As Aparências Enganam
Nota da Autora: Não me matem por favor! tá dificil escrever... vou ter que pedir um tanto mais de paciência... Esse capítulo está com 10 paginas(ele todo) no momento e ainda preciso amarrar alguns acontecimentos pra que não comprometam minha linha narrativa... e tá PHODA de dedicar muito a isso nesses dias... dois estágios, uma facul, uma webcomic, uma animacao por fazer e dois seminarios pra planejar... Eu piro, já,já!!!
posto agora A parte 1, só pra vocês terem certeza de que FIC COMEÇADA NÃO SERÁ ABANDONADA!! DE FORMA ALGUMA!!!
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CAPÍTULO 6: As Aparências Enganam
Local desconhecido- dia anterior à noite
O rosto viperino e disforme de Lord Voldemort parecia sorrir com uma ternura repulsiva. Reunia-se com um grupo de aspirantes à comensais. Todos pareciam ansiar pela Marca Negra como forma de lealdade estampada em seu braço.
-Dumbledore nos fez um gentil convite, não seria cortês recusá-lo. –ele finalizou a explicação de seu plano de ataque à Hogsmeade.
-Milorde, mas tem certeza? É obviamente uma armadilha. – Rabicho guinchou a um canto do esconderijo.
- Cale-se , covarde! - O rosto de Vordemort se contorceu de prazer, suas vestes farfalhavam. Enquanto Rabicho parecia querer fundir-se à parede do aposento, O Lorde das Trevas virou-se para seus mais novos asseclas:
-E vocês irão mostrar o seu valor ao transpô-la sem serem detectados. Tem se mostrado servos valorosos. Vejamos se merecem receber a Marca em sua pele. Seus olhos vermelhos faiscavam.
Mas a duvida havia sido plantada. Logo um dos candidatos a comensais parecia muito incerto da missão que iriam encabeçar.
-E se por acaso, numa situação hipotética, Milorde, falharmos?
Voldemort mal se moveu ao lançar um Crucio no interlocutor da pergunta e ainda sorrindo afetadamente respondeu:
- Espero que não falhem. É uma missão relativamente fácil. Mas se forem suficientemente estúpidos para falharem terem de enfrentar a minha ira... Deixem esse presente a um dos docentes. – ele disse entregando uma caixinha lacrada a um deles. – Abram-na somente em caso de extrema necessidade.
-O que é? –disse um dos mais cobiçosos
- Algo que destruirá seu alvo. – disse sem se alongar - A única pessoa capaz de destruí-lo estará em segurança no castelo.
-Vão!
***
Sábado 10:20 Saída da Dervixes e Bangues
- Compramos tudo que precisamos? – Gina perguntou checando uma lista que Harry lhe entregara.
Harry assentiu com a cabeça. Neville e Luna carregavam as compras da Zonko`s onde compraram um bom estoque de fogos Dr. Filibusteiro já que o correio-coruja das Gemialidades podia demorar cerca de uma semana e meia pra chegar e eles queriam aproveitar alguns itens para treinar para o teste de aptidão que Waracnac estava planejando pra dali a 2 semanas.
Mal notaram um jovem de vinte e poucos anos que vinha virando a esquina para entrar na Rua principal do Vilarejo. Mas o fato de quase esbarrarem com ele os deixou um pouco mais atentos.
-Desculpe! – Disse Neville.
-Sem problemas! – ele respondeu sem emoção.
O jovem piscou para Neville e fez sinal de positivo com o dedo polegar e seguiu seu caminho pela rua principal sem maiores reações.
- Quem era aquele? – Luna o olhava como se tivesse visto um de seus tão famosos narguilés.
- Não faço idéia...- disse Neville, que não entendia o motivo daquilo.
- Acho que aquele era Lalau Shunpike... disse Harry estranhando – o trocador do
Noitibus.. Mas ele não conhece você Neville, ou conhece?
-Não... minha avó não acha o Noitibus um meio de transporte seguro...
-Pode ser alguém sob efeito da polissuco. – Disse Gina.
-Algum membro da Ordem, talvez?
- Ele faz poeira demais...- disse Luna.
Os quatro observaram o redor de Lalau Shunpike enquanto caminhava. Realmente, ele fazia poeira demais. Parecia até que estava acompanhado por mais 3 pessoas...
Gina franziu o cenho e puxou Harry pela manga.
-Isso não cheira bem. Vamos segui-lo!
***
Sábado 10:15 Avenida Principal perto da Zonko’s
Hermione e Rony se dirigiam à Zonko’s, mas logo viram uma pequena agitação vinda da porta dos fundos da loja. Rony reconheceu os cabelos dos irmãos mais velhos Fred e George como as duas figuras que estavam sendo expulsas da loja pela porta dos fundos.
Um dos irmãos empertigou-se e ajeitou as vestes.
-Arrogante! Viemos oferecer-lhe uma oportunidade de ouro em distribuir nossos produtos!
-É mesmo Fred... – o outro respondeu – podemos comprar a casa da frente e esmagá-lo com a concorrência.
Eles tinham dezenas de pacotes nos braços, parecia que tinham aproveitado a ocasião para trazer amostras de seus produtos para o dono da loja.
-Vocês também?- Rony se dirigiu aos irmãos contente de tê-los ali.
-Sim, Dumbledore nos mandou ajudar na segurança dos aluninhos!-George respondeu animado.
-E vocês estão ignorando as ordens e vindo tratar de negócios...- Hermione no seu tom reprovador não conseguia produzir nenhum efeito de consciência pesada nos gêmeos.
-Ahn... Hermione, fora de brincadeira, isso aqui está tão monótono como um jogo do Chudley Cannons! – Fred riu enquanto as orelhas de Rony ficavam cada vez mais vermelhas.
