O Ataque



Capítulo 27: O Ataque


Após o jantar, Draco e Isabella rumaram para a sala comunal da Sonserina. Acomodaram-se em um sofá que estava próximo da lareira. O loiro estava um tanto inquieto.


- O que foi Draco? – perguntou Isabella após notar o comportamente do namorado.


Draco respirou fundo e deitou no colo da garota.


- Estava pensando sobre a visita ao povoado... Nós não vamos, ou vamos? – perguntou ele receoso.


- Claro que vamos. Estou cansada de ficar enfornada nesse castelo. – respondeu ela calmamente enquanto acariciava o cabelo de Draco.


- Mas Isabella, você lembra o que aconteceu quando você não foi para o Bosque da Perdição...


- Me lembro perfeitamente.


- Voldemort não vai deixar barato...


- Não tenho medo dele.


- Eu sei. Mas, se acontecer alguma coisa com você...eu não sei o que eu faço. – murmurou Draco aconchegando-se um pouco mais no colo de Isabella.


- Não vai acontecer nada... – disse ela abaixando-se e beijando-o em seguida.


***


Os dias foram se passando, e logo o dia da visita à Hogsmeade chegara. Draco fora a contra-gosto, estava sentindo que algo ruim estava para acontecer. Temia por Isabella. Como não conseguira convencê-la a ficar no castelo, teve que acompanhá-la.


- Onde quer ir primeiro? – perguntou o loiro enquanto andava de mãos dadas com Isabella pela rua principal do povoado.


- Hummm...Dedosdemel. – disse Isabella após olhar as lojas por alguns instantes.


- Certo.
Os dois rumaram até a loja de doces e entraram na mesma. A loja já estava apinhada de alunos eufóricos para comprar alguns dos doces mais saborosos da Grã-Bretanha. Draco e Isabella estavam sendo observados de perto por Harry.


Assim como Draco, Harry estava preocupado com Isabella. Ele mesmo viu a vontade que Voldemort estava sentido em matar Isabella. E por conhecer muito bem o Lord das Trevas, estava ciente de que ele não deixaria passar uma oportunidade como aquela.


Após o almoço, Draco e Isabella caminharam até a Casa dos Gritos para terem um pouco de privacidade para namorarem. Foram seguidos por Harry. O moreno queria paroveitar aquela chance para tentar falar com Isabella novamente. Aproximou-se dos dois, interrompendo um beijo apaixonado e ardente.


O casal permaneceu abraçado, fitaram Harry, ambos fuzilando o garoto.


- O que quer aqui Potter? Ver uma cena que você jamais praticou? – perguntou Draco sarcasticamente.


- Isabella, eu gostaria de falar com você. – disse Harry ignorando a pergunta de Draco.


- Já disse que não temos nada para conversar. – retrucou a garota rapidamente.


- Te...


- Ela já disse que não quer falar com você Potter. – disse Draco com raiva.


- Cale a boca Malfoy. Não estou falando com você. – disse Harry começando a ficar com raiva também.


Draco invocou-se de vez. Soltou Isabella e foi até o moreno, com passos decididos. Mal chegara perto de Harry e já desferiu um soco no rosto do garoto, acertando-o em cheio. Aquilo havia surpreendido até mesmo Isabella.


- Malfoy, seu desgraçado! – gritou Harry partindo para cima de Draco com tudo.


Os dois caíram no chão, um batendo no outro violentamente. Quando Isabella ia na direção deles, para tentar separá-los, parou de andar subtamente. Voltou-se para o povoado ao ouvir gritos de alunos misturados com risadas maléficas. Lá de cima conseguia ver os Comensais da Morte atacando Hogsmeade.


- Essa não... – murmurou ela virando-se para Draco e Harry.


Os dois ainda estavam brigando feio, era difícil saber quem estava apanhando mais. Isabella dera o primeiro passo em direção a eles, de tão preocupada que estava e com a gritaria, não escutou o som de alguém aparatando atrás de si.


- Draco pa...AAAAHHHHHHHHH.


A garota soltou um grito de pura dor ao sentir uma lâmina afiada perfurando seu ombro,muito próximo de seu coração. O grito de Isabella fez Draco e Harry pararem de brigar. Quando olharam na direção dela, viram-na cair de joelhos e atrás dela, Voldemort segurando uma adaga de lâmina negra.


- Isabella! – gritaram Draco e Harry levantando-se para acudi-la.


Voldemort gargalhava sinistramente. Estava se preparando para apunhalá-la novamente, mas desaparatou ao ouvir o som de passos aproximando-se rapidamente.


