1- Novos alunos



Harry despertou naquele dia um pouco atordoado. Sua cabeça doía um pouco e ele demorou um pouco para perceber onde estava. Apalpou o que parecia ser a mesinha de cabeceira ao lado da cama e pegou os óculos. Enfim reconheceu o quarto de Rony, que naquele momento se encontrava apagado na cama ao lado. Então, ele se lembrou do dia anterior.
"Estava como sempre lendo o Profeta Diário em seu quarto na rua dos alfeneiros a noite já caia imponente, quando um barulho estranho o alertou. Ele se levantou e foi até a porta do seu quarto, poderia ser simplesmente o tio Valter consertando algo. Mas o barulho veio mais forte e o assustou. Imediatamente ele pegou sua varinha e foi ver o que estava acontecendo. Chegou à sala e a encontrou vazia. Curioso, foi até a cozinha, lá encontrou um bilhete na geladeira. Reconheceu a letra de tia Petúnia de imediato. Fomos à casa dos Dawsons, não mecha em nada. Ele embolou o papel e o jogou no lixo próximo. O barulho o alertou novamente, vinha do quintal da casa. Ele correu até lá, mas não viu nada de estranho, até que algo caiu quase que aos seus pés. Harry se abaixou para ver o que era, mas algo o acertou no rosto e ele se afastou sangrando.
_Não toque nisto!
Ele olhou para quem estava falando. Era uma mulher, uma jovem. Tinha os cabelos castanhos claro, com reflexos avermelhados, seus olhos eram azuis, um azul brilhante, sua pele era tão clara que ela parecia ser uma estátua de mármore. Ela se aproximou dele, com aquele vestido de seda branca esvoaçando ao vento.
_Desculpe, não queria...
_Saia de perto dele!
Harry olhou para a direção de onde vinha àquela voz e se assustou ao ver Quim Shacklebolt parado ali e ao seu lado Lupim. A jovem também os observou assustada e se afastou de Harry.
_Quantas vezes já dizemos para vocês ficarem longe daqui? _ perguntou Lupim apontando a varinha para ela.
_Só queremos aju...
_Pois dispensamos sua ajuda. _ interferiu Quim, também apontando a varinha para ela.
A jovem lhes lançou um olhar raivoso e com um movimento rápido das mãos, fez com que a varinha deles voasse longe. Harry apontou a varinha para ela assustado e perguntou:
_Quem é você?
A jovem sorriu docemente mas não respondeu. Abaixou-se para pegar o tal objeto que ela não podia tocar e desapareceu.
_Vocês estão bem? _ ele perguntou aos dois.
_Sim.
Harry apanhou a varinha de cada um e as devolveu. Um silêncio incômodo caiu sobre eles e Lupim entendeu o que aquilo queria dizer.
_Olha Harry, essa jovem deve ter vindo provavelmente a mando de Voldemort.
_Não, estou protegido aqui esqueceram?
_Sim, mas ela é diferente de nós.
Harry ia abrir a boca para protestas, mas Quim o interrompeu.
_Por que não vem conosco já que estamos aqui?
_Ir... Com vocês?
_Claro! Ótima idéia! _ disse Lupim, aliviado por terem mudado de assunto.
_Mas ir para onde?_ Harry perguntou.
_Bom, poderíamos levar você para a Toca. _ disse Quim, analisando as plantas da tia Petúnia com grande interesse. _ Suas aulas começam semana que vem não é?
Harry havia se esquecido de que as aulas já estavam próximas. Um sorriso surgiu em seu rosto e ele aceitou imediatamente, pedindo um tempo apenas para organizar suas coisas."
Agora ele estava ali, com muita preguiça de se levantar. Lembrou-se que a recepção na casa dos Weasley foi fantástica, a Sra. Weasley lhe preparou um dos melhores jantares da sua vida. Mas o melhor foi rever sua namorada, Gina. Esta tomou um baita susto ao vê-lo parado na porta do seu quarto com o sorriso mais lindo do mundo. Ele estava tão feliz que havia até se esquecido de perguntar por que não foram para a sede da Ordem.
Batidas na porta interromperam suas lembranças. Ele pediu que a pessoa entrasse e viu Gina entrar timidamente, com um sorriso no rosto. Ela se sentou na beirada da cama dele e disse:
_Vim te dar bom dia.
_Bom dia para você também.
Ela sorriu e se curvou para mais perto dele, dando-lhe um selinho.