Enquanto Hermione esforçava-se sem sucesso para chamar os Gêmeos à realidade e eles zombavam de sua posição de monitora em tempo integral, Rony viu com curiosidade um grupinho de Sonserinos que estava entre a Zonko`s e a Dedosdemel. Notou um deles ser abordado por um jovem de vinte e poucos anos.
Pouco depois veio a explosão.
E as faíscas de feitiços sendo lançados. Os quatro olhavam espantados para a fonte do ruído e das luzes. Era pra lá que tinham que ir.
***
Sábado 10:30 Avenida Principal entre a DedosdeMel e a Zonko’s
- Olá! – disse Lalau de forma amigável à Blaise Zabini – Já faz tempo, não é?
- Do que você está falando?- Blaise o olhou de forma estranha. Nunca tinha visto ninguém semelhante ao sujeito cheio de acne pelo rosto. Obviamente estava sob efeito do Feitiço Confundus.
-Escute, tenho uma coisa pra você, disse ele retirando um embrulho do bolso. Mundungo Fletcher disse que você iria gostar. O tecido caiu um pouco revelando o que Harry (que estava seguindo Lalau despistadamente do outro lado da rua) reconheceu na hora como um dos pertences dos Black, que Sirius tinha insistido tanto para que jogassem fora.
O olhar de Blaise também tinha sido atraído pelo objeto, um camafeu particularmente bonito, feito de prata que parecia trançada sobre ela mesma. Mas antes que Blaise pudesse tocar o objeto, a varinha de Gina Weasley (que se encontrava do outro lado da rua acompanhada de Harry, Neville e Luna) foi mais rápida:
-Expeliarmus! – o tecido e o que tinha dentro voaram da mão de Lalau Shunpike e o camafeu pousou totalmente descoberto no chão. Bem a tempo de todos notarem o brilho azulado que caracteriza uma chave de portal.
- Expulso! – foi a vez de Harry. A chave de portal se explodiu num sonoro KABOOM.
O grupo de Sonserinos recuava, cada qual se protegendo com seu próprio feitiço escudo. Era óbvio que se tratava de uma armadilha. Mas por que quereriam seqüestrar Blaise Zabini?
Lalau parecia nervoso. Harry pensou como uma pessoa poderia se modificar tanto de uma hora pra outra. Segurava Blaise firmemente pelo punho como se fosse quebrar-lhe o braço. A outra mão empunhava a varinha diretamente para Gina:
-Ora, senhorita Parkinson, porque está com tanta inveja alheia? -ele disse quase insano- Agora não me resta escolha: Terei que optar pela segunda alternativa.
Pansy, que estava poucos metros atrás de Blaise se defendendo dos estilhaços com um feitiço escudo o olhou sem entender enquanto Gina sorria e apontava a varinha para Lalau:
-Largue ele seu covarde!
-Isso mesmo, largue ele! –Neville, Harry e Luna completavam o coro enquanto avançavam pra mais perto de Ginny. Não pareciam notar havia faíscas de feitiços ricocheteando ao redor deles.
-Não acredito que traiu seu sangue senhor Malfoy- Lalau agarrou Blaise Zabini e apontava a varinha diretamente para o pescoço dele – mais um passo e eu terei de testar quanto o Sr. Potter é importante pra você.
Um jorro de luz vermelha surgiu do nada e passou a poucos centímetros da Gina e Emilia Bustrode que se encontrava ao lado do grupo de sonserinos. A menina mal encarada também sacou sua varinha e disse em voz alta:
- Esse maluco não está sozinho! E lançou um jorro de luz púrpura de sua varinha, que acertou o nada e surpreendentemente o nada gemeu.
-Estão desiludidos!
Sonserinos , Grifinórios, Lufanos e Corvinais se juntavam à multidão que antes de mandar feitiços erguia escudos protetores contra o “nada” que soltava feitiços.
Instantes depois, atraídos pelo barulho e pelas faíscas vinham outros alunos. Hermione, Fred, George e Rony sacavam suas varinhas, mas foram impedidos por um “nada” que imobilizou Rony que sentia a ponta de uma varinha contra suas costas.
- Surpreendente, Crabble, você andaria com Weasleys? – a voz feroz falou em seu ouvido. – Diga, o que está acontecendo?
-Eu não sei! Eu não sei! – Rony respondeu desesperado ao sentir a ponta da varinha no vão entre duas de suas costelas.
Nesse instante o autor da voz feroz caiu com um feitiço lançado pela professora Sinistra que chegava com a professora Vector ao local.
- Homenum Revelio! – Acácia e Remus também vinham correndo na direção da turba desorientada.
Cerca de 20 homens encapuzados se revelaram como sendo os “nadas” que começaram a atacar os alunos. Minerva McGonagall erguera um grande escudo com o professor Flitwick e se encarregavam de evacuar os alunos mais novos que gritavam descontrolados.
Empurrando a todos até chegar na linha de frente, Waracnac e Lupin viram uma cena poucos imaginavam. As Professoras Sinistra e Vector lutavam com 5 comensais de uma só vez. Harry, Neville, Luna e Gina, lutavam ao lado de Emilia Bulstrode Pansy Parkinson e mais três Sonserinos contra mais 7 comensais entre eles Lalau Shunpike que mantinha Blaise Zabini desacordado como refém e tentava desesperadamente desaparatar, sem sucesso.
Ao redor, Olho-tonto segurava 2 vultos encapuzados que aparentavam muita agilidade. Já os gêmeos Weasley (que se mostraram vestidos com capas e luvas-escudo), Rony e Hermione esvaziavam os estoques de sacolas das Gemialidades disparando fogos e outras azarações nos outros 4 que restavam.
