Dezesseis
- Que fique bem claro que foi você que começou. – ela disse enquanto ele se levantava e a envolvia num abraço engraçado.
Do outro lado, Gina tirava seus olhos banhados de lágrimas silenciosas da fresta da porta e seguia rumo a saída com o ódio e o ciúmes tomando-lhe conta.
_****_
Ele foi tirado de seu sono por algo que o incomodava, porém ao menos sabia o que era. De olhos fechados ele ainda acreditava que vivia no mundo do seu sonho. Demorou certo tempo para perceber que estava, de fato, acordado.
Abriu os olhos e percebeu, assim que a coberta fora puxada, o que lhe despertara de seu sono. Virou-se e focou Hermione ao seu lado. Ao que se lembrava ela havia adormecido em seus braços, mas agora ela estava inquieta do seu lado da cama.
Ao que Harry logo pensou, provavelmente ela estaria vivendo algum pesadelo. Mas não estava chovendo, talvez estivesse nevando, ele não escutava som algum vindo do lado de fora. Tudo estava quieto, exceto por Hermione.
Ele pensou em acorda-la, mas assim que estendeu a mão, ela abriu os olhos e sentou-se imediatamente, ofegante. Focava assustada um ponto fixo a sua frente.
Harry se sentou calmamente enquanto ela ainda ofegava olhando para a frente. Assim que tocou um de seus ombros ela levou a mão a boca e saiu cambaleando apressada da cama até o banheiro.
Ele fechou os olhos fazendo uma careta assim que ouviu o som vindo do banheiro. Fez uma rápida conta mental e como um bom medibruxo do St. Mungos ele já soube até que mês tudo aquilo ia durar somente de saber seu primeiro dia de enjôo. Suspirou cansadamente passando as mãos pelo rosto.
O barulho da descarga lhe encheu os ouvidos.
Hermione saiu de lá arrastando-se. Parecia mole, estava pálida. Ela se encostou na parece, suspirou e escorregou até o chão.
- Esta melhor agora? – ele perguntou coma voz rouca.
- Vai vir de novo. – ela sussurrou o focando em meio a penumbra do quarto.
Harry se levantou e passou as mãos pelo cabelo. Abaixou-se até a ultima gaveta de seu criado e a abriu. Ao fundo havia uma pequena caixa preta que aparentemente não havia abertura alguma, era somente uma caixa lisa. Ele passou o dedão umas duas vezes discretamente por cima da caixa pensando na senha, até que aparecesse o fecho. A abriu e pegou um frasco que havia um rótulo simples preto e branco onde havia escrito visivelmente “Náuseas”. O liquido era incolor assim como todos que haviam dentro da pequena caixa. Logo em baixo da visível letra havia uma observação em letras pequenas: “Somente para uso gestante.”
Harry suspirou. Era agora que ele finalmente iria ter a certeza de que seu feitiço funcionara. Ele tirou o rótulo e o deixou dentro da caixa junto com os outros frascos. A fechou e o fecho desapareceu, o guardou ao fundo da gaveta e a fechou. Levantou-se, caminhou ate Hermione ainda no chão e agachou ao seu lado.
Se ela reagisse a poção imediatamente ele teria a certeza. Se não funcionasse ele não sabia se ficaria feliz ou se ficaria triste, talvez aliviado e ao mesmo tempo sabendo que seu pescoço estava na forca.
- Tome isso. – ele disse calmamente estendendo-lhe a poção e pondo uma mecha do cabelo da mulher atrás de sua orelha.
- O que é isso? – ela indagou fracamente pegando o frasquinho e o analisando.
- Vai se sentir melhor. – respondeu ele. – Confie em mim. – ao mesmo tempo em que seu coração gritava para que a poção não funcionasse sua mente lutava para que a poção desse certo.
Ela tirou a rolha da boca do frasquinho e tomou a poção num gole só. Fez uma careta ao engoli-lo e entregou o frasco a Harry que a olhava apreensivamente.
Hermione suspirou e inclinou a cabeça para trás recostando-a na parede. Fechou os olhos e mordeu os lábios.
- Eu tenho consultas de graça, é? – brincou ela com a voz fraca.
- Você sempre teve privilégios comigo, Hermione. – ele falou baixo. – Como se sente? – perguntou apreensivo.
Ela demorou responder. Seus olhos continuavam fechados com a cabeça encostada na parede.
Harry podia dizer que sentia vontade de vomitar seu coração por mais que já cogitasse a resposta.
Hermione sorriu, um de alivio, e Harry sentir o sangue fugir de seu rosto por um breve segundo.
- Adoro poções de efeito imediato. – ela disse com seu sorriso limpo. Ainda tinha sua postura cansada, Harry sabia o quanto ela se sentia mole. – Me sinto ótima.
