- A idαde



♥ heαven on eαrth - chαpter two

                         - A idαde tαmbém αvαnçα


I've waited all my life for you/My favourite kiss/Your perfect skin/Your perfect smile
Eu esperei toda minha vida por você/Meu beijo favorito/Sua pele perfeita/Seu sorriso perfeito

                          27 de julho de 1994.

  Eram O5:45am aquela meia lua no céu lhe dava uma certa firmeza, uma certeza de que tudo estava bem. Tudo mesmo ? Na verdade, essa insônia toda era porque: estava ficando cada vez mais pobre, não tinha família, e nem podia sair por aí se aparecendo e também estava ENVELHECENDO. Já não havia mais herança que o sustentasse por completo, e sua condição também não o permitia um trabalho digno e justo. Sua família, aos poucos se fora, ainda em sua recente juventude. Um segredo forte e devastador não o permitia se mostrar na rua sem ser reconhecido, ou ao menos uma figura suspeita. Envelhecer, sem ninguém ao lado, é mesmo triste. Mesmo aos 30 e poucos anos. Se tivesse 15 e fosse sozinho, também estaria triste, pensava.

 Com dois dedos, batia num movimento ritmado e incessante em seu relógio, os olhos bem abertos, e sim, pasmem, olhando para o teto. O que será que tem os tetos das casas dos bruxos, não é ? Suas preocupações eram infinitas. Pensava em sua vida de tédio e nenhum prazer, somente dor.

 Não se agüentou. Levantou-se e foi até o parapeito daquela janela de um apartamento visívelmente precário. A melancolia daquele sujeito se firmava totalmente nas suas nuances em tons âmbar, mais ressaltado ainda pelos primeiros raios de sol. Observou que aos poucos alguns transeuntes passavam naquela travessa direcionando a seus empregos, a maioria pouco assalariados, ou estudantes, típico daquela região;

 Novamente pôs se a pensar. Por que todas as pessoas no mundo tinham alguém por quem chorar, esperar, amar, sentir saudade, seja lá pro que for, e ele não ?

    “ – Ó Deus, me dá uma luz!”- pensou em voz alta em tom de deboche.

 Neste devaneio, em meio a travessa deserta, num tom escandaloso, ao longe encherga uma moça, meio desajeitada que parecia ter deixado vários papéis voarem, e ficando totalemente sem sucesso em tentar reaver. Seus cabelos nada discretos assim como as roupas, a pobre garota estava simplesmente estribuchada no chão.

    - É Deus também brinca; Uma jaca ! – e pôs se a rir, virando de costas.

 Ao impasse disso, um estampido forte é ouvido na sala do pequeno cubículo que o dono do prédio insistia em chamar de apartamento. O homem com o olhar cansado e seu pijama envelhecido de cetim foram até o local e se depararam um elfo doméstico muito animado.

   - Sr. Lupin ? – perguntou o elfo com um sorriso aberto, enquanto o homem assentiu com a cabeça. – Me chamo Dobby, sou elfo doméstico da cozinha de Hogwarts! Dumbleodore me pediu pra vir avisa-lo de que quer vê-lo, esta tarde em seu gabinete! A senha da gárgula é trufas de javali. – crocitou o elfo tão rapidamente e em seguida desaparatou.

 Remus Lupin, o homem que observava o relógio e a janela então, mais uma vez olhou o relógio.

   “- 06:25. O que será que esse homem quer ?” – pensou consigo.

 Andou pelo pequeno apartamento, dirigiu-se ao banheiro. Tomou um banho demorado, fez a barba, se arrumou bem, como a muito tempo não fazia. Foi até a cozinha, revirou os armários, vazios por sinal.

   “- Se ao menos nós bruxos pudéssemos conjurar alimentos...” – pensou triste ao ver a sua própria miséria. Catou então algumas moedas no bolso e pensou que seria melhor passar em algum mercado e comprar algo pra comer no caminho.

