Uma aula de duelos e uma carta
Capítulo oito: Uma aula de duelos e uma carta.
Os dias seguiram-se tranquilos. Sírius reparou que Lily e o primo não pareciam se falar direito e isto era estranho. Na verdade eles sempre foram bons amigos e brigas não eram tão comuns. Mas havia uma outra ocupação na mente do bruxinho que exigia maiores atenções do que os casos de humor da sua irmã.
Lucas havia acabado de receber um bilhete de Draco que o chamava a seu escritório depois do jantar naquele mesmo dia.
O que significava que era hora de pôr o plano em prática.
- Excelente! - exclamou, assim que Lucas contou o que havia na carta. - Ele foi rápido, hoje ainda é sexta-feira!
- Sabe o que isso significa, não sabe, Sírius? - Sarah, que já se conformara com aloucura dos amigos, interrogou.
Ele pensou.
- A capa.
- Exato. E eu tenho uma idéia de como você pode fazer para pegá-la.
As cabeças se juntaram e um novo plano foi sussurrado. Durou poucos segundos, mas o suficiente para que Sírius coçasse a cabeça e passasse a pensar que talvez Sarah tivesse razão, então. Talvez tudo aquilo fosse mesmo uma loucura e eles estivessem se metendo numa grande encrenca.
Só que não havia mais como voltar atrás.
Depois do almoço, os quatro assim como todo o 4º ano Grifinória e Sonserina se dirigiram até uma das salas do 3º andar para a 1ª aula de duelos.
Harry o recebeu empolgado, ao contrário de Zabini que sequer se levantou de onde estava, tamouco abriu algum sorriso para cumprimentá-los.
- Bom dia! Como já sabem sou Harry Potter, o professor de duelos de vocês e...
Zabini soltou um pigarro. Harry girou os olhos.
- Claro, juntamente com o professor Zabini. Como vocês nunca tiveram uma aula de duelos antes, teremos que começar com feitiços simples e praticar aos poucos. Eu e Zabini faremos uma pequena demonstração sobre como se comportar em um duelo e pois os separaremos em duplas para que pratiquem. Blaize?
Com a expressão mais entediada do mundo, Sabini se levantou e assumiu seu posto numa das extremidades da passarela, posta especialmente para essa aula. Harry fez o mesmo, ficando um de frente para o outro.
Sob o olhar de Sarah, Sírius aproveitou o momento para se juntar a turm que estava atrás do pai, onde convenientemente se encontrava a mochila dele.
Harry e Zabini fizeram uma sutil reverência e se afastaram, sob os olhares excitados dos alunos. Ergueram as varinhas.
- Expiliarmus! - exclamou Harry e a varinha de Zabini rodopiou no ar e caiu antes que ele pudesse abrir a boca.
Os alunos aplaudiram, Zabini fez um muxoxo e Sírius aproveitou este momento para murmurar um feitiço que abriu o zíper da mochila do pai.
- Expiliarmus!
Pego desprevinido, o feitiço de Zabini atingiu Harry no peito e ele cambaleou com o impacto, caindo sentado depois. Sua varinha escorregou e foi parar aos pés de Sírius. Este, tão distraído estava com sua travessura que não percebeu o perigo e ainda chutou-a sem querer. A varinha enroscou-se na alça da bolsa.
- Procurem não fazer isso, garotos - Harry alertou, mau humorado, se levantando. - Não ataquem pelas costas de seu adversário.
- Ora, Potter, a menos que sua nunca também use óculos, você não estava de costas.
Boa parte dos sonserinos sorriram. Harry crispou os lábios.
- Quis dizer que não é certo jogarem feitiços quando o outro estiver desprevinido. Onde foi parar minha varinha?
Sarah, ao perceber que Sírius ainda não notara a presença da varinha, gelou. Tentou fazer um sinal, mas ele estava distraído demais esperando o pai voltar a lutar, para pegar a capa.
- Zabini, pode fazer o favor de chamar minha varinha?
