Sra. Stronvitte
Capitulo oito – Sra. Stronvitte
Logo que adentrou Harry não pode conter a curiosidade sobre a senhora. Aproveitaria que Tonks não estava mais ali. E logo jogaria um batalhão de perguntas.
- Lupin quem era aquela senhora? – perguntou Harry enquanto encarava Hermione que fazia o mesmo.
- É a Marcela Stronvitte.
- Marcela Stronvitte? – perguntou Hermione tentando se lembrar. Parecia lhe familiar.
- Jurava que era Félix, mas... Isso eu já sei. Eu quero saber por que ela esta aqui. – perguntou meio seco, não de grosseria, mas porque não queria fazer média.
- Ela é uma bruxa poderosíssima e muito sabia. Peça muito importante para a “Ordem”.
- Lembrei! – disse Hermione num pulo. – Sabia que a conhecia de algum lugar.
- E da onde você a conhece? – perguntou Harry ainda mais seco, se ela não fazia questão de ser educada com ele não seria ele que faria questão.
- Li sobre ela no 1° ano. Ela estava em “Nomes notáveis da mágica do nosso tempo” e também em “Um estudo aos avanços recentes na magia” e em “Grandes sábios do século”. Você saberia disso se você tivesse lido. –Lupin a olhou rindo e ela continuou. – Ela inventou a poção “Celestiun”.
- O que essa poção tem de mais? – perguntou agora Rony, se Hermione tinha que se irritar com alguém que fosse com ele, pois em meia hora se acertavam.
- É uma poção com ingredientes raros. Quase impossível de se fazer...
- Mas pra que serve? – interrompeu Harry extremante grosso. O que fez Hermione pensar muito bem se deveria dizer ou não. Uma verdadeira luta interior, na qual ganhou dizer para mostrar superioridade.
- É uma poção que causa um coma mortal imaginário. – disse como se tivesse decorado um livro. – O corpo simplesmente para todas as funções por um tempo, após o tempo volta ao normal, sem seqüelas e a pessoa apenas acha que estava dormindo.
- Mas pra que serve? –repetiu de novo a pergunta a Hermione. Dessa vez como estava mais interessado não foi tão rude.
- Ela é curativa e revitalizante. Como posso explicar? – disse olhando para o teto. – Quem a toma sofre o coma mortal, ou seja, toda a fraqueza do corpo morre junto da pessoa e após acordar do coma ela volta ainda mais forte.
- Só para se curar? – perguntou Lupin querendo que ela dissesse algo. O que irritou Rony, pois ela com certeza tinha algo mais para dizer.
- Ela também é apreciada pelo fato de que a pessoa que a tomou após ter “morrido” pode levar chuva de “Avadas Kedravas” que na hora certa acordara como se nada estivesse acontecido. O corpo anda sofre nesse período de “morte”. Ela é realmente incrível.
- Então é uma poção enganadora! –concluiu Rony como se tivesse descoberto a “teoria da relatividade” sozinho.
- É sim. A pessoa parece que morreu mais esta mais viva do que nunca, esperando para voltar com força total. – ela pausou. – Mas tem as contra-indicações.
- Contra-indicações? –perguntaram Harry e Rony juntos. Por que sempre havia?
- Sim. Como os ingredientes são fortes ela só pode ser tomada três vezes em toda sua vida. Caso quem a toma diversas vezes pode sofrer problemas graves de azar. Mas é aquele azar que leva a morte mesmo. – disse ela vendo se havia esquecido de algo.
- E a pessoa tem que ser obrigada a tomar. – concluiu Lupin calmamente.
- Como? – perguntaram juntos os três. Harry não pode evitar um sorriso na direção de Hermione. Ela não sabia disso?
- A pessoa pode até começar a beber, mas depois ela se recusa, esperneia, grita, chora se debate como uma criançinha.
- Certo... –interrompeu Harry querendo mudar de assunto, estava ficando chato. – Meus pais eram amigos dela?
- Hahaha. – riu alto e estranho, uma gargalhada bizarra. – E até engraçado fazer essa pergunta. Porque se existia alguém que conhecia Lílian melhor que Tiago, e que sua própria família. Essa pessoa era ela. – disse como se recordasse de uma cena memorável.
