O primeiro aviso



(cap. 10: O primeiro aviso)

Titânea sentia uma felicidade imensa que há muito tempo não sentia. Ela estava finalmente se entendendo com Harry, era cedo para dizer que ele estava gostando dela, mas já eram amigos.

Pena que essa felicidade não durou muito, pois quando entrou no dormitório, encontrou suas coisas reviradas, parecia que alguém tinha procurado algo ali, chamou por Aclives, mas não obteve resposta. A janela estava aberta e uma leve brisa anunciava que o outono estava por chegar. Titânea sentou-se em sua cama, tentando achar uma explicação para tudo aquilo, quando observou perto de seu armário uma coruja caída no chão.

- Aclives! Disse Titânea.

- Aclives, Aclives! Gritava Titânea.

Não adiantava tentar reanimar a coruja, estava morta. Titânea colocou Aclives sobre sua cama, abaixou a cabeça por uns instantes, era o seu segundo dia em Hogwarts e tanta coisa já havia acontecido. Mas a Aclives! Que intenções teriam em matá-la? E quem poderia ter feito aquilo? Correu o olho pelo dormitório bagunçado procurando respostas, quando observou um pedaço de pergaminho pendurado na porta de seu armário. Receosa, se dirigiu até o bilhete e, ao pegá-lo e ver o que estava escrito, seus olhos se encheram de lágrimas e sua face demonstrou um ar de terror.

“Esse é só o primeiro aviso!”

Sentiu sua alma congelar, desesperada, Aviso, mas aviso do quê? Olhou mais uma vez para o dormitório totalmente revirado, pegou Aclives e o bilhete e saiu. Ao passar pelo salão comunal nem notou que Harry estava sentado em uma poltrona perto da lareira com Edwiges, a sua espera.

- Titânea, Tita! Espera aí, aonde você vai? Gritou Harry agora tentando acompanhar os longos passos que Titânea dava em direção a sala de Dumbledore.

- Me deixa Harry, preciso falar com Dumbledore.

- Porquê? A gente tinha marcado de ir até o corujal.

- Eu sei Harry, me desculpe, mas não vai dar.

- Porquê?

Mas Titânea não precisou responder, Harry notou a coruja que estava entre suas mãos, estava morta! Olhou para o rosto de Titânea e viu a expressão de pavor e terror que se passava pelo seu olhar.

- Me desculpe Harry, mas preciso falar com Dumbledore.

- Tudo bem. Disse Harry a seguindo até a porta da sala de Dumbledore.

Titânea entrou na sala seguida de Harry e se deparou com Dumbledore e a professora Minerva.

- Srtª Wayne, Srº Potter. Disse Minerva surpresa.

Titânea se aproximou, colocou Aclives sobre a mesa que estava de frente para Dumbledore, suas mãos estavam trêmulas, Dumbledore observou Titânea, que tinha uma respiração forte e os olhos banhados em lágrimas, talvez de comoção pela morte de sua coruja, mas aparentavam lágrimas de pavor e até mesmo de um certo ódio.

Dumbledore olhou a coruja morta em cima da mesa, ergueu os olhos e observou por mais uns instantes Titânea, depois mirou seus olhos em Harry, olhou-o de um jeito assustador, um jeito como jamais o olhara antes.

- Professor – Titânea ousou interromper – O que isso significa?

Titânea estendeu a mão e entregou a Dumbledore o bilhete, mas ao contrário do que se esperava, ele se calou, não disse sequer uma palavra, apenas lançou mais um olhar para Harry, que agora começava a se incomodar com aquilo.

- Harry, acompanhe a Titânea até o dormitório, por favor. Disse Dumbledore.

- Claro, professor.

- Mas o que isso quer dizer? O que significa? E Porquê? Quem? Indagava Titânea.

- Por favor, Titânea, Harry vai acompanha-la.

- Mas professor, eu só quero... Eu preciso de respostas.

Dumbledore não respondeu, apenas olhou novamente para Harry e soltou um olhar para Minerva, que até o presente momento estava imóvel, observando astutamente aquela cena.

- Vamos, Tita, eu te acompanho. Disse Harry a puxando pelo braço.

- Mas eu preciso... Eu pr...

- Você precisa descansar. Disse Harry

Titânea se convenceu que era melhor descansar, mas quando se dirigia para fora da sala de Dumbledore, pode escutar um sussurro da professora Minerva.

