Uma grande perda
Capítulo 25: Uma grande perda
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Snape entrara na ala comunal da Sonserina alguns instantes depois. Olhou ao seu redor, viu Draco e Isabella isolados em um canto. Foi até ele em passos largos.
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- O diretor Alvo Dumbledore quer falar com vocês. – disse Snape.
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Draco e Isabella levantaram-se.
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- Venham comigo. – murmurou Snape saindo da sala comunal.
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Os três saíram sob os olhares curiosos dos outros alunos sonserinos. Snape levou-os até em frente a gárgula que guardava a sala de Dumbledore.
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- Bolo de caldeirão. – disse o professor com clareza.
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A gárgula saltou imediatamente para o lado, deixando livre a escada de caracol que dava de frente para a porta da sala do diretor.
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Os três subiram a escada. Snape bateu na porta e entrou em seguida. Logo atrás entraram Draco e Isabella. Dumbledore estava sentado a sua mesa, com um semblante sereno no rosto.
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- Obrigado Severo. Pode nos dar licença agora? – pediu Alvo educadamente.
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Snape meneou a cabeça positivamente e em seguida saiu da sala. Draco e Isabella estavam em pé.
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- Sentem-se, por favor. – disse Dumbledore.
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Os dois acomodaram-se nas cadeiras confortáveis, a mesa do diretor. Draco estava com o olhar perdido mais uma vez. Já esperava ser expulso junto com Isabella.
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- Bom, sei que o momento é um tanto inoportuno, mas temos muito o que conversar. – comentou Dumbledore calmo. – Desejam beber algo?
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- Não. – murmurou Isabella.
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Draco balançou a cabeça negativamente. Achava melhor manter a boca fechada naquele instante, pois não seria conveniente insultar o diretor.
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- Quero avisá-los de que eu...
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- Sr. Dumbledore, se alguém precisa ser expulso aqui, sou eu. Draco não tem nada a ver com o que aconteceu. – disse Isabella rapidamente.
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- Acalme-se, srta. Lestrange. Não haverá nenhuma expulsão hoje. – disse Dumbledore fitando-a atentamente.
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Draco ergueu uma sobrancelha. O que será que aquele velho iria fazer então? Falar “Meus pêsames”? É óbvio que não. Endireitou-se na cadeira e começou a prestar mais atenção.
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- É bom que saibam que desde que Lúcio Malfoy e Narcisa Malfoy estiveram no Ministério da Magia para matricular você, srta. Lestrange, aqui em Hogwarts, suspeitei que havia algo estranho acontecendo.
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Dumbledore fez uma pausa. Fitou Draco e Isabella. Ambos com semblantes de surpresa em suas faces. O diretor pigarreou e em seguida prosseguiu.
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- Avisei e deixei bem claro para os professore, e é claro, para HArry Potter, que tomassem “cuidado”, que fossem “cautelosos” quando estivessem perto de você, srta. Lestrange.
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Isabella respirou fundo. Sempre, desde que entrara em Hogwarts, sentira que algo estava muito “errado”. Abaixou a cabeça e fitou o chão.
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- Minhas suspeitas se confirmaram quando Belatriz Lestrange aparecera em Hogsmeade e gritara para todos ouvirem sobre um tal “plano”. Confesso que passou sim pela minha cabeça expulsá-la naquele momento. Mas é sempre bom ter um inimigo na nossa frente ao invés das nossas costas. Foi pensando assim que resolvi não expulsá-la aquele dia...
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Draco levanto-se. Como aquele velho tivera a ousadia de ter pensado em expulsar Isabella?! Ele e nem niguém daquela escola sabia o que realmente havia acontecido. Ninguém tinha noção da injustiça que cometeram com Isabella.
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- O senhor não faz idéia do que aconteceu nessas idas à Hogsmeade! – disse Draco exaltado.
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- Sr. Malfoy, sente-se, por favor. Ainda não terminei de falar...
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- E nem eu! Isabella tem sido torturada por não cumprir o maldito plano. Tudo porque ficou realmente amiga do imbecil do Potter. Hoje meu pai morreu para salvar a vida dela! – falava Draco emquanto sua voz ia ficando cada vez mais alterada.
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Isabella sentiu os olhos marejarem. Segurou delicadamente a mão de Draco.
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- Sente-se. – sussurrou ela.
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O loiro respirou fundo e sentou-se. Viu que Dumbledore não estava surpreso com o que havia acabado de dizer.
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- Tudo o que o senhor acabara de falar, eu já havia concluído. É uma pena que eu tenha concluído apenas alguns instantes antes de vocês entrarem na minha sala. – disse Dumbledore. – Eu mesmo, e todos da escola devemos nos desculpar pela injustiça que cometemos.
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Isabella fitou o diretor seriamente, fazendo-o perceber que ela não perdoaria ninguém.
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- Vocês vão para a casa de vocês, avisar a sra. Malfoy sobre o que acontecera. – dizia Dumbledore enquanto levantava-se e ia até sua lareira. – Nas circunstâncias autais, creio que não há problema se vocês forem Via Flú.
