Bônus

NOTA DA AUTORA

Eu não costumo colocar a nota no início dos capítulos, mas nesse caso achei necessário.

Em primeiro lugar mil desculpas pela demora, acho que muita gente nem esperava mais que eu postasse o bônus, alguns com certeza nem se lembravam disso. O problema é que eu queria escrever alguma coisa do ponto de vista do Ryan, e, sinceramente, escrever sob o ponto de vista de uma criança é mais difícil do que eu pensava e o bônus acabou ficando mais parecido com um epílogo do que com um bônus propriamente dito

Vocês vão notar também, na parte do Ryan, que existem alguns errinhos de português. Eu sou muito chata com isso, mas parti do pressuposto que uma criança nunca escreveria num português cem por cento correto, então relevem ok

Finalizando, eu só tenho que agradecer a todo mundo que leu a fic, que comentou, favoritou, etc e tal. Foi um grande prazer pra mim compartilhar essa história com vocês.

Por enquanto, estou postando apenas H/G (quem gosta sinta-se a vontade para ler e deixar uma palavrinha... ) Mas pra quem gosta de Draco/Hermione, estou escrevendo mais duas fics que pretendo começar a postar em breve. Uma delas é a quinta parte de "a vida é feita de escolhas". Quem ainda não conhece a série, pode aproveitar pra ler as partes que já estão postadas antes da quinta parte chegar...

Bjos e boa leitura

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Oi! Meu nome é Ryan e este é meu primeiro diário. Na verdade eu nem sabia direito o que era isso, mas ontem eu perguntei pra minha mãe porque ela escrevia tanto e ela me disse que escrevia um diário e que isso fazia ela se sentir bem. Então eu resolvi que também queria escrever um!

Aí eu vi que tinha um problema, eu não sei direito o que a gente tem que escrever aqui, então eu perguntei pra minha mãe de novo. Ela riu e disse que isso varia de acordo com cada um, aí eu perguntei o que ela escrevia e ela ficou calada durante um tempão, parecia que ela não estava lá. Eu achei que ela ficou um pouco triste, mas depois ela sorriu de novo e disse que escrevia as coisas que aconteceram com ela, escrevia o que estava sentindo. Minha mãe falou que era como se estivesse conversando com um amigo, aí eu falei que queria escrever também e perguntei como começar. Ela pensou um pouco e disse que eu poderia me apresentar, falar um pouco de mim e contar alguma coisa que eu tivesse vontade

Bem então vamos lá, eu vou me apresentar. Meu nome é Ryan Malfoy e eu tenho sete anos. Eu moro com meu pai, minha mãe e minha irmãzinha, Angel. Eu gosto de voar, de jogar quadribol e de brincar com meu estojo de poções. Eu vou ser medi-bruxo quando crescer, igual a meu pai. Eu gosto de ver ele curando as pessoas e eu quero aprender a curar também. A minha irmãzinha ainda não sabe o que quer ser quando ela crescer, ela é só um bebê. Na verdade mal sabe andar e falar direito. Já que eu quero ser medi-bruxo como meu pai, quem sabe ela não vai querer ser escritora como a minha mãe. Mas ela ainda é muito pequena pra saber, não é mesmo? Quem sabe quando ela tiver uns quatro anos ela decida

Agora que eu me apresentei, eu vou contar algo. Bem... Deixa eu pensar

Eu vou contar uma coisa que aconteceu outro dia. Eu briguei com um garoto! Eu nunca brigo com ninguém, mas ele disse que a minha mãe não era minha mãe de verdade e eu tive que brigar com ele. É claro que ela é a minha mãe de verdade! Fui eu mesmo quem escolheu

Eu sei que parece incrível, mas é verdade. Eu escolhi a minha mãe. Parece difícil de entender, mas eu vou tentar explicar. Eu era muito pequeno, mas eu me lembro muito bem do dia que meu pai falou que a minha mãe não estava mais neste mundo, eu me lembro que eu chorei muito quando ele me contou. Eu perguntei para meu pai se foi alguma coisa que eu tinha feito e eu vi pela primeira vez meu pai chorar, ele me abraçou e disse que eu era um garotinho muito especial e que eu não havia feito nada. Então eu perguntei se eu podia fazer alguma coisa pra minha mãe voltar, ele apenas me abraçou e não respondeu. Então eu percebi que não ia adiantar eu fazer nada, eu fiquei abraçado com meu pai e nós dois choramos juntos por um bom tempo

