Ao farfalhar das folhas



Hey geente... To aqui na boa vontade postaando meu primeeiro drama e minha primeira short *bate plamas* YEH! Viva euu...
Espero que vocês gostem e pá... Porque eu gostei muuito de escrever essa fic *-*
Beein, se tive alguns eloogio *-* ou uma critica ;D to aki okeyy?! coomenteem! yeh!
Opaa e aquii vai uma dedicatooria especiial pro meuu melhooor amigo Giovanni Mosena! TE AMO³ BESTE FRIIEND ^^
YEH! ;*

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Victorie acordou com fortes dores de cabeça. Ela queria vê-lo. Seus olhos ainda fechados latejavam, eles arriscaram a se abrir. Como ela havia parado ali mesmo? Numa pequena sala branca com vários aparelhos ligados ao seu corpo. Na mesinha, ao lado esquerdo da cama, havia um pequeno espelho. Ela experimentou observar seu reflexo, mas afinal, quando ela havia ficado tão feia assim? Enormes olheiras rodeavam seus belos olhos verdes, tinha uma expressão de cansaço e dor no rosto, e seus cabelos estavam mal-cuidados. Ela sorriu, como se sorrisse para uma estranha pessoa refletida no seu espelho.
Ela olhou cautelosa em volta a procura de sua varinha, não encontrou, mas encontrou uma poltrona perto da janela que estava ocupada. Sirius dormia em um ângulo estranho, desajeitado, sentado na poltrona, ele não estava muito melhor que Victorie, também tinha roxas olheiras, um pequeno corte no lado direito do rosto pálido, e seu peito descia e subia conforme sua respiração.
Enfim Victorie se lembrou de tudo...

Flash back:
Victorie estava deitada na ala hospitalar, e lá estava uma velha senhora tratando dela.
- Eu disse que estou bem! – Disse Victorie sorrindo. – Só estava um pouco cansada.

- Não se mecha! – Pediu a senhora olhando severamente para ela.
Ela se calou e ficou relutante até a mulher terminar de examiná-la. Alguns minutos depois a senhora chamou uma menina mais nova e comentou alguma coisa, a menina saiu apressada, e em seguida apareceram varias pessoas de branco para carregar Victorie dali.
- O que? Eu estou bem! Para onde vão me levar? - Perguntou ela assustada tentando se livrar das pessoas.
- Calma agora senhorita McGee. – Pediu a senhora. – Estamos te levando para o St Mungus.
Victorie ficou aterrorizada e enfim consegui fugir das varias pessoas de branco e saiu correndo por um corredor, vestindo apenas uma camisola de hospital. Correu por vários corredores, até que trombou com um moreno simpático e ambos caíram no chão. Ela resmungou um palavrão, até se dar conta de quem realmente era.
- Vicky? O que esta fazendo aqui? Porque não está na ala hospitalar? – Perguntou Sirius Black ajudando-a se levantar.
- Sirius! – Murmurou a garota se abraçando com força no moreno. A sua dor de cabeça voltava a atacá-la.
- O que houve Vicky? – Perguntou ele olhando nos olhos dela.
- Eles querem me levar para o St Mungos! Não deixe! Por favor... – Ela sussurrou baixinho.
- Vicky! É melhor você ir, essa dor de cabeça pode ser grave. – Disse Sirius.
- Não deixe Sirius, eu não quero. – Sussurrou ela com lagrimas nos olhos. – Por favor, eu não quero ficar longe de você.
Sirius silenciou por uns segundos e então a ajudou caminhar para uma sala vazia. Sirius fechou a porta e ambos se sentaram.
- O que esta acontecendo Vicky? – Perguntou Sirius à menina que não parava de chorar.
- Eu estou doente Sirius. – Disse a menina rouca.
- Então vamos voltar para ala hospitalar. – Disse Sirius se levantando.
- Não. – Pediu a menina. – Por favor, me escute um segundo. – Sirius se sentou novamente. – O que eu tenho, é grave... E eu tenho medo de não ter cura. – Sussurrou ela.
Sirius prendeu a respiração.
- Como não tem cura Vicky? – Perguntou ele ficando pálido. – Os curandeiros vão ter uma cura para o que você tem! – Disse ele desamparado segurando firme a mão de Victorie.
- Não, eu acho que eles não têm. – Ela levou a mão à cabeça, a dor estava se tornando insuportável, a cor de seu rosto estava fugindo.
- Vamos Vicky! Qual é? Vamos até a ala hospitalar. – Sirius se levantou novamente.
- Para Sirius! - Pediu ela com mais lagrimas escorrendo-lhe os olhos. – Eu estou com medo. – Ela sussurrou.
Sirius também estava com medo, afinal era difícil encontrar uma doença que os curandeiros não dessem jeito. Ele a abraçou com força. E ela desmaiou.

