Construtores





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Local: Abaixo do Templo de Karnak- Egito
Hora Local: 08:30 hs.
Status da Missão: Indefinida, mas com sério risco de falhar.
Tempo Decorrido da Missão: 07:06 hs.
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Queda livre!
Essa era a sensação que Gabriel sentia nesse momento. Uma sensação muito desagradável. Tentou usar suas asas, mas o poço era estreito demais para conseguir frear sua queda usando as asas. Assumiu uma forma animaga parcial e cravou suas garras na lateral do poço, tentando frear sua queda, mas não conseguiu apoio. As paredes eram lisas demais.
Mesmo assim, conseguiu reduzir um pouco a velocidade de sua queda. Isso, até que Harry que caía atrás dele, bater em cheio com sua cabeça na cabeça de Gabriel. Resultado da colisão: Harry inconsciente e Gabriel tonto demais para fazer qualquer outra coisa.
Trinta segundos depois de começarem a cair, bateram no fundo do poço. Por sorte, azar ou destino, era um poço com água. Até aí tudo bem, pois amorteceu a queda dos dois que acabaram mergulhando fundo na água.
O problema, é que o poço era ligado a um riacho subterrâneo e foram sugados por ele. Foram arrastados impiedosamente pelo riacho subterrâneo. Uma espécie de canal circular os carregou em alta velocidade, por uma extensão difícil de ser medida em metros.
Sem poder respirar, Gabriel tentou fazer um feitiço para respirar embaixo dágua, mas estava tão tonto que não conseguiu. Sentiu quando o corpo de Harry bateu novamente no seu e por instinto o agarrou. Foram
Quando parecia que seus pulmões iriam explodir por falta de ar, o riacho subterrâneo terminou numa pequena cachoeira por onde foram expelidos, em direção a uma lagoa, uns 10 metros abaixo.
Novo mergulho forçado, mas logo Gabriel conseguiu vir a superfície, trazendo junto consigo, Harry que continuava inconsciente. Nadando de qualquer maneira, conseguiu levar Harry até a lateral da lagoa que ali existia. Estava escuro e completamente silencioso.
Colocou-o na beirada da lagoa e respirou profundamente. Estava tonto e sentia horríveis dores de cabeça, resultado do impacto com o corpo de Harry, além dos inúmeros esbarrões nas laterais do canal subterrâneo.
Concentrou-se e mentalizou um feitiço para suas dores de cabeça e tontura. Em segundos, sentiu-se melhor.
- Merlin! Que loucura. – fala Gabriel balançando a cabeça, um pouco tonto ainda. – E aí, Harry, tudo bem? – pergunta Gabriel e olha para Harry que estava inconsciente ainda.
- Qual a situação? – pergunta Drakul preocupado.
- Agora não, Drakul! – fala Gabriel preocupado e vendo que Harry não respirava. – Harry está desmaiado. Acho que bebeu água até não poder mais. Iniciando procedimentos de RCP(reanimação cardiopulmonar). – fala Gabriel.
- Vai fazer respiração boca-a-boca? – pergunta Drakul sorrindo. – Ah se Sophia souber disso!!
- Sem piadinhas! – reclama Gabriel.
Levanta um pouco a cabeça de Harry, para em seguida, começar a fazer respiração boca-a-boca em Harry. Forçava ar para os pulmões de Harry e em seguida, começava a fazer massagens cardíacas. Na terceira vez que forçou oxigênio, Harry começou a tossir e vomitar água.
- Como está, Harry? – pergunta Gabriel o virando de lado para que vomitasse a água ingerida.
- Melhor...obrigado. – fala Harry depois de quase um minuto vomitando. Tinha dificuldades para respirar e falar. – Merlin. No que eu bati a cabeça? – pergunta Harry. – Numa pedra?
- Na minha cabeça. Quase me matou! – reclama Gabriel fazendo um feitiço de cura para a cabeça de Harry.
- Onde estamos? – pergunta Harry dali há alguns segundos.
- Estamos numa pequena lagoa subterrânea. Fomos arrastados por um túnel subterrâneo e viemos parar aqui. – explica Gabriel. – Como se sente agora?
- Estou bem. – fala Harry tentando se levantar. – Estou inteiro, e você?
- Fora alguns cortes e arranhões, estou bem. – fala Gabriel. – Cara, que susto que me deu! Achei que iria morrer!
- Obrigado. – fala Harry sério. – Mas se um dia eu escrever minhas memórias, vou pular a parte dessa respiração boca-a-boca. – termina sorrindo.
- Serei eternamente grato se fizer isso. – fala Gabriel rindo também.
- Vão ficar ai de papo até quando? – pergunta Drakul sério. – Vamos lá, não percam tempo. Precisam continuar!
- Drakul, dá um tempo? – pergunta Gabriel. – Estamos cansados. Dê-nos uns minutos. – fala Gabriel sério.
- Vocês estão muito moles. – reclama Drakul sério.
- Acabo de lembrar de uma piada. – fala Gabriel sorrindo para Harry que sorriu também.
- Não! Chega de piadas. – fala Drakul sério no comunicador.
- Como é a piada, Gabriel? – pergunta Harry se sentando devagar.
- O noivo prestes a se casar foi até a casa do sogro para namorar um pouco. Sua noiva não era feia, mas estava longe de ser bonita. Ele estava de olho era na grana da família. Assim que chegou, foi informado que sua noiva tinha saído e só voltaria dentro de duas horas. Foi convidado pelo sogro a entrar e aguardar. Ele estava na sala aguardando, quando o sogro lhe disse: - Espere aí que eu vou comprar umas cervejas e iremos assistir ao jogo na televisão. Volto dentro de uma hora. – O genro achou estranho, mas não falou nada. Ficou por ali assistindo a televisão, até que sua sogra entrou na sala e falou rapidamente. – Vou até o mercado comprar alguns alimentos. Volto em uma hora. Nossa filha mais nova está no banho e já vem. – fala Gabriel e ouve os resmungos de Drakul.
- E daí? – pergunta Harry sorrindo.
- Daí que a filha mais nova era uma linda morena de 18 anos, corpo espetacular e com lindos olhos azuis. Seios fartos e pernas que pareciam de modelo. Era a garota mais desejada da cidade. E o genro ficou ali, em silêncio, aguardando. – fala Gabriel sorrindo. – Naquilo, a sua futura cunhada aparece na sala, enrolada somente numa toalha pequenina, que mal cobria algumas partes do corpo, sem vestir mais nada. Cabelos molhados, lábios carnudos e sedutores. Um verdadeiro pecado em forma de mulher. Ela o olhou nos olhos e falou com a voz mais sedutora que o rapaz já tinha ouvido. - Se você quiser transar loucamente comigo e realizar suas maiores fantasias e perversões sexuais e só subir até meu quarto com algumas camisinhas. Senão, é só ir embora. Temos uma hora até que meus pais voltem. – fala ela sorrindo e indo para o quarto enquanto rebolava de forma provocativa.
- E daí? – pergunta Drakul subitamente interessado na história.
- Daí que o rapaz pensou um pouco e saiu da casa, em direção a seu carro que estava estacionado em frente à casa. Quando chegou ao carro, seu sogro, sua sogra e sua noiva o esperavam, felizes. – conta Gabriel vendo Harry sorrir baixinho.
- E? – pergunta Harry curioso.
- Daí que o Sogro o abraçou, feliz e contente e lhe falou com alegria na voz: “Meu jovem, agora sei o quanto ama minha filha. Sabemos agora que podemos confiar em você. Eu sinceramente achei que você iria trair nossa filha mais velha com nossa filha mais nova.” – conta Gabriel sorrindo baixinho. – Naquilo o genro ficou sério e falou com voz forte e decidida. – Eu jamais trairia minha noiva. Seus sogros ficaram felizes e o convidaram a entrar novamente na casa, para oficializar a união dos dois. Enquanto eles faziam isso, o genro pensava feliz consigo mesmo: Ainda bem que deixei as camisinhas no carro. Já pensou se eu estivesse com elas no bolso da calça? – fala Gabriel e ouve as risadas de Drakul e Harry. - Moral da história: Sempre guarde as camisinhas no carro e nunca no bolso da calça.