Quando o professor fez que ia obedecer, Sarah levantou a mão e disse com a voz estridente.
- Tio Blaize, posso fazer uma pergunta?
Todos olharam para a garota. Até Sírius, que notou que ela não estava agindo normalmente.
- Quero dizer, profº Zabini - ela corrigiu, sob o olhar cortante dele. - Porque o feitiço do ti... Profº Harry apenas o desarmou e o seu o derrubou se era o mesmo feitiço?
Houve um minuto de silêncio em que Harry a encarou. Sírius franziu as sobrancelhas e Zabini piscou.
- Bem, é uma ótima pergunta. Acho que Potter vai adorar lhe responder, senhorita.
Harry sorriu e já havia aberto a boca quando Sarah interrompeu de novo.
- O senhor não sabe?
Zabini fusilou-a com os olhos e até Harry pareceu estranhar por um momento. Mas o que foi dito daí em diante, Sírius não prestou aenção, pois se tornou evidente que Sarah estava fazendo tudo aquilo para distrair os dois enquanto ele pegava a capa.
E foi o que ele fez, o mais silenciosamente possível, claro. O problema foi aquele zíper barulhento que pareceu ter chamado atenção de um garotinha a frente dele. Ela lhe lançou um olhar zangado, mas parecia interessado demais no ue Zabini falava para prestar-lhe mais atenção. Puxou devagarinho, a capa bem guardada dentro do bolso, e só faltava alguns centímetros quando, sem mais nem menos, a mochila escorregou de seus dedos e foi em disparada até a mão estendida de Zabini.
- Potter, você coloca algum tipo de imã em seus pertences?
- Não seja ridículo, Zabini - Harry rosnou impaciente, pegando a bolsa e a varinha das mãos do outro. - Devia ter enroscado quando caiu.
Imediatamente a cabeça de Sírius se virou na direção de Sarah, que o encarou de braços cruzados e um olhar cético. Com um leve dar de ombros, ele se desculpou.
- É mesmo muito descuidado, Potter. Além de deixar sua bolsa jogada em qualquer canto ainda a deixa aberta. Não tem medo de ser roubado?
- Não carrego ada de valor, Blaize. A não ser...
O coração de Sírius acelerou quando Harry ameaçou abrir o zíper. Mas uma santa voz soou no meio da turma.
- Não vamo praticar? A aula já está acabando!
- Claro - disse Harry mudando de idéia e fechando o resto da bolsa. - Em dupla agora. Todos vocês!
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- Isso é estranho! Não sei pra onde olhar enquanto falo com você!
Sírius girou os olhos, sem, contudo, se lembrar de que não era visto. Já era a quarta vez que Lucas repetia isso.
- Olhe pra frente, eu estou bem aqui do seu lado, não precisa encrencar.
- O que eu vou fazer com a porta, Sírius? Eu passo primeiro e a seguro aberta ou espero um tempo pra você passar antes?
- Faça como combinamos Lucas. Se ele abrir, você espera. Se mandar você abrir, você passa e enrola pra fechar. Mas alguma dúvida sobre alguma coisa que já enhamos conversado?
Mesmo se tivesse, Lucas não teve a oportunidade de dizer, pois chegaram à porta do escritório de Draco.
Lucas bateu.
- Um minuto! - A voz de Draco soou do lado de dentro. Pelo seu tom, não estava nos melhores dos humores.
- Isso é uma loucura... - Lucas sussurrou ainda, um segundo antes da porta se abrir.
- Lucas! Esqueci que viria... Entre!
Ao invés de obedecer ele deu um passo para trás. Malfoy ergueu as sobrancelhas.
- Algum problema?
- Ah... Não. Nenhum.
Continuou onde estava.
- Então porque não entrar?
- Ah, sim, é claro.
Quase tropeçando na parede, Lucas cruzou o soleiro da porta e entrou na sala. Sírius, que já havia entrado há muito tempo anotou mentalmente que deveria informar ao amigo o quanto ele parecera ridículo.
- Tem certeza de que está bem?
- Estou. Só com um pouquinho de sono.