Fim de flash back.

Victorie se sentou na cama, observando Sirius, fazendo o mínimo de barulho possível. Espiou a janela, era fim de tarde, o céu limpo e azul, com apenas algumas nuvens que alternavam de cores entre azul e rosa, lembrando algodão doce. Ela retirou os adesivos que seguravam os aparelhos em seu corpo e se levantou. Sentia-se tão fraca que teve receio de não conseguir andar. Apoiou-se numa estante cheias de papéis e documentos. Escolheu um aleatoriamente e o abriu:
“ Victorie Lorehan McGee... Paciente do quarto 7 reside em Londres... Tem o ensino bruxo completo... Foi constatado um tumor inoperável cerebral...”
‘Ah, sim... Eu tenho câncer... Victorie Lorehan McGee, vencida por uma doença trouxa, com os dias contados.’
Victorie guardou o papel novamente e caminhou silenciosa até a sacada, abriu lentamente a porta de vidro e deixou o vento abraçar-lhe o corpo fraco e praticamente inútil. Deu um passo para fora e encheu o pulmão com todo ar puro e cheio de vida que habitava ali. Respirou como se aquilo pudesse lhe trazer de volta a vida, como se pudesse viver por mais muitos anos, como se pudesse viver...
Fechou os olhos e deixou que a sensação da tarde tomasse conta de seu corpo, um vento aconchegante soprou e seu cabelo negro esvoaçou, ouviu ao longe um casal de passarinhos cantarem para ela, e o leve farfalhar de folhas com a mínima brisa lhe fez sorrir.


Flash Back
Era o último dia dos alunos do sétimo ano em Hogwarts. O salão principal estava cheio de belas moças e gentis garotos. Todos dançando ao leve ritmo de uma valsa lenta. Victorie foi para fora, lá estava mais fresco... Já era noite, e o jardim estava escuro, mas mesmo assim o farfalhar de folhas ainda lhe era aconchegante, sua cabeça deu uma pontada, ela cruzou os braços e fechou os olhos ainda com um leve sorriso no rosto.
- Senhoria McGee? Pensando em mim? – Perguntou Sirius tocando de leve seu ombro.
Victorie se virou depressa para ele e abriu os braços para abraçá-lo. Como ela o amava, mas não tinha coragem de lhe revelar seu amor.
- Esta tudo bem? – Perguntou Sirius sorrindo marotamente. Ele também a amava muito, mas com ela era diferente, era a única com que Sirius era tímido e não tinha coragem de lhe falar de seu amor.
Victorie sorriu com um mudo sim.
- Você não vai entrar? – Perguntou Sirius lhe oferecendo o braço.
- Não dessa vez. – Disse ela aceitando o braço do moreno e levando-o para o jardim.
- Onde estamos indo Vicky? – Perguntou Sirius.
- Aqui! – Disse ela apontando para uma enorme árvore, talvez a maior do jardim. Estava bem próxima ao lago, e suas folhas balançavam ao ritmo de uma valsa. Ela se sentou junto às raízes da árvore, deixando um espaço ao seu lado para Sirius sentar-se. O moreno sentou-se e passou o braço pelos ombros de Victorie.
Ambos ficaram em silencio por um momento, Victorie hesitou.
- Sirius... – Começou ela com a voz rouca.
- Sim? – Perguntou ele olhando-a.
Ela ficou em silencio, não sabia como dizer aquilo, ou porque queria dizer aquilo, mas ela o amava é isso era inevitável. Sentiu uma pontada um pouco mais forte em sua cabeça, mais ainda era suportável.
- Você ia dizer alguma coisa Vicky? – Perguntou ele ainda a encarando.
Ela tomou fôlego. E sentiu outra pontada em sua cabeça, cada vez estava ficando mais forte. Ela fechou os olhos com força e cravou a mão direita na terra para não gritar. Ela reabriu os olhos e viu o Sirius um pouco embaçado. Ele estava se aproximando dela, tudo que ela queria que acontecesse estava acontecendo.
Mas se ela estava feliz... Por que sua cabeça doía tanto? Ela suspirou alto e em seguida desmaiou nos braços de Sirius.