Eu fiquei muito tempo triste, eu sentia muita falta da minha mãe, mas eu sempre sorria quando meu pai estava perto. Eu não queria que ele ficasse triste também, mas eu acho que ele percebeu. Porque ele me levou para a praia e eu fiquei mais alegre, mas ainda estava meio triste, pena que ele teve que voltar

Meu pai é o melhor medi bruxo do mundo! Eu adoro ir trabalhar com ele, eu preciso aprender pra ser tão bom quanto ele quando eu crescer, e foi no trabalho dele que eu conheci a minha outra mãe

Foi um dia que eu fui trabalhar com ele, meu pai foi atender alguns pacientes e me deixou sozinho, então eu resolvi dar uma volta pelo hospital. Eu sei que meu pai não gosta quando eu faço isso, mas o que eu posso fazer se de vez em quando eu esqueço? Além disso, não vejo mal nenhum em dar uma voltinha, já que eu conheço todo mundo e nunca vou nos lugares proibidos, eu sei que isso ia deixar meu pai furioso. Como eu ia dizendo, eu fui dar uma volta no hospital e acabei entrando no quarto da minha mãe. Eu ainda não sabia que ela seria a minha mãe, mas eu gostei dela na mesma hora, eu não sei por que, mas eu gostei. Ela estava doente e estava chorando, eu então cheguei perto dela e disse pra ela não chorar que meu pai ia fazer ela ficar boa. No início eu me assustei porque ela chorou mais ainda, mas depois ela me abraçou

Eu lembro que ela ficou um tempão chorando, minha roupa ficou molhada com as suas lágrimas, mas eu lembro também que eu senti uma coisa esquisita, ela estava chorando e eu me senti feliz porque ela me abraçou. Então eu vi que eu gostava dela e que ela estava começando a gostar de mim. Meu pai chegou, pediu desculpas pra ela porque eu estava perturbando e depois me deu uma bronca porque eu saí sem permissão, mas eu não me importei, eu ainda não sabia, mas eu havia encontrado a minha mãe

Eu pedi para meu pai me deixar visitar ela de novo. Ele ficou meio sem jeito, mas acabou deixando. Então eu sempre ia no hospital falar com ela e quando ela ia sair eu fiquei triste pensando qua a gente não ia mais se ver. Mas ela disse que se eu quisesse a gente ia se ver sempre e a gente continuou se encontrando. Depois de um tempo eu comecei a perceber que meu pai gostava dela também, ele ficava sem jeito quando eu falava dela e de vez em quando perguntava o que a gente conversava. Uma vez eu perguntei se ele gostava dela e ele tentou me enrolar, mas eu sabia que ele gostava e se ele gostava dela e eu também tudo ficava mais fácil. Porque eu sabia que a Mione gostava de mim e desconfiava que ela gostava do meu pai também. E eu tive certeza um dia que eu vi os dois se beijando, a gente só beija quem a gente gosta não é mesmo?

Então eu tive uma idéia, eu fiz ela vir na minha casa no dia do meu aniversário e tranquei os dois no sótão. Eu queria que ela e meu pai conversassem e quem sabe até se beijassem de novo, eu pensei que meu pai ia me dar uma bronca danada, mas eles saíram de lá com uma cara esquisita e ele acabou esquecendo. Ainda bem! Meu pai é um cara e tanto, mas as broncas dele não são legais. De qualquer forma eu fiquei bem quietinho depois disso

Como eu disse antes, meu pai curou a minha mãe e mesmo depois que ela ficou boa a gente continuou se encontrando, algumas vezes só nós dois, outras eu ela e meu pai, até que um dia ela veio morar aqui e se tornou a minha mamãe e eu fiquei muito feliz