Bulstrode apertava o braço esquerdo um pouco ferido. Um dos atacantes mirava a varinha certeiramente para ela, no momento em que Remus disparou um escudo que englobou quase a totalidade do grupo de Sonserinos. Acácia apontou a varinha certeiramente no peito de um dos comensais que teimava em mandar jatos de luz verde na direção dos alunos. Imediatamente, sem nenhum som, o indivíduo de congelou, num bloco de gelo.
O comensal logo ao lado deste o olhou amedrontado. Acácia mirou nele, mas ele ergueu seu escudo a tempo, fazendo o novo feitiço ricochetear e ir em direção ao bloco de gelo.
Harry identificou o feitiço de sua madrinha no momento em que o bloco de gelo se desfez em pedaços, juntamente com seu habitante.
- Agora quero ver a Ordem da Fênix me acusar de covardia. –ela disse num tom audível somente para Lupin que estava a seu lado.
Lupin, ainda sorrindo, petrificou um dos comensais.
-Encarcerous!- Harry prendeu outro
Os Sonserinos, acuados em um canto também conseguiram prender pelo menos uns 3 comensais.
- Se vão lutar com a gente, por favor que VENHAM PRA VALER! – Gina acertou dois deles com um Feitiço Adesivo Permanente. Colados, um de barriga pro outro, os dois comensais mal conseguiam se manter em pé.
-Oppugno!- Hermione conjurou uma revoada de pássaros ferozes que atacou sem dó um deles.deixando o como uma massa disforme e ferida no chão da rua principal.
Olho-tonto soltava estupefaças em cada um dos comensais atormentados pelos membros da AD e pelos Sonserinos e logo em seguida quebrava suas varinhas.
Pouco depois só restava um apavorado Lalau Shunpike que tentava fugir segurando Blaise, mas se via cercado por alunos e professores de Hogwarts. Blaise, que tinha recuperado a consciência, se aproveitou do pavor de seu agressor e conseguiu se soltar aplicando uma eficiente cotovelada na têmpora de Shunpike.
Blaise corria em direção aos colegas e Lalau, em sua ultima cartada, pegou certa caixinha de madeira lacrada e a abriu com a varinha na direção de Blaise.
Acácia reconheceu o objeto. Não havia muito o que fazer. Ainda sim esperava ter força suficiente para suportar o que estava por vir. Instintivamente correu na direção do garoto e empurrou Blaise a tempo de ser atingida em seu lugar por um estranho pó negro que parecia vivo e entrava por cada orifício de seu corpo.
Caiu no chão de joelhos. Seus olhos ainda cruzaram com os de Remus, que corria em sua direção, antes de desfalecer.
Flashback------
- Que bela caixinha,Wulfrie! – ela passou o dedo pela rica ilustração do livro que ele lhe trouxera dessa vez - Pra que serve?
Ela sempre adorava quando ele vinha visitá-la. Suas histórias eram envolventes e cheias de reviravoltas. Tinha vezes que ele trazia objetos interessantes, que assobiavam e formavam nuvens de vapores coloridas. E isso era bem mais divertido que ser ensinada em casa pela Sra. Meade.
Ele se sentou na poltrona e a colocou no recosto de braço da mesma. Ela não devia ter mais de 9 anos.
-Curioso você se interessar justamente por essa caixinha, Acácia... Houve uma vez que ela causou muitos problemas a um antigo bruxo.
Ela olhou com curiosidade para ele, que vendo o interesse da pequena, começou a explicar-lhe:
- Minha pequena, vê a inscrição do lado de fora dessa bela caixinha?
A menina fez que sim com a cabeça. As letras eram douradas e davam a impressão de se mexerem ao longo da superfície da mesma.
-Aí está escrito "In anima hominis malum, et eum non liberabitur. Innocens non est,
condemnatio hominem exspectat." e isso é um antigo encantamento em latim que significa: “O homem tem a maldade em sua alma, e dela não se salvará. Não existe o inocente, a Condenação o aguarda”. O conteúdo desta caixa é um pozinho que parece vivo. Ele ataca e mata a pessoa atingida por ele. Para aqueles que assistem, parece uma morte calma, rápida e indolor. Porém, para quem sofre, é uma das mais terríveis e extensas Batalhas Mentais de todos os tempos.
A caixa contém o que a história bruxa chama de “O Promotor”
Acácia olhava para a ilustração espantada.
- O que é uma batalha mental Wulfrie?
- É uma luta que ocorre dentro de sua cabeça – Wulfrie apontava com os dedos longos e nodosos para a própria cabeça – É uma prova onde temos que desconfiar de nossas memórias, onde elas são usadas pra machucar você de verdade. Você tem alguma lembrança ruim, Acácia?
A menina se empertigou no braço do sofá e fez ares de pensadora.
-Teve a vez que a Sra. Meade teve que sair à noite e me deixou sozinha... – a garota baixou os olhos. – Eu tive medo. Choveu e algumas luzes estranhas apareceram. Queria que Wulfrie estivesse aqui... – A menina abraçou o senhor pelo pescoço, obviamente ainda com medo.
O senhor riu-se um pouco da lembrança de medo da menina. Algo assim tão simples só podia ser razão de medo para uma criança realmente. E ela precisaria urgentemente ser dona desse medo.
Ele virou-se para ela assim que ela pareceu mais calma.
- Na verdade, querida, me referia a lembranças ruins que você causou... Tudo bem – ele disse afagando os cabelos da garotinha – Quer ouvir a história de como o bruxo conseguiu sobreviver ao Promotor?
- Quero!! – a garota bateu palmas.
Fim do Flashback-------
***
- Acácia! – Remus chegou a tempo de amparar a queda de Waracnac, enquanto a massa de alunos que ainda não havia se retirado olhava horrorizada a figura inerte da professora de Defesa Contra as Artes das Trevas.