Draco correu até a namorada. Ela estava com os olhos marejados, caída no chão. Draco ajoelhou-se ao lado dela, completamente desesperado. Não podia perdê-la. Ele não sobreviveria. Viu que ela estava com dificuldades para respirar.


- Isabella...não fecha os olhos... – murmurou ele enquanto a pegava no colo, decidido a levá-la para Hogwarts.


Nauqele instante, Hermione e Rony apareceram acompanhados por cinco aurores.


- Draco... – chamava Isabella tentando permanecer consciente.


- Vai ficar tudo bem. Não fale nada, poupe suas energias. – sussurrou Draco a segurando com firmeza.


Isabella abriu a boca para dizer mais alguma coisa, mas perdera os sentidos. Um dos aurores a levou rapidamente para a enfermaria de Hogwarts. Os outros aurores escoltaram Harry e os outros.


Draco andava rapidamente. O sangue de Isabella manchado em sua roupa. Sabia que Isabella estava quase morrendo. E se aquilo realmente viesse a acontecer, ele jamais se perdoaria. Além de tudo, estaria quebrando a promessa que fizera a seu pai: não havia cuidado dela. Ao contrário, ficou batendo no Potter.


Harry estava com um olho rocho e um corte na bochecha, sua roupa estava completamente imunda e seu cabelo estava mais despenteado ainda. Já Draco estava com o cabelo desalinhado, um filete de sangue escorria pelo canto de seus lábios e estava com um corte em seu super-cílio.


Enquanto isso, Isabella estava passando por uma experiência que ficaria guardada no seu subconsciente por toda a sua vida. Sua alma estava vagando por uma espécie de sala gigante onde todas as paredes, teto e chão eram extremamente brancos. Viu um homem se aproximar. Ela só o havia visto em uma foto no Profeta Diário há alguns anos atrás.


- Sirius Black. – sussurrou ela surpresa.


- Olá Isabella. – disse Sirius ficando na frente dela.


- Onde eu estou? – perguntou a garota um pouco assustada agora. – Eu morri??


- Não, ainda não. Aqui é a passagem das almas para um lugar magnífico.


- Meu padrinho está nesse lugar??


- Não... não está. Tenho que ser rápido agora, não tenho muito tempo.


- O que está havendo? – perguntou ela completamente confusa.


- Acalme-se...vai ficar tudo bem. Eu vim aqui para falar com você. Importa-se se eu expressar minha gratidão? Pelo o que você fez por Harry. Por você. Pela pessoa que realmente é. – disse Sirius realmente agradecido.


- Foi tudo em vão. Seu afilhado nunca confiou em mim de verdade. – murmurou Isabella armagurada.


- Perdoe-o. Vai fazer um bem muito grande para você e para ele Isabella. – disse Sirius olhando-a atentamente.


A garota ficou em silêncio por um tempo. As palavras de Sirius ecoavam em seus ouvidos. De alguma forma, sabia que ele tinha razão. Sorriu suavemente e ergueu a cabeça.


- Farei isso. Pode dizer ao meu padrinho que eu o amo?


- Não preciso dizer. Tenho certeza que ele sente isso. – sussurrou Sirius sorrindo também.


- Obrigada Sirius. Você é realmente incrível. Não me arrependo um minuto sequer de ter admirado você por anos.


Sirius sorriu mais ainda.


- O que vai acontecer agora? – perguntou Isabella olhando ao seu redor.


- Não se preocupe. Essas coisas acontecem sozinhas...


***


Draco entrou correndo na enfermaria, seguido por Harry, Rony e Hermione. Haviam alguns alunos feridos, deitados em suas camas. A Profª Sprout correu até os quatro. Ficou pálida ao ver o sangue na roupa de Draco.


- Garoto! Deite-se aqui!


- Cadê a Isabella??


- Vai ficar tudo bem rapaz, deite-se na cama...


- Eu estou bem! Esse sangue não é meu! – disse Draco impaciente. – Cadê Isabella Lestrange?!


A Profª Sprout se recompôs.


- Madame Pomfrey está cuidando dela agora. Não está nada bem. – comentou a professora engolindo o seco.


Draco ficou com o olhar perdido. Sabia que aquela enfermeira idiota não conseguiria salvá-la, pois Isabella tinha sido ferida por uma adaga de lâmina negra...Artes das Trevas...


O loiro virou-se e saiu correndo da enfermaria. Precisava avisar sua mãe, ela sim saberia quem chamar para cuidar de Isabella. Foi direto para as masmorras, chegando na sala comunal da Sonserina alguns segundos depois. Os alunos sonserinos olhavam-no assustados por causa do sangue na roupa do garoto.


