Prologo

                 ~*Prólogo *~

 

       Ali estava ela, presa numa teia que jamais imaginou um dia estar.
E como isso fora acontecer?  Isso não importava mais, agora aquilo era real, muito mais real que tudo, e mais do que lutar por sua própria liberdade, ela teria que lutar contra si própria.

Sentiu um aperto no peito e lagrimas surgirão nos seus olhos, não podia mais controla-las, nem controlar esse sentimento, não podia mais arranca-lo do peito quando ele já estava preso dentro de seu coração como um prisioneiro em uma sela, era impossível apagá-lo de si, ela estava presa em sua própria teia, e isso era o pior de tudo!

Fechou os olhos tentando desviar os pensamentos e tentando não demonstrar a dura batalha que travava dentro de si própria, mas o que viu tornou sua tentativa em vão e fez todo o seu ser gritar desesperado.

Em sua mente, como uma miragem, surgiu a imagem daquele rosto, os lindos olhos azuis que a hipnotizavam e aquele sorriso estonteante que a fazia perder o controle. Seu coração se apertou dentro do peito, uma dor latejante quase a fez perder o ar e o som daquele riso musical ecoou dentro de sua mente como a mais bela melodia já ouvida em toda sua vida.

Ela já não podia negar e era quase impossível esconder, mas ela estava ali, completamente apaixonada por aquela miragem, apaixonada por aquele lindo homem que mudara toda a sua vida, apaixonada por um comensal da morte, apaixonada pelo seu próprio inimigo.

Sim, essa era a coisa mais absurda que poderia acontecer, mas simplesmente acontecera.

Assim como ninguém mandava em seus sentimentos, o seu próprio coração a colocara na maior armadilha que poderia existir, e agora ela estava dividida entre seu coração e sua razão.

Tinha que fazer sua escolha, e essa escolha mudaria toda a sua vida, e o destino de muitas pessoas.

Será que ela deveria desistir?

Será que deveria lutar?

A escolha ainda podia ser feita, mas o sentimento já estava inabalável!

Ela, um membro da Ordem da Fênix, um Auror, completamente apaixonada por Erick Malfoy, um Comensal da morte.

Seria isso um capricho do destino?

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