_Vocês querem me apagar, por favor?
A voz de Rony os alertou e eles se separaram de imediato.
_Desculpe cara. _ disse Harry sorrindo timidamente.
_ Eu... Vou indo, tchau. _ ela disse as últimas palavras tão rápido que mal foram entendidas.
Rony observou a irmã sair e comentou, ainda encarando a porta fechada.
_È tão triste vê-la crescendo...
_Ah, Rony por favor!
Harry riu e levantou-se. Após se arrumarem, eles desceram para tomarem o café. Como sempre, a Sra. Weasley preparou os melhores quitutes para o desjejum, sempre os observando com um sorriso no rosto. O Sr. Weasley surgiu descendo as escadas correndo, acompanhado por Fred e Jorge.
_Leiam o Profeta de hoje, vão se interessar. _ ele disse apressado, jogando o jornal nas mãos de Rony. Depois, virou-se para a esposa. _ Vou indo querida.
Trocaram um selinho carinhoso e ele desaparatou. Rony abriu o jornal e Harry logo viu a foto de Hogwarts. Logo abaixo, vinha a inscrição:
Hogwarts acolherá alunos cujos pais foram assassinados por aquele-que-não-deve-ser-nomeado. Mais na pág. 4
Imediatamente Rony abriu na pág. 4 e começou a ler:
“A partir do início deste ano letivo, os antigos alunos da escola de magia e bruxaria de Hogwarts irão se deparar com a escola mais cheia. Isso, porque a escola decidiu acolher os alunos que tiveram a família destruída por aquele-que-não-deve-ser-nomeado. A decisão partiu do próprio diretor da instituição, Alvo Dumbledore. Ele nega, no entanto, que seja uma forma de afrontar o Lorde das Trevas. Além disso, os pais que desejarem transferir seus filhos para a escola em questão também terão total apoio.”
_Interessante. _ disse Rony em um suspiro e fechando o jornal.
_Hum... Imaginem só o monte de gatinhas... _ suspirou Fred olhando o nada à sua frente.
_Achei uma ótima idéia de Dumbledore. _ disse a Sra. Weasley, colocando uma travessa de torradas na mesa. _ Esses meninos e meninas devem continuar seus estudos, independentemente do que aconteceu... Ou do que acontecer.
Eles terminaram o café da manhã e foram para o beco diagonal. Gina e a Sra. Weasley entraram em uma loja e deixaram Harry e Rony a ver navios.
_Eu ainda me pergunto por que aceito a companhia delas nessas horas. _ disse Rony.
_Acho melhor irmos comprar os livros.
_Rapazes!
Uma voz conhecida os chamou e eles imediatamente viraram-se para ver quem era. Uma Hermione sorridente vinha correndo até eles.
_Que bom encontrar vocês aqui! Como estão?
_Bem. _ Rony respondeu.
Nesse momento, Harry notou que o amigo estava um tanto impressionado com algo que via na amiga. Isso o levou a repará-la também. Realmente ela estava diferente, talvez fosse a roupa (um short de seda preto, uma camiseta branca justa e uma sandália com um pequeno salto), ou talvez fosse o cabelo (um ondulado disciplinado), ele não sabia bem o que era, mas com certeza chamava a atenção de qualquer um.
_Então, onde estavam indo? _ ela perguntou.
_Comprar nossos livros. _ Harry respondeu já que Rony parecia ter perdido a dom da palavra.
_Vamos então?
A tarde foi muito divertida. Hermione definitivamente havia se tornado uma companhia extremamente agradável. Harry até se sentiu um pouco culpado quando Gina se juntou à eles e ele torceu para que a mãe dela à chamasse para irem ver outra loja fútil.

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Naquela noite Hermione não pregou os olhos. Ficava se lembrando de seu encontro com seus amigos... Mais precisamente, ficava se lembrando de Harry. Seu sorriso, seu olhar, tudo nele a encantou de uma maneira que ela nunca havia sentido antes em relação a ele. Quando Gina se aproximou, o abraçando como se dissesse “tira o olho, ele é meu!”, a vontade dela foi de lhe lançar um feitiço na mesma hora e mandá-la para o... Péraí Hermione! Tem noção do que está pensando? Harry é seu melhor amigo há anos e Gina... Bom, Gina também né?
Com um suspiro cansado, ela deixou-se cair na cama. Seu olhar esquadrinhava o teto com estrelas falsas como se aquilo fosse resolver a situação.

