Raios da Nova Manhã
O tempo parecia ter parado. Harry não podia mais ver nada ao seu redor. Tanto que Sirius cuidava de Snape e Bellatrix junto com os Bruxos Escolhidos.
O ambiente repleto de sangue contrastava com a face morena e limpa de Ranany Rose Nichols. Até mesmo morta ela era extraordinariamente bela. Harry não parava de olhar sua face cujos lábios rosados começavam a empalidecer lentamente. Em grande desespero, Harry aplicou um beijo àqueles lábios quase brancos. Porém, nada ganhou vida, como esperava dos filmes vistos de trouxas. Lágrimas não paravam de rolar de seus olhos. Agora tinha notado que seus óculos estavam muito sujos e a lente esquerda estava trincada. Mas nada tirava da sua atenção principal: Rany. Ela estava deitada em seus braços com seus cabelos longos esparramados pelo chão abatido e molhado em sangue, dela e de outras pessoas e criaturas. Abraçou-a fortemente falando coisas murmurando. “Você não pode me deixar, Rany! Eu te amo... e sempre vou te amar!”
Olhou a sua volta: Todos ainda lutavam bravamente. Pareciam estar ganhando, mas um outro exército havia saído da floresta para superá-los. Alguns anões estavam tentando cortar os cipós e raízes que prendiam os gigantes. A sorte era que os cipós e raízes eram grossos e muito duros, mas nada como a persistência.
Retornou a olhar sua recém-morta namorada. Sua pele que começava ficar fria fez Harry chamar a atenção. Harry não tinha mais voz para nada. Deitou-a agora contra o chão e segurou-lhe a mão e beijou-a fortemente. “Meu amor, vença Voldemort por mim” Essas palavras saíram da mente de Harry. “Ela me pediu para vencer Voldemort, como farei isso?”
Tudo estava um holocausto. Cobras agarravam acromântulas e vice-versa. Voldemort matava guerreiros aos montes, tinha um pouco mais de dificuldades em especial com os aurores, ainda mais com a auror Ninphadora Tonks. Esta sim ele tinha um pouco mais de dificuldade.
“Meu amor, vença Voldemort por mim” novamente a mesma frase veio-lhe à tona.
- Rany? – Harry esperançoso ouviu-se falar.
Duma explosão branca e pura surgiram vários vultos que Harry foi reconhecendo.
Sua mãe, Lílian, seu pai, Tiago, Alvo Dumbledore, Cedrico Diggory, e tantos outros conhecidos e desconhecidos para Harry que surgiram. E do meio deles estava quem ele estava esperando mais do que nada nesse mundo: Ranany Nichols. Ela surgiu com uma paz e saúde incrível.
- Rany... – Harry falou sorrindo.
***
- Ray, com quem Harry está falando? – David perguntou vendo tudo. Harry estava em pé olhando para cima e falando coisas sozinho.
Ray que estava ali junto a alguns feridos os curando, saiu deixando com uma mulher cuidando dele. Voltou à janela e viu. Sua irmã ao chão com os olhos fechados.
- David... – Ray já estava com a voz embargada de choro. Desesperada perguntou: - Me diz que aquela não é minha irmã...
- Quem? – David procurou e viu a mesma cena. – Ray.... – David ajuntou-se à Ray e a abraçou. – É ela, sim!
- NNNãããoooo.... – e começou a chorar.
***
- Rany, quero ir com você... – Harry falava deslumbrado com tanta luz e beleza. Seus pais estavam ao lado dela.
- Não diga isso, Harry! Você me prometeu... – Rany falava sorrindo preocupada. – Vá agora até os Bruxos Escolhidos Anciãos e desvende o enigma. Leve meu corpo junto com você...
- Rany, eu não quero mais viver nesse mundo mau e perigoso. Quero ficar com você, aí... me leve, por favor!
- Harry, por favor, nunca mais diga isso! Você tem que lutar! Por mim, por nós dois...
- O que adianta? – Harry havia gritado. – Não vai Ter diferença! Você não vai estar aqui comigo!
- Harry, eu sempre estive com você, até mesmo antes de nós nos conhecermos... fomos feitos um para o outro... sempre estarei em você! Mas, agora, vá e ajude seus amigos e o mundo...
- Isso filho! – Tiago falou sorrindo e abraçando o ombro de Rany.
- Filho, você é o Escolhido! E como Escolhido, você tem que desempenhar sua função! Nunca desista, querido! Tenha fé! – Lílian falou com as mãos juntas e mostrando uma fé inabalável.