Mas um dia ela me disse que iria ter um bebê e eu fiquei muito triste. E se ela tivesse um bebê e não quisesse mais ser a minha mãe? Ela não iria mais gostar de mim. Eu fiquei com medo, muito medo. Ela era a mãe que eu escolhi e eu não queria nenhuma outra. Então ela disse que me amava e que eu sempre iria ser o filho querido dela, que eu só não seria se eu não quisesse, mas eu sempre vou querer que ela seja a minha mãe

Quando a minha irmãzinha nasceu meu medo voltou. Todo mundo só olhava pra ela e eu fiquei triste de novo. E se a minha mãe mudasse de idéia e não me quisesse mais? Aí meu pai conversou comigo, disse que ela era pequenininha e que precisava de mais cuidados, que eu já era um garotinho crescido e que deveria ajudar também. Ele disse que a minha mãe me amava muito e que ela ficava triste quando eu ficava com medo que ela não gostasse mais de mim, eu não queria ver a minha mãe triste então eu não fiquei mais com medo

A minha irmãzinha é linda. Todo mundo diz que ela parece comigo e ela gosta de mim, ela sorri e solta gritinhos quando eu brinco com ela. Eu também gosto muito dela...

XXXXX

Ryan fecha o caderno com um sorriso. Embora já tenha se passado quase vinte anos, ele se lembra perfeitamente deste dia. Ele se lembra de estar sentado muito sério na escrivaninha do seu pai escrevendo o seu primeiro diário e ele também se lembra quando, alguns anos depois, leu o livro escrito por sua mãe, ele se lembra perfeitamente de quando chegou até Hermione e a abraçou emocionado. Nunca em sua vida Ryan imaginou que uma mulher pudesse ter sofrido tanto e mesmo assim conseguido se reerguer e ainda dar todo o amor que deveria ser reservado a seu filho a um garotinho carente.

Ele tem certeza que deve a Hermione muito do homem que se tornou, deve a ela também a felicidade de seu pai e deve a ela a sua visão do que seria uma família

Tanto tempo...Ele pensa. De fato, muito tempo se passou, Ryan cresceu, mas ele guarda muito daquele garotinho em si. E é com um sorriso muito parecido com o daquele garotinho que ele vê Hermione entrando na sala, e é com o mesmo amor que possuía quando criança que ele recebe o beijo da mãe

Deu saudade, filho? - a voz doce de Hermione se faz ouvir

É... (ele fala e por um instante seu olhar parece longe) às vezes eu acho que aqui ainda é a minha casa

Hermione sorri – aqui sempre vai ser a sua casa, Ry. Não importa para onde você vá (ela olha para o pequeno caderno em suas mãos)

Você se lembra? – Ryan pergunta e sorri quando Hermione assente com a cabeça

Como se fosse hoje (Hermione suspira saudosista) você entrando no quarto e perguntando por que eu escrevia tanto e ficando entusiasmado com a idéia de escrever também. você era um garotinho incrível!

Era? – Ryan fala falsamente ofendido

Era! (Hermione sustenta a afirmação) Agora você é um homem incrível

Que tem uma mãe incrível (ele fala de modo carinhoso) que teve uma mãe que lhe ajudou a ser o homem que ele é hoje

Hermione olha para o filho. Embora Ryan agora seja um homem feito, há muito ainda daquele garotinho em seu olhar. Ela sente os olhos marejarem e seu coração se enche de orgulho em saber que tomou parte da criação de um ser humano tão especial. Ela enxuga uma lágrima discreta e faz o que foi fazer – a Lilly estava te procurando, mas seu pai achou melhor ela não subir as escadas ainda...

Ele fez bem (Ryan fala e sorri ao ver a mãe rolar os olhos) pode dizer que nós somos super protetores, eu não me incomodo

É mal dos homens da família, eu sei bem o que é isso (Hermione suspira de forma conformada) quando eu vim pra casa com a sua irmã, eu fui praticamente carregada por vários dias por seu pai. Nas escadas então, ele só faltou colocar um feitiço para elas sumirem quando eu me aproximava

A Lilly acabou de ter um bebê (Ryan fala com um sorriso radiante) mulheres que acabaram de ter bebês devem receber atenção especial, quer gostem ou não

Hermione assente com a cabeça numa atitude resignada – eu já aprendi a não discutir esse tipo de coisa com os homens da família Malfoy. Só fico com medo da Angel ter ficado mal acostumada, pobre da minha filha se não arranjar alguém da mesma espécie para se casar!

