O mistério das 3 alunas
A jovem o olhava sem demonstrar reação, na verdade analisava a sala em que estavam com bastante interesse.
_Qual seu nome?_ Harry perguntou, segurando a varinha sob as vestes.
_Emilly Taylor._ ela respondeu caminhando pelo local admirada.
_Me diga, foi você que apareceu no quintal da minha casa na semana passada?
Emilly pegou uma pedra muito brilhante nas mãos e a olhou com brilho nos olhos. Seu sorriso era lindo, Harry não conseguia olhá-la diretamente.
_Já disse que nunca te vi pessoalmente. _ ela sussurrou, ainda analisando a pedra.
_Mas...
_Potter, por favor! Eu nunca te vi pessoalmente, agora se você anda sonhando comigo por aí... Querido, isso é problema seu!
Ela o encarou pela primeira vez. Seus olhos estavam de um azul intenso e seu sorriso mais sensual do que nunca. Nesse momento, Harry sentiu uma pontada na cicatriz.
_ Está tudo bem? _ ela perguntou, mas sabia muito bem o que ele estava sentindo.
_Sim... Me desculpe, eu devo ter... Confundido...
Sem demora ele saiu da sala, deixando Emilly sentir uma ponta daquilo que ela odiava: remorso. Mas, seus pensamentos logo foram interrompidos, por um barulho atrás de si.
_Já disse pra você não aparecer assim.
Um rapaz saiu da penumbra sorrindo maliciosamente. Aproximou-se dela e disse:
_Garoto insistente.
_E com toda razão não?
_Não.
Joe tirou a pedra das mãos dela e a jogou longe. Uma pequena explosão foi ouvida quando a pedra bateu na parede. Emilly soltou o ar que prendia nos pulmões e virou-se para ele. Aqueles olhos azuis sempre a encantaram. Joe era o tipo de homem que fazia uma jovem perder a cabeça: era alto, com um corpo atlético, cabelos muito negros e lábios perfeitos
_Não precisa ficar com ciúmes.
_Não estou com...
Ele foi interrompido pelo melhor beijo que já havia recebido na vida. Não resistiu e a pegou nos braços, de forma possessiva. Mas, logo a empurrou para longe.
_Tá maluca!?!? A Evelyn...
_Droga Joe! Esquece a Evelyn!
_Ela é minha namorada, prometida à mim desde que nasceu!
_E eu? Sou prometida à solidão e ao fracasso?
Lágrimas rolaram pela face dela. Joe fez menção de limpá-las, mas Emilly deu-lhe as costas e saiu da sala, mas antes de fechar a porta sussurrou algo que fez as carteiras do local flutuarem e caírem com força no chão.
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Harry não conseguia estudar, largou os livros de lado quando, ao invés de ler “castelo” leu “paralelo”.
_Não pode estudar com a cabeça cheia.
A voz de Hermione o despertou de seus devaneios. Ele imediatamente endireitou-se na poltrona. Hermione vinha sorridente carregando alguns livros, como sempre. Os abandonou na mesinha ao lado da poltrona onde Harry estava e afundou-se em outra o seu lado.
_ Dia puxado hein? _ ela disse.
_Bastante.
Hermione fechou os olhos e pareceu adormecer por um curto tempo. Harry, por sua vez, fixou o olhar no fogo crepitante da lareira. Será que estava louco? Só podia não é? Imaginar que havia visto uma pessoa quando esta jurava que nunca o havia visto pessoalmente...
_Pensando na vida?
Hermione o olhava fixamente, queria tanto saber o que se passava naquela cabecinha, mas Harry simplesmente lhe sorriu e mudou de assunto.
_O Rony tem me falado muito bem de você ultimamente.
_ Bem até de mais...
Hermione sorriu, mas não sabia se ria ou se chorava. Rony estar a fim dela não era uma coisa boa naquela ocasião.
_Bom... Que bom não? Ele vivia me criticando, dizendo que eu estudo de mais e tal... E você e a Gina?
_Ela me procurou antes do jantar, conversamos e eu resolvi terminar.
“TERMINAR”... Essa palavra soou como música aos ouvidos de Hermione. Mas ela disfarçou o contentamento repentino.
_Ah, eu sinto muito Harry! Vocês formavam um... Belo casal._ ela não estava mentindo, sempre achou que os dois formavam um lindo casal e no início até lutou para uni-los. Mas agora, ela sentia que algo havia mudado.
_Pois é... Hermione eu preciso te contar uma coisa.
Hermione assentiu silênciosamente, permitindo que ele prosseguisse.
_Olha..._ ele começou._ Eu me encontrei com aquela menina hoje.