- O papo está bom, mas vocês precisam continuar. – fala Drakul sorrindo ainda.
- Ok, vamos lá. – fala Harry se levantando e usando sua lanterna, olha para sua frente. Vê a distância, um pórtico de pedra, onde apareciam alguns hieróglifos.
- Senão vejamos. – fala Gabriel ligando sua lanterna e iluminando a porta. Rapidamente começa a ler os hieróglifos. - Que novidade. Mais maldições!
- Quais? – pergunta Drakul.
- “A morte rastejante irá levá-los!” – lê Gabriel sorrindo. – É melhor tomarmos cuidado com cobras.
- Se aparecerem, deixa comigo. – fala Harry rindo.
- Ok. Vou me lembrar disso. – fala Gabriel. – Aqui tem mais uma. “Se ainda não comentou a Fic, uma múmia irá te arrastar até um sarcófago e depois disso... créu!” – lê Gabriel espantado.
- Muito bem. O que diabos é a tal da Fic? Já apareceu duas vezes! – pergunta Harry sério.
- Não sei. FIC parece ser uma abreviação de algo importante. Algo que tenha valor para os que a fizeram. E parece que querem que seja comentada! – responde Drakul pelo comunicador.
- Tudo bem, até aí eu entendi. Mas o que significa FIC? – pergunta Harry curioso.
- Filho de Italiano Cabeçudo? – arrisca Gabriel.
- Foda-se Idiota Cretino? – arrisca Drakul.
- Filhote Inteligente de Cobra? – arrisca Harry rindo.
- Bem, não importa. Eu vou comentar. Vai que uma múmia aparece e... créu!! – fala Drakul sério.
- Aliás, o que é créu??? – pergunta Harry curioso.
- Bem... – fala Gabriel rindo. – Vou deixar isso para tua imaginação. Mas posso te dar uma idéia. Lembra quando o Sírius conheceu o Capitão Morrimento? Do método de interrogatório com saco plástico e com a vassoura? É algo parecido com aquilo, só que com outra coisa no lugar da vassoura.
- Cruzes! – fala Harry preocupado. – Onde é que comenta???
- Melhor procurar com cuidado. – alerta Gabriel rindo.
- O que mais tem aí? – pergunta Drakul sério.
- “A escolha deve ser feita agora! A morte virá rápida para os profanadores! A ganância o destruirá!” – lê Gabriel preocupado. – Ah, sim. Aqui!
- O que achou? – pergunta Harry ao ver Gabriel pressionar alguns hieróglifos que afundam na pedra.
- A abertura da porta, é claro! – fala Gabriel sorrindo enquanto a porta de pedra se abre, entrando numa saliência na parede.
- Ora, ora! Conseguiram entrar sem disparar nenhuma armadilha! E sem usar explosivos!!!– elogia Drakul pelo comunicador. – Isso é uma novidade.
- Não comemore ainda. – fala Gabriel preocupado apontando sua lanterna para o corredor.
- O que foi? – pergunta Drakul.
- Escorpiões! – responde Gabriel recuando rapidamente. – Um bocado deles.
- Afaste-se! – fala Harry puxando Gabriel para o lado e apontando um lança chamas para dentro do túnel.
Aciona o disparador e mantém fogo contínuo, queimando os escorpiões que tentavam fugir pelo túnel. Logo, todos estavam queimados.
- Parabéns, Harry. – fala Gabriel respirando aliviado. – Pensou rápido. Odeio escorpiões.
- Ora, obrigado. – fala Harry guardando o lança chamas na mochila e sorrindo. – E agora?
- Agora? Vamos seguir o túnel, é claro. – fala Gabriel avançando com cuidado ao pisar em centenas de carcaças de escorpiões.
- Que poção foi aquela que me fez beber antes de virmos para cá? – pergunta Harry curioso.
- Ah. A Maldição do Faraó. – responde Gabriel sorrindo. – É uma poção para proteger os pulmões de fungos que existem nestes lugares fechados.
- Entendi. Mas por que o nome de Maldição do Faraó? – pergunta Harry caminhando ao lado de Gabriel pelo túnel.
- Aula de história, Drakul. – fala Gabriel sorrindo. – É sua área.
- Pois bem, Potter. Preste atenção. – fala Drakul sério. – No começo do século XX, os arqueólogos descobriram várias pirâmides no Egito Antigo. Nelas, encontraram diversos textos, entre eles, um que dizia que: "Morreria aquele que perturbasse o sono eterno do faráo". Alguns dias após a entrada nas pirâmides, alguns arqueólogos morreram de forma estranha e sem explicações. O medo espalhou-se entre muitas pessoas, pois os jornais divulgavam que a "maldição dos faraós" estava fazendo vítimas. Porém, após alguns estudos, verificou-se que os arqueólogos morreram, pois inalaram, dentro das pirâmides, fungos mortais que atacavam os órgãos do corpo. A ciência conseguiu explicar e desmistificar a questão. Ou você acredita em maldição, especialmente a maldição que foi feito milhares de anos atrás no antigo Egito época em que órgãos do morto reis e rainhas foram preservadas em múmias e colocados em pirâmides? – pergunta Drakul rindo.
- Quer dizer que as mortes eram por causa de fungos? – pergunta Harry curioso.
- Sim. Mas sempre tem um maluco de plantão para dizer que era uma maldição. – fala Drakul desdenhoso. – Assim como tem aqueles que acham que os egípcios não construíram as pirâmides.
- Drakul, se me permite dizer umas palavras, parafraseando um grande humorista que já morreu: Há controvérsias!! – fala Gabriel rindo.
- Que controvérsias? – pergunta Harry curioso.
- O que foi, Gabriel? – pergunta Drakul sério. – Vai me dizer que acredita que homenzinhos verdes do espaço construíram as pirâmides?
- De forma alguma. Só quero que me provem que foram os egípcios que as ergueram. Só isso. – fala Gabriel sério olhando para o corredor a sua frente que continuava em linha reta.
- Por que acha que não foram eles? – pergunta Harry curioso.
- Tem muita coisa a mais sobre as pirâmides que nunca foram esclarecidas, de forma definitiva. – fala Gabriel calmo.
- Por exemplo? – pergunta Drakul sério. – Lembre-se que está falando com uma Autoridade na área.
- Certo, “autoridade”! – fala Gabriel debochado. – Explique-me para que servem as pirâmides!
- Como tumbas reais, é claro! – responde Drakul sério.
- Sei. – responde Gabriel sorrindo. – Quantas pirâmides já foram descobertas no Egito, “autoridade”? Só as mais importantes, claro.
- Até onde eu saiba, 111 pirâmides. – fala Drakul sério. (Fato Histórico)
- Ótimo. Destas 111 pirâmides... quantas delas tinham os corpos de algum faraó, ou de alguém importante? – pergunta Gabriel.
- Ahnn...bem... – fala Drakul pensativo.
- Nenhuma! Em nenhuma das 111 pirâmides, repare bem, Harry, em nenhuma delas havia um corpo de um faraó! E ainda me dizem que serviam como tumbas. – fala Gabriel debochado.
- E Tutankhamon? O Rei Menino? Não estava em uma pirâmide? – pergunta Harry.
- Não. Estava em uma tumba subterrânea, no Vale dos Reis. Mas não numa pirâmide. – fala Gabriel sério enquanto lia alguns hieróglifos numa parede. – Drakul, o túnel se divide. Estamos seguindo a esquerda.
- Ok. Vão em frente. – fala Drakul sério.
- Mas então, para que acha que serviriam as pirâmides, Gabriel? – pergunta Harry curioso.