Enquanto isso Lalau Shunpike se aproveitou da confusão para sair correndo, seguido por Moody e que ia em seu encalço mandando feitiços e gritando impropérios, acompanhado de perto pelos Gêmeos Weasley.
Harry olhava a figura da madrinha como uma boneca de porcelana quebrada. Ela havia de algum jeito salvado Blaise. Por que Blaise? Ele fez menção de seguir em direção de Remus, mas se conteve, não havia nada para ele ali. Nenhuma emoção ou sentimento.
E se virando, seguiu em direção ao castelo.
***
Ela estava em casa. Ou em algum lugar muito parecido e ao mesmo tempo diferente de suas habitações infantis. Tudo parecia nublado, meio vaporoso, como realmente era a lembrança que ela guardava de tão antigamente. Nenhum som. Nem aquele de seus próprios passos, ou de sua respiração. As janelas mostravam-se escuras e por vezes clarões repentinos as iluminavam, como relâmpagos.
Como quando ficara sozinha e achara que ninguém a queria por perto. Por que razão a criariam sozinha? Ninguém se importava.
Mãe? Pai?
Tudo que ela conhecia era Wulfrie, a Sra. Meade e o campo. Ninguém numa extensão de quilômetros. E ela se sentia só sem nenhum deles por perto.
Foi quando viu uma sombra. Ela saia de debaixo da escada, como de um alçapão. E quando o próximo clarão se evidenciou, ela reconheceu a silhueta daquele que a apoiou por tanto tempo. Com outro clarão ela divisou seu rosto que trazia uma expressão desfigurada de morte e pavor enquanto ele seguia à seu encontro.
-Você... Você me matou. – a figura se aproximava dela e sussurrava como se lhe faltasse a voz, ou o fôlego.
O primeiro instinto de Acácia foi recuar. Sentia seu braços tremerem, mas não era de frio. Tinha que recuperar a quietude. Tinha que reagir. Seu segundo passo para trás a deparou com um abismo à suas costas. Ninguém sobreviveria à queda. Só havia um meio. Ser a senhora de si mesma. Controle. Sangue frio.
-Quase... – ela corrigiu a figura – quase matei você – e sorriu, como nunca poderia fazer na realidade - Você ainda estava bem vivo hoje pela manhã.
A figura fez um quê de desagrado e, de repente sua forma mudou até que ela reconhecesse novamente aquela silhueta e os olhos desapontados e cansados de seu mentor. Ele a tocou de leve no ombro, um toque que lhe gelava a espinha.
-Você é uma bomba relógio – ele sorriu – E não há nada que fosse possa fazer sobre isso. Porque acha que lhe criei só?
Ela respirou. Era verdade. E agora o abismo também estava à sua frente e aos seus lados. Não havia para onde ir.
-De certa forma isso soa divertido. Sempre gostei de suas histórias. Elas me prepararam bem. – ela pousou a mão direita sobre a figura falsa de Wulfrie.
A figura novamente se modificou. Quando a reconheceu novamente, seus joelhos fraquejaram. Por ele, ela escolhera o exílio. Por não suportar ver seu rosto desapontado toda vez que a via. Por não querer machucá-lo de novo, para poder compensá-lo...
Ele estava à suas costas, e ela sentia seus lábios sussurrarem em seu ouvido
-Você me enganou.
E por mais que doesse e parecesse que ela ia rasgar-se ao meio ela assentiu.
- Enganei. – uma lágrima seca rolou de seu olho.
Ele a abraçou por trás e novamente sussurrou doce em seu ouvido.
- Como posso confiar em você?
Outra sombra surgiu à sua frente. Seu protegido. A criança, o escolhido. E o rapaz repetia as palavras do home cujo abraço lhe queimava a carne.
-Como posso confiar em você?
Quanto mais as lágrimas irreais rolavam de sua alma mais ela compreendia e se lembrava da inscrição da caixa. O homem é mau por natureza.
-Não pode. – e riu compulsivamente – Nem eu posso.
As figuras desapareceram.
Assentando-se na beira do abismo Waracnac se recompôs e declarou à imensidão de nada que parecia rodeá-la:
-Eu sei quem é você, Promotor. Estou pronta para o meu julgamento.
O chão voltou sob seus pés. Estava em casa novamente. E havia uma figura confortavelmente assentada no sofá defronte à lareira que não emitia calor algum.
Paradoxal. Essa era a palavra que definia bem a verdadeira aparência do Promotor . Seu corpo era jovem, mas seus olhos pareciam ter milênios. Sua beleza era tanta, que agredia a visão de quem o contemplava. Suas vestes eram negras e seu ar de autoridade magistral impunha medo e culpa em qualquer mortal. Inclusive nela.
- Fico contente de encontrar alguém que saiba meu nome. Já faz tempo que não vejo isso acontecer.
Ela não se moveu.
Ele se levantou e a rodeou como se a examinasse.
-Então, está pronta para seu julgamento?
-Estou. – fechou os punhos bem junto ao corpo. Não podia enlouquecer. Não podia vacilar.
Ele parou à sua frente e a olhou fundo nos pretensos olhos:
- E você se declara inocente ou culpada?
- Culpada, meritíssimo. – sua voz tremeu.
- Culpada de quê?
- De destruir tudo e todos aqueles que me são caros. De matar um homem. De quase matar outro.
-Não alegará que está tentando redimir seus erros passados?
Ela olhava fundo nos olhos dele.
-Não. Nada que eu faça... não existe redenção.
- O que sentiu quanto matou aquele comensal?
- Prazer. Quis matá-lo.
- Ora, não vai me dizer que ele mereceu? Que foi por justa causa?