- Tem tido alguma crise?
- Algumas tosses fortes de vez em quando. - ele assumiu. - Mas nada grave.
- Isso é ótimo. Daqui há dois meses e alguns dias estará totalmente curado. Deixei a poção lá dentro, vou buscar.
Quando Draco sumiu por uma porta, Lucas observou um gaveta se abrir e um envelope ser atirado para ele por uma mão flutuante segundos depois. Guardou depressa no bolso enquanto outra gaveta era aberta e fechada logo em seguida. Assim que a terceira foi fechada sem uma segunda carta, Draco apareceu novamente no escritório.
- Aqui está. Não esqueça que deve tomar em jejum.
- Obrigado, senhor. - Lucas agradeceu, notando um envelope de cima da escrivaninha sumir no ar. - É... bem, acho que eu já vou. Obrigado outra vez, essa poção é muito importante.
- Não precisa agradecer, você é um bom garoto. Agora, espero que não se importe mas terei que dar boa noite, tenho coisas a resolver.
- Ah, sim. Claro.
Draco abriu a porta e Lucas virou-se para ele ainda sem sair do lugar.
- Hm... Boa noite, senhor.
- Boa noite.
Sem poder enrolar mais, Lucas deu dois passos hesitantes para cruzar a porta.
- Lucas?
- Senhor?
- Estou te achando estranho hoje. Está querendo diizer alguma coisa?
- Ah... - Ele pensou por um momento. Não precisava mais enrolar, Sírius já deveria ter saído fazia tempo. - Não mesmo, professor. Só estou um pouco lento hoje, o dia foi cansativo. Com licença.
Draco ainda o observou andar um pouco. Só quando fechou a porta foi que ele suspirou aliviado e se ensotou na parede.
- Ufa, Sírius... Pelo menos o sacrifício valeu, conseguimos duas cartas! Será que ele não vai sentir falta dessa que estava em cima da mesa?
Não houve resposta.
- Sírius?
Silêncio.
- Ah, não - Lucas gemeu. - Essa não!
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Narrado por Sírius:
Tio Draco saiu para buscar a poção e eu aproveitei para olhar as gavetas. Logo na primeira tinha alguns envelopes, peguei um deles e joguei para Lucas. Não havia nenhum nas outras duas, só livros e bugigangas, e antes que eu pudesse abrir uma outra, tio Draco entrou de novo.
Estava para me afastar quando notei um outro envelope sobre a mesa, peguei depressa e guardei no bolso.
A minha falha foi passar pelo lado do trio Draco para chegar até a porta. Após tê-la aberto ele deu um passo para o lado bem na hora que eu passava e por pouco não se esbarrou em mim. Infelizmente, não fui rápido o bastante para me afastar completamente e ele pisou num bom pedaço da minha capa. Teria levado-a para o chão se eu não tivesse segurado-a bem a tempo.
Tentei puxar. Não consegui. Esperei pacientemente, desejando que não escutasse os batimentos acelerados do meu coração e aminha respiração barulhenta.
Quando ele finalmente tirou o pé, ficou na frente da porta, barrando o meu caminho. Tentei passar por baixo de seu braço, mas era arriscado demais, o espaço era muito estreito.
Afastei um passo, a cabeça a mil tentando encontrar uma solução. Enfeitiçá-lo? Oh, não, era uma péssima idéia... Engatinhar? Não havia espaço e, mesmo se houvesse, se ele fechasse a porta antes do tempo?
Enquanto me decidia, ele fechou a porta.
Agora sim, eu estava ferrado. Como faria para ir embora com a porta fechada? Joguei o peso do meu corpo para uma das pernas e depois na outra, um tique nervoso que peguei faz algum tempo. Fiquei imaginando o que acontecria se eu abrisse a porta e saísse. Ele ficaria muito chocado?
Minha consciência me dizi que provavelmente sim.
Observei-o se sentar e ficar parado, pensativo por muito tempo. Ele teria que abrir a porta em algum momento, não? Não? Tomara que sim, meu pescoço podia depender daquilo.
