Passando cada vez mais rápido
Cap 15: Passando cada vez mais rápido...
Ainda não entendera o porquê do beijo, ainda não sabia por que tivera, e ainda tem, a ânsia de beijá-la. Ainda não entendera por que sempre que a via sentia aquela sensação estranha.
Esse era Draco Malfoy, desde o dia 24, ele queria estar perto de Gina. Queria sentir aquela mesma sensação.
O tratamento ia às mil maravilhas. Se antes Draco media as palavras, agora ele estava cada vez mais tentando respondê-las, agora ele estava com uma ânsia enorme de se curar.
Draco estava lá, na mesma sala da lareira, ambos sentados no sofá, Gina estava um pouco mais quieta, o loiro com mil perguntas na cabeça levou um baita de um susto ao ver sentir a mão de Gina no seu ombro.
-Você estava tão distraído, que nem percebeu que eu o chamei tantas vezes... o que estava pensando Draco?
-No beijo...-disse Draco, ele estava tão distraído que nem percebeu que ainda continuava falando- No nosso primeiro beijo, Gina.
-Foi o nosso primeiro e último e saiba Draco, não poderemos nos aproximar mais. ¿falou Gina, ela pouco olhava para ele. Se a sua mão estava no ombro do loiro, agora não estava mais.
-Por que? Qual é o problema, Weasley, se a gente se envolvesse?-perguntou Draco, ele estava ansioso, duas semanas atrás eles se beijaram. Agora apenas, que falariam sobre o beijo.
Depois de terem se beijado na sala, Gina apenas murmurou um feliz natal e subiu para o seu quarto. Ela não desceu mais, Draco ficou lá, aproveitou para comer algo.Depois só trocaram poucas palavras. E, agora que começaram o tratamento Gina parecia a mesma pessoa de antes do beijo, se dirigia às vezes formalmente, chamando-o de Malfoy, em outras o chamava pelo primeiro nome.
-Não seria ético, afinal você é meu paciente, eu sou responsável por você. Além de sermos...
-Malfoy e Weasley.-disse Draco rolando os olhos.- Sabe, Gina, eu pouco me importo agora! Afinal, meu pai e minha mãe estão mortos, a família Malfoy só tem uma única pessoa: eu!
-Você diz que não se importa, mas ao ver meus irmãos...-falou Gina, percebia que a cada segundo que se passava Draco chegava cada vez mais perto, estavam agora muito próximos, tão próximos que Draco novamente começou a brincar com os cabelos ruivos novamente, Gina apenas suspirou e voltou a falar ¿ Você não sabe como foi a reação dos meus irmãos, Malfoy.-tentava dizer Gina, sentia a mão de Draco no seu rosto, mas não queria olhar a mão dele, pois depois que olhasse a mão do loiro, olharia nos seus olhos, ficaria encantada novamente e se beijariam...
-Por que você não quer olhar para mim, Gina? Você tem medo que eu faça isso novamente?-falou Draco, beijando-a sem a mesma ter tempo de impedi-lo.
Na primeira vez que se beijaram, foi um beijo calmo, gentil, agora o beijo era selvagem, encantador, um beijo de tirar o fôlego. Depois de alguns segundos com os olhos abertos, Gina os fechou e finalmente correspondeu ao beijo.
***
Ambos agora estavam no quarto de Draco, não se sabe como, conseguiram subir as escadas, Draco abriu a porta, ainda abraçados, Draco novamente a beijou e antes que Gina ambos já estavam deitados, o loiro por cima dela.
-Você não sabe o quanto que eu te quero e preciso de você. -falava Draco, Gina apenas correspondia aos seus beijos e às vezes suspirava, mas quando Draco fez menção de tirar a blusa que a ruiva usava. Gina no minuto seguinte parou de corresponder aos beijos, sentou na cama, olhou para o loiro e apenas disse:
-Eu não posso, eu não posso fazer isso. ¿disse saindo do quarto.
Draco só pode ir até o banheiro abrir o chuveiro e, mesmo no frio, entrou com roupa e tudo, sentindo a água gelada, quase congelante correr pelo seu corpo, só conseguia penar:
¿Por diabos, o que foi aquilo?¿
****
Gina ainda não entendia, não entendia por que, ao simples toque de Draco, ela se arrepiava toda, não entendia por que toda vez que ele mexia nos seus cabelos, tocava no seu braço ou na sua mão, sentia uma vontade enorme de beijá-lo...