-Não existe justa causa.
-Então você compreende sua natureza maléfica. Que o inferno é sua derradeira morada? – ele parecia sorrir com o caminho que o interrogatório ia tomando.
- Tem razão, eu tenho uma natureza maléfica.-mesmo mantendo os punhos cerrados, sua mão tremia descontroladamente.
Ele riu e sussurrou em seu ouvido:
- Pobres aqueles que a amam.
- Sim, eu posso destruir todos que amo - e já não pode sustentar o olhar.
A mão dele passou de leve pela maçã do rosto de Acácia, como um consolo.
- É um peso muito grande.
Ela mirava o chão
- Sim. É.
-Você é um pesadelo para o mundo
- Eu sou um pesadelo para o mundo – suas mãos se abriram. Quando ela se deu conta, o Promotor depositou em suas mãos uma espécie de punhal ritualístico. Sua empunhadura como setas que machucavam ao segurar e sua lâmina ondulada e cravejada de pedras para causar mais dor e desespero ao ferido. Uma Adaga Sagrada.
Ele fechou as mãos dela sobre a empunhadura e direcionou a lâmina para o coração de Waracnac. Sua voz falava mansa e caridosa:
- Vamos, se redima, salve o mundo do seu ser desprezível. Se mate
Ela tomou o punhal, segurando-o com firmeza.
- Realmente, o mundo seria um lugar melhor sem a minha presença.
O Promotor inclinou-se sobre ela e depositou um beijo em sua fronte.
-Cumpra seu destino.
Ela riu.
-Então o mundo tende a piorar muito em breve.
A voz de Wulfrie ainda ecoava em sua cabeça quando ela forçou o punhal sagrado no peito do Promotor e ele rugia sem emitir som algum:
“O Promotor foi desenvolvido por bruxos das trevas há muitos séculos. Sua função era torturar exterminar os bruxos bons, fazendo-os ver em si mesmos a realização do mal que eles tão veementemente combatiam. Torturados com sua imagem maléfica, eles eram levados ao suicídio mental. A mente se fecha em si mesma e se recusa a comandar o corpo que morre. Aqueles que, por outro lado, abraçavam seu próprio malefício, eram acolhidos no centro das trevas.”
***
Em pouco menos de trinta segundos, a figura de Waracnac quase sem vida, estirada nos braços de Lupin estremeceu e começou a suar frio. A água que saia de todos os seus poros encharcou-lhe a vestimenta e, ao escorrer, tomou a forma de minúsculos graozinhos negros assim que as gotas tocavam o chão.
Em seguida, a temperatura corporal de Acácia subiu de tal forma que parecia expulsar o restante do liquido de seu corpo e de suas vestes de forma que ela ficou totalmente seca. Seguindo-se a isso, a nuvem de pó preto vivo seguiu na direção de seu propagador.
A pulsação de Acácia voltou ao normal e ela demorou poucos segundos para abrir os olhos.
- Você está bem?- Lupin se curvara sobre ela deitada no chão, coma as mãos no rosto como se estivesse limpando seus olhos de certo tipo de poeira.
-Estou ótima. – ela disse sem emoção enquanto se levantava– Quanto tempo fiquei desacordada?
-Não mais que dois minutos – Ele a olhou preocupado. - O que era aquilo, Acácia?
-Creio que não passava de uma variação barata Do Pó escurecedor Instantâneo do Peru . Ele conseguiu escapar?
-Ele correu assim que você caiu.
E ajudada a se levantar por Remus, caminharam onde o grupo de professores e membros da Ordem pareciam por fim à confusão.
Moody convocara Kingsley e Tonks com seu patrono para virem buscar os capturados. Profa.Sinistra andava entre os alunos conjurando Férulas e Episkeys para tratar os machucados mais leves. Somente uns 3 alunos tiveram que ser levados até Madame Pomfey para maiores cuidados.
Tonks e Kim se aproximaram de Remus e Acácia:
- Pegamos 18 deles. Nenhum possui a Marca Negra. Infelizmente não podemos atribuir esse ataque em especial a Você-Sabe-Quem. Não temos provas para forçar a declaração de uma Guerra.
-Não eram só um bando de arruaceiros...- Tonks falava decidida.
-Aspirantes... – Acácia deu de ombros – Provavelmente isso pra eles foi somente um teste.
-Disseram que havia 20 deles. E os outros 2? - Perguntou Kingsley
-O último fugiu depois que atacou Waracnac. – Moody chegou ao lado de Quim. - Ninguém conseguiu alcançá-lo até que ele chegasse a uma zona fora do escudo Anti-Desaparatação... Só achamos isso no meio do caminho, ele deve ter deixado cair, na pressa. – E estendeu a mão direita mostrando a caixinha com a inscrição “"In anima hominis malum, et eum non liberabitur. Innocens non est, condemnatio hominem exspectat."
Antes que algum deles pudesse dar uma real olhada no que estava ali escrito, Waracnac tomou sua varinha prateada e conjurou um lacre de cera negro que cobriu toda a caixa tampando sua abertura e inscrições.
Moody a encarou desconfiado. Assim como todos na roda.
- Entregue a Dumbledore. E não caiam na besteira de abrir.
- E o vigésimo atacante? – Tonks mudou o rumo da conversa
- O outro deve ser o do bloco de gelo. - disse Acácia.
Kingsley fez uma cara de desaprovação para Acácia.
- Os alunos disseram que foi você quem fez aquilo.
Acácia assentiu.
- Você pode responder a processo por assassinato, Waracnac.
Lupin se interpôs entre os 2.
-Kim, Acácia não fez de propósito, eu vi. O segundo feitiço tinha que acertar outro Comensal, mas seu escudo o fez ricochetear na direção do bloco. E esse comensal em questão só sabia lançar maldições Imperdoáveis.