Procurou por algo na mesa, não achando.
- Droga... Onde enfiei?
Será que ele estava procurando o envelope que peguei? Desconfiaria de algo?
- Merda! Que se exploda também, aquilo era um lixo! Todas essas malditas cartas são um lixo! MERDA!
Retrocedi quando ele jogou algumas coisas de cima da mesa para o chão. Nunca cheguei a vê-lo tão irritado. Confesso que era apavorante. A perspectiva de ser obrigado a passar minha noite em pé, embaixo de uma capa fria na compania dele naquele humor era, sem exagero, motivo para a beira do desespero.
- RENDY!
Estremeci duas vezes: uma com seu grito e outra com a aparição de uma elfo doméstica miudinha segundos após.
Ela fez uma reverência.
- Sr. Malfoy, chamou Rendy?
- Óbvio - ele rosnou. - Senão não estaria aqui, estaria? Quero que vá até sua senhora e diga que passarei a noite aqui hoje. Tenho coisas a resolver.
A elfo pestanejou. Ótimo, estava começando a pensar seriamente em sucumbir ao desespero.
- Perdão, meu senhor, mas a sra. Malfy não vai gostar... Rendy a ouviu reclamar que ontem...
- Vá e faça o que eu mandei, Rendy. OBEDEÇA!
Resignada, Rendy fez uma reverência e desapareceu. Ótimo, já era a minha noite...! Com cuidado para não aparecer por baixo da capa, sentei-me no chão. Que falta fazia o colchão do meu dormitório...! Antes que tio Draco fizesse qualquer outra coisa, Rendy reapareceu.
- Perdão, senhor. Mas a sra. Malfoy diz que se não aparecer para fazer-lhe compania esta noite ela virá e ficará aqui.
Tapei os ouvidos, esperando a explosão que não veio. Tio Draco suspirou e esfregou os olhos, cansado.
- Estou mesmo em falta com Ammy. Diga a ela que estarei organizando minhas coisas e depois vou. Vá depressa!
Pronto! Minha chance estava aí! Graças a Merlim, uma solução! Devo lembrar de fazer uma oração em agradecimento quando chegar ao meu dormitório.
Parei bem rente a porta, não queria perder a oportunidade dessa vez.
Assiste enquanto ele guardava todos os papéis, trancava as gavetas, a porta e murmurava feitiços de... Pera aí! A porta???
Fiquei bonquiaberto e mais confuso do que o rei sol quando percebeu que os burgueses planejavam uma revolução¹. Será que ele mentira para tia Ammy? Porque estaria trancando tudo? Não, ele ia siar, mas por Deus, como???
Minhas respostas vieram assim que ele apagou as velas. Tirou algo do bolso e jogou na lereira: Pó de Flú.
- Quarto de Ammy!
As chamas verdes o abraçaram e em instantes ele desapareceu, as chamas novamente normais.
- MERDA! - exclamei irritado, arrandcando a capa e dando um pontapé na parede, o que me fez ficar com uma dor alucinante no dedão e sair mancando. - Porque ele não podia passar pela porta??? Qual o problema com as portas???
Ainda tentei destrancá-la, procurar pó de Flú, mas não obtive sucesso em nenhuma das duas hipóteses. Estava ferrado mesmo e não encontrava nenhuma solução. Sarah teria que agradecer muio bem esse favor.
Fiquei um pouco mais tranquilo ao pensar nela. Esperava que houvesse algo útil naquele envelopes... Ah! Quase javia me esquecido de que estava com um!
- Lumus!
Tirei-o do bolso e com o auxílio da luz da varinha, comecei a ler o pequeno texto.
Fexei-o três minutos depois com um nova ruga em minhas sobrancelhas.
Aparentemente, descobri o que estava tirando o sono de Draco Malfoy.
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Foi cabisbaixo que Lucas entrou no saão Comunal aquela hora. Não fazia idéia de como encarar os amigos.
- Lucas! Não esperávamos que...
