Dezoito
Ele sorriu. Acariciou seu rosto antes de beija-la intensamente.
Fora a primeira vez que ele ficou diante da bola de problemas que havia criado.
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- ...Fique tranqüilo, Lucius realmente não anda mandando muitos recados amigáveis as pessoas do castelo. Ainda mais a você. Deus, é Harry Potter. – dizia Midge, como sempre, aos calcanhares de Harry, tentando seguir suas passadas largas e imponentes pelo saguão. – As pessoas sempre te lançaram olhares estranhos. E não é só aqui. Basta sair na rua com você, sabe...
- Midge. – cortou Harry calmamente. – Tente não me abordar quando chego aqui. Uma vez em sua vida pelo menos!
Midge contorceu sua face numa careta de desgosto.
- Hei! Não fuja do seu social dentro desse lugar! Nem todos pensam em desdenhar você. – contradisse ela.
Ele forçou um riso.
- Midge, me diga quanto ganha para exercer serviço escravo dentro desse lugar, sozinha! – exclamou Harry subindo rapidamente os lances de escada.
- Não exerço serviço escravo, Potter! – protestou ela. – Mantenho a organização do castelo.
Harry tornou a rir.
- Já notou que tem que estar a par de tudo, passar recados ignorantes uns aos outros, fora o fato de ter que praticamente correr atrás das pessoas para poder mandar o recado. Tem que verificar se o castelo está em perfeito funcionamento, se está limpo. Quantas corujas chegam, quantas saem. Te pagam algo?
- Não preciso de pagamento! Tenho o mestre ao meu lado! – vociferou ela.
- Errado! – exclamou Harry parando num solavanco e virando-se para ela que parou assustada quase encontrando-se com ele. – Primeiro, não o tem ao seu lado. Ele a tem ao seu lado. Segundo, Sabe que odeia fazer o que faz e que faz somente para se manter viva. Terceiro, você é só a simples “secretaria”, de que me vale você ser a única pessoa que me da um sorriso sincero aqui dentro?
Midge assumiu um ar indignado e assustado.
- Deus, Harry! O que te deu afinal? Não era assim! – exclamou.
Harry deu as costas e continuou a andar a passos largos pelo corredor.
- Desculpe, mas apenas trabalho para o lorde das trevas. Não espere que eu abrace a simples “governanta da casa”. – zombou ele.
Virou o corredor e deixou para trás uma Midge assustada, decepcionada e, ao que lhe veio a mente, triste.
Certo, Midge era a única pessoa no castelo em quem podia cogitar em confiar. Voldemort sabia disso. Apenas fez seu trabalho de afastá-la de si. Rebaixa-la foi seu único pensamento.
Com um certo receio seguiu em frente por ter feito mal a única que poderia lhe estender a mão ali, mas sabia que Voldemort aprovaria sua atitude de preconceito e isso talvez lhe rendesse mais um ponto em sua nota na boa lista de Voldemort.
Seguiu pelo largo corredor, cruzou com uma bela estatua de mármore que era banhada pelo sol da tarde que vinha de um distante vidro ao teto e de umas janelas a parede. Chegou a outra escada e foi para o outro patamar do castelo. Continuou em seus passos decididos e firmes ao seu destino quando foi surpreendido pela voz de ninguém menos de Krum as suas costas.
- Déjà prévu de vous trouver ici, Potter! – exclamou ele no seu belo francês. Harry o ignorou apenas seguindo seu caminho sem olhar para trás. – Não vai ser sociável nunca? – Harry continuou a ignorá-lo. – Certo, fiquei sabendo de sua missão. – tal comentário foi capaz de fazer com que Harry parasse.
Não que ele realmente quisesse parar, entretanto, tal ato foi espontâneo de sua parte. Ele pode quase notar o sorriso vitorioso de Krum esboçar-se na face do homem sem ao menos olha-lo.
- Incrível como Hermione meche com você. – zombou o homem.
Harry virou-se com um ar aborrecido.
- Não diga o nome dela. – disse cheio de raiva.
Krum riu.
- Não diga o nome dela? – retrucou num falso ar intrigado. – Ora, Potter, eu que digo isso a você! Veja o que vai fazer com ela.
- Não é tão diferente do que quase esteve por fazer a poucos anos atrás! – retrucou Harry.