Ryan faz uma careta – A minha irmã mal terminou o colégio! Ela não pode nem pensar em casar tão cedo! Aliás, para que se casar? Ela tem uma ótima vida aqui

Você é bem filho do seu pai mesmo! (Hermione sorri e o encara de modo desafiador) Quantos anos a Lilly tinha quando vocês começaram a namorar? (ela pensa um pouco) Você estava no último ano da escola...

Ela tinha quatorze e eu dezessete, você sabe muito bem disso (Ryan suspira) e você me ajudou a não ser estuporado pelo pai dela. O tio Harry sabe ser aterrorizante quando quer!

Ela era a garotinha dele, Ry... O Harry até que aceitou bem (Hermione sorri triunfante e continua) e quanto tempo depois que ela terminou o colégio vocês se casaram?

Desisto! (Ryan fala derrotado) Eu nunca vou ganhar uma discussão com você, mas se alguém magoar a minha irmãzinha...

Eu sei, eu sei (Hermione rola os olhos) Vai ter que se ver com você e com seu pai. Agora desça antes que a sua esposa resolva fugir do Draco e vir te procurar aqui em cima

Ryan se dirige para a porta, ele olha para a mãe – você não vai descer comigo?

Daqui a pouquinho eu desço (ela responde) vou mandar uma coruja para a sua irmã, pra confirmar se ela vem para o batizado

Ela que se atreva a não vir! (Ryan fala sorrindo, ele sabe que a sua irmãzinha não perderia o batizado do sobrinho por nada deste mundo) Mande um beijo pra ela e diga que eu vou buscá-la pessoalmente se ela não vier

Eu digo – Hermione fala sorrindo, Angel e Ryan sempre foram muito unidos

Não demore (Ryan olha pra ela) eu tenho algo a dizer e gostaria que você ouvisse

A morena olha curiosa para o filho, mas ele apenas sorri – lá em baixo, mãe. Eu vou esperar você

Prometo que não demoro – ela fala enquanto seu filho se retira

Hermione senta-se na escrivaninha, a mesma escrivaninha onde Ryan escreveu seu primeiro diário. Ela se lembra perfeitamente do seu loirinho lhe perguntando por que ela escrevia tanto e depois dizendo entusiasmado que iria escrever também. Ryan sempre foi uma criança especial e se tornou um homem especial e ela não deixa de agradecer aos céus todos os dias pelo destino ter permitido que fizesse parte de sua vida, por poder estar com ele quando embarcou para Hogwarts pela primeira vez, por ver em seus olhos o brilho confuso de quem se dá conta que está apaixonado, por vê-lo realizar seu sonho de se tornar medi-bruxo, por estar ao seu lado quando disse o sim à mulher da sua vida, por ver o pequeno garoto se tornar um homem e se tornar pai

Ela escreve umas poucas linhas para a filha Angel, a sua Angel que estuda História na França. Hermione sorri ao se lembrar que a filha sempre disse que iria estudar História se candidatar a vaga do professor Binns e provar pra todo mundo que História pode ser uma matéria fascinante. A morena mal se contém ao pensar que em alguns dias a sua menina, já não tão menina assim, estará em casa e a família estará completa.

Ela fecha o envelope e o prende na perna de uma coruja, Hermione faz um carinho na cabeça dela e diz – leve para a Angel, você sabe onde encontrar (a coruja pia em resposta e sai voando pela janela)

Hermione sorri enquanto desce as escadas, seu sorriso aumenta ao ver Ryan no sofá olhando embevecido para uma criaturinha loira que dorme o sono dos justos no colo dele, ao seu lado uma moça ruiva com o mesmo olhar

Ainda não me conformo de vocês não ficarem um tempo aqui! – Draco fala e por um minuto parece um menino emburrado

Ora Draco! (Hermione sorri) Eles querem ficar na própria casa! O bebê precisa dormir em seu próprio quarto, o casal precisa se adaptar a nova rotina

Aposto que o Potter não vai sair de lá! (o loiro dispara e olha para a nora) Sem ofensa, é claro

Lilly revira os olhos ela já se acostumou com as alfinetadas mútuas entre seu pai e seu sogro – Você também é bem vindo quando quiser, tio Draco

E depois (Hermione fala antes que o marido resolva continuar a sua rusga infantil) quando a Angel tiver um bebê, quem sabe você a convença a ficar aqui

A Angel não vai ter um bebê! (o loiro interrompe escandalizado) Ela é apenas uma menina!