Ele ergueu a mão, fazendo as garotas se calarem.
- Estamos com problemas - disse, afundando na poltrona.
- O que houve, cadê o sírius?
Lucas limitou-se a olhar nos olhos de Sarah, desolado. A garota recuou um passo, as mãos na boca.
- Ele foi pego!
- Não exatamente...
As duas se entreolharam confusas.
- Ele descobriu? Tio Draco descobriu alguma coisa?
- Responda, Lucas! O que aconteceu?
Rapidamente, o garoto narrou tudo o que acontecera pelo seu ponto de visa. Maggie e Sarah foram de opiniões e reações diferentes.
- Se ele ainda está com a capa está tudo bem - disse Maggie. - Ele vai arrumar um jeito de sair de lá, estamos falando do Sírius!
- Ele está preso lá dentro! Vocês já imaginaram o que pode acontecer se aquela porta não abrir hoje? Ele está lá por minha causa e se papai pegá-lo...
- Não é bem assim, Sarah. Sírius esá invisível e é esperto o suficiente para não dar bandeira... A onde vai?
Sarah se levantarame já estava a alguns passos da passagem.
- Não vou ficar parada enquanto Sírius está trancado com papai, correndo o risco de ser pego. Ele está lá por minha causa.
Maggie e Lucas protestaram, mas não adiantou nada. Porém, em menos de dois minutos ela entrava novamente, correndo, sem fôlego.
- É dia... Da ronda... De Lily... - exclareceu aos olhares curiosos.
- Certo - disse a ruiva. - Plano de resgate falho. Qual é o plano B, agora?
Silêncio.
- Qual é, eu não estou falando sério! Conheço meu primo, ele vai ficar bem. Pego, ele não vai ser, podem ter certeza...
- Mas Maggie...
- Você está se preocupando demais, Sarah! E você se culpando, Lucas. Sei que não é a melhor coisa que poderia ter acontecido, mas entrar em desespero ou ataque de culpa também não vai ajudar! Temos que esperar, é só o que podemos fazer.
Lucas e Sarah ficaram calados, aparentemente resignados, por um tempo que lhes pareceu breve.
- Esperem - disse o garoto, enfiando a mão no bolso. - Pelo menos eu consegui... Ficar com isso.
- Uma carta! - exclamou Sarah, arrancando o papel das mãos do amigo. - Será que... Aqui terá alguma coisa exclarecedora?
- Só abrindo pra saber... Quer que eu leia ou você lê?
Sarah olhou o pergaminho receosa, antes de passá-lo para Maggie, incapaz de seguir adiante.
- É melhor você ler.
Enquanto Maggie desdobrava o pergaminho, Lucas e Sarah aproximaram-se para que os poucos alunos além deles no salão comunal não tivessem chances de entender uma única palavra.
A ruiva começou a ler:
Perdoe-me a insistência Sr. Malfoy, mas não desistirei. Tenho um grande negócio em meus planos e não irei abandoná-lo por causa de um capricho seu.
É claro que aquel dúzia de advogados que o senhor contratou já entraram em contato comigo e como já deve saber, lamentavelmente eles não me fizeram mudar de idéia, muito menos conseguiram um argumento para provar que algo em meus planos está fora da lei, pois tudo está legalmente correto.
Esse negócio é importante para mim, Sr. Malfoy e, sinceramente, já stou mais do que irritado com sua negligência. Sou um homem paciente. Fui paciente demais até agra e não tolerarei mais suas respostas negativas.
Minha proposta está e pé e é bom não recusá-la. Terei o que quero de qualquer maneira então paroveite enquanto sairá beneficiado.
Espero sua resposta já com os documentos para que eu os assine.
Passar bem.
M.T."
- Mas que... Merda foi essa?
Lucas parecia decepcionado. Sacrificara-se a si próprio e a Sírius por isso? Nada havia ali qu elhe desse uma resposta útil e objetiva.
- Uma merda que pode ser uma pista - devolveu Maggie. - Pelo menos sabemos porque seu pai anda estranho, Sarah.