- Tenho algumas teorias. Mas achar que eram tumbas, isso é desmerecer o trabalho de quem as construiu. – responde Gabriel caminhando lentamente pelo corredor. – Agora, escute essa, Harry. Já que tocou no nome de Tutankhamon, vamos analisar como é que a tumba dele foi encontrada. Foi o arqueólogo Howard Carter, o financiador da sua expedição, Lord Carnavon e a sua filha Evelyn. Durante muito tempo Carter acreditava que havia alguma coisa mais por aqueles lados do Vale dos Reis, e quando já estava quase desistindo, precisamente em novembro de 1922, realizou aquela que foi considerada a mais sensacional descoberta arqueológica do século XX:
- O que ele descobriu? – pergunta Harry curioso caminhando ao lado de Gabriel.
- Ele, pessoalmente nada. Um dos trabalhadores acidentalmente encontrou uns degraus que se dirigiam ao subsolo. Logo, verificou-se que era a entrada para uma tumba. Uma tumba intocada por mais de 3 mil anos! A notícia logo se espalhou e uma multidão de repórteres, turistas e autoridades se dirigiu ao local da descoberta. Carter ficara famoso da noite para o dia! Começaram então os trabalhos de escavação. – explica Gabriel. – E daí, coisa estranhas começaram a acontecer.
- Ah, por favor! – fala Drakul debochado pelo comunicador. – Não me venha com abobrinhas, Gabriel!!
- Estou apenas citando fatos, Drakul. Não estou inventando nada. – fala Gabriel seco. – Começaram a acontecer coisas bastante estranhas no seu acampamento! O primeiro sinal de desgraça foi o fato de uma serpente naja (a mesma usada no toucado dos faraós) ter invadido a tenda de Carter e devorado o seu canário de estimação que estava no interior de uma gaiola. Os supersticiosos trabalhadores egípcios logo interpretaram isso como um aviso de que não se deveria perturbar o descanso eterno do soberano lá enterrado. Mas ele não se importou e mandou que continuassem a escavar.
- E? – pergunta Harry.
- E eles continuaram. E quando chegaram à entrada da tumba ficaram gelados de pavor ao verem que ela estava selada com algo bem sinistro: Anúbis no "selo dos nove cativos", um sinal de tabu e maldição - em outras palavras "Ambiente carregado. Todos aqueles que aqui entrarem terão as suas almas amaldiçoadas e aprisionadas pela desgraça". E para completar as advertências, uma inscrição hieroglífica ainda dizia: "A morte chegará com as suas asas ligeiras para aqueles que perturbarem o sono do faraó". Carter, como cientista racional que era, não deu a menor importância a isso e continuou o seu trabalho. – explica Gabriel ouvindo Drakul rir pelo comunicador.
- Não vai me dizer que acredita nessas besteiras, Gabriel!! – ri Drakul em voz alta.
- Estou apenas citando fatos acontecidos. Eu acreditar neles ou não, não faz a menor diferença. – responde Gabriel calmo. - Havia porém um segundo selo, este recolocado, e também sinais de que há muitos milênios - ainda nos tempos da Civilização Egípcia - lamentavelmente os saqueadores já tinham chegado primeiro naquela tumba.Na antecâmara, tudo estava em desordem. Havia sinais de pilhagens e também de que os milenares saqueadores tinham inexplicavelmente deixado a tumba às pressas. Carter começava a temer pelo sucesso de sua expedição, acreditando que, da mesma forma, a múmia tivesse sido saqueada ou então roubada. Mas... – fala Gabriel e pára enquanto lê uma nova inscrição na parede. – Drakul, estamos indo para a esquerda, novamente. Temo estar entrando numa espécie de Labirinto.
- E como sairão depois? – pergunta Drakul preocupado.
- Estou memorizando o caminho, não se preocupe. – fala Gabriel sorrindo - Continuando a história. Mas havia uma outra câmara, esta, porém intocada e hermeticamente selada. Foi preciso abrir um orifício para que Carter pudesse visualizar o que havia no seu interior. Quando perguntado o que estava vendo ele respondeu assim: “Vejo coisas maravilhosas!” - foram naquela ocasião as primeiras palavras do atônito arqueólogo ao se deparar com o ouro e os magníficos trabalhos artísticos espalhados por todos os lados!
- Ouro? – pergunta Harry curioso. – Muito?
- Muito! – responde Drakul sorrindo. – Mas isso não significa nada. O maior tesouro arqueológico estava lá dentro. Frente a isso, todo o ouro não significava nada.
- De quanto ouro estamos falando? – pergunta Harry curioso.
- Isso era o que menos importava para Carter, que finalmente se deparou com câmara do sarcófago contendo a múmia de Tutankhamon, intocada há milênios. Tudo também elaborado no mais puro ouro (1285 quilos!) e em uma profusão de pedras preciosas! Era, de fato, o maior tesouro arqueológico de todos os tempos.
- Quase 1.300 kg de ouros e jóias? Só no sarcófago da múmia? – pergunta Harry espantado.
- É isso aí! – responde Gabriel sério. – Imagine quanto mais tinha por ali. Muito ouro. Muito foi roubado por saqueadores. Mas que, em contrapartida, teve também o seu mais amargo preço.
- Como assim? – pergunta Harry curioso.
- Apesar das advertências da tumba, eles continuaram a cavar. Por isso mesmo, e apesar das advertências - não só as existentes na própria tumba, como também as advindas de todos os lados, notadamente por parte da população local e de grupos esoteristas - os trabalhos na tumba de Tutankhamon foram em frente. E a maldição então se fez presente! Lord Carnavon, o principal financiador daquela empreitada, foi a sua primeira vítima. Certo dia, ao sair da tumba em companhia de Carter, sentiu algo no rosto como se fosse uma picada de um mosquito - um "mosquito" que, por sinal, ninguém viu. Logo o estranho ferimento evoluiu para um infecção generalizada, resistente a qualquer tratamento administrado pelos atônitos médicos. – explica Gabriel sério.
- Você está brincando comigo. – fala Harry sorrindo amarelo.
- Não. Não estou não. Estou contando uma história conhecida e registrada pela imprensa mundial da época. – fala Gabriel sério. - Lord Carnavon foi internado no Hospital do Cairo, e suas forças rapidamente se esvaíam. No seus horríveis delírios, Carnavon dizia ver a face de Tutankhamon a lhe atormentar e dizia que o faraó estava vindo buscá-lo. Após um longo sofrimento, uma gélida rajada de vento, algo parecido com uma espécie de vento fortíssimo, invadiu todo o recinto daquele quarto colocando para correr a apavorada enfermeira que cuidava dele. Carnavon morreu a seguir e no mesmo momento toda a Cidade do Cairo sofreu um inexplicável corte de energia elétrica cujas causas jamais foram determinadas. Respeitando-se os fusos horários, verificou-se que na hora exata da sua morte, sua cadela de estimação que estava na mansão da família na Inglaterra, começou a uivar desesperadamente e inexplicavelmente também morreu!
- Caraca! Que maldição maluca essa. – fala Harry arrepiado enquanto ouvia Drakul rir sem parar pelo comunicador.
- Isso é só balela. – fala Drakul rindo.
- Será? – pergunta Gabriel dando de ombros. – Talvez seja, mas como eu disse antes, cito os fatos, apenas. Mas, a partir daí, começou uma incessante e aterrorizante série de estranhos acidentes, envolvendo TODOS aqueles que, direta ou indiretamente, estiveram presentes ou de alguma forma participaram da descoberta, também da profanação da tumba ou mesmo do simples transporte e exposição de tudo aquilo que estava lá dentro. Até mesmo o anatomista que abriu as bandagens da múmia, Dr. Derry, não escapou da inusitada sucessão de desgraças que vitimou mais de 40 pessoas numa sucessão inexplicável de eventos . Mesmo aqueles que, deixando o Egito, estavam em seus países de origem! Uma dessas vítimas atirou-se da janela do seu alto apartamento, não sem antes deixar um bilhete dizendo que não mais suportava os efeitos da maldição e que via a face do faraó sempre a lhe atormentar. Carter, muito embora cético, foi a última vítima morrendo alguns anos depois vitimado pelo câncer. Se essas bizarras ocorrências não podiam ter se tratado de meras coincidências, teriam sido então O QUÊ?