Hermione sorri, ela olha para o marido e em seguida para Ryan – Vocês homens Malfoys precisam parar com isso! A Angel vai ter os bebês dela, sim! Não agora, mas vai ter com certeza!

Que seja! (Draco fala mal humorado. Ele sabe muito bem que não adianta discutir isso com a esposa, mas seu coração falha uma batida só em imaginar a sua menininha com um homem) Só não vamos falar disso por enquanto, eu não estou preparado

Mãe... (Ryan interrompe a conversa que ele sabe por experiência própria que pode ir longe) eu e a Lilly queríamos dizer uma coisa

O que foi, filho? – Hermione fala curiosa ao ver o semblante sério dele

Ele olha para Hermione e respira fundo – mãe... (ele começa) eu sei que eu já agradeci por tudo que você fez por mim, mas acho que nunca vai ser o suficiente. Eu nunca vou me cansar de agradecer por você ter me amado e me aceitado como seu filho

A morena sente os olhos marejarem – você não tem nada que agradecer, Ry. Eu é que tenho que agradecer, se não fosse por você, por seu amor, não haveria poção no mundo capaz de me fazer querer viver novamente

Não mãe, eu tenho muito que agradecer (ele a interrompe) eu era apenas um garotinho carente e você deixou que eu te amasse, você se permitiu me amar mesmo depois de tudo que aconteceu. Talvez eu não fosse o homem que eu sou hoje, se não fosse por você e é por isso... (ele respira fundo. Ryan vê que Hermione tem lágrimas nos olhos, ele também custa a segurar a emoção) é por isso que eu gostaria que meu filho se chamasse Simon...

Hermione olha espantada para o filho, nunca em sua vida ela imaginou que Ryan fosse dizer uma coisa dessa, ela tenta falar alguma coisa, mas faltam-lhe as palavras

Se você não quiser, tudo bem, mãe (Ryan fala vendo que sua mãe está emudecida) eu só achei que seria uma homenagem a um garotinho que eu não conheci, mas a quem eu sinto que devo muito

Hermione sorri em meio ás lagrimas. Ela abraça Ryan emocionada e se dirige ao bebezinho – oi Simon (ela fala tomando o pequeno nos braços) eu sou a sua vovó... Você é um garotinho de sorte, sabia? Você é um garotinho que tem um pai muito especial, um homem como poucos, um homem que eu vi crescer e que me deu a honra e o privilégio de ser a mãe dele

Ela está embevecida com a criança, parece que neste momento só existem os dois. Se Hermione olhasse em volta veria o marido e o filho observarem a cena com um sorriso emocionado nas faces, alheia a tudo ela continua – eu vou te contar uma história... Eu gosto de contar histórias, sabe. Era uma vez um menino... Um menininho lindo, tão lindo quanto você. Ele se chamava Simon, é, Simon como você, ele era um menininho especial (a morena faz uma pausa como se quisesse controlar a emoção) tão especial que ficou pouco tempo neste mundo. Mas durante o pouco tempo que ele ficou, ele foi tudo pra mim, foi por ele que eu vivi. Sabe Simon, seu xará foi tão especial que mesmo após ter partido ele continuou olhando por mim e me mandou um garotinho tão especial quanto ele, um garotinho que eu vi crescer que eu vi se transformar em um homem como poucos, um homem que você tem a sorte de ter como seu pai. Seja bem vindo Simon...

Neste momento, como num impulso coletivo, todos olham pela janela e vêem que, inexplicavelmente um arco-íris resplandece no céu, inexplicavelmente, já que não está chovendo. Inexplicavelmente, mas não para Hermione em seu coração ela sabe exatamente de onde este arco-íris veio. Seja bem vindo, Simon...

Fim

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