Reencontrando os velhos amigos
Os dias se passaram rapidamente. Lalaine e Thales se divertiam bastante conhecendo cada lugar daquela cidade, enquanto isso, Harry reparava que a viagem a Londres não havia feito nenhum bem a Hermione. Ela estava visivelmente preocupa e sempre que iam sair de casa ficava preocupada com a segurança dos filhos, principalmente da mais velha.
Uma semana depois que eles chegaram, aconteceu a festa pelo aniversário de casamento dos Grangers. Tudo aconteceu do jeito que havia sido planejado. Depois disso a morena se convenceu de que nada poderia acontecer se eles ficassem na parte trouxa da cidade e estava decidida a passar o resto das férias na Inglaterra, decisão que foi prontamente aprovada pelo marido e os filhos.
A única coisa que ainda preocupava Hermione era que seus filhos queriam muito conhecer um lugar freqüentado por bruxos.
- Vocês disseram que existia um mundo que só os bruxos freqüentam, eu que conhecer – Lalaine disse um dia para a mãe.
Como as desculpas estavam acabando Harry conseguiu convencer a esposa de que não aconteceria nada de mal se ele levasse os filhos para assistir a um jogo de quadribol.
No sábado em que aconteceria o jogo, todos acordaram bem cedo. A morena havia decidido que iria dar uma volta no shooping junto com Chelsea enquanto o marido e os filhos estivessem fora.
- Lembre-se de tomar bastante cuidado! – a mulher repetiu para a filha enquanto terminava de arrumar o cabelo da menina.
- Pode deixar mãe, você já disse isso milhões de vezes – ela respondeu levantando do sofá.
- Parece que a sua mãe não confia em mim cuidando de vocês – Harry disse para os filhos que riram.
O moreno pediu que as crianças aguardassem do lado de fora. Aproximou da esposa que continuava sentada no mesmo lugar.
- Se continuar a dar recomendações para eles vão acabar desconfiando de que tem alguma coisa errada! – disse, sentando-se ao lado da mulher – Você nunca foi paranóica em relação a segurança deles, não é agora que vai começar a ser.
- Eu sei disso! – ela respondeu, sorrindo – Sou mesmo uma boba. Mas por favor, não tire os olhos deles um minuto, sabe como o Rony adora Quadribol e que pode estar indo levar os filhos dele e da Luna para assistir o jogo.
- Pode deixar que se eu encontrar aquele ruivo azedo eu quebro a cara dele – Harry disse – Exatamente da mesma maneira que eu devia ter feito no dia do casamento dele.
A morena riu.
- Ainda não me disse por que vocês dois brigaram! – ela lembrou.
- Não é nada importante! – ele disse, dando um beijo na testa da esposa – Depois eu te conto.
- Eu te amo! – ela disse, fazendo cara de cachorro de dono.
- Eu também! – respondeu, dando um selinho na mulher.
Não demoram muito para chegar ao local onde aconteceria o jogo. Havia uma enorme fila na porta do estádio, esse seria um grande jogo.
- Vai demorar muito, pai? – Thales perguntou, quando já estava há dez minutos na fila.
- Acho que não! – o homem respondeu - A fila está começando a andar rápido.
- Quando estivermos lá dentro podemos comprar alguma coisa para comer? - a menina pergunta.
- Claro que sim! – ele respondeu – O que vocês quiserem.
Passaram mais alguns minutos até que eles conseguiram entrar no estádio. Como prometido, Harry levou os filhos diretamente para a lanchonete onde se deparam com outro fila.
- Bastante gente veio ver o jogo! – o garoto comentou.
- Esqueci de dizer para vocês que quadribol é o esporte mais popular do mundo bruxo! – ele respondeu, parando no final da fila.
- Eu não acredito! – ouviu uma voz logo atrás de si – Harry Potter!
Quando ele virou para ver quem o chamava, encontrou um homem alto de cabelos pretos.
- Desculpe, mas você me conhece? – ele perguntou, sem reconhecer a pessoa.
- Todo o mundo bruxo te conhece, acho que a pergunta seria se você me conhece – parou um tempo para ver se o de olhos verdes falaria alguma coisa, mas ele permaneceu calado – Neville Longboton.
- Neville, há quanto tempo! – Harry disse, indo na direção do amigo.
Lalaine e Thales ficaram simplesmente olhando aquela cena.
- Esses aqui são os meus filhos! – disse, depois que se lembrou dos dois.
- Seus filhos com a Mione? – ele perguntou, depois de passar alguns segundos olhando para a garota – Se eu não soubesse que isso era impossível diria que ela é sua filha com a... Esquece, é bobagem!
O moreno se sentiu aliviado por Neville, mesmo notando a semelhança de Lalaine com a família Wesley, não tenha comentado nada.
- Como você sabe que eu e Mione nos casamos? – ele perguntou, tentando disfarçar.
- Todos ficaram sabendo! – respondeu – Mesmo que vocês dois tenham se casado escondidos de todo mundo e meio que as pressas, não tem como esconder isso por muito tempo – Completou – Mas olha como esse mundo é pequeno, estou aqui junto com o Rony que foi procurar os nossos lugares, tenho certeza que ele vai adorar te ver.
- Quem sabe a gente não se esbarra por ai! – o homem disse.
Aquele encontro com Neville o havia deixado muito abalado, assim que comprou tudo que os filhos queriam, saiu correndo para seus lugares olhando toda hora para trás para não encontrar ninguém conhecido pelo caminho.
Enquanto acontecia o jogo quadribol, Hermione passeava em um shooping no centro de Londres. Havia feito um monte de compras e resolveu ir até a praça de alimentação.
A algumas mesas de distancia de onde Hermione estava, duas mulheres conversavam animadamente.