Sarah e Lucas se entreolharam, sem entenderem.
- Você descobriu? - perguntou ela. - Eu não? Lucas?
- Absolutamente não. A não ser um monte de coisas que não chegaram a lugar algum.
- Olha, ao invés de discutirmos sobre o que não entendemos que tal vermos aquilo que podemos tirar? É óbvio que alguém quer comprar alguma coisa. de seu pai, como também é óbvio que é uma coisa grande e ele não quer vender. Vajam, aqui diz: "Terei o que quero de qualquer maneira então aproveite enquanto sairá beneficiado.". Se Draco não aceitar vender, esse tal de M.T tem meios de conseguir sem que precise pagá-lo por isso. Estão me acompanhando?
- Não - responderam os dois juntos.
Maggie girou os olhos.
- O que não entenderam?
- Se esse tal M.T. pode conseguir o que quer sem pagar ao pai de Sarah, porque ele já não faz isso direto?
Maggie ficou pensativa por um instante.
- Bem, há duas hipóteses: aqui não diz que ele não vai precisar pagar, diz apenas que o beneficiado não será o Draco, provavelmente uma outra pessoa. Ou, a outra forma de conseguir isso seja bem mais difícil, algo que só valha a pena como último recurso.
- Tudo está muito bom - cortou Sarah, irritada. - Mas agora eu pergunto: O que papai não quer vender e quem é esse M.T. que quer comprar?
Eles se entreolharam, calados.
- Estão vendo? Todo esse sacrifício não foi o bastante! - Sarah soltou o ar, aparentemente buscando controle. - Desculpem, vocês fizeram o que puderam. Acho que o melhor é desistir de vez dessa idéia e deixar que papai resolva os seus problemas sozinho. Obrigado por tudo, eu vou dormir. Boa noite.
Lucas e Maggie nada puderam fazer a não ser observar Sarah subir as escadas para o dormitório
- Acha que estraguei tudo? - Lucas perguntou desolado.
Maggie foi se sentar no braço da poltrona do amigo e o abraçou pelos ombros.
- Você não fez nada errado, Lucas. Mas Sarah está certa, era loucura demais para que fosse perfeito. Você fez o que foi pedido para que fizesse, se algo deu errado não foi por culpa sua.
O garoto mergulhou a cabeça nas mãos.
- Se eu tivesse esperado mais...
- Draco provavelmente teria desconfiado. Não se culpe mais Lucas, por Merlim teria sido um grande milagre se tudo saísse perfeito.
Lucas ergueu os olhos e a encarou. Tão profundamente que a pobrezinha corou.
Ele sorriu.
- Está certa, Maggie. Vamos agir com a razão e deixar de lado essa deprê - fez uma pausa. - Sabe, as vezes eu acho que você gostaria de me dizer alguma coisa...
Sob o olhar insistente dele, Maggie corou ainda mais e desviou os olhos.
- Eu acho é que você está com sono. Porque não vai descansar também?
Quando voltou a olhá-lo, teve uma leve impressão de ter visto um brilho de decepção naqueles olhos, antes de um sorriso aparecer.
- Ótima idéia, estou mesmo precisando dormir. - Levantou-se. - Você não vai?
- Ah... Daqui a pouco... Quero terminar de ler um livro antes...
- Certo, então... Boa noite.
- Boa noite.
Ainda se olharam por alugns instantes antes de Lucas lentamente, aproximar seu rosto do dela. O contato visual permaneceu até poucos centímetros de distância, quando lucas desviou sua direção, e lhe deu um beijo na bochecha.
Afastou-se, andou dois passoas de costas, só então se virou, sumindo pela porta do dormitório masculino.
Foi só aí que Maggie soltou a respiração que prendia. Ás vezes podia jurar que ele sabia, então... Não seria melhor confessar logo? Não, e se não fosse isso? E se ele não desconfiasse de nada? Não queria perder uma amizade de anos por... Uma... Uma bobagem.
Continuaria a mantes esse segredo até... Até não suportar mais...
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