- O que eu fiz não se compara ao que vai fazer! – disse Krum. – Sabe que Voldemort queria apenas te provocar querendo traze-la para o ciclo e sabia que se me casasse com ela isso seria mais fácil. Me diga, Potter, o que fez? Disse a ela que era um comensal e que precisava engravida-la para mostrar ao mestre que esta disposto a segui-lo agora. Implorou para que ela o ajudasse e ela cedeu ao seu pedido?
Harry contraiu seu rosto numa careta.
- Não sabe sobre minha relação com Hermione! – foi a única coisa que viu-se capaz de dizer.
- O que sei é o que vejo nos jornais. – disse Krum. – Alguns até arriscam dizer que vão se casar. Desde aquela foto de vocês, como uma bela família a passeio, no centro de Londres. Você até que sabe disfarçar bem, Potter, ou acaso está realmente feliz em poder ficar com ela?
- Ao menos a amo de verdade. E você? Iria mesmo se casar com ela porque era uma ordem de Voldemort? – implicou Harry.
- E você, Potter? A engravidou mesmo porque era uma ordem de Voldemort? Quando chegou a realmente cumprir ordens de Voldemort por livre e espontânea vontade?
Harry se aproximou do homem com sua expressão de nojo e vociferou:
- Se quer mesmo saber, não foi uma ordem. – ele procurou acalmar-se esboçando um sorriso fino nos lábios e pode perceber a que ponto conseguiria ser falso. – Vocês todos desse castelo não tem idéia dos planos de Voldemort. São cegos e somente os que conseguem ver estarão num alto posto ao lado dele quando Voldemort finalmente mostrar seu rosto ao mundo depois de anos.
A expressão de Krum foi um tanto indecifrável neste momento. Seu rosto contorceu-se e ele respirou fundo.
- Acaso pode ver, Potter? – indagou o homem.
- Acaso está cego, Krum? – retorquiu Harry dando as costas e voltando a seguir seu caminho como se nada tivesse o abordado no caminho.
_****_
- Ela é extremamente teimosa, acredite, ainda não sabe! – insistiu Harry sentando-se na poltrona esmeralda quando Voldemort a apontou com a mão.
- Já se passou um bom tempo, não? – disse o Lord enquanto enchia duas taças de vinho tinto. - Não é possível que ela não tenha ao menos cogitado.
- Na ceia de natal ouvi Gina falar com ela. Lhe alertou, mas Hermione é teimosa. Ela detesta hospitais e vai em um somente em ultimo caso.
- Ela pode já saber e não ter lhe contado. – disse Voldemort estendendo-lhe a taça de vinho. Harry negou e ele a pos sobre a mesa de centro passando, logo após, a acomodar-se na poltrona a frente de Harry.
- Sei quando ela esconde algo de mim.
- A conhece bem, Potter. Talvez deva saber como ela vai reagir a isso. – disse ele após apreciar um gole de seu vinho.
Harry suspirou incomodado e ajeitou-se na poltrona.
- Não sei como ela vai reagir a isso. Desde que tudo isso começou eu a venho descobrindo de outra forma com uma visão diferente. É como se ela tivesse mudado, somente pra mim. – falou Harry um tanto perdido.
Voldemort riu.
- Sabe que está apaixonado por ela, não sabe?
Harry abriu a boca para protestar, porém logo soltou um riso fraco de si mesmo ainda acreditando que seria capaz de negar sabendo que realmente havia se apaixonado por ela na tentativa de fazer com que ela se apaixonar por ele.
- Sei. – disse, mas logo acrescentou – Certamente que isso não ira atrapalhar no foco central que é a minha missão. Sei que preciso entregar meu filho a você para que eu seja digno de sua confiança, se não a tenho, não importa o que tenha que fazer para tê-la.
Voldemort abriu um sorriso sincero antes de tomar um longo gole de seu vinho.
- Estou realmente satisfeito com você, Harry. Esta pondo sua cabeça no lugar depois de tanto tempo. – disse calmamente.
- Certamente que estou... – Harry hesitou, mas pensou que seria um grande passo. – Mestre.
- É uma missão difícil, se a cumprir, terá seu lugar merecido e... – Voldemort pausou em sua fala ponderando por alguns segundos. Suspirou, deixou sua taça sobre a mesa de centro e inclinou-se para frente para poder observar melhor Harry. – Potter, creio que já tem uma mente centrada para poder saber de meus planos quanto a você.