Ela sorriu como se dissesse "Lá vem você com essa história de novo...", mas pediu que ele continuasse.
_E... Eu senti minha cicatriz doer quando ela me olhou. Doeu como...Como se Voldermort estivesse na minha frente.
_ Ela pelo menos disse se apareceu para você nesse verão?
_ Não... Ela insiste que nunca me viu.
Nesse momento, ele se levantou e andava de um lado para o outro no salão comunal. Quando olhou pela janela, viu uma nuvem negra pairando sobre Hogwarts... "Isso é loucura..." alguém sussurrou em sua mente, uma voz feminina... "Me deixem em paz!", dessa vez, um grito ecoou nessa mente.
_HARRY!
Ele parecia ter voltado de um pesadelo. Suava frio, mas continuava de pé, de frente para a janela. Hermione esta ao seu lado, olhando-o assustada.
_Olha, porque não vai dormir? Desncançar a mente?
_Eu preciso... Respirar...
Dizendo isso, saiu da sala. Hermione o observou partir com um aperto no coração: há 2 minutos atrás, Harry parecia ter morrido...
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Nas masmorras frias da Sonserina, uma jovem olhava o por do sol com tristeza nos olhos. “Não posso chorar, não posso chorar...”, Emilly repetia isso para si mesma mentalmente. Ouviu risadinhas ao longe e isso a alertou para a presença de pessoas no salão comunal. Como previsto, Pansy Parkinson entrou no local acompanhada de suas súditas Alice Kooper e Jayme Stevens.
_Mas eu sabia que seria assim, o Draco nunca disse não para mim. _ dizia Pansy, jogando-se em uma poltrona.
Emilly soltou um muxoxo audível e voltou a olhar para o por do sol. Esse gesto não passou despercebido por Pansy que imediatamente contra-atacou:
_Vejam só se não é a novata! O que foi queridinha? Chorando com saudade da mamãe?
Uma onda de risadas invadiu o local. Agora Emilly havia percebido o quanto era importante a frase de seu venerável mentor “A paciência é uma virtude e no seu caso, uma necessidade.”
Repetindo mentalmente essas palavras, Emilly levantou-se da poltrona onde estava e ia caminhando para seu quarto, quando ouviu aquela voz irritante dizendo:
_Ah me desculpe queridinha!! Não quis te magoar...
As risadinhas ecoaram novamente no local. “Desculpe Silas, mas dessa vez acho que não vai dar...” , Emilly pensou. Virou-se para a garota e disse:
_Não se preocupe, para alguém do seu nível me afetar é preciso mais do que simples palavras. Por que não vai treinando com uma de suas seguidoras idiotas e no dia que sentir que está pronta para tentar me afetar, me procura?
Dizendo isso, Emilly deu um leve sorriso sarcástico e seguiu para seu quarto. Uma vez sozinha, ela descontou sua raiva no travesseiro, lançando-o com força na parede. “Eu não devia ter aceitado essa missão estúpida, não devia!”. Em silêncio, observou o travesseiro caído e, de uma hora para outra, o mesmo voltou com violência contra si. Ela o agarrou sem medo e o encarou, como se fosse uma pessoa:
_Eu não suporto mais isso! _ ela sussurrou para o travesseiro.
“Então devia ter se escondido em baixo da cama quando foi convocada.” Ela pensou arremessando mais uma vez o travesseiro contra a parede. “Preciso conversar com alguém...”. Sem demora saiu do quarto, atravessando a sala comunal da sonserina sem se importar em ter esbarrado em uma sextanista. Quando chegou a porta da masmorra deu cara que Malfoy que a segurou pelo braço antes que ela caísse e o levasse junto.
_Deixa eu te ensinar uma coisa? _ ele disse, ainda segurando o braço dela _ Quando estamos andando costumamos olhara para onde estamos indo.
Emilly o observou sem reação, até que sorriu e disse numa voz baixa:
_Deixa eu te ensinar uma coisa? Nunca encoste em mim sem permissão.
De uma hora para outra, Draco a largou com um grito de dor. Emilly lhe lançou um último olhar de desprezo e saiu da sala, deixando um Malfoy ajoelhado massageando a mão.
_O que aconteceu Draco? _ perguntou Crabbe assustado.
_Ela... Ela... Ela me queimou..._ ele disse incrédulo.
Crabbe e Goyle trocaram olhares tenebrosos e ajudaram o garoto a se levantar.
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Hermione ouvia atentamente os lamentos de Gina, que parecia estar cada vez mais magra e abatida devido ao término do namoro com Harry.
_Sabe Mi, eu não sei o que aconteceu... Ele mudou de uma hora para outra, ficou frio e distante.