- Onde será que foi o Allan? – uma delas perguntou.
- Ele disse que ia ali compra sorvete e não voltou até agora – a outra mulher respondeu – Deve está aprontando alguma coisa – continua a falar – Esse menino me mata de preocupação.
- Acalme-se Gina, tenho certeza de que logo ele voltará! – a loira disse.
- Não tenho tanta certeza disso, acho melhor ir procurá-lo – respondeu, antes de se levantar.
Não demorou muito para ela achar o filho, um garoto loiro com os olhos castanhos aparentando ter uns cinco anos e que acabara de pegar o seu sorvete. A mulher já estava voltando para sua mesa quando alguém chamou a sua atenção.
- Hermione! – ela gritou em direção a uma das mesas.
Assim que ouviu seu nome a morena se virou, achou muito estranho que isso acontecesse, pois não conhecia muitas pessoas que freqüentassem aquele ambiente. Reconheceu na mesma hora mulher ruiva que acenava, mas preferiu não se manifestar, pois era a última pessoa que queria ver naquele momento.
- Mione, eu não acredito que você não me reconheceu – ela disse se aproximando de Hermione – Não se passou tanto tempo assim para eu ter mudado tanto.
- Sinto muito, mas realmente não faço idéia de quem você seja – mentiu, embora soubesse que não adiantaria muita coisa.
- Era sua melhor amiga há alguns anos! – começou a explicar, achando que assim a outra se lembraria – Gina Weasley! – falou, finalmente, quando percebeu que não estava tentando muito sucesso.
- Gina, eu não acredito! – a morena fingiu-se de surpresa – Já faz tanto tempo! – completou, a abraçando.
- Mamãe. Vamos logo! – o garotinho, todo sujo de sorvete, disse, puxando a barra da calça da ruiva.
- Já estamos indo! – disse para o menino – Esse é Allan, meu filho – respondeu, virando-se agora para a amiga – E essa menina, é sua filha? – perguntou, quando viu o carrinho de bebê.
- Essa é Chelsea, minha caçula. – respondeu – Tenho mais dois, mais eles estão com Harry assistindo um jogo de Quadribol – explicou – Quer dizer, que você também se casou?
- Sim, há seis anos, com o Draco! – contou.
Essa revelação não surpreendeu nem um pouco Hermione. Desde que o loiro passou para o lado deles, no auge da guerra contra Voldemort, que Gina tem se mostrado interessada por ele, sabia que Draco acabaria cedendo e eles casariam mais cedo ou mais tarde.
- E você! – a ruiva continuou a falar – Dizia que você e Harry eram só amigos, sabia que isso tudo era fachada.
A morena ficou vermelha, mesmo que tivesse casado com Harry só para ele dar um nome para sua filha, não contou nem para sua melhor amiga.
- Acho que nós percebemos que sempre nós amamos – respondeu – Não tínhamos o porquê esperar mais para marcamos nosso casamento.
- Sei, essa história está muito mal contada! – a ruiva disse, com um sorriso maroto – Por que você vem não até a mesa em que eu e Luna estamos?
- Luna também está aqui? – perguntou assustada, sua situação estava pior do que imaginava – Não quero atrapalhara conversa de vocês duas.
- Que isso Mione, sabe que você nunca incomoda – respondeu, puxando a bandeja da amiga – Luna vai adorar te ver depois de tanto tempo.
E ela estava certa, a loira ficou muito feliz em vê-la. Essa situação fez com que Hermione se sentisse pior ainda, Luna sempre a considerou sua amiga e ela a enganou daquela maneira e, de uma certa forma, ainda enganava.
Conversaram durante um bom tempo sobre com estavam suas vidas agora. Foi uma tarde bastante agradável, quando a morena se deu conta, já estava muito tarde.
- Tem certeza de que você precisa ir Mione? – a ruiva perguntou, quando a amiga se levantou.
- Sim! – respondeu – Daqui a pouco Harry vai chegar.
- Está certo Mione, foi muito bom te reencontrar – Luna disse, a abraçando – tive uma idéia. Por que amanhã, você o Harry e seus filhos vão almoçar lá na Toca.
A mulher gelou ao ouvir isso, não podia apresentar Lalaine para nenhum dos Weasleys para não correr risco de descobrirem a verdade.
- Acho que não deveria aparecer por lá dessa maneira – falou a primeira desculpa que conseguiu pensar – Acho que a senhora Weasley pode não gostar.
- Ela vai adorar! – Gina disse – Semana passada ela comentou comigo sobre vocês.
- Precioso conversar com o Harry a respeito disso – respondeu – Se ele quiser, apareceremos por lá.
Quando chegou na casa de seus pais, Harry já havia voltado. Ele contou que falou com Neville no jogo e que quase encontrou Rony. Acho que essa era a hora perfeita contar sobre o convite que Gina e Luna fizeram.
- Acho que nós devemos ir! – ele disse, calmamente.
- Como assim Harry? – a morena estava chocada por causa do que seu marido disse.
- Exatamente Mione, vamos até lá! – disse, novamente.
- Mas e a Lalaine? – perguntou começando a ficar assustada – Vão descobrir na hora!
- Eles não vão descobrir absolutamente nada! – ele respondeu, parecendo muito convicto.
Ela não disse mais nada, apenas ficou sentada na beirada da cama, admirando os seus sapatos. O moreno sentou-se ao lado da esposa e começou a mexer em seus cabelos.
- Você não confia em mim? – ele perguntou, a fazendo encará-lo e passando a acariciar o rosto da mulher.
- É claro que sim! – respondeu, sem pensar duas vezes.
- Então, pode ter certeza de que tudo dará certo! – disse, sorrindo.
- Está certo! – disse, antes de beijá-lo.
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