- O que? – pergunta Harry curioso.
- Ninguém sabe, Harry. Costuma-se chamar a isso de mistério das tumbas. Ou de a Maldição do Faraó! – responde Gabriel dando de ombros e continuando a caminhar. - No entanto, existem algumas idéias que tem ganhado força nos últimos tempos.
- E seria? – pergunta Harry.
- Acredita-se que as tumbas e também os invólucros das múmias eram protegidos por elementos radioativos (ainda hoje o Egito é rico em Urânio). Aliás, o câncer generalizado tem sido o responsável pela morte de centenas de arqueólogos. E a radioatividade igualmente causa perturbações mentais e físicas! Por outro lado, sem querer alimentar superstições, os tais textos das maldições egípcias eram mesmo de arrepiar: "Ó gente das alturas, ó gente das profundezas:Fantasmas e espectros; vós dos cemitérios e dos grandes caminhos, errantes da sombra noturna! E vós que habitais as grutas do crepúsculo, hóspedes das cavernas e da obscuridade, vós que suscitais os terrores e os arrepios, e vós sombras errantes que não nomearei, e vós povos furtivos da noite, ó gente dos túmulos, vinde em meu auxílio. Que seja nada a mão que se levanta contra mim! E esta é a minha vingança, esta é a minha execração, que ficará guardada no fundo do meu peito por toda a eternidade"
- Tudo bem, mas quem construiu as pirâmides? – pergunta Harry.
- Os Egípcios, claro! – responde Drakul sério. – Vou lhes contar sobre a construção da Grande Pirâmide.
- Vá em frente. – fala Gabriel rindo.
- As Pirâmides de Gizé tem estimulado a imaginação humana. Quando foi erguida, a Grande Pirâmide tinha 145,75m de altura (com o passar do tempo, perdeu 10m do seu cume). O ângulo de inclinação dos seus lados é de 54º54'. Sua base é um quadrado perfeito com 229m de lado. Mas, apesar desse tamanho todo, é um quadrado quase perfeito - o maior erro entre o comprimento de cada lado não passa de 0,1 %, algo em torno de 2 cm, o que é incrivelmente pequeno. A estrutura consiste em 590.712 de blocos de pedra, pesando cada um de duas a 70 toneladas. – fala Drakul como se estivesse dando uma aula.

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- Prossiga. – fala Harry vendo Gabriel ler alguns hieróglifos nas paredes e continuar a caminhar.
- Na face norte fica a entrada da pirâmide. Um número de corredores e galerias leva ao que seria a câmara mortuária do rei, localizada no "coração da estrutura". O sarcófago é de granito preto e também esta orientado nas direções da bússola. Surpreendentemente, o sarcófago é maior do que a entrada da câmara. Só pode ter sido colocado lá enquanto a construção progredia, um fato que evidencia a complexidade do projeto e como tudo foi cuidadosamente calculado. – continua Drakul.
- Uau! – fala Harry impressionado. – Tudo foi bem planejado.
- Exatamente aí é que está o problema. – fala Gabriel rindo. – Tudo foi bem planejado DEMAIS!!
- Não entendi. – fala Harry.
- Harry, vou te passar alguns dados e depois você tira suas próprias conclusões, certo? –pergunta Gabriel e vê que Harry concorda com um movimento de cabeça.
- A grande pirâmide pode não ser a mais velha estrutura na face do planeta (a estrutura mais antiga do mundo reconhecida, atualmente são As Avenidas Megalíticas de Carnac, datando de 4700 a.C., as pirâmides tem a idade ‘estimada’ de 2450 a.C., mas é a mais acuradamente orientada, com os seus lados alinhados quase exatamente para o norte, sul, leste e oeste. O equivalente mais bem sucedido na civilização contemporânea, o Observatório de Paris, possui um desvio de apenas 6 minutos de grau do norte magnético (que fica 7 minutos a noroeste do norte geográfico). A Grande Pirâmide tem um desvio de 3 minutos. É um mistério como os antigos egípcios conseguiram tamanha precisão sem utilizar uma bússola - assim como é incrível que até agora ninguém tenha aparecido com uma explicação para o enigma. – fala Gabriel parando de caminhar e lendo alguns hieróglifos. – Drakul, estamos indo para a direita.
- Ok, prossiga. – fala Drakul anotando as direções.
- Ao que parece, todas as construções na planícies de Gizé estão espetacularmente alinhadas. No solstício de verão, quando visto da Esfinge, o Sol se põe exatamente no centro da Grande Pirâmide e de sua vizinha, a Pirâmide de Quéfren. No dia do solstício de inverno, visto da entrada da Grande Pirâmide, o sol nasce exatamente do lado esquerdo da base da cabeça até se pôr ao lado direito de sua base. A geometria das três pirâmides tem sido uma fonte de confusão por muitos anos, por casa da maneira aparentemente imperfeita com que foram alinhadas. É curioso, porque foram os egípcios os inventores da geometria. – fala Gabriel rindo.
- Ou seja, não cometeriam esse erro. – fala Harry acompanhando as explicações.
- Exato. Por outro lado, a pirâmide está colocada num lugar muito especial na face da Terra - ela esta no centro exato da superfície terrestre do planeta, dividindo a massa de terra em quadrantes aproximadamente iguais. O meridiano terrestre a 31º a leste de GreenWich e o paralelo a 30º ao norte do equador são as linhas que passam pela maior parte da superfície terrestre do globo. No lugar onde essas linhas se cruzam está a Grande Pirâmide, seus eixos norte-sul a leste-oeste alinhados com essas coordenadas. Em outras palavras, a Grande Pirâmide está no centro da superfície terrestre. Ela é, por assim dizer, o umbigo do mundo. – ri Gabriel.
- Conversa fiada. Isso não passa de coincidência. – reclama Drakul.
- Será? – pergunta Gabriel rindo. – Pode até ser. Mas agora, “autoridade” , me diga se os dados a seguir são coincidência.
- Como assim? – pergunta Harry tentando acompanhar a discussão dos dois.
- Por exemplo, se você tomar o perímetro da pirâmide e dividi-lo por duas vezes a sua altura, chegara ao número pi (3,14159...) até o décimo quinto dígito. As chances desse fenômeno ocorrer por acaso são quase nulas. Até o século 6 d.C., o pi havia sido calculado só até o quarto dígito. Só conseguimos calcular o 12º dígito do PI com as modernas calculadoras. Hoje, com os computadores, podemos calcular até quase o infinito. Mas eles, sabiam como calcular até o 15º dígito! – fala Gabriel sério.
- Como? – pergunta Harry curioso.
- Pergunte a “autoridade”! Eu não faço a mínima idéia. Mas pode ser coincidência, não é mesmo, Drakul? – pergunta Gabriel rindo dos rosnados de Drakul. – Mas tem mais.
- Mais? – pergunta Harry curioso.
- Oh, sim. Tem muito mais. – fala Gabriel rindo enquanto caminhavam pelo corredor adiante. – Khufu, ou seja, a Grande Pirâmide, possui 146m de altura, 230m de lado e o número exato de pedras, calculado por computadores, de 590,712 unidades (variando em peso de 2 a 70 toneladas). Estas medidas, na verdade, devem ser calculadas em Pyramid Inches (cerca de 2,5426cm) que são as medidas utilizadas na construção das pirâmides. Se calcularmos desta maneira, o perímetro de Khufu possui exatos 36524 PI (ou seja, 100x a duração do ano terrestre) e assim por diante.