- Elas eram melhores amigas? – perguntou Hermione docilmente, algo que ultimamente estava raro.
- Quem as conhecia achavam que eram irmãs. – Harry sentiu uma forte alegria e um enorme aperto no coração. Todos sempre contavam as histórias de Tiago e ninguém às de Lílian. Como se ela não as tivesse. – Não paravam quietas aprontavam pelo colégio e continuavam inteligentes.
- Ela era da Grifinória? – perguntou Hermione mais curiosa do que o próprio Harry.
- Era sim. Lembro-me como se fosse ontem ficou minutos com o chapéu seletor. Ele toda hora se perguntava “Corvinal ou Grifinória?”. Igualzinho fez com sua mãe, Harry. – dizia com um sorriso não tal feliz, era como se a lembrança lhe causasse certa dor.
- Ela já era... – queria perguntar Rony, mas estava encabulado. Não poderia tratar de tal jeito uma senhora que conhecia há tão pouco tempo.
- Bonita? – concluiu Lupin exatamente. – Sim ela era linda. Diziam que Lílian e Marcela só andavam juntas porque uma não ofuscava a outra. – agora dizia com um sorriso que todos puderam perceber como o sorriso proibido.
- E ela namorou alguém? – perguntou agora Hermione encarando Lupin com um sorriso. Já imaginava a resposta.
- Sim com uns seis.
- E você era um deles? – perguntou agora Hermione com um sorriso ainda maior e mais safado. Harry conhecia esse sorriso muito bem, era o que ela usava para conversar com ele sobre Cho.
- Sim eu fui um deles. – admitiu sorrindo extremamente encabulado.
- E... – pedia Rony ainda mais informação sobre o caso, de fato era bom conversar com Lupin como amigos e não como professor alunos. Sem contar que em tempos tão ruins uma conversa boba fazia enorme falta.
- Eu terminei com ela. – disse ele como se fosse óbvio.
- VOCÊ É LOUCO? – gritou em cochicho Rony. Era como um grito que tivera que ser dado baixo. Olhou a volta e viu todos o encarando. – Espera aí, eu falei isso alto? – perguntou encabulado.
- Eu terminei com ela... – e parou agora sem sorriso. – Nem quero falar sobre isso.
- Você a namorou sem se importar se era... Você sabe... Lobisomem? – perguntou Hermione tentando escolher as palavras certas ou as não tão ruins.
- Sim. Agora chega de papo. A reunião deve estar para começar. – disse voltando a seriedade.
- Não! A Última! Por que nunca a vimos? – perguntou Harry querendo somente encerrar a conversar após saber o motivo de uma amiga tão próxima se distanciar tanto.
- Nossa! – disse respirando profundamente para reunir totalmente o fôlego. – Bem por onde posso começar? – perguntou mais para si do que para qualquer outra pessoa. – Após a morte de seus pais ela ficou extremamente abalada, ela tinha tido uma depressão pós-parto que parecia nunca passar, e então grande amigos morrem. Ela caiu em depressão profunda, logo após isso Sirius fora preso por traição.
Disse abaixando a cabeça como se fosse uma das piores fases de sua vida. Hermione parecia dividir a mesma tristeza.
– Ela gostava muito de Sirius, até demais. Então o marido dela resolveu levá-la para longe de todos nós, e os problemas dela só pioraram. Após algum tempo ela conseguiu enfim superar, mas houve outra tragédia. E mais uma vez ela entrou num poço de tristeza, conseguiu sair e criou os filhos muito bem por sinal, só que Dumbledore pediu que a mesma não retornasse ao Reino Unido, mas após a sua morte vimos que era necessário chamá-la.
Todos olharam atônitos para Lupin que após contar a história parecia bem mais leve por dentro. A História de vida da senhora era verdadeiramente uma tragédia grega, ou mais modernamente uma novela mexicana. Tragédia após tragédia, morte dos amigos, prisão de Sirius e pelo que Harry pode perceber com “criou os filhos” o marido da mulher também já não estava mais vivo.
- Filhos? – Perguntou Rony com um pulo alegre.
- Agora chega! Temos uma importante... – pausou olhando principalmente Rony e Harry. – E bem agitada reunião pelo que posso imaginar. – finalizou soltou um enorme clima de suspense sobre os jovens da sala.
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