Cara Esperto




“Antes era garotinha, apaixonada
Que me ligava todo dia, preocupada.
Com as coisas que eu fazia, na madrugada.
Mas no fundo já sabia, que eu não valia nada”.


A guerra acabou, Voldemort morreu e o mundo bruxo está em paz. Seriam os motivos para Ronald Weasley estar feliz e saltitando de alegria pelas ruas de Hogwarts, mas não era o que acontecia. No momento, estava vagando pelos jardins da escola, refletindo sobre cada momento que passara naquele ano e principalmente na batalha que ocorrera há poucas horas. Perdera muitas pessoas queridas, entre elas, seu irmão Fred. A dupla que causava as risadas na família fora desfalcada há poucas horas, e o irmão gêmeo de Fred, Jorge, nunca mais seria o mesmo. Na verdade, não haverá mais nenhuma pessoa em sua família que será o mesmo. O maior medo de sua mãe ocorrera: A morte de um dos membros de sua família.

Além disso, tinha a lembrança daquele beijo na sala precisa com Hermione. Talvez agora ele criaria coragem para pedi-la em namoro, ou pelo menos jogar pra fora tudo que estava sentindo, quem sabe isso não o faria se sentir mais leve.

Tantas coisas passavam pela sua cabeça, entre elas, o momento em que uma menina, de cabelos castanhos cheios e dentes da frente um pouco desproporcionais à boca, abria a porta do seu compartimento no trem para Hogwarts, perguntando se tinham visto um sapo, pois Neville perdera o dele. No inicio, pensava que Hermione fosse uma garota chata e mandona, mas seu coração dizia que não era aquilo que estava sentindo. Passaram a ser amigos e, mesmo que não quisesse admitir pra si mesmo, adorava o jeito que ela ficava quando discutia com ele, o mandando estudar, preocupada com ele... No quarto ano, foi quando o sentimento por ela pareceu ficar mais evidente, principalmente quando a viu no Baile de Inverno, linda e perfeita. Sempre imaginava que ele nunca seria o suficiente para uma garota tão especial. Ele, um pobretão, que tinha tudo de segunda mão e nenhum galeão no bolso, não era excepcional em nada...

A Família Weasley estava em melhores condições, talvez agora após a Guerra melhore ainda mais. Não esperava que eles chegassem a serem ricos, mas com certeza, não passariam por tantas dificuldades.

“Hoje tenho a vida que sempre quis”.
Mas será que sou feliz?
Acho que nunca saberei...”


Uma sensação quente passou por sua garganta e desceu em direção ao seu peito. Não iria passar o resto da vida pensando e refletindo, teria que agir. Talvez agora tivesse alguma esperança. – Aquele beijo não pode ter significado nada. – Quem sabe eles ainda se acertassem? As palavras de Harry, aquela noite na floresta, fizeram que sua esperança aumentasse ainda mais.

------------------------------------------------Flashback. ----------------------------------------------

– Depois que você foi embora, – disse Harry baixinho, feliz que o rosto do amigo estivesse escondido – ela chorou por uma semana. Provavelmente mais, só que não queria que eu visse. Teve muitas noites que nem nos falamos. Com a sua partida...

Não pôde terminar, somente agora com a volta de Ron é que compreendia inteiramente o quanto lhes custara à ausência do amigo.

– Ela é como uma irmã - continuou ele - Eu a amo como uma irmã e acho que ela sente o mesmo em relação a mim. Sempre foi assim. Pensei que você soubesse.


------------------------------------------Fim do Flashback----------------------------------------------

“Garotas ligando e correndo atrás
Já não me satisfazem mais
Is not ok!”


Quando tinha saído do Salão Principal, Lavander Brown veio em sua direção com a intenção de “consolá-lo”. Por estar naquele momento, tentando ajeitar seus sentimentos próximos ao lago, teve que ser um pouco grosseiro com Lavander. – Será que essa garota não se toca? – Pensou.

“Sinto falta de coisas que perdi
Do lugar onde eu nasci, do colégio em que estudei”


Sentiria falta de Hogwarts, não que já não estivesse sentindo, mas será que voltaria àquele lugar que era como uma segunda casa para ele? Não conseguia pensar se voltaria ou não para completar sua educação. Estava percebendo que não tinha uma amplitude emocional do tamanho de uma colher de chá. Nunca imaginaria que conseguiria se preocupar e sentir tanta coisa ao mesmo tempo...

“Amigos vão sem se despedir
E isso já não me faz sorrir
E hoje eu sei”


– Olá Olívio. – disse Ron ao antigo capitão da Grifinória, que tinha uma expressão que misturava pena e tristeza. Nos braços, carregava um corpo de um adolescente miúdo e ia em direção ao Salão Principal para reunir este corpo às demais vítimas fatais da Batalha, mas ele conhecia o corpo – Não pode ser! – deixou escapar. Era Colin Crevey, que mesmo sendo menor de idade, devia ter escapado do grupo que seguia para um local seguro como Malfoy, Goyle e Crabbe.

Do castelo, saía uma Hermione chorosa, mas decidida, para arrumar a “bagunça” no jardim após a Batalha. – Como ela é linda trabalhando. – (N/A: Frase ridícula e sem graça mais abafa né! N/B: Achei linda! N/A: Gosto não se discute Reji!).

“E agora que eu que sempre me achei um cara esperto
Quando vejo você por perto
Perco a fala e sinto calafrios...”