_Gina, o Harry esta sendo obrigado a amadurecer de forma prematura. Já parou para pensar que tem um bruxo das trevas atrás dele? E que a qualquer momento esse bruxo pode simplesmente aparecer e tirar a vida dele ou a de qualquer pessoa próxima à ele?
Gina observava Hermione falar, como uma criança ouve a mãe lhe dando uma bronca. De repente se pôs de pé e disse, enxugando as lágrimas:
_Já que é assim, eu não vou mais esperar ele arrumar um tempo entre Aquele-Que-Não-Deve-Ser-Nomeado e eu. Ele escolheu assim.
Sem dizer mais nada, Gina saiu do quarto a passos decididos. Hermione por sua vez soltou um suspiro cansado e caminhou até a janela do quarto procurando entender o que estava acontecendo naquela escola: Harry estava hipnotizado por uma desconhecida, Gina passou a ser uma desiludida, Rony... Bem este continuava o mesmo, e quanto a ela... O que estava acontecendo com ela? Seus sentimentos a confundiam, seu coração a confundia e ela parecia impotente diante daquela nova onda de sentimentos que a invadia sem prévio aviso.
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Harry havia voltado para a torre da Grifinória há pouco tempo, foi direto para o quarto. Rony lia uma revista sobre quadribol e demorou para reparar que o amigo havia voltado.
_Harry, você devia ler essa revista, é perfeita cara!
_Me empresta algum dia desses que eu leio.
_Pode deixar, assim que eu terminar de ler eu te empresto.
Harry arrumou sua cama e deitou-se, sentindo uma enorme necessidade de dormir e esquecer aquele dia. Mas Rony parecia disposto a lembrá-lo:
_E aquela garota Harry? Descobriu algo?
_Sim. O nome dela é Emilly Taylor e nunca me viu.
_ Ela é gata.. A novata daqui também é gatassa né?
_De quem você esta falando?
_Da Evelyn cara! Loirassa, linda de mais... Não reparou?
_Não...
_Ah claro, você ultimamente só tem olhos para a ... Emilly?
_Rony...
_Olha cara _ Rony sentou-se em sua cama e olhou Harry sério _ eu sempre fui seu amigo, você sabe disso, mas se você ferir a Gina... Vou ter que esquecer nossa amizade.
Dizendo isso, Rony deitou-se novamente e o silêncio tomou conta do local. Harry achou melhor ir dormir e deixar para conversar com Rony outro dia.
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Emilly caminhava pelos corredores sombrios daquela escola esquisita sem se importar se isso era proibido ou não. Foi em direção ao campo de quadribol, parecia não sentir frio mesmo com a ventania. No centro do campo, alguém observava a lua. Emilly sorriu e foi até ele.
_Espero que seja algo importante... Uma tal de Katriny Spencer tava puxando conversa comigo e sinceramente ela era linda. _ disse a pessoa, ainda olhando a lua.
_Eu quero ir embora Mike._ disse Emilly.
Mike virou-se para ela sério. Emilly adorava aquele rapaz! Já tinha deixado bem claro para ele que se não fosse Joe, se apaixonaria por ele fácil.
_Coincidência! Eu também to louco para ir embora. Mas você sabe que não podemos.
_Eu não tenho o que fazer aqui!
_Sim você tem!
A voz autoritária dele, fez Emilly calar-se de imediato. Ele aproximou-se dela devagar, até ficar a alguns centímetros de seu ouvido e disse num sussurro:
_Ou será que você se esqueceu que é culpada por estarmos aqui?
Emilly fechou os olhos se odiando naquele momento. Maldita hora em que conheceu Harry Potter! Tudo culpa daquela idiota da Evelyn. Mike voltou a observar a lua e disse:
_Só isso?
_Sim.
Emilly ia saindo, quando ele a segurou e a trouxe para mais perto. Segurou seu rosto entre as mãos e lhe beijou delicadamente. Emilly correspondeu ao beijo, que logo cessou. Mike sorriu e disse:
_Meu anjo, esquece ele! Você sabe que qualquer coisa entre vocês é impossível.
_É por isso que eu quero ir embora.
_Não está pensando em fugir... Está?
_Se for preciso sim.
Ela lhe deu um selinho e voltou para as masmorras, pensando em como fugiria dali.
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No dia seguinte, Harry amanheceu com a sensação de que não tinha dormido nada à noite. Logo cedo, encontrou Hermione na sala comunal lendo um livro grosso. Quando o viu, ela o fechou imediatamente.
_Bom dia._ ele disse desconfiado.
_B.Bom dia... Harry. Como passou a noite?
_Ótimo... Posso ver o livro que você está lendo?
_Que livro?