Ele abaixou a cabeça e respirou fundo. Pai..., passou-se pela sua mente. Por um breve segundo ele se sentiu zonzo, e logo seu rosto pareceu esquentar. Ele tornou a respirar fundo. Estava feito, embora nem tudo estivesse cumprido.
- O que foi? – ele a escutou dizer e ergueu a cabeça a tempo de vê-la o focar com um olhar curioso.
Ele apenas a olhou por um instante até que pudesse sorrir e dizer um “nada” em tom baixo.
Harry a puxou para sim e ela cedeu ao carinho dele assim que recostou sua cabeça em seu ombros. Ele a aqueceu até que ela tornasse a dormir, com sua respiração ritmada e calma.
Vou ter um filho...
Ele a tomou nos braços cuidadosamente e a pôs na cama. A cobriu e por um breve segundo ele correu seus dedos pela lisa pele do rosto de traços delicados da mulher.
Vou ter um filho...
Harry deitou-se e focou o teto.
Vou ter um filho...
Não havia emoção.
_****_
A casa estava limpa. O pinheiro estava enfeitado. Os presentes estavam esparramados pelo chão logo abaixo da árvore. O cheiro da boa comida da Sra. Weasley vinha da cozinha e espalhava-se por toda a casa. A neve do lado de fora caia fraca na noite, assim como em todo natal.
Tudo estava perfeito. O que faltava apenas era Rony e Luna
A falta do casal fazia com que as conversas tivessem um tom mais baixo seguindo o padrão de somente murmúrios. Apenas o que animava, de certa forma, o ambiente era somente a presença de Fred e Jeorge juntos com Joe e Joshua, filhos de Lupin e Tonks.
De sua poltrona, Gina mantinha o olhar na sala. Percy conversava com Gui enquanto Fleur tentava fazer sua pequena Hollie dormir a balançando de um lado para o outro no carrinho.
Carlinhos havia acabado de chegar e estava sendo recepcionado pelo Sr. Weasley enquanto tirava sua capa coberta de neve.
Fred, Jeorge, Joe e Joshua brincavam de Snape Explosivos versão Gemialidades Weasley. Sophie os olhava calada, vez ou outra sorria quando um perdia feio.
Porém, apesar da diversidade de pessoas na sala Gina mantinha o olhar num certo casal que aquela noite a chamava mais atenção do que nunca.
Harry estava sentava sentado no sofá com uma das pernas mal cruzadas sobre o joelho. Hermione mantinha sua cabeça recostada no ombro do homem e era envolvida por um dos braços dele. A visão de Gina ela parecia um tanto pálida e fraca demais. Provavelmente não estaria em seus melhores dias. Ao que bem conhecia Harry possivelmente ao menos estaria dormindo direito de preocupação.
Lupin os fazia companhia. Conversava com Harry e Hermione apenas analisava a conversa e surpreendentemente não fizera nenhum comentário desde que Lupin havia chegado. Ela estava simplesmente calada.
Algo lhe subia a garganta e ficava entalado todas as vezes em que distraidamente as mãos deles se encontravam e se uniam naturalmente ou então quando ele alisava o braço da mulher entretido na conversa com Lupin.
- Tia Gina. – ela foi tirada de seu ciúme pessoal por uma voz que ela simplesmente adorava.
- Hei, meu amorzinho! – exclamou assim que viu Sophie a sua frente. – O que faz aqui?
- Você esta sozinha, e, como eu também estou sozinha eu pensei se podíamos nos unir. – disse Sophie calmamente.
Gina sorriu e colocou a menina em seu colo.
- Você não está sozinha. – disse Gina. – Tem Joe e Joshua. Também são crianças.
- Eles são chatos. – falou Gina – São meninos chatos, tentam ser como o Tio Fred e o Tio Jeorge, mas ninguém consegue ser como eles.
Gina riu.
- Ninguém pode ser como Fred e Jeorge. – disse ela.
- Isso não está animado como todo o ano. – comentou a menina após um longo tempo de silêncio.
- Não queira saber o porque. É ruim passar o natal sabendo que está faltando gente. – disse Gina.
Sophie abaixou a cabeça e o silêncio tornou a reinar sobre elas.
- Queria que papai e mamãe estivessem aqui, mas estou feliz por ter ganhado novos também. – comentou a menina erguendo o olhar e focando Harry e Hermione de longe. – Eu só queria que eles se beijassem na minha frente.
Gina ergueu as sobrancelhas.
- Como? – indagou Sophie.
- Queria que se beijassem na minha frente, eles meio que evitam fazer isso na minha frente. – ela riu. – Ficam se agarrando pelos cantos, mas acho que eles não querem que eu veja ainda.
Um certo ódio subiu a cabeça de Gina e ela somente respirou fundo.
- Belo papel de amigos eles fazem. – soltou.
- Como? – indagou a menina voltando-se para a ruiva.
Gina abriu um sorriso amarelo.
- Nada.
A menina tornou a olhar para o casal.