- T-tudo bem... – Harry falou abaixando-se e recolhendo o corpo de Rany.
Durante o caminho tempestuoso, Harry passou por lutas extraordinárias de luzes de todas espécies de cores, mas com certeza as que dominavam eram as cores verde e vermelho. Entrou calmamente no castelo. Mas ainda ouviu um grito de Lorde Voldemort falando seu nome.
Harry colocou o corpo de sua amada próximo à irmã que chorava muito.
- NNNãããoooo.... Harry, como pôde... – Ray gritou com muita raiva. – como pôde... – correu e esmurrou o peito de Harry uma vez, mas na próxima vez ela não teve forças e agarrou-se em sua camisa molhada do sangue de sua irmã. Lá mesmo ela chorou.
- Harry, você está bem? – David perguntou aproximando-se dele. Harry nada respondeu. David abaixou a cabeça olhando o corpo da garota maravilhosa.
Harry deu meia volta deixando lá as gêmeas.
- Harry!
Ele rapidamente volveu e viu dona Molly Wesley que corria para lhe dar um abraço. Harry sentiu uma grande repugnância em abraçá-la, mas fez o que pôde para não ofendê-la.
- Você está bem, meu filho?
- sim...
- Mas, o que...
Harry não disse mais nada. Saiu correndo. Desceu algumas escadas das masmorras e achou a porta pela qual entrou pela primeira vez junto dos seus amigos e de sua amada. Mais uma vez teve vontade de chorar muito. Caiu de joelhos e fez o que deu-lhe vontade. Gritou e chorou como ninguém já houvesse chorado. Sentia o gosto amargo das lágrimas penetrarem na sua boca rubra.
- hahahaha....
A gargalhada foi fatal. Harry se levantou e gritou com a varinha numa direção: “SECTUMSEMPRA!”. A magia vermelha voou numa direção e alcançou um homem vestido de negro. Esse cortou-se totalmente em seu corpo magro. Harry saiu com tamanha ira com a varinha em punho e viu que era seu ex-professor de Poções.
- Snape! – Harry gritou.
- Harry... – Snape falou suspirando.
- Canalha, ESTUPEFAÇA!
- PROTEGO! – Snape fala com muita dificuldade.
Foi tanta a potência do ataque que o corpo do adversário voou e bateu fortemente contra a parede.
- Idiota, Miserável! Você matou muitas pessoas que tanto eu amava! – Harry caminhava fora de controle. Snape olhava aterrorizado. – CRUCIO! – Harry falou com a varinha em punho. Snape se contorcia de dor no chão.- Você ajudou Voldemort a matar meus pais, matou Dumbledore, e ainda o meu bem mais precioso! RANYYY! – Harry citou o nome o que o fez parar com a magia imperdoável. Não, Rany não gostaria que ele se transformasse num assassino por sua causa. Parou e deixou o homem deitado agonizando suas feridas. Correu e entrou na porta.
- Senhor Harry Tiago Potter, rapidamente nos vimos! – Ratiarac falou ao vê-lo entrar.
- Não tenho tempo, Ratiarac! Tenho um mistério a desvendar!
***
Harry tinha passado por uma única porta dessa vez. As seis portas anteriores não existiam mais. Apenas uma que levava direto para os Bruxos Anciãos.
Uma vez lá, Harry, sentado num degrau, chorava tentando desvendar esse maldito enigma.
“Por que eu? Por que eu?” Harry travava uma grande batalha com ele mesmo.
Ao seu redor não havia ninguém, nem mesmo os velhos Bruxos Escolhidos. Tudo estava escuro. O salão-floresta apenas era iluminado pelo pequeno lago que mostrava cruelmente a batalha que acontecia lá fora. Harry ali mesmo estava seguro. Mas e os outros? Ele se levantou banhado em lágrimas e viu que Hermione estava semimorta ao chão. Rony estava apanhando de um comensal da morte. Ele, talvez, estava muito exausto. Draco e Diana pareciam ser os únicos que não pareciam cair... mas que nada! Diana acabara de levar uma magia de cor azul e caiu inconsciente no chão. Draco tentou ajudá-la como pôde. Mas acabou caindo também.
Toda essas cenas faziam Harry se desesperar. Continuou a ver. Mas uma cena o fez cair para trás de horror. Lorde Voldemort acabara de usar o AVADA KEDAVRA em seu padrinho. Ele caiu junto a Everlin Harlow, que havia saído do campo de feridos para ajudar seu amado e tivera essa horrível cena.