E agora andando pelo jardim, sentindo muito frio, ela começou a entender...
Ela estava daquele jeito, porque ela gostava dele.
Gina pensou que ao chegar nessa conclusão ela se sentiria aliviada, mas a única coisa que sentiu foi desespero, afinal como ela poderia se apaixonar por Draco?
¿Ai, MEU Deus, isso é pior do que eu pensava! Já o estou chamando pelo primeiro nome¿.
Ainda andando, morrendo de medo de cair na neve, Gina ainda se pensava:
¿Como poderia amar Draco? O quê? Eu disse amar? Mas como poderia amá-lo? Ela não poderia de maneira nenhuma! Ela era uma Weasley, ela era aquela Weasley e namorou por um bom tempo com Harry. O que? Harry, ai meu deus, eu prometi que não me envolveria com mais ninguém... e agora? O que eu faço?¿
Cansada dessas perguntas, resolveu entrar na casa, hoje não morreria congelada.
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[30.1.05 1:25 PM | ANAISA SUZUKI]
Cap 14:Véspera de natal e beijo
-Malfoy, como foi a sua infância?-perguntava Gina o tratamento recomeçara não se encontravam no jardim, estavam na sala da lareira, a estação mais gelada do ano estava começando. Podia-se ver pequenos flocos de gelos caindo e se concentrando nas bordas da janela.
Draco sentado ao lado de Gina, começou a dizer calmamente, como se medisse as palavras:
-A minha infância foi normal, na verdade, foi normal para mim, Weasley.-tudo fora em vão, continuavam se chamando por Malfoy e Weasley, como se ambos fossem dois desconhecidos.
-Defina esse normal. Malfoy.-disse Gina, a curiosidade, ela sempre quis entender por que aquele garoto gostava tanto de atormentar Harry, Rony e Mione, quando começou a namorar Harry ele também a atentava, entendia que ambos eram de casas rivais, que ela era uma Weasley e ele um Malfoy. Mas por que tanta implicância?!
-Normal para mim, é não mostrar nenhum sinal de fraqueza, Malfoy¿s não amam, Malfoy¿s tampouco choram. -disse Draco, agora não estava medindo palavras e, contando com os dedos, continuou a recitar as regras da família Malfoy. -Malfoy¿s sempre são arrogantes. Sempre se esforçam, Malfoy¿s tem ambição, tem coragem, mas no perigo, é cada um por si. Ah, lógico, duas regras importantes, que eu nunca poderei esquecer: Malfoy¿s te maneira nenhuma podem se envolver com sangue ruins, com mestiços e com os Weasley¿s. Todo Malfoy se envolverá com as artes das trevas. -terminou Draco com uma falsa calma e disse depois de um longo tempo de silêncio. - Eu segui todas essas regras. Como disse Weasley - disse Malfoy olhando atentamente para Gina- a minha infância, para mim, foi normal.
-A sua infância... Discutiremos depois sobre isso. Já está na hora do almoço. Vamos, Malfoy - disse Gina, levantando e indo até a sala de jantar.
******
-Malfoy!-disse Gina, Malfoy estava na biblioteca lendo qualquer livro, mas como estava com sono resolveu subir até seu quarto, Gina estava na sala, estava lendo uma revista que mandara Tom comprar.
-Fale, Weasley.
-Bom, não sei se você comemora o natal, mas como hoje, é dia 24 faremos uma pequena ceia.
-Quem fará?-perguntou Draco, com um sobrancelha levantada.
-Bom, eu falei com Tom, ele aceitou. E, como, agora são duas horas da tarde, e nós precisamos deixar a casa com espírito natalino... você bem que poderia me ajudar né?-falou Gina, bem mais animada.
-Weasley, por diabos, você não vai querer enfeitar a casa agora.-falou Draco descrente.
-Por que não? Eu não vou enfeitar a casa toda! Só quero uma ajuda para montar uma árvore aqui na sala. Vamos, Malfoy! Será que você é tão inútil? Vai, você vai me ajudar!-falou Gina, já estava na escada, segurou a mão de Draco e começou a puxá-lo escada a baixo. Draco não se manifestou, apenas olhava as duas mãos entrelaçadas, mas não teve muito tempo para observar, Gina já largava a sua mão e começou a dizer:
-Ok, você pode muito bem abrir aquela caixa para mim. Depois você monta a árvore e por ultimo me ajuda a colocar os enfeites.