Harry demorou certos segundos para que todas as palavras de Voldemort fossem processadas em sua mente. Por um momento ele pensou que rir, seria a melhor forma de reagir a uma brincadeira, porém ele logo viu a seriedade como Voldemort tratara o assunto e a felicidade por finalmente estar tendo alguma resposta tomou conta de si, todavia tivesse que ainda manter-se sério.
- Ficarei feliz em saber, mestre.
Voldemort tornou a sentar-se corretamente em sua poltrona, tirou seu cachimbo de dentro do bolso das vestes, o acendeu e deu uma tragada, buscando, ao ver de Harry, inspiração.
- Deve saber que não estou a tanto tempo escondido do mundo por um motivo simples. Sabe que, quando voltei ao mundo nessa forma, naquele cemitério, meu objetivo maior era te matar, e permanecer escondido. Fiquei realmente furioso quando fugiu ao saber que alguém sabia de minha existência. Você continuava a divulgar ao mundo sobre mim e eu sempre escondido, ainda feliz por saber que muitos não acreditavam. Até que sua maldita rebeldia me levou ao ministério no fim de seu quinto ano. Quis matar aquele velho somente por ele ter me visto, mas o ministro teve a sorte de me ver. Aparatei como um covarde, não porque queria, aparatei por impulso e nunca senti tanto ódio em toda a minha vida. Dei a missão a Lucius para que ele matasse aquele velho e ele a cumpriu de bom grado usando de quem fosse preciso para que Dumbledore realmente morresse. O mundo sabia sobre mim, e eu continuava a não mostrar as caras, como um covarde, eu me escondia. E então Potter, você deve se perguntar o porque eu me escondia! Me escondia porque eu não tinha influencia. O que eu tinha? Meia dúzia de comensais e um lobisomem estúpido? Como todo o exercito de aurores só restaria eu.
- Então usou como des... – começou Harry, mas logo Voldemort fez um sinal para que ele parasse. Harry engoliu suas palavras e esperou que Voldemort desse mais uma tragada em seu cachimbo e continuasse.
- Agia pelas escondidas e sempre tentando me manter em um esconderijo confiável. Até que encontrei este castelo e vi que este lugar seria perfeito para um ótimo começo. Logo que o encontrei soube que estava em busca das minhas horcruxes. Desde que aquele velho havia morrido você parecia estar mais confiante em me derrotar. Eu precisava de algo para fazer com que eu o mundo voltasse a acreditar que eu havia sido vencido, mas no momento, tinha ódio de fogo ardente de você e aquele grupo insano atrás das minhas preciosas relíquias! Naquele duelo durante a madrugada enquanto vocês tentavam se infiltrar na mansão dos Malfoy suas amiguinha deu bobeira e meus comensais foram espertos de pegá-la.
Voldemort notou o quanto Harry parecia incomodado, ou parecia transparecer inquietação quanto ao passado. Pausou, deu mais uma tragada e continuou:
- Foi como ver a esperança quando a trouxeram a minha presença. Me disseram o quanto ela era corajosa, o quanto era rebelde e que ela podia chegar a ser pior que você, mas ao vê-la, parecia tão frágil, não chegava a me olhar de verdade, a me encarar. Vi nela a chance de descarregar todo o ódio que sentia por você, toda a vergonha que estava me fazendo passar, em me esconder como um gato cheio de medo. Precisava torturá-la e matá-la! Quem sabe eu poderia me sentir melhor depois. Mas foi quando você me apareceu no castelo cheio de desespero, querendo-a bem mais do que tudo. Mostrava querer passar por tudo desde que ela saísse com vida dali. Vi que a sorte estava do meu lado aquele dia. Você havia espalhado ao mundo sobre minha existência, podia espalhar ao mundo sobre minha morte. Todos acreditariam. Estava vulnerável por ter aquela Granger em minhas mãos. Era minha chance, e eu acreditava ser a única, de voltar a viver as escondidas, sem ninguém saber de minha existência.
Ele pausou, deu mais uma tragada e dessa vez, deixou que o silêncio reinasse por um bom tempo esperando que Harry fizesse algum comentário, porém, ele continuou calado.