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O resto da semana passou em um piscar de olhos. Naquela manhã de terça feira, Harry acordou sentindo uma felicidade estranha invadindo seu peito. Ele mesmo não entendia o sentido daquele sentimento, mas o aceitou de bom grado. Como sempre, Gina veio lhe dar o beijo de bom dia (aquilo já estava ficando chato, principalmente por que Rony despertava no exato momento do selinho) e eles desceram para o melhor desjejum do mundo. Não passou muito tempo e eles foram para a estação.
Hermione veio até eles, sempre com aquele sorriso encantador no rosto. Após se despedirem dos seus acompanhantes, os 4 entraram no expresso, procurando como sempre a melhor cabine. Mas, esse ano o trem estava mais cheio. Alunos de diferentes tipos, tribos, crenças lotavam as cabines. Após procurarem bastante, eles encontraram uma vazia. Não era das boas, mas como já estavam cansados, resolveram ficar por ali mesmo.
Hermione sentou-se perto da janela, de frente para Harry e Gina e se arrependeu em seguida ao perceber como aquele casal estava irritante! Gina não parava de encher o rosto de Harry com beijos estalados e acariciar seu cabelo de forma possessiva. Por um momento ela achou que seu olhar encontrou o dele e ele a olhava profundamente, deixando-a sem graça.
_Então, como vocês acham que vai ser esse ano? Nosso último ano?_ Rony perguntou, quebrando o gelo.
_Movimentado pelo visto. _ Hermione respondeu, desviando seu olhar de Harry para a paisagem lá fora.
Nesse momento, uma jovem passou pela porta da cabine, chamando a atenção de todos, principalmente de Harry que, sem querer, empurrou Gina e foi até a porta. Viu a jovem se afastando rapidamente pelo corredor longo.
_Ei! Espere! _ ele chamou, fazendo a jovem parar.
Ela não virou para olhar quem estava chamando, mas permaneceu parada no mesmo lugar. Ele se aproximou dela devagar. Quando se viu próximo o bastante, perguntou nervoso:
_Eu... Nós, já não nos vimos antes?
“Que pergunta idiota”, ele pensou. Mas já era tarde. Ela virou-se para ele séria e respondeu, quase sem mover os lábios.
_Não.
_Impossível, nos vimos sim! Uma pessoa com suas feições não é fácil de esquecer.
Um esboço de um sorriso brincou nos lábios muito vermelhos dela.
_Sinto muito, eu nunca vi você... Pessoalmente claro.
E, dizendo isso, ela continuou seu caminho. Seu cabelo longo esvoaçando com o vento... Aquele cabelo... “Castanho com reflexos vermelhos”... Era ela, só podia ser!
Sentindo-se um tanto idiota, Harry virou-se para voltar à sua cabine, mas se deparou com uma Gina raivosa na sua frente.
_Posso saber por que você correu atrás dela?
_Eu te explico, assim que chegarmos à ca...
_NÃO! EU QUERO UMA EXPLICAÇÃO JÁ!
Várias cabecinhas curiosas surgiam das cabines. O grito de Gina alertou até a mulher do carrinho de guloseimas.
_Gina. Vamos. Para. A. cabine. _ ele disse pausadamente, como se explicasse algo muito óbvio a uma criança birrenta.
Intimamente, Hermione se divertia com aquela cena. Como Gina era idiota! A última coisa que Harry precisava naquele momento era de uma namorada histérica e uma discussão no meio do corredor, na frente de toda Hogwarts!
_NÃO! POR QUE NÃO VAI ATRÁS DELA?
Dizendo isso, ela lhe deu as costas e saiu batendo o pé pelos corredores a fora. Harry queria que um buraco se abrisse e ele se enfiasse dentro deste.
_Tá legal cambada, o show acabou! _ disse Rony, fazendo vários alunos o olharem feio. _ Não ouviram? A-CA-BOU!
A contragosto, os alunos voltaram para suas cabines. Sem demora, Harry correu para sua cabine e afundou-se na poltrona de frente para Hermione.
_Harry... Quer um... Copo com água? _ ela perguntou num fio de voz.
_Não, quero sumir. Você me ajuda?
_Claro. Trouxe sua capa da invisibilidade?
Harry a observou e sorriu. Rony entrou na cabine, fechando a porta e sentando-se ao lado dele.
_Tá certo que a Gina agiu como uma criança. _ ele começou encarando o amigo_ Mas eu também gostaria de saber por que você correu atrás daquela moça!