- Espere um pouco. – fala Harry parando de caminhar. – Isso não pode ser coincidência.
- Segundo as “autoridades”, é sim. – fala Gabriel rindo ao ouvir os rosnados de Drakul. – Mas fica ainda melhor. Escuta só isso. Todas as pedras de mesmo peso possuem também o mesmo tamanho, com erro menor que 0,025cm em qualquer medida adotada; possuem ângulos perfeitamente retos em suas 6 faces, com precisão de 0,1 grau e encaixe entre elas que não deixa espaço suficiente para passar uma lâmina de canivete (0,04cm). A precisão de encaixe destas pedras, considerando o conjunto, é de 0,015cm/100m (nem os mais modernos construtores de submarinos chegam neste grau de precisão – a precisão de projeto de um submarino nuclear é de 0,08cm/100m na mesma escala).
- Gabriel, escute. Nós temos séculos de estudo que provam nossas teorias. – fala Drakul sério.
- Sim. Acredito em você, Drakul. Não quero desmerecer vossos estudos, mas por milênios a humanidade acreditou que a terra era plana, não é mesmo? Quer dizer, alguns acreditavam. – fala Gabriel rindo. – Outros, já sabiam há muito tempo da verdade. Mas continuemos com nossas coincidências. – fala Gabriel rindo. -Ainda sobre esta estrutura principal, estavam encaixadas 144.000 placas polidas de limestone branca, idênticas em tamanho (precisão de 0,25cm), pesando cerca de 2 toneladas cada, deixando espaço de 0,025cm entre elas. Estas pedras foram recortadas e arrastadas de Tura ou Masada, pedreiras localizadas a cerca de 15-20km do Cairo. Apenas o bloco de granito que forma o piso da Câmara do Rei, com 80 toneladas, e o “sarcófago”, tiveram de ser arrastados de Aswan, que fica a 800km do Cairo. Além disso, A pirâmide de Khufu é um quadrado perfeito, com erro de 58mm (em 230 metros!) e erro de ângulo reto de 1 minuto (1/60 de um grau), alinhada perfeitamente com o norte do Planeta. A base da pirâmide é perfeitamente plana, com desnível de apenas 0,075cm/100m (para quem não é arquiteto ou engenheiro esses números não dizem muita coisa, mas para ter uma idéia comparativa do quão preciso foi o nivelamento das pirâmides, basta dizer que edifícios modernos de alta tecnologia chegam a 15-20cm/100m em desnível).
- Isso não prova nada. – fala Drakul sério.
- Se tem uma coisa que os egípcios eram bons, era em orientação. Eles conheciam muito bem astrologia e astronomia. Nada como as besteiras da Sibila, Harry. Eles eram muito bons nisso. – fala Gabriel sério.
- E daí? – pergunta Harry sem entender a mudança de assunto.
- Daí que as 3 pirâmides alinham-se com a constelação de Orion com margem de erro de 0,001% quando comparadas com a posição destas estrelas no céu em 10.500 AC. Além disto, as câmaras interiores foram projetadas ANTES da pirâmide ser construída, sendo deixadas como “buracos” na estrutura da pirâmide (e não “escavadas posteriormente”!), ou seja, os construtores iam empilhando os blocos de pedra e deixando os espaços vazios que seriam cada câmara enquanto iam erguendo as pirâmides. Entendeu agora? – pergunta Gabriel rindo.
- Espere um pouco!!! As pirâmides foram construídas a 10.500 anos Antes de Cristo? – pergunta Harry impressionado.
- È o que parece, não é mesmo? Mas as “autoridades” não concordam com isso. – fala Gabriel rindo baixinho. – Drakul, estamos indo novamente a direita.
- Anotado. Prossigam. – resmunga Drakul pelo comunicador.
- E eu nem comecei ainda a falar sobre a Câmara do Rei, cuja configuração e proporção das pedras do chão refletem as medidas/translações dos seis primeiros planetas do Sistema Solar (Mercúrio, Vênus, Terra, Marte, Júpiter e Saturno).Também não falei ainda do “sarcófago” do faraó, que é grande demais para passar pelos dutos da pirâmide, ou seja, ele foi colocado na câmara do rei ANTES da pirâmide ter sido “fechada”. Como disse acima, esta pedra, esculpida em um ÙNICO bloco de 30 toneladas, foi arrastado por 800km de Aswan até o Cairo durante a construção da pirâmide, de modo a poder ser encaixado na posição correta. Não comentei também, que a Câmara dos Reis e o Templo de Salomão possuem as mesmas proporções, e de como o “sarcófago” possui as mesmas proporções da arca da Aliança. – fala Gabriel rindo dos resmungos de Drakul.
- Agora você foi longe demais. – reclama Drakul. – Isso tudo é balela! Não dá para provar nada do que você falou!
- Muito bem, “autoridade”, então me responda essa pergunta e eu mudo minhas idéias. Por que, apesar de todo este cuidado milimétrico de projeto da pirâmide, o “sarcófago” é PEQUENO DEMAIS para caber uma pessoa deitada dentro dele ? – pergunta Gabriel sério. – Onde diabos você vai colocar o corpo do faraó se o sarcófago é pequeno demais? Iam cortar as pernas dele fora ou era um faraó anão???
- Existe a possibilidade .... eu não sei, tá legal? – explode Drakul. – Você está misturando dados e esculhambando com meus estudos.
- Que coisa, não é mesmo? – fala Gabriel rindo debochado. – Agora saca só essa, Harry. A pirâmide tem dutos que saem dela. Sabe para que foram construídos? – pergunta Gabriel rindo.
- Não tenho a menor idéia. – responde Harry sincero.
- Drakul? Alguma idéia? – pergunta Gabriel rindo baixinho ao ouvir os resmungos de Drakul.
- São dutos de ventilação! – responde Drakul nervoso socando a mesa.
- Numa tumba? – pergunta Harry rindo agora. – O morto queria respirar ar fresco? – pergunta Harry rindo alto.
- Isto não é importante. – rosna Drakul pelo comunicador.
- É importante sim. É importante lembrar disto porque, os ALINHAMENTOS dos dutos das câmaras internas com as principais estrelas e constelações da época, durante determinados períodos do ano, temos de ter em mente que toda a estrutura é um gigantesco observatório astronômico, PROJETADO como tal e não fruto de mero “acaso”. Os dutos são alinhados com perfeição de um centésimo de grau em duas câmaras principais de observação. – fala Gabriel rindo.
- Isso não muda minha pergunta. – fala Harry sério. – Quem construiu as pirâmides?
- A sua pergunta deve ser mudada. – fala Gabriel rindo. – A questão não é quem, e sim para o que construíram as pirâmides?
- Muito bem. – fala Harry sorrindo. – Para quê construíram as pirâmides?
- Não faço a menor idéia. – responde Gabriel rindo alto. – Provavelmente como um observatório astronômico e matemático, mas isso são somente teorias. Na verdade, ninguém sabe, exceto que essa história de que Khufu construiu a grande pirâmide utilizando mão de obra escrava é, segundo minha opinião, uma besteira sem tamanho.
- Como assim? – pergunta Harry curioso. – Sempre achei que foram os escravos judeus que construíram as pirâmides.
- Nem tudo o que lhe contam é a verdade, Harry. – fala Gabriel cansado. – Na verdade, existem sérias dúvidas se é verdadeiro o fato de que os Judeus(Hebreus) foram realmente escravos no Egito.
- Nisso eu concordo. – fala Drakul pelo comunicador. – Mas vou derrubar suas teorias malucas, Gabriel. Já ouviram falar em Imhotep?
- Só o do filme A Múmia e o Retorno da Múmia. – fala Harry sério.
- Na verdade, Potter, o Imhotep dos filmes A Múmia e O Retorno da Múmia não passa de fantasia de Hollywood. Ele não era e nem é temido pelos egípcios. Foi, na verdade, adorado e endeusado pela civilização devido às suas contribuições para o desenvolvimento do Egito. “Assim como Jesus Cristo para o catolicismo, Imhotep é visto como um mortal e filho do criador”. – fala Drakul sério.
