KIKAWICCA.- huahuahuahua. "Os Beijos da Acácia são inesquecíveis" "É uma vez só rsrsrsrsrsrs" - No caso do Sev foram duas... No caso do Remus... Bom... aí é outra história...
Voltamos com o Draco arrogante, mas parece que ele vê sua popularidade despencar e nenhuma piadinha contra o Potter poderá remediar isso... Dessa vez ou ele cresce ou...
E essa de "papai Malfoy cobrindo a merda que o filho fêz" é só fachada na minha opinião. Lucius precisa só de um bom pretexto pra fazer os esquemas dele...

Estimular comentários dos leitores anda difícil hoje em dia... Eu até colocaria algum NC pra "tentar a galera" mas não vou fazer, porque não está na hora de NCs por enquanto... Temos uma personagem que não consegue se relacionar com um moço sem o matar... isso definitivamente complica o "Triangulo" Eu até acho que tenho feito alguma coisa com as enquetes das ilustrações... Bom, convite pra comentar não falta...

Não... O Gabriel não me pegou... Mas eu tinha de mudar de esconderijo com tal frequência que resolvi postar logo... Eu gosto da Cortadora de Almas ,mas ainda não estou pronta para provar de sua lâmina... Então foi sem as imagens mesmo, MAS ELAS VIRÃO COM CERTEZA! Fico realmente contente que elas estejam sendo apreciadas... afinal, sou desenhista, não escritora... u_u

CLAUDIOMIR - Amansa o Gabriel que eu já postei... Só faltam as imagens!kkkkkk! Dessa vez temos mais do "lobinho" em monólogo! eu acho que adorei colocar ele nessa posição de não conseguir se exprimir... se coloca um pouco ao lado da impossibilidade da Acácia de sentir em primeira pessoa. E diz se não ficou muito cute a lembrança de como eles começaram o namoro!!! ^^ Adorei escrever isso!

GRAZIELLE- Obrigada por te lido a fic e ter comentado! Já estamos com MAIS e espero que continue gostando!!

GABRIELE BLACK - é... eu disse que aquela cena da revelação já estava escrita e que ela prometia, alguns capítulos atrás, lembra?? ^^ Mas ainda nem vimos muito as consequências que recairão sob os ombros do Harry, Afinal o Tio Dumbly fez o favor de atrapalhar tudo... AFF... quero que o Harry se arrependa AMARGAMENTE!!! huahuaauhauhauhauhau
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No Próximo Cap... Vocês vão AMAR O Título

1001 MANEIRAS DE IRRITAR HARRY POTTER

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