A Descoberta



Já era tarde, todas as colegas de quarto de Sophie já haviam ido para o dormitório e estavam todas deitadas, para não atrapalhá-las Sophie decidiu descer para o Salão comunal, estava juntando seus papéis, penas, tinteiros e os livros quando um tinteiro caiu dentro de seu malão, ela foi pegá-lo, que bom que ele ainda estava lacrado, quando viu um embrulho de papel pardo no fundo de seu malão, embaixo das roupas que ela ainda não tinha usado, pegou o tinteiro e o embrulho e saiu correndo para o Salão Comunal.

Ela olhou rapidamente para ver se tinha alguém no salão, mas não tinha ninguém, estava tarde e todos deviam estar nos seus quartos. Sentou na poltrona em frente a lareira, aonde estava mais quente e viu sua gata descer um pouco depois dela e se aconchegar na poltrona do lado de Sophie.

Ela fitava a letra de seu pai no embrulho e se perguntava o que seria aquilo.

Abriu o embrulho com cuidado e achou uma carta e logo embaixo havia uma bolsinha e um tecido que quando Sophie o tocou parecia feito de fios de água, era leve e quando ela o levantou e colocou sua mão por baixo viu que sua mão desaparecia quando tocava aquele tecido. Ela prestava atenção nos barulhos e se estava vindo alguém.

Segurou a carta e a abriu lentamente, até ver a caligrafia de seu pai aparecer em um pergaminho, seu coração batia rápido.


Para Sophie e Nicholas.

O conteúdo desse pacote é muito importante para mim, mas não sei se vocês irão precisar um dia, mas resolvi lhes entregar também, pois quero que os dois de protejam e esses objetos são de grande valor para mim.

Nesse pacote tem uma capa da invisibilidade autêntica, era de meu pai e Dumbledore deu-a para mim, uma bolsa de pele de Briba, que só o Dono pega seus pertences e nenhuma outra pessoa os encontra, ou seja, quem tocar primeiro na bolsa ela será sua, dentro da bolsa tem um pomo de ouro, que eu resolvi deixar com vocês para vocês se lembrarem de mim quando o olharem ou para dar sorte antes do jogo.

A Capa vocês dividirão igualmente, quando um quiser usá-la, o outro terá que emprestá-la, independente da ocasião, vocês são irmãos e eu espero que entendam minha decisão.
Com muito amor e carinho,
Papai.



Sophie ainda olhava para a carta do pai e segurava a bolsa de pele de Briba, quando ela abriu a bolsa viu o pomo de ouro, o pegou e ficou analisando, ele estava velho e empoeirado, tentou limpar, mas não conseguiu, só distinguiu uma palavra, ‘Abra-me’, ‘Como?’, Ela se perguntava mentalmente, ficou um bom tempo olhando fixamente para o pomo, até que se lembrou do feitiço e continuou sua busca.

Deixou o pequeno livro para o fim, tinha pego escondido da bibliotecária e sabia que ela não iria sentir falta, pois ele estava jogado de qualquer jeito e não tinha o carimbo da Biblioteca. Em quase todos os livros que falavam sobre proteção diziam sobre o feitiço, mas nada sobre como desfazê-lo, alguns diziam que depois de um tempo indeterminado ele acabava, ela queria agora.

Já estava com uma pilha de livros ao lado de sua poltrona e colocou outro lá, devia estar tarde, mas ela não queria saber do tempo, amanhã ela teria tempo para dormir, pego o pequeno livro com carinho e se perguntou por quê ele foi esquecido na Zona restrita. O Abriu e começou a ver as páginas antigas com alguns feitiços em outras línguas, em todos os feitiços havia pequenas ilustrações de seus efeitos e de como usar os feitiços.

Sophie havia tido algumas conversas com Scorpios por bilhetes e pediu todos os detalhes do feitiço, como foi o movimento que ela usou, já que o Nome ela não tinha dito, enquanto folheava as páginas em busca de algo parou em uma que era muito parecida.

Seu nome era Lattice Barrier, e ele fazia uma barreira entre o seu objeto e outro, podia ser defeito com uma poção complicada, mas que era feita em uma hora, a poção não tinha nome e era escrita a mão, o que deixava o livro estranho, queria pesquisar sobre os ingredientes e se algum era perigoso, não ia deixar que Scorpios tomasse algo venenoso ou que fosse prejudicá-lo.

Guardou o livro dentro da bolsinha de pele de Briba e a colocou no pescoço, estava subindo sorrateiras as escadas quando foi parada por um vulto.


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