Harry sorriu e apontou para o livro na mão dela. Hermione fingiu perceber somente naquele momento que tinha um livro no seu colo e disse:
_Ah! Esse livro? Não é nada, vamos tomar o café?
Ela enfiou o livro rapidamente na bolsa e o arrastou para o salão principal, fingindo não o ouvir dizendo para esperarem por Rony.
Chegando lá, o primeiro lugar que seus olhos correram foi pela mesa da Sonserina. Lá estava ela. Lia um jornal atentamente. Era impressionante como se destacava das outras pessoas ali presentes.
_Harry... Podemos nos sentar?
Ele despertou-se de seus devaneios e percebeu que estava parado no meio do salão principal. Hermione passou por ele, esbarrando de propósito no seu ombro e sentou-se ao lado de Evelyn, que sorriu ao vê-los.
_Bom dia._ ela disse sorrindo.
_Bom dia._ respondeu Hermione de mau humor, ainda olhando ameaçadoramente para Harry.
_Hum... _ murmurou Evelyn, seguindo o olhar de Harry. _ Emilly Taylor..
_Você a conhece? _ Harry perguntou, voltando sua atenção imediatamente para Evelyn, que agora bebericava seu suco de laranja.
_Não intimamente. Eu ouvi o nome dela no dia da seleção... Interessado?
_O que? Não, claro que não... Claro que não...
Harry voltou sua atenção para o próprio suco, sem perceber que Evelyn lhe lançava um olhar divertido e interessado.
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Emilly por sua vez estava muito interessada em uma reportagem que lia no Profeta Diário.
_Bruxos da Luz novamente entre nós: será? Esse povo não tem mais o que inventar.
A voz irritante de Malfoy fez a moça largar o jornal imediatamente. Malfoy riu e disse:
_Me desculpe, eu não sabia que esse era um momento crucial do seu dia: ler jornais.
_Por que você acha que é besteira desse povo os bruxos da luz estarem entre nós?
_Se estivessem já teriam dado bandeira. Esses bruxos... Se é que são realmente bruxos, não conseguem esconder seus poderes por muito tempo. Além disso, o Lorde das Trevas já teria detectado cada um deles.
_Como você é ingênuo...
_E você acha que eles podem estar entre nós?
_Não sei... Mas acho que você e o seu Lorde não deveriam tratá-los como meros bruxos.
Dizendo isso, Emilly pegou suas coisas e saiu do salão, deixando um Malfoy atordoado.
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A aula de Trato das Criaturas Mágicas estava tediosa, até para Hermione, que tentava inutilmente se entender com o felpudo bichinho chamado Phobys.
_Ah, é uma criaturazinha fascinante! Tem propriedades curativas, escondidas estrategicamente no couro dele. Mas, não iremos maltratar o pobrezinho. Peguem seus livros, abram na página 12 e façam uma resenha sobre essas fofuras. Harry, poderia me ajudar aqui, por favor?
Harry foi até Hagrid, que imediatamente tratou de levá-lo para um lugar mais afastado da turma.
_Então, como está? _ ele perguntou, dando a Harry uma caixa com alfaces.
_Ótimo...
_Leu os jornais hoje? _ Harry balançou a cabeça negativamente _ Já ouviu falar dos bruxos de luz, claro! Há suspeitas de que eles estejam entre nós novamente.
_E por que isso é um grande alarde?
_Não sabemos de que lado eles estão: do nosso ou daquele-que-não-deve-ser-nomeado. Portanto, tome cuidado ok?
Nesse momento um grito os assustou. Quando chegaram perto do grupo de alunos amontoados, Hagrid pediu para que os alunos se afastassem. Quando fizeram isso, Harry se deparou com uma Pansy Parkson desmaiada, uma Hermione olhando assusta algo a sua frente e uma Emilly respirando fundo, de olhos fechados, aparentemente assustada.
_O que aconteceu aqui? _ Hagrid perguntou, chegando perto de Pansy.
_ Eu não sei professor... Ah meu Deus!_ disse Parvarti, abalada.
Harry ajoelhou-se ao lado de Hermione, que pareceu não perceber sua presença.
_Mione... O que aconteceu?
A garota não respondeu. Nesse momento, Pansy parecia recuperar os sentidos.
_Vamos para a enfermaria. _ disse Hagrid.
Harry e Rony ajudaram Hermione a se levantar, enquanto Malfoy pegava Emilly nos braços, ignorando os xingamentos da jovem.
Como sempre, Madame Pomfrey enxotou todos da enfermaria, deixando um clima de mistério em Hogwarts: afinal, o que aconteceu com as três alunas na aula de Hagrid?
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Séculos dpois... cap3. on...
bjim...
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