Kingsley olhou Acácia com severidade. Ela respondeu o olhar à altura. Em seguida, ele e Tonks foram tomar os depoimentos dos outros.
Lupin se virou para Acácia, como se somente naquele momento aquela idéia passasse por sua cabeça.
- Você não calculou que seu feitiço seria ricocheteado por um escudo, calculou?
- A segurança dos alunos em primeiro lugar – ela respondeu – está no contrato de emprego.
- E aquela caixa contém bem mais do que “Pó Escurecedor instantâneo do Peru”! - ele pareceu nervoso. –Por Merlin Acácia, o que você está escondendo?
- Nada agradável, posso garantir.
E se virando sob olhar incrédulo de Lupin, foi atender um grupo de sonserinos que parecia um tanto desorientado, entre eles, estava Blaise Zabini, que parecia bastante abalado. Após dar diretrizes aos demais Acácia achou melhor acompanhá-lo à enfermaria para tomar algumas poções revigorantes e talvez alguns feitiços para animar.
Remus ainda aparentava preocupação pelo estado de Acácia, apesar dela não apresentar nenhum sintoma, não havia se convencido com a explicação que ela dera sobre o pretenso “Pó escurecedor”. Achou melhor acompanhá-la também até a enfermaria, caso ela precisasse de algo. Quim, Moody e Tonks já pareciam ter se imbuído de todos os afazeres burocráticos da questão e provavelmente Dumbledore faria uma reunião mais tarde com eles para fazer um balanço do ataque.
***
Fred, George, Rony, Hermione, Neville e Luna estavam juntos tratando seus arranhões e ajudando os alunos mais novos a regressarem ao castelo.
- Mas o que aconteceu disse Rony? Aquilo foi uma piada... Confundiram-me com Crabble!
- E posso jurar que me chamaram de Malfoy- completou Neville com desgosto.
Hermione ria enquanto acenava para a Prof. Vector que parecia recolher pequenas pulseiras de cada um dos professores e membros da ordem.
-Runas! - Ela disse como se explicasse a coisa mais óbvia do mundo.
“Os antigos povos usavam acreditavam que as Runas possuíam poderes mágicos que poderiam defendê-los de diversos males e os xamãs antigos entalhavam as runas nas embarcações, nas casas, colocavam runas nos leitos dos enfermos, invocando sua proteção, cura, ajuda, etc.
Durante muitos séculos, os Xamãs passavam aos seus iniciados o conhecimento das runas, preparando-os para que pudessem usar corretamente esta energia. Segundo os ensinamentos, cada runa está ligada a uma força determinada, havendo um poder específico em cada uma delas, por isso, devem ser usadas de forma correta para que os resultados sejam positivos e satisfatórios.
As runas são uma linguagem de magia que levam o ser à evolução interior, para o encontro de um bem maior e jamais poderão ser usadas como meio de comercialização ou charlatanismo porque sua linguagem traduz mensagens de divinação e não adivinhação.”
- Não entendi... – disse Neville, expressando em palavras as dúvidas de todos.
- Provavelmente a prof. Vector fez alguma combinação de Runas e Feitiços para proteger a cidade e mais especificamente os alunos. Eu chutaria o Feitiço da Miadura combinado com o Confundus e algumas Runas espalhadas pela cidade formando uma espécie de símbolo mágico. Se fosse um pentagrama, as mais aconselháveis seriam Ehwaz, Peorth, Dagaz, Nauthiz e Geibo.
-AHN? Os 5 responderam em coro.
- Ehwaz é uma runa referente à mercúrio e à mudança. Na astrologia, Mercúrio é um planeta de mudanças e o principal significado desta runa é "mudança para melhor". Essa mudança poderá diferir de jogo para jogo, mas essas alterações envolvem viagem, mudança de moradia ou trabalho, de cidade ou até de país. Para os povos primitivos germânicos o cavalo(símbolo da runa) era um animal sagrado, ligado ao culto solar e ao mundo dos deuses: eternidade, ventos, sol e movimento. O cavalo simboliza por seus atributos, força, energia, impetuosidade e vitalidade, que são associados a seus instintos de proteção em momentos de perigo.
Peorth no jogo está ligado à idéia de revelação de alguma coisa não anunciada anteriormente porque indica algo escondido que veio ao conhecimento. É um bom presságio. Pode também referir-se a um segredo que o consulente está tentando guardar, sentimentos, desejos, emoções contidas, podendo provocar o surgimento do nosso lado sombra, oculto. Esta runa tem ligação com o oculto e poderá revelar ocasionalmente que o consulente tem poderes mediúnicos. Com Peorth nada depende de nós e sua atuação acontece no mais profundo de nós mesmos.
Dagaz é um simbolo de crescimento, assim como o calor do Sol na primavera e no verão é responsável pelo crescimento das plantas. Como condutora de energia solar, Dagaz é responsável pelo desenvolvimento de projetos e crescimento de possibilidades tanto no plano material como no plano emocional, abrindo novas perspectivas no panorama dos obstáculos. O Nodo Norte é o símbolo do eclipse e o Sol, o símbolo da Luz. Dagaz portanto, encerra a conotação de "Luz depois da escuridão". Essa runa não apresenta aspectos negativos e as modificações consequentes das vibrações de Dagaz incidem principalmente em suas atitudes pessoais.
Nauthiz nos aconselha a paciência, a persistência e a precaução, ou seja, todas as qualidades que sugerem ação lenta e deliberada por um período relativamente longo. Os acontecimentos deverão se desenvolver por si próprios. Nauthiz dá origem a atrasos, repressão, limitação, opressão, aflição, doença ou saúde precária, podendo indicar falta de vitalidade, de dinheiro ou de recursos. Esta runa nos traz a lição dos limites, aqueles que nós mesmos nos impomos ou, em seu aspecto invertido, aqueles que atraímos para nós.