 Chegando a Hogwarts, a sempre boa recepção do guarda-caças Hagrid, lhe fez esquecer um pouco o que se passava. Hagrid lhe contou sobre os filhotes de testrálios e quanto lhe dava trabalho alimenta-los. Hagrid o levou até o corredor da torre que ocupava a sala do diretor de Hogwarts.

 Andou calmamente, até a gárgula. Era estranho quando Hogwarts estava em férias. Se via um ou dois alunos perdidos, porque eram órfãos e não tinham pra onde ir. Lupin somente começou a falar a senha, e a gárgula se abriu; Subiu vagarosamente a escada em formato de caracol.

   - Muito Bom Dia Remus! – salientou-se Dumbledore estendendo a mão para cumprimentá-lo.

   - Bom Dia pra você também diretor! – respondeu com educação; e sem delongas já se adiantou em perguntar. – Qual o motivo ... – e foi interrompido pelo diretor.

   - O motivo de eu ter te chamado aqui, é o fato de nunca termos um professor adequado para ensinar Defesa Contra Artes das Trevas... – foi falando vagarosamente e quando viu que Lupin já iria lhe interromper, prosseguiu. – E sei bem de sua condição Remus, e posso dizer por todos os professores de Hogwarts que isso não é um problema, até porque a maioria de nós já fora seu professor anos atrás, e bem sabemos de sua responsabilidade. – terminou deixando bem claro de que não aceitaria um não como resposta.

   - Professor Dumbledore, eu sei que o senhor diz que não seria um problema, mas temo pelos alunos, que com certeza perceberão as minhas ausências, especificamente em noites de lua cheia, não tardaria até que descubram minha licantropia e isso seja levado aos seus lares e então tudo estaria acabado. – falou calmamente ao diretor.

   - Sirius fugiu de Azkaban. – falou totalmente absorto em seus pensamentos. – Você bem sabe que estando aqui, seria uma forma dele se aproximar de Harry. E você também sabe que não tardará a guerra começar, precisamos que o garoto seja bem treinado, ninguém melhor do que você, um dos mais excelentes alunos de DCAT que Hogwarts já viu para faze-lo . – contra-argumentou o professor.

   - Fico lisonjeado professor. – assentiu com a cabeça e antes que ele contra-argumentasse novamente, Dumbledore retomou a palavra.

   - Também sei, Remus, que você está passando por um período difícil financeiramente. Acho que não tem muitas escolhas, e fora que também pretendo instaurar a Ordem novamente. Precisaremos de novos recrutas, e também da formação original para faze-lo. – terminou Dumbledore.

   - Bem professor, acredito que a minha opinião aqui é minimizada. Então realmente não tenho muitas escolhas.

   - Muito, muito bem pensado Remus! – e o professor se levantou pra servir um chá pra eles. – Acredito que você pode começar o quanto antes a pensar num plano de aulas bem elaborado e meio que intensivo, pois sabe que nos dois últimos anos esses garotos não tem tido aulas de DCAT relevantes.

 No meio da conversa, entra a Professora Minerva McGonagall, professora de transfiguração e também diretora da Grifinória.

   - Mandou me chamar Alvo ? – perguntou a velha com vestes pretas cheias de rendas e detalhes em cores escuras.

   - Ah, sim Minerva! – respondou com um sorriso no rosto. – Pode por favor levar este cartão de formatura para o corujal ? – vendo que ela assentiu, continuou. – É uma felicitação a Nymphadora Tonks, grande aluna, hoje, uma auror! – Minerva ligeiramente pegou o cartão e seguiu seu caminho.

 Lupin fez graça como se ainda fosse um maroto. Dumbledore desconfiou.

   - Como é Remus ? Não sabe apreciar um belo nome ? – E os dois riram uma risada gostosa e tudo estava bem.



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N/A: Obrigada a mocinha que comentou! ;D É eu espero não ser clichê mesmo já sendo! :S Eu acho que assustei uns aqui com o 1º capítulo por causa do nome.. :S talvez pensem q vai ser pesado e tals.. mas sem problemas, poq não vai aprofundar mto não!

próximo cap? em breve; Qnto dura ? até a ultima estrofe da música;

XoXo ;*

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