“Não, não, não, não....” Harry parecia estar paralisado, mas sua cabeça não parava de o torturar com as imagens. “Por quê? Por que eu?” Harry colocava a mão da cabeça numa triste tentativa e retirar tudo da cabeça. “Rany... Como eu te... como eu te amo, meu amor... onde você está?”
“É algo que todos sentimos, Algo que até animais irracionais, Sentem de uma forma Resumida e Pura” lentamente partes do enigma penetraram na cabeça atormentada de Harry. “Algo que tão misterioso e simples Que de repente se torna Um trabalho árduo e cansativo Para desvendar-se;” Harry abriu os olhos como se visse algo lindo e belo à sua frente. “Apenas um coração vazio e solitário É capaz de não sentir Tremendo Sentimento que é... é o AMOR! É isso mesmo... Ora puro, delicado, difícil, fácil, só pode ser o amor! É...”
- O AMOR!!! – Harry gritou de alegria.
De repente tudo é iluminado revelando um belo jardim com várias flores de todas as cores, tudo em perfeita harmonia e alegria. Por um momento Harry sente uma extrema felicidade encher-lhe o peito. Do meio desse salão-jardim iluminado, aparecem, novamente, os seis Antigos Bruxos Escolhidos.
- Harry Potter! – Yrrah fala no meio deles. – Você desvendou o Enigma dos Bruxos Escolhidos... Agora você tem tudo para derrotar o Lorde das Trevas. Volte, lute e use o poder que você acabou de desvendar...
- O amor?.... – Harry parecia não entender.
- Exato!
- O.K.!
***
Harry percorria o corredor das aranhas e ao sair deparara com um corpo caído no chão e já parecia estar em decomposição. Harry se aproximou e reparou mais uma vez: Snape não agüentou e faleceu. Harry olhou com um rosto que não demonstrava nem prazer nem ódio.
Continuou a correr, passando pela entrada das masmorras e percebeu que alguns comensais da morte lutavam com Ray, David e alguns alunos que estavam cuidando dos mortos e feridos. Harry correu e gritou usando a BOMBARDA. Esses atingidos voaram e caíram mortos.
- Harry! – David gritou. – Você está bem?
- Sim... agora vou acertar contas com uma pessoa! – Harry falou passando pela porta.
- Harry! – Ray gritou. Ela correu quando percebeu que Harry havia parado e não tinha se virado para ela. – Eu sei que não foi sua culpa. Eu sei que você fez o que podia!
- Ray... me perdoe! – Harry falou de cabeça baixa e ainda de costas para ela.
- Será que você pode me dar um abraço? – Ray já falou chorando.
Harry se virara de cabeça baixa e sentiu um quente abraço ao seu corpo. Acariciou os cabelos da irmã de sua amada. Ah, como eram diferentes... Rany era mais dura na queda e tinha os cabelos lisos, já a Ray é uma manteiga derretida, além dos cabelos ondulados. Olhou para frente, David dava esperanças a Harry com um rosto encorajador.
- Tudo bem, David cuidará de você... – Harry falou se virando e já correndo para o infernal campo de batalha.
Avistou Lorde Voldemort que lutava com cinco aurores: Tonks, Arthur e outros mais que eles não conheciam. Harry caminhava sem medo do que ocorriam ao seu redor. Mas acabou chegando perto de Draco que tentava defender a sua irmã que estava deitada no chão. Harry chegou fazendo a mesma magia nos comensais da morte. Estes voaram e caíram no chão mortos ou semimortos.
- Obrigado, Potter! – Draco falou.
Harry continuou o caminho, mas ouviu o grito de Draco atrás de si. Harry virou-se e percebeu que ele chorava ao lado do corpo de sua irmã, Diana. Harry não pôde parar para lhe dar apoio. Tinha coisas mais fortes a resolver. Continuou. Ao chegar perto da grande batalha...
- Deixem-nos a sós! – Harry gritou para os outros aurores.
- Tem certeza, Harry? – Tonks perguntou com a varinha em punho.
- Sim!
- Tudo bem, vamos pessoal!
- Ora, ora... Não é que vamos lutar, finalmente! – Voldemort gritara excitado.
- Você vai cair hoje, Voldemort! – Harry falou com ódio no rosto. – Hoje tenho uma arma que você não é capaz de opor!
- Hmmm... e o que é, garoto?