Fim de Flash Back
- Vicky? – Perguntou Sirius trazendo-a de volta para o presente.
- Como é lindo o céu, não? – Perguntou ela ainda de olhos fechados.
- Vicky...
- Sirius, eu te amo, e amo mais do que tudo nessa vida, ate mais do que o céu. – Ela disse baixinho.
Então ela se virou e o encarou com um leve sorriso na face e o abraçou com força. Sentiu aquela costumeira pontada na cabeça e suas pernas amoleceram. Ela cedeu e Sirius a segurou. Sentou-a no chão gelado.
- Espera um minuto. – Sussurrou Sirius com os olhos marejados. – Vou chamar um medico.
Ele fez menção de solta-la, mas Victorie segurou sua mão.
- Não me deixe aqui sozinha. Por favor. – Pediu ela com a voz fraca.
Sirius a ajeitou em seus braços com as lagrimas caindo-lhe pelos lidos olhos negros.
- Prometa que não vai me deixar aqui sozinha? – Perguntou ela com os olhos entreabertos e as lagrimas lhe escorrendo livremente pelo rosto.
- Eu prometo. – Murmurou Sirius a Victorie e depois beijou sua testa. – Eu também te amo muito Vicky.

Flash Back
- Victorie! – Berrou Sirius debaixo da chuva.
- Anda Sirius! Vamos nos divertir! Qual é? – A morena saltitava rua a fora, debaixo da chuva.
Sirius a alcançou e segurou com força o seu braço.
- Por que você tem que se tão egoísta? – Perguntou ele. Por mais que chovesse muito, Victorie sabia muito bem identificar as lagrimas do rapaz. E sentiu uma forte pontada, desse vez não na cabeça, mas no coração... Ver a pessoa que ela mais amava sofrendo a fazia sofrer também.
- Eu não estou sendo egoísta. – Disse Victorie alterando a voz entre um sussurro e sua voz natural. E se divertido com isso.
- Você ainda não entendeu? Você está doente! Você está com os dias... – Sirius não conseguiu terminar a frase. Soltou Victorie e caminhou até um banquinho ainda de baixo da chuva. E baixou a cabeça.
Eles haviam acabado de sair de um médico e ele constatara um tumor inoperável no cérebro de Victorie.
- Sirius... – Chamou ela e se sentou ao lado dele. – Por favor... Eu não quero pensar nisso agora. Ainda posso cantar, e isso me deixa feliz! – Disse ela.
Sirius soltou um sorrisinho mais ainda chorava.
- Vamos tomar um chocolate quente? – Perguntou a morena se levantando.
Sirius a acompanhou.
Eles entraram em um pequeno café bar. E ambos pediram chocolates quentes. Sirius ainda chocado tomou silencioso seu chocolate e não pronunciou uma palavra se quer a noite intera.
- Sirius... Eu não gosto de te ver assim. – Disse Victorie acariciando-lhe a face.
Sirius voltou-se para ela, seus olhos estavam um pouco vermelhos e tinha uma lagrima por cair. Ela limpou essa lagrima e se aproximou lentamente dele. Sirius disfarçou e fingiu estar entretido com o resto de chocolate no fundo da caneca. Victorie suspirou e terminou de tomar seu chocolate em silencio.

Fim de Flash Back

Victorie fechou os olhos e ouviu Sirius chamar seu nome. Mas ele lhe parecia muito distante, a voz dele parecia-lhe um pouco abafada. Ela apenas ouvia o farfalhar das folhas em ritmo de valsa.
Sirius trouxe-a para mais perto de si e passou sua mão pela face de Victorie.
- Vicky! Eu te amo! Eu realmente te amo! Por favor, não se vá! – Pediu ele apertando ela entre seus braços.
O corpo da menina pareceu ficar gelado, sua boca entreaberta estava um pouco roxa e sem vida o braço dela caiu silenciosamente ao seu lado. Mas para Sirius parecia um baque ensurdecedor.
- Vicky? – Chamou ele.
Então selou seus lábios nos lábios sem vida de Victorie. Aquele foi o primeiro beijo de um eterno amor, o primeiro, único, e último...
Ela estava morta. Sirius a segurou com força e chorava muito, o coração do jovem rapaz sangrava, como se alguém tivesse fincado uma faca pontuda e enferrujada em seu coração.

Depois disso Sirius viveu por alguns longos anos, teve um sobrinho... Mas nunca uma nova namorada. Ele viveu solitário e triste...
Hoje, você deve saber tanto quanto eu, que Sirius foi morto por uma maldição da morte lançada pela mais fiel comensal de Voldemort, ele morreu sorrindo, talvez por saber que em breve encontraria sua amada novamente. Algumas pessoas dizem que ao Sirius ser atingido pela maldição imperdoável, e passar pelo véu que até hoje não se sabe muito, houve um leve farfalhar de folhas. Outros, ainda, dizem que quando Sirius morreu ouviram uma doce voz feminina chamá-lo. Mas isso são apenas boatos.
No que eu acredito verdadeiramente é que por mais que o corpo de ambos tenha partido, em espírito o amor deles ainda reina sobre nós, aquecendo cada dia ensolarado e soprando cada brisa que provoca o barulho das folhas ao vento. Pode não ser verdade para você, mas ouça o farfalhar de folhas lá fora, e pense nisso.





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