Harry soltou um suspiro e contou aos amigos o que havia acontecido naquela noite, na casa de seus tios. Hermione olhava a paisagem buscando respostas, Rony olha o chão, juntando as peças daquelas informações.
_Deve ser uma pessoa perigosa então. _ disse Hermione, ainda olhando a paisagem.
_Aí que está o problema, eu não vi maldade nela... Não vi perigo entende?
_O problema Harry, _ ela iniciou, o olhando com calma. _ é que esses são os piores: os que não parecem perigosos, me entende?
_Eu sei... Ela não me passou perigo algum.
Rony e Hermione trocaram aqueles olhares que Harry detestava. Na verdade, detestava a forma como os dois se entendiam apenas pelo olhar.
Quando o trem parou em Hogsmead, já havia anoitecido. Harry notou que o número de carruagens que os levaria até a escola parecia ter dobrado. Ficou curioso, de onde teriam saído tantos testrálios? Mas, sua linha de pensamentos foi interrompida por Hermione, que agora o arrastava até a carruagem mais próxima. Os dois e Rony dividiram o veículo com Luna e uma aluna que Harry não conhecia.
_Olá. _ cumprimentou Luna com seu jeito sonhador de ser. _ Como foram as férias?
_Ótimas, e sua?_ respondeu Hermione.
_Como sempre imprevisíveis. Como está Rony?
A pergunta de Luna assustou a todos os presentes, mais ainda a Rony que estava completamente alheio ao mundo naquele momento, provavelmente pensava no banquete que o esperava.
_Eu? Ah... _ ele disse focalizando Luna à sua frente. _ Estou muito bem Luna, obrigado por perguntar.
Luna sorriu sonhadora e voltou sua atenção para o céu, agora estrelado.
O salão Principal estava, como sempre, muito enfeitado e acolhedor. Para o espanto de Harry, os alunos novos não estavam sentados às mesas, como ele esperava.
_Achei que eles participariam do banquete. _ disse Hermione sentando-se do lado oposto ao que Harry estava. Pelo visto, ela pensava o mesmo que ele.
_Eu também.
O silêncio tomou conta do local quando Dumbledore Levantou-se. Ele olhou sorridente os alunos sentados e disse:
_Sejam bem vindos a mais um ano letivo na Escola de Magia e Bruxaria de Hogwarts. Espero encontrar todos de boa saúde e disposto à mais uma maratona de estudos. Como a maioria já deve saber, este ano, além dos calouros do primeiro ano, teremos em nossa escola novos alunos. São alunos vindos que outros colégios, até mesmo de outros países, mas que viveram tragédias que podem acontecer com qualquer um aqui presente. Eu peço a todos que recebam de coração aberto, os novos alunos.
Ele apontou para a porta de entrada do salão principal e todos os alunos ali presentes o acompanharam com o olhar. A porta se abriu e por ela passou uma quantidade enorme de alunos, deviam ser uns 80, Harry não sabia de onde havia saído tantos bruxos. Alguns estavam assustados, outros admiravam o salão, outros acenavam para conhecidos. Dumbledore pigarreou alto, o que fez com que todas as atenções se voltassem para ele.
_Eu acredito que vocês já tenham sidos encaminhados para qual casa iram. _ ele disse, dirigindo-se aos novos alunos. _ Podem encaminhar-se para as mesas. Mais uma vez sejam bem vindos e desfrutem do nosso banquete.
Ao ouvirem essas palavras, os alunos novatos trocaram olhares tenebrosos e pareciam estar pregados ao chão que pisavam. Até que uma aluna empurrou os petrificados para o lado e caminhou apressadamente até a mesa da Sonserina. Isso fez com que os outros alunos se movessem e se dirigissem às suas respectivas mesas. Pelo menos uns 20 alunos se sentaram à mesa da Grifinória. Mas isso já não interessava a Harry. Ele havia seguido, com o olhar, a jovem que foi a primeira a se sentar à mesa da Sonserina. Lá estava ela, olhando o teto sem demonstrar expressão alguma, com seus longos cabelos castanho-avermelhados caindo em seu rosto perfeito... Perfeito de mais...
_Vamos começar agora, _ iniciou Dumbledore, despertando Harry de seus devaneios. _ com a seleção dos alunos do primeiro.
A seleção, por incrível que pareça, foi rápida. Parecia que, enquanto o número de bruxos adolescentes havia dobrado, o número de bruxos pré-adolescentes havia caído bastante. (“Qual é? Os bruxos não estão mais se reproduzindo?” perguntou Rony, arrancando gargalhadas dos alunos próximos).
