Prólogo




Prólogo:

Olhou-se no espelho da penteadeira, seu reflexo mais lindo que nunca, parecendo a imagem de um anjo sereno. Mas logo a serenidade se esvanecia como fumo e a cena lhe parecia irreal. O longo vestido branco, o véu transparente, o buquê de rosas, as alianças do casamento... Tudo pareciam peças de um sonho perdido.
A realidade, bem... Ela estava bem longe de parecer um sonho. Se de fato quisesse ser real, Hermione teria de despir todos aqueles objetos materiais, incluindo sua pequena felicidade, porque apesar de o casamento realmente se ter concretizado, a máscara não deixava de existir. E era assim que ela se sentia. Uma noiva mascarada.
Lá fora, a lua rasgava-se contra o céu escuro e salpicado de estrelas. O burburinho das ondas do mar ouvia-se acima do cântico das gaivotas. Era o entardecer. O momento perfeito para a consumação do casamento. Mas onde estava seu marido?
Na sala, provavelmente a enfrascar-se com o melhor conhaque, tal era o tamanho de sua amargura.
Harry James Potter, seu cônjuge que a qualquer momento subiria ao quarto e a tomaria de qualquer maneira.
Mas o que ela poderia esperar de um homem que fora chantageado? Forçado a se casar quando não era essa sua vontade?
Pior... Muito pior ainda.
O que ela poderia esperar de um homem que acreditava cegamente ser ela, Hermione J. Granger Potter, a única culpada por tudo o que se sucedera?
Deu um sorriso triste.
Ele jamais confiara em sua palavra.

O copo vazio foi pousado com força exagerada, sinal de que Harry decidira algo à última da hora. Subiria ao quarto, possuiria aquela mentirosinha de meia idade em dois minutos e depois lhe daria o final que ela merecia.
Quando chegou ao quarto, ela se levantou de um pulo, atuando como uma atriz profissional. Nervosa, inquieta e embaraçada.
Sem grandes cerimônias, fechou a porta e se aproximou da noiva que, a cada largo passo seu, enrubescia cada vez mais.
- Dispenso os pudores, minha querida – ele zombou friamente enquanto começava desabotoar sua camisa. – Não fique aí especada. Tire seu vestido ou eu o rasgarei em dois.
O pânico que invadiu Hermione foi total e devastador. Seus dedos tremiam sem parar, desajeitados demais para correr o zíper do vestido.
Sentiu duas grandes mãos másculas agarrarem seus ombros e começaram a sacudi-la como trapos.
- Seja você! – Harry gritava enquanto seguia a sacudindo com força. – Não finja! Não tente me enganar! Quero a cadelinha atrevida aqui e agora!
Aquilo foi a gota d’água.
Hermione desabou em lágrimas, chorando tão histericamente e soluçando tão alto que Harry ficou constrangido apenas por um louco momento.
- Esta sou eu! – ela gritou entre soluços histéricos, a maquiagem completamente borrada pelas lágrimas. Não parecia perturbada pela nudez total de seu marido. – Sou eu! Sou eu!
Harry a largou como se de repente o contato o queimasse.
Desesperada, Hermione se aferrou a um dos braços dele:
- Por favor, acredite em mim. Você tem de acred... Harry!
Ele a alçara no ar, atirando-a abrupto sobre a espaçosa cama. Rasgou-lhe o vestido, como de prometido. Sacou as roupas íntimas com um movimento ágil. Parou um instante para apreciar o corpo bem feito e perfeito de sua esposa.
Uma linda mercenária.
Hermione tinha tanto medo que permanecia deitada como uma estátua, o corpo tremendo uma ou outra vez por causa dos soluços que não conseguia conter. Havia fechado os olhos, talvez pensando que dessa forma o momento fosse menos desagradável. Menos doloroso.
Mas sua mente transmitia imagens de um vestido rasgado ao meio, esquecido no chão; roupas íntimas abandonadas ao lado; o traje negro de seu marido sobre uma poltrona; o véu pousado sobre a penteadeira... Os dois apenas traziam as alianças, elegantes, douradas, brilhantes... Uma em cada mão esquerda, no respectivo dedo anelar.
Marido e Mulher.
Numa noite que era para ser a de núpcias.
Uma lágrima solitária escapou escorrendo até o canto de sua boca. Talvez Harry a houvesse bebido, pois seus lábios impetuosos reclamaram os dela.
Em um beijo exigente e punidor.
No instante em que a língua dele tocou a sua e Harry lhe separou as coxas, Hermione soube que agüentaria sua brutalidade apenas por uma razão. E, enquanto pensava nela, agarrou-o forte pelos ombros e preparou-se para o quer que viesse dali em diante.

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N/A: Oi gente.
Antes demais, quero dizer que estou tentando fazer o melhor que posso para que isso fique agradável e não cansativo de se ler.
Será que consegui? Digam-me...
Também quero dizer que só postarei outro capítulo quando tiver comentários. Não tem nada a ver com chantagem ou coisa parecida. Apenas preciso saber a opinião de quem leu o que escrevi. Por isso comentem, nem que seja uma linhinha, mas comentem algo.
Ficarei feliz.
Quanto ao prólogo, sem dúvida odiaram esse Harry, não? Com certeza também não perceberam certas partes, ou melhor, devem estar se perguntando o que afinal se passou...
Responderei com os próximos capítulos.
Ah! Qualquer erro, me perdoem.
Beijo e até.

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