- Tanto assim? – pergunta Harry curioso.
- Sim. Ele foi o arquiteto que construiu a primeira pirâmide de degraus para o faraó Djoser, da terceira dinastia, em Saqqara (cidade dos mortos, na margem esquerda do Nilo), em 2680 a.C. Até então, os governantes eram sepultados nas mastabas — uma construção retangular de apenas um piso. A mudança na forma de reverenciar os faraós (arquitetura da pirâmide) foi apenas uma das contribuições de Imhotep. Ele criou a marca da civilização egípcia. – explica Drakul sério. - Imhotep também foi conselheiro do faraó, médico, físico, astrólogo, sacerdote, escritor e filósofo. Ele, nessa época, já usava o mel como cicatrizante e antibiótico, fazia cirurgias para retirada de tumores e utilizava talas em membros quebrados. O complexo de corredores, paredes falsas e o difícil acesso à câmara do faraó são idéias do gênio do Egito.
- Supondo que isso seja verdade. – fala Gabriel calmo.
- É baseada nas mais recentes pesquisas. – rosna Drakul. - Apesar da importância de Imhotep para os egípcios, sua tumba nunca foi encontrada. É um mistério que dez em cada dez arqueólogos querem descobrir há mais de 200 anos. Acredita-se que ele esteja enterrado ao lado da pirâmide de Djoser, em Saqqara, onde foram encontradas mais de 400 estátuas do arquiteto há pouco tempo. Chegou-se a pensar que Imhotep não passasse de um mito. Mas em 1976 uma expedição achou uma estátua de granito de Djoser com hieroglifos na base que faziam referência a ele como o arquiteto da grande invenção (pirâmide). As areias do Egito escondem segredos. E se Saqqara revelar a tumba de Imhotep, será a descoberta mais importante da Antigüidade que todo o mundo vai comentar.
- Supondo que encontrem um dia. – fala Gabriel calmo e aponta para uma porta, em frente da qual eles param.
- Você é um tanto cético, não é mesmo? – pergunta Drakul sério.
- Sou sim. Foi o que me manteve vivo até hoje. – responde Gabriel sorrindo. – Agora você vai me dizer que Khufu construiu o complexo de Gizé.
- É claro que construiu! – reclama Drakul nervoso pelo comunicador.¬ - As pirâmides foram construídas durante a 4ª dinastia, para servirem como tumba para o faraó Khufu. Demoraram ao todo cerca de 20 anos para ficarem prontas.
- Sei. Tem uma calculadora por aí, Drakul? – pergunta Gabriel sorrindo.
- Tenho, por que? – pergunta Drakul sério.
- Acompanhe umas contas que eu vou fazer de cabeça. – responde Gabriel sorrindo. – Vamos verificar seus dados.
- Pode falar. – rosna Drakul irritado.
- Vamos começar com uma conta básica: - fala Gabriel sorrindo para Harry. - São 590.712 pedras para serem colocadas em 20 anos (8.760 dias). Fazendo as contas, temos que seria necessário para os egípcios encaixarem aproximadamente 1 pedra a cada 17 minutos (24 horas por dia, 7 dias por semana sem parar um segundo). Correto, até aqui? – pergunta Gabriel sério.
- Sim. – fala Drakul depois de calcular. – Continue.
- Embora experimentos feitos pela universidade Obayashi, no Japão, tenham demonstrado que 18 homens conseguem empurrar um bloco de 2,5 toneladas com velocidade máxima de 15m/minuto (demorando, assim, em teoria, 17 horas para empurrá-los da pedreira até a pirâmide, SEM DESCANSO). Claro que esta teoria está furada, pois se arrastassem os blocos por tanto tempo, o atrito com a areia lixaria o fundo das pedras, tornando-as incompatíveis com a precisão matemática que elas apresentam. – fala Gabriel rindo. – Não tem como terem feito dessa maneira, Drakul.
- Eles as arrastaram sobre troncos de palmeiras. Acredito que saiba que o Egito é um dos lugares que a palmeira é abundante. – fala Drakul de forma mordaz. – O que derruba suas teorias.
- Muito pelo contrário, meu amigo. – fala Gabriel rindo. - A teoria de arrastar sobre troncos de palmeiras também está furada. Os mesmos alunos demonstraram que as palmeiras existentes no Egito seriam esmagadas se submetidas a blocos de mais de 1,5 toneladas. E isso porque nem entramos no quesito dos quase 5.000 blocos de SETENTA toneladas…E sempre é bom lembrar, estes valores que calculei são para UMA pirâmide… o conjunto é formado por TRÊS pirâmides (e somado a outras 6 pirâmides menores, a esfinge, as mastabas, templos e outras edificações).
- Ou seja... – fala Drakul refazendo suas contas. – Onde quer chegar?
- Políticos sempre são políticos. Diga-me, Harry, quando um político faz uma obra, qual a primeira coisa que ele faz, antes mesmo de inaugurar? – pergunta Gabriel sorrindo.
- Uma placa para dizer quem fez a obra? – pergunta Harry indeciso.
- Correto! E olha que coisa interessante. – fala Gabriel rindo em voz alta agora. - Se você fosse um faraó e gastasse 20 anos da sua vida para construir o seu túmulo, o mínimo que você iria fazer seria colocar o seu nome bem visível em todos os lugares possíveis e imaginários, certo?
- Faz sentido. – concorda Harry pensativo. – Deve ter um monte de hieróglifos dentro da pirâmide dizendo que lá é a tumba do faraó.
- ERRADO. Não existe NENHUM hieróglifo ou símbolo dentro de NENHUMA das principais pirâmides. Os únicos símbolos encontrados dentro das pirâmides foram colocados lá milhares de anos após sua construção. Até o estilo de escrita já havia mudado!! – fala Gabriel rindo.
- O que está querendo dizer com isso? – pergunta Drakul.
- E se… o faraó, na verdade, não construiu as pirâmides em 20 anos, mas sim REFORMOU algo que já estava pronto, mas parcialmente destruído por uma catástrofe natural, nesses 20 anos? E se… as pirâmides escalonadas (aquelas mais toscas e sem grande precisão), que foram construídas em 4.000 AC foram, não “testes de construção” como as “autoridades” dizem, mas sim IMITAÇÕES das verdadeiras pirâmides, feitas realmente com o máximo que seria possível de tecnologia da época? – pergunta Gabriel sério.
- Tem muitos E se... nessa sua idéia. – fala Drakul sério.
- Eu sei. Mas você não conseguiu me provar que estou errado. – fala Gabriel calmo. – Achamos uma porta de pedra. Grande. Parece ser maciça. Cheia de hieróglifos. Precisamos parar e pensar agora.
- O que houve? – pergunta Harry curioso.
- Tem algo errado nisso tudo, Harry. Notou até agora o desenho de uma rosa por onde passamos? – pergunta Gabriel.
- Pra falar a verdade, não. – responde Harry.
- Exatamente. Só encontrei até agora a imagem do Ankh egípcio. E isso é muito ruim. – fala Gabriel sério.
- Por que? Aliás, o que é um Ankh?
- Drakul? – chama Gabriel. – Enquanto eu tento ler isto daqui, dê uma aula de história para o Harry,. por favor. Harry, fique de olho por aqui. Não quero mais surpresas.
- Ok. – fala Drakul. – Vamos devagar para que entenda direito essa história.
- Manda ver. – fala Harry curioso enquanto notava que Gabriel lia rapidamente os hieróglifos na porta.