-Olha, por que você não abre a caixa, depois eu posso até pensar em te ajudar a montar e por fim, você pede para o Tom e para aquelas duas mulheres que trabalham aqui para te ajudar com os enfeites?-falou Draco, por fim, revirando os olhos.
Gina escutou aquilo e disse:
-Eu não a abro a caixa, Malfoy, porque eu não quero quebrar a minha unha. -ao ver Draco revirando os olhos, Gina disse:- olhe o tamanho delas, Malfoy! Elas estão compridas demais. Segundo, a árvore é enorme! Tem dois metros de altura, e eu nunca que conseguiria carrega-la. E por último, há muitos enfeites, eu chamarei Tom, para te ajudar, enquanto isso. Você pode muito bem começar o serviço. -disse Gina, se encaminhando até a cozinha, na porta parou e disse:- Quando eu chegar à sala com Tom já espero que você tenha conseguido tirar a árvore. ¿disse e adentrou na cozinha.
Draco resmungou e começou a abrir a enorme caixa.
Teria muito trabalho.
*****
Seis horas da tarde, já se podia ver na mansão Zabini uma enorme árvore, toda decorada com bolas, pequenos sinos de cristais, e na ponta da árvore uma estrela de ouro.
Draco estava exausto, montara a árvore, com uma pequena ajuda de Tom, fora ele que colocara a estrela na ponta e, tivera que escutar Gina, falando há todos os instantes que aquela bola vermelha nunca poderia ficar perto da prateada.
Finalmente subiu, deitou na cama, mas antes que dormisse, Draco escutou alguém batendo na porta.
Atendeu, era Gina Weasley. Estava com a mesma roupa de antes e disse:
-Esqueci de te avisar. Nove horas da noite, na sala de estar.
-Weasley... Por que?-foi a única coisa que Draco disse.
-Ora, nós teremos a nossa ceia, Malfoy. É apenas esse recado, esteja lá, às nove horas da noite.-falou Gina revirando os olhos
-E... se eu não estiver?-disse Draco, Gina revirou os olhos e depois sorriu e disse:
-Então, você será morto por mim. -falou Gina, fechando a porta.
Draco apenas deitou em sua cama e logo em seguida adormeceu.
***
Nove horas da noite, Draco desceu, estava impecável, usava uma camisa branca e uma calça preta, simples, por cima ainda colocara um sobretudo também preto.
Gina se atrasou dez minutos, mas ao vê-la, Draco suspirou, a ruiva estava linda, usava um vestido verde esmeralda, que deixara suas costas nuas, mas Draco não vira esse detalhe, porque a ruiva também estava com um casaco preto por cima. Mas o encantava Draco eram os cabelos de Gina, estavam soltos, mas agora, invés de estarem escorridos, eles estavam cacheados.
-Você está atrasada.-disse Draco.
-Eu sei. Me desculpe.-disse Gina e a mesma continuou.-Pode retirar o casaco. Eu vou fazer um feitiço para aquecer a casa. -disse Gina, pegando discretamente a varinha, murmurou e feitiço e a casa logo se aqueceu.
Gina retirou o casaco e ficou de costas para Draco, o mesmo ficou estático, ao ver as costas de Gina nuas, ele apenas conseguia pensar em abraçá-la de costas, afagar aqueles cabelos, mergulhar novamente naqueles olhos castanhos e por fim, beijá-la.
A ruiva virou-se para ele. Ambos começaram a se olhar, novamente aquela mesma sensação, a mesma sensação que ambos tiveram há mais de um mês atrás.
Draco caminhou calmamente até a ruiva. Quando estavam numa distância, que diria Gina, já era perigosa, a mão de Draco novamente começou a brincar com os cabelos da ruiva.
Nesse momento, Gina já não agüentando mais, enlaçou Draco pela cintura, os rostos próximos, a respiração cada vez mais rápida...
Gina fechou os olhos, aquele era o momento, a mão do loiro não estava mais nos cabelos de Gina, agora ambas as mãos dele seguravam a ruiva pela cintura.
Draco começou a aproximar lentamente, queria que aquele beijo fosse único, especial.
E a beijou. O beijo, ah, aquele beijo! Não esqueceria nunca. Os lábios selados, as línguas se enroscando, a mão de Draco ¿passeando¿ pelo corpo da ruiva. Gina desarrumando levemente o cabelo loiro...
Quando ambos estavam quase sem fôlego, se separaram, Gina ainda o observando disse:
-Feliz Natal, Malfoy.
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