Geibo indica a união de duas forças opostas, de forma harmoniosa e equilibrada. Vênus é conhecido como o planeta do amor, mas também governa os envolvimentos de amizade. Isso reflete no símbolo Geibo, no qual duas linhas se cruzam parecendo oferecer apoio mútuo. Pode significar num jogo, união ou sociedade de algum tipo, negócios ou união de amor.
Dessa maneira, com essa combinação do Confundus com a proteção das runas, a união dos opostos e a mudança, creio que os comensais viram cada aluno de Hogwarts como se fosse o seu oposto. De Casas e atitudes opostas. Não é à toa que as cores dos brasões das Casas de Hogwarts são complementares. Grifinória, Vermelho é o oposto/ complementoo de Sonserina, Verde. Do Mesmo modo Corvinal, Azul é o oposto/complemento de Lufa-lufa, Amarelo.
-Mas e os professores? Como não foram confundidos também?
-Reparou nos cordões que a professora estava recolhendo dos professores e membros da Ordem?
- Esses daqui? Sacudiram os Gêmeos pequenas pulseiras de contas em seus braços direitos. Uma das pedras era maior e amarela, parecia feita de âmbar e tinham uma inscrição nelas
Elas traziam inscritas a Runa de Ansuz.
-Como eu pensava! A Runa de Ansuz é a runa portadora do conhecimento, da comunicação e de mensagens divinas. O seu significado tradicional é "Boca", implicando a palavra falada. Indica também a obtenção de sabedoria e conhecimento pelo consulente. Dessa forma eles eram portadores do conhecimento, da verdade, logo estavam imunes ao Confundus!
***
No caminho para a enfermaria, cruzaram com Potter e Gina, que voltavam de lá após acompanhar um aluno do segundo ano que na tentativa de ajudar na Batalha, havia se acertado com um Furunculus.
Potter ia virar o rosto no instante que divisou a figura de Waracnac, mas Blaise o chamou.
-Potter. – O sonserino deixou Lupin e Waracnac do outro lado do corredor e foi ao encontro do afilhado de Acácia.
De início houve um desconfortável mutismo que Zabini finalizou com um leve pigarro.
-Ahn... Aquilo era uma chave de portal, eu vi.Você salvou minha vida.
Harry olhava o sonserino como um alienígena ou coisa do gênero. Jamais esperara um gesto de gratidão por parte de qualquer um dos integrantes da Casa da Serpente. Por ele, todos deveriam a ser iguais ou piores que Malfoy.
-O que é isso... Fiz o que qualquer um faria. – ele disse embaraçado. Gina, a seu lado, sorria.
- Vocês Grifinórios são estranhos. Mas têm a minha gratidão – o garoto sorriu. – Podem contar comigo para o que precisar.
Gina se adiantou ao Harry sem palavras:
-Precisamos que nos ajude a acabar com esses tipos como os de hoje, que ameaçaram alunos independente de casas ou famílias.
Zabini anuiu e estendeu a mão a eles.
-Fechado
E os três apertaram as mãos mutuamente.
***
Na enfermaria, Acácia e Lupin cuidavam dos pequenos arranhões que resultaram o ataque enquanto Blaise era levado por Madame Pomfrey até um biombo em que pudesse descansar e se recuperar do susto.
- Severus estava errado.
-Como?
-Harry parece mais com Lílian do que ele próprio imagina. Será que ele percebeu que acabou de Selar uma trégua entre Grifinórios e Sonserinos?
- É verdade... Mas ele não faz idéia. Pena que não possamos incluir todos os sonserinos nessa “trégua”.
- Você esta mesmo bem?
- Nunca estive melhor. – mentiu.
- Por que fez aquilo, Acácia? Jogou-se na frente do menino. Pôs em risco sua vida. Sei que aquele “pó” é mais quer perigoso. – ela o encarou questionando – Você não mandaria para Dumbledore se não fosse, tampouco o lacraria com um Feitiço do Obscurecimento.
- Tem razão, só não quero preocupá-lo. Não posso consertar o passado, mas posso interferir no presente, Remus. Tenho alguns erros a redimir.
-Eu já a perdoei há muito tempo, Acácia.- ele a olhava inquisidor - Mas você ainda foge de mim.
- E vice-versa. – Ela disse com uma ironia quase imperceptível – Quando cheguei, você não suportou nem dividir a mesma mesa comigo.
-Achei que não me queria por perto. Tivemos muitos... desencontros.
-De início não queria... Achei que seria melhor, pros dois.
Ela realmente não sabia o momento em que seus olhos tinham se perdido nos de Lupin enquanto conversavam. Ou exatamente o porquê sua respiração ter se tornado levemente ofegante, ou será que era a dele?
Interessava?
-Waracnac! – Snape irrompeu a passos largos pela porta da enfermaria, o desagrado no rosto do mestre de poções era palpável - A Srta. Parkinson me disse que a encontraria aqui - Você está bem?
Lupin olhou para o lado, visivelmente irritado pela interrupção.
-Snape... Imagino por que não compareceu aos reforços durante a luta...
-Oh, parece que Lupin veio nos fazer companhia. – Ele sorriu sarcástico, destilando veneno como nunca - Tenho certeza que você garantiu a segurança de todos, Aluado.
- Ora ora... Creio que somos todos adultos aqui- Waracnac olhava os dois impassível. Apenas um leve arquear de sobrancelhas indicando desaprovação.
- Eu já vou Acácia. Espero vê-la em breve. – Lupin fez um breve aceno de cabeça para os dois e girou nos calcanhares deixando o aposento contrariado.