- Mamãe anda cansada esses últimos dias. Não sei. Eu estou ficando mais quieta pra que eu não dê tanto trabalho a ela. – falou a menina um tanto pesarosa.
- Mamãe?
- Sim! Gosto de chama-la assim. Gosto de chamar o tio Harry de papai também. Eles cuidam tão bem de mim depois que papai e mamãe foram embora. – Sophie abaixou a cabeça.
- Vai ficar tudo bem querida, isso tudo vai acabar logo... – disse Gina porém a menina pulou de seu colo e ela ergueu o olhar esperando ver quem seria e a viu correndo em direção ao pai de Luna que acabara de entrar pela porta.
Suspirou e ajeitou-se na poltrona. Viu a menina pular no colo do avô e desviou o olhar para o casal novamente, entretanto, dessa vez ela só encontrou Harry com Lupin. Passou os olhos ao redor da sala e logo viu Hermione subir os últimos degraus da escada em direção ao primeiro andar.
Gina se levantou como quem não estava interessada em nada e andou calmamente em direção a escada parando para fazer um comentário divertido sobre o jogo de Fred e George.
Subiu os degraus ajeitando casualmente seus cabelos e logo que chegou ao primeiro andar viu os pés dela acabarem de entrar no quarto que era de Rony. Riu baixo consigo mesmo parando para dar um tempo a ela.
Sim, ela finalmente tinha certeza de tudo agora.
Tornou a andar calmamente até chegar a porta do quarto onde Hermione estava. Ela estava apoiada na parede, respirava fundo e tinha os olhos fechados. Gina sorriu e apoiou-se no vão da porta para observa-la.
Ela abriu os olhos e jogou as mechas que lhe caíram o rosto para trás. Focou-se no espelho e visualizou seu estado pálido e doentio. Não haviam olheiras, mas estava branca como nunca.
- Você não me pareceu bem lá embaixo. – disse Gina.
Hermione voltou-se para ela assustada.
- Ando um tanto nauseada. – disse Hermione tornando a olhar para o espelho.
- Nauseada? – indagou Gina aproximando-se. Hermione assentiu. – Harry não te deu nenhuma poção?
- Sim. São ótimas. Graças a elas me sinto somente cansada, não enjoada. – respondeu ela.
Gina sorriu desdém e sentou-se na cama.
- O que andou fazendo, Hermione, para se sentir mal assim? – perguntou.
- Não sei porque de repente passei a me sentir assim. – comentou Hermione esquecendo-se por um instante de que estava conversando com Gina.
- Por que não faz um teste? – indagou Gina.
Hermione arqueou as sobrancelhas ainda focando-se no espelho.
- Teste? – disse intrigada. – Teste de que?
- Teste de gravidez. – respondeu Gina casualmente.
Hermione voltou-se rapidamente para ela num ar ríspido e ao mesmo tempo assustado.
- Acaso esta louca? – indagou Hermione a ruiva.
- Hermione, sou medibruxa! – falou Gina. – Confie em mim. Sei quando uma mulher está grávida. Nesse seu estado deve ter no mínimo pouco mais de um mês. Fique tranqüila. Essa tortura acaba lá para o terceiro mês. Mas varia também muito de mulher para mulher.
Hermione arregalou os olhos e ajeitou sua postura.
- Não fale do que não sabe! – quase gritou Hermione.
Gina riu e parou assim que Harry entrou no quarto intrigado. Ele passou por Gina indiferente e seguiu para Hermione que mantinha um olhar irritado para a ruiva sentada com um ar divertida na cama.
- Hei, o que esta havendo aqui? – indagou ele para Hermione.
Ela demorou um tempo até que desviasse seu olhar para Harry.
- Nada. – respondeu.
Ele lançou a Gina um olhar suspeito e voltou-se para ela. Ergueu uma das mãos e segurou a carinhosamente o pescoço da mulher.
- Você esta bem? – perguntou preocupado. Ela assentiu. – Quer ir embora? – ela negou. – Quer mais uma poção?
- Eu estou bem, Harry. – falou ela. – Segurou sua mão e o puxou. – Vamos descer. – disse lançando um olhar ríspido a Gina.
A ruiva deitou-se na cama fazendo uma cara de nojo assim que ambos deixaram o quarto. Riu e suspirou. Finalmente, as provas. Acreditava que agora ela finalmente iria conseguir dormir.
_****_
Galera.....eh.....eu ajeitei a fic...tava com mtooo capitulo!!! Quem olhava chega se assustava!
soapkospakopksopakpokspoakspok
E eu queria dar boas vindas a todos os novos leitores e dizer: OBRIGADA POR ESTAREM GOSTANDO!!!
e obrigada por terem comentado tbm....pq eu adoro coment de leitores novos
*-*
ksopakopskopaksopkaops
bjão e comentem esse novo cap
=**
Comentários (0)
Não há comentários. Seja o primeiro!