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Draco e Isabella levantaram-se. Foram até a lareira. Dumbledore ofereceu um pouco de pó-de-flú para Draco. Este jogou o pó na lareira, fazendo as chamas ficarem cerdes. Entrou na lareira.
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- Mansão Malfoy! – exclamou Draco e em seguida sumiu.
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Dumbledore ofereceu outro pouco de pó-de-flú para Isabella.
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- Srta. Lestrange, não sinta-se culpada pelo o que aconteceu. Lembre-se que são quatro as questões de valores na vida: O que é sagrado? De que é feito o espírito? Por que vale a pena viver? E por que vale a pena morrer? A resposta para cada uma delas é “Amor”. Lúcio Malfoy aprendeu a última das questões. Ele viu que valia a pena morrer por você, pois ele a amava muito. Não sinta-se culpada por ele retribuir seu amor. – disse Dumbledore serenamente.
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Isabella o fitou por alguns segundos. Aquilo havia tocado seu coração, fazendo parte de sua dor sumir. Meneou a cabeça positivamente. Em seguida, virou-se para a lareira e jogou o pó-de-flé na mesma.
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- Mansão Malfoy! – exclamou ela após endireitar-se na lareira do diretor.
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Isabella rodopiou por algum tempo. Sentiu-se enjoada até. Quando parou de rodopiar, encontrava-se na lareira da sala de estar da mansão.
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- Que demora. – sussurrou Draco ajudando-a a sair da lareira.
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- Desculpe. – murmurou Isabella. – Onde está Narcisa?
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- Um elfo doméstico foi chamá-la nos aposentos dela.
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Alguns segundos depois, Narcisa apareceu na sala. O semblante de surpresa tomava conta de seu rosto. Caminhou até eles em passos lentos e curto.
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- O que estão fazendo aqui? – perguntou ela um pouco aflita, pois Lúcio havia lhe dito que naquele dia haveria uma visita à Hogsmeade e que Draco e Isabella iriam para o Bosque da Perdição.
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Imediatamente Isabella deixou uma lágrima escorrer por sua face. Aquilo deixara Narcisa ainda mais aflita. Ela olhou de Draco para Isabella.
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- Fiz uma pergunta. – disse ela séria.
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- Aconteceu uma...coisa hoje... – dizia Draco sem saber ao cer o que falar, estava sendo um momento realmente difícil.
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- Fale logo Draco. Está me assustando. – disse Narcisa muito angustiada.
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- Voldemort tentou matar Isabella...mas...meu pai entrou na frente dela. Foi atingido pelo Avada Kedavra. – disse Draco secamente.
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Narcisa ficara horrivelmente pálida. Sentou-se no sofá. Os pensamentos estavam a mi., “Quase perdi minha afilhada...mas Lúcio...”. Narcisa nem terminara de pensar, desmaiara no sofá.
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Draco e Isabella foram acudi-la. Narcisa demorou pouco mais de um minuto para voltar a si. Fitou o teto da sala. Sentou-se novamente no sofá, segurando-se para não chorar.
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- Vão para seus dormitórios...e descansem... – murmurou ela enquanto levantava-se.
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Os dois fitaram Narcisa sair da sala. Ela rumou lentamente até seus aposentos. Trancou-se no quarto e deitou-se na cama, agarrada a um retrato de Lúcio. Ficou chorando em silêncio por um bom tempo. Sentia-se completamente sozinha agora. Se não fosse por Draco e Isabella, não importaria-se em tirar a própria vida.
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Na sala...
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- Vou para meus aposentos. – sussurrou Isabella.
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- Vou acompanhá-la até a porta. – disse Draco.
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A garota assentiu com a cabeça e começou a subir até o último andar, acompanhada de Draco. Ele a deixou na porta de seus aposentos e depois saiu, indo para seus próprios aposentos. Ambos queriam descançar, esquecer aquilo tudo...e apenas dormir.
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No dia seguinte, bem cedo, houve o enterro de Lúcio. Apenas Narcisa, Draco e Isabella foram para o cemitério. Todos de preto, como de costume. O loiro não derramara uma lágrima sequer, havia chorado de madrugada. Já Narcisa e Isabella, choravam silenciosamente enquanto fitavam o túmulo de Lúcio.
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Quando voltaram para a mansão, cada um rumou para seus aposentos e lá ficaram até a hora do almoço. Após Draco e Isabella almoçarem, reuniram-se com Narcisa na sala de estar.
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- Mãe, nós vamos voltar para Hogwarts agora. – disse Draco.
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- Sim. – murmurou Narcisa enquanto abraçava o filho.
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Draco retribuiu o abraço. Era raro aquele tipo de coisa. Quando soltou-a, jogou pó-de-flú na lareira e logo sumiu. Isabella foi até Narcisa. Abraçaram-se.
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- Vai ficar bem? – perguntou Isabella baixinho.
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- Vou ficar se você e Draco ficarem bem. – murmurou Narcisa forçando um sorriso.
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Isabella sorriu tristemente enquanto a soltava e ia para a lareira.
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- Lúcio a ama...onde quer que esteja... – murmurou Narcisa.
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- Ama a nós... – disse Isabella antes de sumir.
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