Draco entrou no seu dormitório apressado. Pegou na gaveta de sua escrivaninha um saquinho de couro e voltou para a sala comunal, indo até uma das lareiras. Abriu o saquinho, apanhou um pouco de pó-de-flú e jogou nas chamas que creptavam, tornando-as verde-esmeralda.


- Mansão Malfoy! – exclamou ele após ajoelhar-se no chão e enfiar a cabeça na lareira.


Sentiu sua cabeça rodar várias vezes até parar na lareira da sala de estar da mansão. Por sorte, Narcisa estava sentada em uma poltrona, lendo um livro.


- Mãe! – chamou Draco desesperando.


Narcisa assustou-se. Largou o livro na poltrona e correu até a lareira. Ficou pálida ao ver o estado de Draco.


- Draco! O que...


- Mãe, depois eu explico. Isabella foi ferida por uma lâmina negra...Artes das Trevas... A senhora precisa fazer alguma coisa se não ela vai morrer! – disse Draco rapidamente.


Narcisa segurou-se firmemente na lareira. Tinha que agir rapidamente. Sabia o que precisa fazer.


- Fique com Isabella. Chegarei em Hogwarts em cinco minutos. – falou Narcisa decidida.


Draco assentiu com a cabeça e jogou-se para trás. Retornando a sala comunal alguns segundos depois. Levatantou-se, um pouco zonzo. Todos os alunos o fitavam atentamente. O loiro endireitou-se e saiu apressado da sala comunal.


Voltou para a enfermaria. Harry, Rony e Hermione estavam sentados em um canto enquanto a Profª Sprout cuidava do ferimento na bochecha de Harry.


Draco atravessou a enfermaria com passos rápidos, indo na direção de Isabella. Não podia vê-la, pois Madame Pomfrey havia colocado os biombos ao redor da cama dela. Quando estava próximo dos biombos sentiu alguém puxá-lo para trás.


- Madame Pomfrey está tentando salvar a vida dela agora, Sr. Malfoy.


Draco olhou para trás. Era Dumbledore. No ombro do diretor estava Fawkes.


- Ela está usando lágrimas de fênix...


- Isso não vai curá-la. – interrompeu Draco. – Nada do que vocês podem fazer irá salvá-la. Eu já fiz o que devia ser feito.


O loiro tentou ir ver Isabella, mas Dumbledore não permitira.


- É a minha namorada que está ali! – gritou Draco soltando-se.


Snape entrou na enfermaria correndo. Murmurou algo para Dumbledore.


- Deixe que venham. – sussurrou Dumbledore.


No momento em que Snape iria abrir a porta, a mesma escancarou-se e por ela entrou Narcisa Malfoy acompanhada por um homem de meia idade, alto e esbelto. Passaram por Snape e juntaram-se a Draco e Dumbledore.


- Mãe... – disse Draco aliviado.


- Com licença. – disse o homem e em seguida sumiu por trás do biombo.


Narcisa fica na frente de Draco.


- Você precisa cuidar desses cortes. – comentou ela analisando o filho.


- Quero ficar aqui. – disse Draco decidido.


- Isabella vai ficar boa logo. Brian Lawrence é o melhor medi-bruxo especializado em Artefatos das Trevas que eu conheço. Ele irá ajudar Isabella...


- Vou ficar aqui mãe.


Narcisa suspirou e acabou concordando. Ela mesma que cuidara dos cortes de Draco. Ficaram sentados em duas cadeiras, sem trocarem uma palavra. Apenas esperando Lawrence sair detrás dos biombos com boas notícias.


Quarenta minutos depois, Lawrence e Madame Pomfrey reapareceram. Narcisa e Draco levantaram-se. Harry, Rony e Hermione aproximaram-se rapidamente.


- E então? – perguntou Narcisa preocupada.


- Ela vai ficar bem. Está dormindo, precisa repousar. É provável que acorde só amanhã. O ferimento foi curado por completo sem restar cicatriz. – respondeu Brian cheio de si.


Draco sorriu aliviado.


- Posso ir vê-la? – perguntou imediatamente.


Madame Pomfrey relutou um pouco, mas deixou que Draco e Narcisa fossem ver a garota. Observaram Isabella. Estava visivelmente cansada. O loiro acariciou uma das mãos da namorada. “E pensar que eu quase te perdi...” pensou ele. Aquele pensamento fez os olhos dele ficarem marejardos, até que duas lágrimas escorreram por sua face, mas ele logo as enxugou.


Narcisa fitou Draco com atenção. Não era difícil ver o quanto Isabella era importante para ele. Ele nunca havia falado de nenhuma garota como falava de Isabella. É o que ela, Narcisa, sempre desejara para Draco...

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