- Um Ankh é um símbolo que significa, entre outros, a imortalidade. É encontrado nas gravuras e hieróglifos a partir da 5ª Dinastia egípcia, principalmente nos Templos de Luxor, Medinet Habu, Hatshepsut, Karnak e Edfu. Além de obeliscos, túmulos e murais. No túmulo de Amenhotep II, vemos o Ankh sendo entregue ao faraó por Osíris, concedendo a ele o dom da imortalidade, ou o controle sobre os ciclos vitais da natureza, ou seja, o início e fim da vida. Em algumas situações, é encontrado próximo a boca das figuras dos deuses, neste caso significa um Sopro de Vida. Na tumba de Tutankhamon, foi encontrado um porta-espelho na forma de Ankh, já que a palavra egípcia para espelho também é Ankh. Sua presença também é marcante em objetos cotidianos, como colheres, espelhos e cetros utilizados pelo povo do Egito. – explica Drakul.
- Então, um Ankh é como se fosse uma cruz para os católicos? – pergunta Harry. – Uma representação da crucificação de Cristo?
- Sim e Não. – responde Drakul pensativo. - Apesar de sua origem egípcia, ao longo da história o Ankh foi adotado por diversas culturas. Manteve sua popularidade, mesmo após a cristianização do povo egípcio a partir do século III. Os egípcios convertidos ficaram conhecidos como Cristãos Cópticos, e o Ankh (por sua semelhança a cruz utilizada pelos cristãos) manteve-se como um de seus principais símbolos, chamado de Cruz Cóptica.
- Interessante. – fala Harry ao entender a explicação de Drakul e ver Gabriel ler rapidamente uma coluna inteira de Hieróglifos.
- Tem mais. – fala Drakul. - No Ocidente, o Ankh é conhecido como Cruz Egípcia ou Cruz Ansata. Esta segunda denominação tem origem na palavra latina Ansa, que significa Asa. Além destas, o encontramos como Chave do Nilo (ou da vida), Cruz da Vida ou simplesmente Cruz Ankh. A forma do Ankh assemelha-se a uma cruz, com a haste superior vertical substituída por uma alça ovalada. Em algumas representações primitivas, possui suas extremidades superiores e inferiores bipartidas. A alça oval que compõe o Ankh, sugere um cordão entrelaçado com as duas pontas opostas que significam os princípios feminino e masculino, fundamentais para a criação da vida.
Em outras interpretações, representa a união entre as divindades Osíris e Ísis, que proporcionava a cheia periódica do Nilo, fundamental para a sobrevivência da civilização.
- Espere. Por que as cheias do Nilo são tão importantes assim para os egípcios? – pergunta Harry curioso.
- Por que a área de produção de alimentos de todo o Egito é regulada pelas cheias do rio Nilo. – explica Drakul rapidamente. - Neste caso, o ciclo previsível e inalterável das águas era atribuído ao conceito de reencarnação, uma das principais características da crença egípcia. A linha vertical que desce exatamente do centro do laço, é o ponto de intersecção dos pólos, e representa o fruto da união entre os opostos. Mas tem mais uma coisa, e que não é muito comentada. O significado do Ankh se liga fundamentalmente aos conceitos de vida e morte, ou melhor, de vida eterna (Nem Ankh). Muitas vezes representam um Deus estendendo o Ankh ao Faraó. Um exemplo disso está no túmulo de Amenhotep II onde vemos o Ankh sendo-lhe entregue por Osíris. Ele é segurado pelo círculo como uma chave, a chave que abriria os portões da vida após a morte.
- Saquei. – fala Harry sorrindo. – Sabe, sogrão, acho que você deveria dar umas aulas em Hogwarts.
- Estou pensando em dar palestras, por lá. Mas ainda temos algumas coisas a acertar, Dumbledore e eu. – fala Drakul sorrindo.
- Tipo o que? – pergunta Harry curioso ao ver Gabriel se levantar e olhar desconfiado para a porta de pedra.
- Tipo que castigos eu posso aplicar nos alunos que dormirem em minha aula. Estou pensando em pendurá-los no teto, pelas orelhas. O que acha da minha idéia? – pergunta Drakul sério.
- Sogrão, acho que ninguém vai dormir em sua aula. – fala Harry arrepiado.
- Piadas a parte, temos um problema. – fala Gabriel sério.
- Qual? – pergunta Drakul.
- Consegui traduzir isso aqui. A porta exige um pagamento para ser aberta. – fala Gabriel sério.
- Qual o problema? – pergunta Harry sorrindo. – É só pagar!
- A porta exige uma vida para permitir o acesso. – fala Gabriel sério.
- Pensando bem, acho melhor não pagar! – fala Harry preocupado.
- Drakul? Alguma idéia? – pergunta Gabriel.
- Tem certeza de que traduziu corretamente? – pergunta Drakul.
- Traduzi três vezes. Na verdade, o texto é claro e simples. – fala Gabriel sério. – “Até aqui chegou, mas uma vida deve ficar! Para encontrar o seu tesouro, um amigo deve matar!”
- Sogrão, na boa, eu não estou mais com vontade de continuar. – fala Harry sério.
- Nem eu. – fala Gabriel. – A menos que....
- A menos que o que? – pergunta Drakul.
- Harry, me dê parte do seu explosivo. – fala Gabriel. – Vamos entrar nessa tumba ao “Estilo Gabriel”!
- Você está louco? Isto é um Patrimônio Incalculável da cultura Egípcia!! Isso é importante demais para ficar sendo destruído dessa forma!! Você é um Vândalo! Um destruidor de obras de importância incalculáveis!!! – protesta Drakul nervoso.
- Tudo bem. Harry, vamos voltar para casa. – fala Gabriel piscando para Harry. – Lamento, Drakul! Quem sabe a Rosa Negra não se contente com outro presente, não é mesmo? Oh! Que burrice a minha. Sem presente, sem noitada, não é mesmo? – pergunta Gabriel rindo junto com Harry.
- Exploda essa porta! – ordena Drakul serio.
- Tem certeza? Não quero me comportar como um Vândalo! Um destruidor de obras de importância incalculáveis!!! – fala Gabriel sério embora piscasse para Harry que sorria zombeteiro.

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- Dane-se! É só uma porta de pedra! – rosna Drakul. – Mas me traga aquela Rosa de Vidro.
- Ás suas ordens. – fala Gabriel sorrindo e colocando o explosivo na porta.
Recuam alguns metros e por controle remoto, Gabriel detona o explosivo, abrindo um rombo na porta de pedra, abrindo caminho para dentro de uma sala retangular.
- Ok! Entramos. Um sala grande. Muito Grande. – fala Gabriel. – Mais ao fundo, uma nova porta de pedra. Centenas de sarcófagos nas paredes, alinhados. Vamos em frente.
- Gabriel? Você está ouvindo isso? – pergunta Harry curioso caminhando ao lado de Gabriel pela sala.
- Como se fossem unhas raspando algo? – pergunta Gabriel sério.
- Exatamente. – fala Harry olhando ao redor e vendo alguns sarcófagos se abrindo. – Ho Ho!
- O que nós tínhamos decidido sobre Ho Ho! Harry? – pergunta Gabriel sério vendo centenas de múmias saindo dos sarcófagos e se aproximando deles, cercando-os lentamente.
- Sem mais Ho Ho! – confirma Harry preocupado. Levanta sua varinha e mentaliza um feitiço, mas sem efeito. – Estamos sem Magia!
- Sem aura, também! E sem forma Animaga! Vai ter que ser no braço!! – confirma Gabriel enquanto pega um fuzil M16 em sua mochila e checa a munição.
- Sogrão! Problemas. – avisa Harry.
- São só umas múmias, qual o problema disso? – pergunta Drakul debochado.
- Não são só umas múmias! – fala Gabriel sério. – Parecem ser todas as múmias do mundo. Já contei mais de 200! E estão se aproximando, rapidamente. Harry, cuidado à esquerda.
- Cruzes! Lá vem elas. – fala Harry pegando um fuzil AR 15 e abrindo fogo nas múmias que começavam a se demanchar em pedaços.