- Uma arma que você não tem e nunca terá, Voldemort! ESTUPEFAÇA!
- AVADA KEDAVRA!
Porém, a magia de Harry estava evidentemente mais forte. Voldemort contorcia o seu rosto de cobra tentando agüentar o ataque. Harry caminhava em sua direção sem dificuldades.
- O que está havendo? – Voldemort gritava de medo pela primeira vez. – Será que você conseguiu...
- Isso! Tome isso, Voldemort! – Harry falou e empurrou a varinha o que o fez cair ao chão. Harry se aproximou dele e o olhou firme nos olhos. – Sabe qual é essa arma, Voldemort? – Harry percebeu o olhar interrogativo do inimigo e respondeu com a varinha em sua direção: - é o... AMOR!
Da varinha de Harry saiu um jato cor-de-rosa que percorreu um pequeno caminho até Voldemort. Essa luz o envolveu como um furacão. Este o fustigava com imagens que demonstravam amor: o filho com a mãe, amantes, casais, pai e filho, Hermione e Rony, David e Diana, Draco e Ray, Tiago e Lílian, e Rany e Harry que se abraçavam apaixonados no retrato da flor de Durmstrang.
Voldemort gritava com a repetição das imagens que ele nunca sentira antes.
- Voldemort, chegou sua hora. – Harry falou e caiu de joelhos de olhos fechados.
A espiral o elevou às alturas. Todos pararam e olharam aquela figura no ar. As cobras pareciam voltar ao normal e saíram correndo dali, assim como os lobisomens bateram em retirada junto com os dementadores.
O corpo de Voldemort desintegrara-se de vez. Apenas restou as cinzas de sua roupa. Logo após as cinzas caírem, Uma luz branca percorreu forte por todo o mundo. Quando a luz se apagara, os comensais da morte caíram inconscientes.
Pairou um enorme silêncio. Harry se levantou e percebeu que o céu limpou-se. Parecia que iria amanhecer.
Virou-se e viu que os corpos de Hermione e Diana, Sirius e de outras pessoas pairavam no ar por uma luz azul. Parou e ficou observando. Nisso, os corpos brilharam intensamente e deles as pessoas começaram a abrir seus olhos. Desceram e permaneceram de pé, sem entender nada, olhando suas mãos ou seus corpos.
- Diana, você está viva! – Draco falou correndo à ela.
- Draquinho! – Diana correu e abraçou o irmão.
- Você ressuscitou, assim como Hermione e os outros!
- Ressuscitei? Que dizer que eu morri, e ressuscitei... então quer dizer que nós ganhamos de Voldemort! Harry! Você conseguiu decifrar o enigma? – Diana correu e o abraçou.
- Sim, mas você pode me explicar o que aconteceu aqui? – Harry falou sorrindo e confuso.
- Bem, isso seria a lenda da lenda... a lenda diz que as pessoas mortas pela mãos do inimigo dos Bruxos Escolhidos seriam ressuscitadas após a vitória! – Diana falou.
Harry ouviu, mas ficou dividido. Não via sua amada em nenhum lugar. Olhou um lado e viu Sirius beijando ardentemente Everlin, assim como Melissa e Remo. Percorreu os olhos e viu Hermione com Rony. Harry parecia haver entrado novamente no pesadelo. “Harry...” Harry tinha ouvido. Não podia ser a Rany, estava ouvindo coisas. “Harry...!” novamente a voz dela gritava em sua cabeça. “Harry!” Dessa vez foi alto o suficiente para acordar Harry de seu transe. Olhou para trás esperançoso... viu uma garota linda de cabelos negros, lisos e esvoaçantes. Corpo magnífico e de pele morena clara. Ela vinha correndo e com um lindo sorriso. Quando se chocaram, beijaram como se nunca houvessem se beijado. Todos ao seu redor pararam e começaram a bater palmas. Ambos não pararam de se beijar, até que o fôlego acabasse.
- Rany... como eu te amo! – Harry falou com um lindo sorriso de felicidade.
- Harry, tudo bem... agora teremos um novo futuro... – Rany falou abraçada com a cabeça no busto de seu amado. – Agora teremos uma nova manhã, livre desse nosso pesadelo.
- É isso aí! – Harry falou beijando a sua testa longamente, ambos, como num só, admirando os primeiros raios de sol que marcariam, talvez, uma nova era para o mundo bruxo e trouxa junto de seus amores e amigos.
Só que dessa vez na esperança de um mundo melhor para todos viverem.
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