- Não podemos mais esconder, Dumbledore, ele já sabe, Titânea corre perigo, ela precisa saber!

Sentiu um forte impulso em voltar e perguntar, em pedir explicações. Sentia que tinha o direito, afinal era a vida, a história dela, mas se deparou com algo que não a deixou, se deparou com Harry, que a olhava preocupado.

- Você está bem? Perguntou.

- Não, Harry, não estou... pra falar a verdade, nunca estive.

Harry baixou a cabeça por uns instantes, parecia medir o que ia falar.

- Olha, sei que não é o momento, mas quer dar uma volta? Sei lá conversar.

- Tudo bem.

- Vamos até o corujal, ainda tenho que levar Edwiges.

- Acho que não tenho mais coruja pra levar. Disse Titânea pensativa.

Harry pegou Edwiges e seguiu junto com Titânea até o corujal.

- Sinto muito pela sua coruja.

- Tudo bem, eu nunca tive sorte com animais mesmo.

Ao entrarem no corujal, Harry soltou Edwiges que voou perto de outras corujas. Titânea olhou o corujal, observou Harry, que dava comida para Edwiges, se dirigiu até uma janela e ficou observando a noite. Sentia-se triste e ameaçada, mas não sentia medo, tinha apenas duvidas, não agüentava mais, precisava se abrir com alguém.

- Sei como se sente. Disse Harry, que observava agora à noite.

- Não, não sabe, ninguém sabe.

- Porque, Tita?

- Porquê o quê?

- Porque é sempre tão misteriosa, porque não deixa as pessoas se aproximarem de você?

- Tenho receio de prejudicá-las, tenho medo que acabem se dando mal, por minha causa.

- Também sinto isso, mas você não pode se privar da amizade das pessoas e isso só te faz mal.

- Eu sei, Harry, mas sabe quando parece que todo mundo conhece sua história, seus pais, menos você?

- Sei, eu sinto isso todo dia. Afinal ele era o Menino-Que-Sobreviveu, pensou Harry mas decidiu não falar.

- É, mas se já não bastasse essa história de Voldemort ter matado meus pais, ainda tem esse bilhete, as varinhas...

- Varinhas? Que varinhas? Perguntou Harry.

Titânea sabia dos riscos que corria ao contar aquilo para Harry, mas ela não agüentava mais, precisava contar a alguém e Harry, querendo ou não era parte dessa história.

- É uma longa história, Harry.

- Então venha, vamos voltar ao salão comunal, lá podemos conversar com calma e sem os riscos de nos pegarem andando pelo colégio há essas horas.

Harry e Titânea seguiram juntos, ao chegarem no salão comunal, se sentaram em um sofá, de frente para a lareira.

- Harry, o que eu vou te contar ninguém mais deve saber, por favor, não conte nada a Rony nem a Hermione, não quero que eles corram esse risco.

- Mas Tita...

- Por favor, Harry, eu só estou te contando porque preciso me abrir com alguém.

- Tudo bem, Tita, eu não vou contar para eles, mas pode contar. Eu estou ouvindo.

Titânea contou a Harry toda a história, desde a morte de seus pais, até as varinhas e o bilhete que receberá aquela noite.

- Então quer dizer que a minha varinha, junto com a de seus pais e a de Voldemort, pode... Tita, Dumbledore sabe disso?

- Sabe.

- Mas não se preocupe, Tita, Dumbledore saberá o que fazer, e enquanto você estiver aqui nada de mal vai acontecer.

- Eu sei, mas agora se não se importa Harry, estou cansada e com dor de cabeça, preciso dormir.

- Tudo bem, boa noite e não se preocupe, nada de mal vai acontecer, eu não vou deixar.

- Obrigada, Harry, e boa noite.

Titânea seguiu até o dormitório, entrou e notou que as outras meninas já estavam dormindo, pelo jeito Hermione se encarregou de arrumar as coisas para Titânea, resolveu se deitar estava cansada, acabou adormecendo...



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Aeee mais um capitulo, Valeu Trix!!!!!!!!! T adoro!!!!!!!

Beijos especiais para a Anji, a Jana, a Trix., a Minha maninha a Morgana>

Super Hiper mega beijo e abraço a todos que lêem e comentam!!!!!!!!!!!

Beijos e comentem!!!!!!!!!


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