Ron sentia sua face esquentar. – Babaca! Eu achando que seria fácil... – Mal conseguia falar. – Ronald Billius Weasley você é ou não é um Grifinório? – Mas ele deu o primeiro passo, cambaleou e caiu com tudo de cara no chão. – Droga! – exclamou.

“E não paro de questionar
Sobre as voltas que a vida dá
E como tudo mudou...
De uns tempos pra cá”


Voltou a pensar quando teria imaginado, que a mesma garota dentuça – Que hoje está muito bonita por sinal, principalmente com os dentes da frente menores. – (N/A: Não estou falando da Mônica que usou aparelho dentário tá gente! Essa é Hermione!) roubaria seu coração daquela maneira. Talvez no primeiro ano tivesse sentido algo em relação a Mione, mas era só um garotinho que não sabia o que estava sentindo. E agora estava ali, olhando para ela, com medo de dar um passo e cair novamente. (Nota do Ron: Não to com medo não! N/A: Á cala a boca, Ron! [isso mesmo que você leu, o meu personagem tá dando palpite na minha fic.] N/B: Ron, você pode falar o que quiser, você PODE!! uhu *_* N/A: Hermione, você já ganhou uma concorrente!).
Decidido, Ron seguiu em direção à Hermione, desta vez sem cair. (N/A: Ta feliz agora? N/R: Continua, vai!)

” Não sei por que minhas pernas tremem
E eu perco o ar
Quando pego elevador
Você mora, 11º andar.
No fim do corredor.”


A coragem só durou alguns instantes, pois quando chegou perto de Hermione, gaguejava.

– Oi Ron.
– e-ee- q-q-qu-e- q-quero- fa-lar-com-com-v-você. – Falou com suas orelhas já em chamas
– Desculpe?
– Équequerofalarcomvocêsobreobeijo. (N/B: Ahhh Ron, assim você me decepciona! N/A: *Boiei*)
– Ronald o que você quer? – disse Hermione, já perdendo sua curta paciência.
– Caramba, Hermione! Você quer namorar comigo?
Hermione parou na hora o que estava fazendo. Será que ouviu bem? Aquele legume insensível a tinha pedido em namoro? Com certeza Ron mudara muito desde quando o conhecera a quase 7 anos, talvez aquele beijo que tiveram (que ela não gostava de afirmar, mas foi por iniciativa dela) tivera uma enorme participação nessa mudança.

Ron, vendo a expressão da garota, sorriu. Suas reflexões próximas ao lago parecem que valeram a pena. Porém, começou a se preocupar quando os olhos dela ficaram brilhantes demais, e uma lágrima escapou de dentro deles. Ron a secou com a ponta dos dedos rapidamente, fazendo a garota fechar os olhos. Isso provou que um simples toque pode provocar milhões de sensações nas pessoas.

“E eu finjo que tanto faz
Por mim ta tudo bem
Será que viro o boné pra trás, ou fico sem?
As flores são legais
E o meu cartão também
Mas quando toco a campainha e você vem...”


– Claro Ron, já esperamos demais.

E eles selaram os lábios novamente, desta vez mais seguros e com mais liberdade do que o beijo que aconteceu na Sala Precisa. Ele não era como se fosse o último que talvez dariam, mas o primeiro de vários que viriam a seguir. Suas línguas dançavam uma com a outra num beijo calmo, mas não sem sentimentos e paixão.

“Eu vejo que eu que sempre me achei um cara esperto
Quando vejo você por perto
Perco a fala e sinto calafrios
E não paro de questionar
Sobre as voltas que a vida dá.
E como tudo mudou...
E sempre vai mudar!”



N/B: Aaaahhhhhh que song mais perfeita *_*
Amei ser beta dessa song, sério mesmo Babi, você está de parabéns!
Adorei o jeito que você descreveu os sentimentos do Rony e o conflito que ele estava travando por dentro. E o beijo?? Nhááá muito fofucho o//

Gente comente bastante para deixar a Babi feliz ok?(N/A: :P)

Até a próxima “o

Beijos!

*Reji Granger Weasley*

*~*~*~*~*

N/A: Está ai minha segunda songfic. Agradeço a Reji Granger Weasley por aceitar ser minha beta nessa fic e a *♥*Naty L. Potter*♥* por betar minha primeira fic When You’re Gone. E a todos que comentaram em When You’re Gone, e também a aqueles que pelo menos leram a fic e não comentaram. Mas para um autor um comentário é muito importante e foram eles que me fizeram deixar a preguiça de lado e terminar de digitar essa song.

A música Cara Esperto é da banda carioca Forfun (brigada Rioooo! Te amo minha cidade amadaa!) e escolhi essa música em homenagem a minha amiga Dani, que ama essa musica e me fez conhecer essa banda que hoje amo muito e se eu não tivesse a ouvido não teria escrevido essa fic. Com certeza Daninha não lerá esse comentário, pois ela não é super fã de Harry Potter, não lê fics e muito menos tem cadastro no F&B, mas não poderia deixar de citá-la nessa notinha.
Minha querida beta, muito obrigadoooo, com certeza essa fic vai ficar linda depois que passar por suas mãos! Essa notinha foi escrita antes da fic ser betada okei?

Bom vou tentar colocar a musica pra vocês ouvirem, ai embaixo.

Beijoosss!

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