- Mova-se! – grita Gabriel enquanto abria fogo de forma contínua, fazendo com que três múmias fossem cortadas ao meio. – Precisamos ir para um lugar mais alto! Venha comigo!
- Cuidado! – grita Harry ao ver uma múmia saltando sobre Gabriel.
- Praga! – reclama Gabriel ao receber o abraço da múmia que tenta morder seu rosto. Com um rápido movimento de sua cabeça, arranca a cabeça da múmia. – Sai fora, bicho feio!
- Ah! Se a Hermione te visse abraçada a uma múmia!! – ri Harry de forma nervosa.
- Cuidado!! Nas suas costas! – grita Gabriel enquanto abria fogo em várias múmias, tentando abrir caminho. Estavam cercados e o cerco diminuía ainda mais.
- Praga! – reclama Harry completamente tonto ao receber um soco que o atingiu na orelha, arrancando seu comunicador que caiu no chão.
- Vem pra cá! Vamos! Ande logo! – grita Gabriel pegando na mão de Harry e o puxando por uma das mãos, enquanto que com a outra, usava seu M16 como se fosse um porrete. Tinha esgotado o pente de munição do rifle e não dava tempo de recarregar.
- Por cima!! – grita Harry ao ver uma múmia se jogar por sobre Gabriel e o derrubar no chão.
Nem percebeu quando o comunicador de Gabriel caiu no chão e foi pisado por uma múmia. Neste momento, cinco múmias pularam sobre Gabriel e o mantinham firmemente preso no chão. Com um chute e usando seu AR 15 como se fosse um porrete, Harry conseguiu afastar as múmias, mas notou que da testa de Gabriel corria sangue em grande quantidade.
- Venha, Gabriel! – fala Harry pegando Gabriel pelo ombro direito e o erguendo. – Precisamos sair daqui. Agora!
- Ali... na... frente! Uma porta! O corredor continua... além dela!– fala Gabriel tonto e sem conseguir caminhar direito. Seu cabelo estava empapado de sangue e sua visão era dificultada pela dor de cabeça que sentia.
- Caiam fora! Malditas Múmias!!! – grita Harry jogando fora seu rifle e pegando o lança chamas. Aponta para as múmias e aciona o disparador. Logo, uma dúzia de múmias queimavam sem parar!
Atirando com o lança chamas, e, ao mesmo tempo, apoiando Gabriel, conseguiram chegar até a porta na qual entraram.
Ao entrarem nela, uma parede de pedra desceu rapidamente, isolando-os do ataque das múmias.
- Como se sente? – pergunta Harry ao ver o ferimento de Gabriel.
- Bem. Só estou tonto! – fala Gabriel cansado.
- Fique calmo. Vamos limpar e enfaixar esse ferimento. – fala Harry começando os primeiros socorros.
- Drakul? Na escuta? – chama Gabriel e não tem resposta. – Praga! Perdi meu comunicador.
- Sogrão? – chama Harry. – Mesma coisa. Meu comunicador já era!
- Droga! Droga! Droga! – reclama Gabriel nervoso.
- O que foi? – pergunta Harry curioso.
- Perdemos contato com Drakul. – fala Gabriel irritado. – Ele vai achar que caímos em combate e vai mandar uma equipe de busca e resgate.
- E daí? – pergunta Harry sério. – Não sei se notou, mas precisamos de ajuda.
- Daí, que você acha que ele vai enviar a quem para nos salvar? – pergunta Gabriel nervoso.
- Ah, Não! – fala Harry preocupado. – Elas Não!
- Ah, Sim! – fala Gabriel irritado. – Elas Sim! Ele vai mandar Hermione e Sophia para virem nos resgatar! Praga! Se algo acontecer a Hermione eu desmonto essa droga de pirâmide pedra por pedra.
- Nem Drakul arriscaria fazer tal burrice! – fala Harry tentando se acalmar.
- Você, obviamente, não conhece seu sogrão! – fala Gabriel balançando a cabeça. – Eu sei que elas são boas lutadoras, mas isso aqui, não é nada fácil. Elas podem se ferir seriamente.
- Caramba! Acabo de pensar numa coisa! – fala Harry tentando sorrir.
- No que? – pergunta Gabriel curioso.
- Qual será a desculpa que ele dará para nossa presença aqui? – pergunta Harry.
- No mínimo que estamos cumprindo uma missão vital para a aliança. – fala Gabriel rindo. – E na hora que Hermione e Sophia descobrirem a verdade, bem, acho que Drakul vai ficar banguela!!
-Sabe, eu não consigo parar de pensar numa coisa. – fala Harry enquanto termina de enfaixar o ferimento de Gabriel.
- O que? – pergunta Gabriel curioso.
- Que isso tudo é efeito da Maldição do Faraó! – fala Harry sério, se sentando ao lado de Gabriel.
- Qual delas? – pergunta Gabriel sem entender.
- “Se ainda não comentou a Fic, uma múmia irá te arrastar até um sarcófago e depois disso... créu!”. – fala Harry preocupado.
- Espere um pouco! – fala Gabriel preocupado. – Você não comentou a FIC???? – pergunta Gabriel.
- Não. Eu esqueci. Estava com pressa e não comentei. Achei que não era assim tão importante comentar o trabalho dos outros! – fala Harry preocupado. – E agora?
- Agora? – pergunta Gabriel irritado. – Agora é tarde demais! Armas nas mãos. Vamos prosseguir sem perda de tempo. – fala Gabriel sério apontando para o fundo do corredor onde estavam. Dezenas de múmias se aproximavam, lentamente.
- Lança chamas? – pergunta Harry sério. – Hiiii! O meu esgotou o combustível! Vai ser de AK 47 mesmo!
- Ou isso, ou... créu! Malditas Múmias!!! – responde Gabriel pegando um lança chamas em sua mochila e apontando para as múmias que se aproximavam. Harry já abria fogo com seu fuzil. Mas o número de múmias aumentava sem parar.
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- Potter? Gabriel? – chama Drakul preocupado e não consegue resposta alguma. – Droga, pessoal, respondam!!
Somente estática era ouvida, além dos disparos de uma arma de fogo que atirava sem parar. Ao fundo dava para ouvir Gabriel amaldiçoando as múmias em geral. Mas logo a seguir, nada mais foi ouvido. Nem sequer estática.
“Praga! E agora?” – pergunta-se Drakul preocupado. – “Preciso enviar uma equipe de resgate! Mas quem? Se eles dois falharam, quem eu enviaria? Espere! Já sei quem vou enviar. Se não se matarem no caminho, terão chances de resgatar os dois.”
Em seguida, concentra-se e entra em contato com sua filha.
“Sophia. Traga Hermione. Tragam suas armas. Houve um imprevisto!” – ordena Drakul sério.
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Fim do Capítulo! Ler até o final, por favor.
1. “Se ainda não comentou a Fic, uma múmia irá te arrastar até um sarcófago e depois disso... créu!” – preciso dizer algo?
2. As informações sobre as pirâmides foram retiradas de sites na internet. Creio que são exatas, mas tem muita coisa mal explicada nessa história.
3. Gabriel e Harry atuando juntos, até que fazem uma boa dupla.
4. No próximo capítulo, teremos Hermione e Sophia atuando juntas. Salve-se quem puder!
5. Não! Chega de piadas. – No próximo Capítulo tem mais.
6. Só teremos um próximo Capítulo com muitos comentários.
7. Hehehehehe!



Um abraço, Pessoal

Claudiomir e Clara

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Comentários (1)

  • Rosie Bolger

    coitados, as mumias vão arrastar eles e creu! fico tentando imaginar a cara do Dracul quando elas descobrirem q foi tudo por causa de uma mulher, coitadoi do sogrão do Harry! O capitulo tá otimo, pessoalmente achava que Gabriel iria matar Harry depois daquela queda, mais a respiração boca-a-boca foi impagavel!

    2013-05-07
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