O banquete havia finalmente começado. Rony, como sempre, comia feito louco. Mas Harry ainda analisava a jovem da mesa da Sonserina, que agora fingia ouvir uma história de Draco Malfoy.
_Harry, se ela está na Sonserina é por que realmente não é boa pessoa. _ sussurrou Hermione ao pé do ouvido dele. Isso fez com que ele sentisse um arrepio gostoso, mas disfarçou.
Ao fim do banquete, todos se encaminharam para suas casas. Quando chegaram ao salão comunal, notaram que este estava extremamente cheio. Os monitores chefes ( Rony e Padma Patil) indicaram os novos alunos os seus respectivos dormitórios. O salão foi esvaziando aos poucos. Rony se despediu dos amigos e foi dormir. Harry jogou-se na poltrona próxima e observou Hermione fazer o mesmo em uma poltrona ao seu lado. Agora só restavam no salão comunal os dois e uma jovem sentada na mesa ao fundo.
_Já resolveu o que vai fazer com a Gina?_ perguntou Hermione.
_Na verdade... Ainda não. Sabe ela está ficando cansativa pegajosa.
_Eu reparei, mas veja Harry, ela ainda é uma criança, foi muito mimada pelos pais. Não a julgue pelo o que ocorreu no trem.
_Hermione, eu conheço a minha namorada e sinceramente estou cansado dela.
Hermione soltou um suspiro profundo e o encarou. Sentiu um arrepio gostoso percorrê-la quando fez isso, mas o ignorou.
_Tudo bem, faça o que quiser. Só tome cuidado para não tomar decisões das quais vai se arrepender depois.
_Eu não me arrependo tão fácil.
Dizendo isso, seus olhares se cruzaram novamente. Ele estava tão sedutor naquele momento! Hermione sentiu um calor estranho percorrê-la.
_Com licença?
Uma voz doce os interrempeu. A menina que há pouco estava sentada na mesinha de estudos veio até eles. Era linda, com cabelo loiro curto e repicado, olhos verdes, a pele clara, os lábios muito vermelhos. Ela sorria meigamente e continuou:
_Desculpem, mas é que eu sou nova aqui e... Ah eu vou parar de enrolação. _ ela sorriu mais ainda e dirigiu-se a Harry, lhe estendendo a mão. _ Harry Potter, é um enorme prazer conhecê-lo!
Harry a cumprimentou com um aperto de mão.
_Desculpem, eu esqueci: meu nome é Evelyn Strandford.
_Oi, você veio de qual escola? _ perguntou Hermione.
_Sou de Beauxbetons.
_Fala bem a nossa língua. _ disse Harry.
_Bom, é que... Eu sou daqui, da Inglaterra, mas meus pais se mudaram para a França quando eu tinha 8 anos. Bom, eu vou dormir. Mais uma vez, é um prazer conhecê-los, de verdade.
Dando-lhes um último sorriso, Evelyn se dirigiu para o dormitório. Hermione se levantou no instante em que a outra desapareceu escada acima.
_Eu vou fazer o mesmo. Boa...
_Espere.
Ele a segurou pelo braço. “Ah Harry! Não devia ter feito isso!”, ela pensou olhando fixamente naqueles olhos verdes que agora a encaravam profundamente.
_Bom... Se a Gina te perguntar algo diga à ela que eu não lhe disse, não comentei sobre o assunto.
_Cla-claro Harry, eu digo sim.
Harry sorriu e largou o braço dela. Hermione parecia estar pregada no chão, pois não queria mover-se, não agora que ele estava tão próximo, não agora que ela sentia o perfume dele tão de perto...
_Você mudou muito nesse verão. _ ele disse de repente.
_Nossa, você reparou?
_E tem como não reparar?
Eles riram juntos, mas logo se sentiram sem graça.
_Er... hum... Então... Boa noite.
Ela lhe deu um beijo rápido no rosto e subiu as escadas correndo. Harry foi pelo lado oposto. A madrugada ia adentrando, e ele ainda não conseguia pregar os olhos. Pensava em Hermione e na misteriosa garota... Sim... A misteriosa garota.


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Tá aí, sei que ficou um pouco grande, mas é que sou nova nisso. Desculpem os erros de português! Rsrs
se for pra frente, o proximo capitulo tá pronto.
Beijos

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