A briga não acaba;
Rony estava deitado na cama, com uma grande tigela de batatas fritas sobre a mesa-de-cabeceira, quando ouviu uma risada soar no quarto ao lado, que era o de Harry.
-Gina está no quarto de Harry? –pensou ele no inicio, mas logo percebeu que a risada era de outra pessoa, e muito familiar. –Mione? Mas o que aquela menina ta fazendo no quarto do Harry á 3 da manhã? Mas... Eu sempre pensei que Harry amasse minha irmã... Mas, e a Mione? Quem diria.. Ela, tão certinha e delicadinha, blá, blá, blá... No quarto de um rapaz á 3 da madruga. Ah, e depois eu sou uma Cenoura maliciosa, mas também, como não seria? Ah, ela vai me ouvir agora! – e com uma súbita raiva de estar ali e não no quarto ao lado, levantou da cama e foi ate a porta. Mas logo parou para pensar no que estava fazendo. Não era de seu habitual. –Mas, o azar é o dela e do Harry, que tem que agüentar aquela matraca falando do livro que leu, e tals. Mas... Eles poderiam ter me convidado! É, deve ser isso. Estou me sentindo rejeitado pelos meus melhores amigos. Deve ser isso. –e abrindo a porta, se pôs de frente com a porta do quarto ao lado. Ficou por alguns minutos com o dilema: Abro ou não?
O ciúmes falou mais alto, e ele, com um ato impensado, abriu a porta e viu Harry e Hermione rindo sentados no chão. Harry sorriu para o amigo, feliz em vê-lo, mas Hermione fechou imediatamente a risada do rosto, e isso foi percebido pelo ruivo.
-Alguma festa que não me convidaram? Ou atrapalhei algo realmente bom? –começou ele, sarcástico.
-Ron, estávamos jogando Xadrez. Quer jogar também? –sorriu Harry, tentando não notar que o amigo estava com raiva e ciúmes. –Eu perdi... Jogue com a Mione.
-Sabe de uma coisa, perdi a vontade de jogar. Com licença Harry. –Hermione se levantou, mas não pode sair do quarto, pois Harry a puxara pelo braço.
-Não! Você e Ron jogam agora.
-Eu já disse que perdi a vontade de jogar, Harry.
-Harry, não percebeu que a senhorita Sabe-tudo não quer que a cenoura aqui fique atrapalhando vocês? Bem, mas se for esse o caso, estou me retirando. Boa.. Farra pra vocês.
-Rony, não é isso que você esta pensando. Você bem sabe que amo sua irmã Gina.
-Eu sei Harry. Mas vejo que Hermione não esta vendo isso, não é Granger?
-Realmente está pensando que eu estou afim do Harry? Vejo que alem das unhas você perdeu foi o senso do ridículo. –bufou ela, corando.
-Olha, eu acho que vocês precisam seriamente pôr um basta nessa briga estúpida. –disse Harry, querendo por um ponto final na historia. –Rony e Mione, vão conversar agora!
-Não precisa Harry. Não quero me contagiar com a mente poluída dessa cenoura ambulante.
-Ai Harry, se não vou me contagiar com a cenoura ambulante - debochou ele, afinando a voz ate ficar com um tom agudo quão ao o de Minerva.
-Não me imite, Weasley!
-Então não me ofenda, Granger.
Harry abaixou a cabeça e sabia que aquela historia não ia acabar tão cedo. Quando pegavam para brigar, isso podia demorar horas e horas. O que lhe restou foi sentar e olhar toda a briga quieto. Não podia negar que se chateava com a rivalidade dos amigos, mas eram realmente engraçados os dois brigarem simplesmente pelo fato de não serem capazes de declarar seus sentimentos um para com o outro.
-Weasley, você entrou no quarto se referindo a mim como se eu não estivesse respeitando sua irmã.
-Aé, Srta. Granger. Como de uma briga nossa você pulou para o desrespeito para minha irmã ein?
-Insinuar que estou afim de Harry é o mesmo que insinuar que desrespeito minha amiga Gina. Eu sei que Harry e Gina se amam, não seria tão burra capaz de fazer tal barbaridade. Mas você é burro o suficiente de acreditar nessa sua imaginação ultrapassada e inconseqüente.
-Está me chamando de burro?
-Burro, anta, uma jegue, um jumento... Qual dos adjetivos você prefere ein? Se quiser mais algum para você entender que estou te chamando de burro, eu posso criar uma lista agora mesmo. Harry me passa uma pena e um pergaminho.
-HÃ?- resmungou Harry, quase dormindo com a situação.
-Não precisa Srta. Granger. Não sou tão burro o quanto você imagina. Bem, você acha que todos são burros perante você, porque você não passa de uma Sabe-tudo irritante e orgulhosa e sem humildade de admitir que não seja a mais inteligente.
-Oras Rony! –Hermione sentiu-se tocada ao ouvir que não era a melhor, e isso deu á ela mais forças. –Não me obrigue á tocar em assuntos que você não irá gostar como a Lilá Brown e seu relacionamento bombástico, sim Rony? Ou vamos falar de suas amigas Aranhas.
-Lilá Brown não tem nada a ver com a historia. E não fala de Aranhas!! –sussurrou ele, murchando as orelhas.
-Então, Ronald Weasley, antes de afirmar algo realmente calunioso contra mim...
-SERÁ QUE DÁ PRA VOCÊS CALAREM A BOCA, PELO AMOR DE MERLIN? –gritou Harry, levantando. - ESTÁ FICANDO INSUPORTAVEL CONVIVER COM VOCÊS!
Hermione e Rony se entreolharam e calaram-se. Hermione saiu correndo do quarto, não sem antes de lançar um olhar odioso para Rony. Rony ficou tímido em olhar o amigo e lhe dirigir a palavra.
-ÉR... Ela me chamou de burro. Isso não vale. –resmungou ele, ainda um tanto acanhado.
-Rony, boa noite, sim?
-Harry! Ela me chamou de burro. E falou sobre as aranhas.
-Rony...
-Vou começar a olhar meus sapatos antes de vesti-los. Vai que aquela doida varrida coloca uma aranha lá?
-Rony... –sorriu Harry, empurrando Rony para a porta, enquanto ele reclamava comicamente o que Hermione havia lhe dito. –Boa noite, dorme e... Tchau! –e já sonolento, bateu a porta na cara de Rony.
-Ela apelou. Não precisava falar das aranhas.... Não mesmo. –e ainda irritado, parou na porta do quarto de Hermione. Ela estava semi-aberta, e Mione estava chorando. Quando viu que Rony estava parado, fechou a porta tão bruscamente que acabara por prender o nariz de Rony.
-HERMIONE, HERMIONE, MEU NARIZ! –gritou ele, tentando se soltar. A porta abriu um pouco e ele pos ouvir, entre soluções e alguma risada, que Hermione lhe gritara:
-BEM FEITO!
Rony fez um gesto com o dedo contra a porta e entrou, com a mão no nariz.
-Menina louca.
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