- Fiz o acordo com você, tivemos um falso duelo, você me “matou” e quando ela saiu da arena substituímos o corpo. Você o mostrou ao mundo, alegou minha morte, a Granger estava de prova sobre nosso “duelo”, meus comensais alegaram estar sobre a maldição Império e para o mundo, pareceu o final feliz. Todavia, ambos sabemos que não foi bem isso. – Voldemort sorriu. – Vou lhe confessar Potter, que te trago você para esse lado me gerou bastante dores de cabeça, cheguei a me arrepender certas vezes, mas acredito que agora, tudo seja diferente. Durante todo esse tempo em que mostrou-se estar aqui por pura pressão, sendo rebelde, e me fazendo tomar outras atitudes para te manter na linha, me fez acreditar que jamais conseguiria trazer você para a maravilha do mundo das trevas. Esta realmente me fazendo ganhar sua confiança a cada dia.
Tornou a pausar e desviou seu olhar para um ponto distante.
- Estive todo esse tempo nas escondidas preparando para o meu truco inicial, Harry. Para o começo de minha realmente jogada. Tenho comensais, tenho influencias, meu nome ainda é citado cheio de medo pelas pessoas que sabem que não morri e que estão fora deste castelo. Harry, posso ressurgir e iniciar meu legado quando eu bem quiser.
- E onde os seus planos para mim se encaixam aí? – perguntou Harry curioso.
Voldemort abriu um sorriso e inclinou-se para frente.
- Quero que esteja ao meu lado quando meu legado iniciar. Quero voltar e quero que todos vejam você caminhando ao meu lado, imponente e tão poderoso quanto qualquer outro aqui dentro deste castelo.
Harry ergueu as sobrancelhas surpreso.
- E quanto a Snape? – indagou.
O mestre ajeitou-se na cadeira e deu mais uma tragada.
- Severo já tem seu espaço naquela naquele navio. Ele sairá de lá quando eu julgar necessário. Ele está desempenhando bem seu papel lá, mas sempre surgem melhores. – e abriu um sorriso maroto.
Harry riu e assentiu.
- Pode ter meu voto de que, quando ressurgir, estarei ao seu lado... Mestre.
Voldemort pareceu satisfeito com as palavras do outro. Fez um sinal para que ele levantasse e ele assim o fez.
- Não desdenhe tão cedo o titulo que estou lhe dando. Por enquanto. Todos saberão o quão importante é, na hora certa.
- Certamente, mestre.
Voldemort abanou a mão para que ele saísse. Harry fez uma reverencia, que chegara a crer que jamais faria e dirigiu-se para a porta.
- Potter! – chamou Voldemort e Harry logo parou com a mão na maçaneta. Esperou que ele desse mais uma tragada no cachimbo e que a fumaça desaparecesse no ar até ele dizer: - Vou retornar assim que me entregar seu filho.
Harry assentiu.
- Sim, mestre.
Esperou que Voldemort fizesse novamente o sinal para que ele saísse, mas ele não veio. Continuou parado vendo a fumaça se desfazer no ar com a mão na maçaneta. O sol já estava se pondo.
- Prometo deixá-la em paz. – começou ele em tom baixo. Suspirou e continuou num tom mais audível. – Prometo não ter mais planos nenhum, prometo não tocar nela, prometo fazer com que ela seja como uma invisível para mim e para meus comensais. É uma promessa, Potter. Quando ressurgir, não farei nem um mal a ela. Será como se ela não existisse.
Harry reprimiu seu ar de alivio e limitou-se somente a dizer.
- Obrigado, mestre.
Voldemort fez novamente o sinal para que ele se fosse e ele assim o fez.
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N/A: As cenas estão na ordem certa por mais q naum pareça....
a pergunta eh:
Como Harry desdenhou um cargo que o voldemort iria lhe oferecer antes de oferecer?
Bem vindo aos novosss.....
Amei o comentário de vcs.... comentário são realmente de Deus....
enfim...soh mas respostas a uns aki q eu axei necessário...
=D
Artemis:
Vc disse que a Imogem indicou a minha fic....vc disse msmo Imogem? Vc disse IMOGEM? IMOGEM? tem certeza??? OMG³³ õ.O
Saroccas:
Quem disse q o Harry não tem aliados?
...
n ã o e s p a l h a n ã o, v i u ?
pakospkaoksopakopsakops
COMENTEM PLEASEEE!! Minha imaginação eh movida a comentarios!
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