Acácia se viu a sós com Severus na enfermaria. Ele a olhou como se pedisse uma explicação. Waracnac deu de ombros. Foi então que ela falou e sua voz assumiu um leve tom de repreensão:
-Severo...
Snape, por sua vez, devolveu no mesmo tom, acrescido do cinismo característico, enquanto cruzava os braços:
- Foi ele quem começou...
E então ela levou a mão esquerda até a testa , como quem pensa, fechou os olhos e esboçou o que o mestre de poções julgou ser um sorriso.
- Obrigada, Sev... Ás vezes preciso que você me ajude recuperar o bom senso... – e respirou profundamente.
Fim do cap. 6
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Notas da autora:
Teorias da maldade inerente ao homem ao longo da história:
(384 a.C. - 322 a.C.).
Para a política, Aristóteles cita diversas boas formas de estado: democracia, monarquia, citando suas vantagens e defeitos, mas a melhor seria a aristocracia. Valoriza a liberdade individual e a privacidade, que devem estar acima do poder social (ao contrário de Platão) . Não acredita numa Utopia, porque a maldade é inerente à alma humana.
(300 a.C – 230 a.C)
Hsun-tzu,discípulo confucionista defende a teoria da maldade inata. Segundo ele, o homem é mau e indisciplinado por natureza e somente as regras e leis podem possibilitar a vida social.
(1588 d.C – 1679 d.C)
O que Thomas Hobbes (filósofo iluminista) chamou de “Estado de natureza do homem”: para ele o homem tem a tendência à maldade. Como consta no Leviatã: “homo homini lupin est” ou O homem é o lobo do homem.
(1844 d.C - 1900 d.C)
O pensamento de Nietzsche está todo baseado na idéia de que o mundo é um caos, o homem é mal por natureza, o mundo vive um estado de decadência por causa das religiões monoteístas – principalmente o cristianismo que domesticou o homem-, de que existem aqueles que são predestinados a serem governantes e uma maioria governada: teoria do super-homem, e de que, devido à infinidade do mundo, as mesmas situações podem se repetir: teoria do eterno retorno.
Informações sobre Runas retiradas do site: http://www.circulosagrado.com/cs/magia/runas/significados.php e http://www.culturabrasil.pro.br/runas.htm
Tá... esse capítulo foi super difícil e tive que postar de 2 partes... Mas ta aí! 17 páginas de texto, quem diria! Agradeço desde já todos os comentários e a paciência dos leitores! Agradeço especialmente ao Claudiomir pela dica de como postar imagens, e como vêem agora temos uma bela aquarela feita por “moi” do momento Remus x Acácia do capítulo 5!!! Huahuahua
Aproveitei também pra postar um mapa de Hogsmeade encontrado no Hp lexicon pra vocês terem uma idéia da localização geográfica da batalha (planejar isso me deu uma dor de cabeças danada!!)
Gostaram do Promotor?Queria que ele fosse como o Desejo do Sandman como ilustrado pelo Milo Manara em “Endless Nights”, só que mais sóbrio (o Desejo é muito espoleta). Será que cada um de nós é tão inocente quanto quer se mostrar? Ele tem certeza que não... E o perigo é que ele pode te convencer. A pergunta é: você pode conviver com isso? A Acácia pode!
"In anima hominis malum, et eum non liberabitur. Innocens non est,
condemnatio hominem exspectat."
A inscrição em Latim foi traduzida e corrigida pelo meu editor de latim de plantão, Archimagus. Devo à ele um baita agradecimento!!! Valeu mesmo irmão de alma!! ^_^
E o Harry, quem diria, fazendo Aliança com os Sonserinos!Tio Dumby e suas cordinhas mágicas... Tramando tudo nas sombras...aiaiai.
Snape x Acácia x Lupin – Tadinho, até o Lupin ficou nervoso agora...
Quem diabos é Wulfrie? O.o – aceito palpites
Resposta aos comentários
radiowhore – OBA Leitora nova!! Seja muito bem vinda! Estou tentando não demorar com os posts, mas é difícil... mas vai dar tudo certo no final!
Aя†emis Bla¢k – Pra todos os interessados, dêem uma passada no Zine do Artemis [www.floreiosonline.vai.la] O visual é bem legal e o conteúdo do site promete! Além de ser um espaço legal pro encontro e troca de figurinhas com os autores da FeB! Já está nos meus favoritos!
Claudiomir José Canan parece que o plano do Dumby de dissuadir os sonserinos deu uma chacoalhada na escola, né?? E a Acácia não tem dó de comensal não. Acho que ela ainda está injuriada de ter ficado de fora da primeira guerra enquanto era chamada de covarde... Quanto ao Blaise, acho que a Hermione respondeu suas perguntas, não? Casas e atitudes opostas! Os idiotas viam ele como o Potter!hahaha e o Neville como o Malfoy...
Gabriele Black Postei!! E tirei algumas dúvidas! Hehehe Espero que tenha gostado! E agora quero que vc poste a sua Tb!!! Tô loca pra ver o que acontecerá com a Chris e aquela bendita aposta!
Agradecimentos
Aos leitores, pela atenção!
Aos que comentam e me fazem felizes ao saber que não sou só eu que ligo pra essa fic!!!
Às minhas queridas amigas que me enchem há 3 anos pra eu por essa bendita fic no papel – Yayá, Aruka e Blackberry - e que ainda não tiveram tempo para lê-la, poque tempo está difícil é pra todo mundo!
Ao meu tradutor de latim da plantão! Archimagus!
Beijocas e até o Proximo Capítulo!
CAPÍTULO 7: Habilidades Básicas e Lendárias
E não é que a “tia” Waracnac vai MESMO dar aquela prova??
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