Como um Livro Aberto
Capitulo 6- Como um livro aberto...
“Sagashimono wa nan desu ka?
(O que você procura?,)
Mitsukenikuimono desuka?
(Algo difícil de encontrar?)
Kaban no naka mo tsukue no naka mo
(Dentro da mala,dentro da escrivaninha,)
Sagashita keredo mitsukaranai no ni
(Mesmo procurando,você não acha.)
Mada mada sagashu ki desuka ?
(Você ainda quer procurar?)
Soreyori boku to odorimasenka?
(Ao invés disso,por que não vem dançar comigo?)
Yume no naka e, yume no naka e
(Para dentro de um sonho,para dentro de um sonho,)
Ittemitai to omoimasenka?
(você não quer ir?)”
Yume no naka e - Karekano Ed..
Era manhã e era quinta-feira. No dia anterior Potter e Malfoy haviam brigado, e agora Gina conversava com Colin sobre aquilo.
– Que dizer que Malfoy realmente apanhou? – Colin riu – Deve ter sido divertido!
– Colin! Não foi nada divertido! Harry atacou Draco e você ainda ri!?
– Gina, o que he? Tenho certeza que Malfoy provocou. Desde quando você o chama de Draco?? – o garoto comeu um muffin despreocupadamente.
– Colin! – ela ficou corada – Assim como eu chamo a Eliza pelo nome, eu posso o chamar de Draco! Não me olhe assim...
O garoto lançara um olhar sarcástico de “sei, acredito em você...”
– Ah, não vamos discutir pelos seus sonserinos – ele tomou um gole de suco – O que Harry falou quando descobriu você e Draco?
– Nada. Ele pareceu com ciúmes, só isso. – ela mexeu o suco e deu um gole.
– De verdade? – Colin olhou para a amiga, mas esta estava tão aérea vendo o correio chegar que ele desistiu.
– Mione recebeu outra carta. – Gina suspirou, olhando para um certo loiro sonserino que lia o Profeta Diário.
– De quem será, Gin? – Colin olhou curioso para a menina, que voltou seu olhar para ele.
– Eu não sei, Colin. – Ela sorriu, escondendo novamente o que sabia. Não se sentia bem falando aquilo.
– Deve ser alguém que realmente gosta dela, olhe... – ele apontou para Hermione, que acabara de receber um enorme buquê de crisântemos.
– É... – ela suspirou e voltou os olhos para Draco, que sorria superiormente na mesa sonserina. “Ciúmes, não. Ciúmes não, Gina!”
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– Você o quê!?!? – Rachel Weasley esbugalhou os olhos ao escutar a sua prima.
– É, Rach... isso que você escutou. Ele deve estar pedindo ela em namoro agora – ela sorriu, bebendo um gole de cerveja amanteigada.
– Ele a convidou para sair com ele, né? E o namorado dela, o Liam? – a morena ainda estava espantada.
– Ex-namorado. Arrumamos tudo – a Loira sorriu para a sua prima. Ela era filha de Percy e Penélope, e era Corvinal. Assim como Michael, não tinha uma aversão a ela.
– E como ele reagiu? – Andrew finalmente falou, olhando para a loira na sua frente.
– Oh. Liam na verdade já não gost-
– Estou falando de Daniel. – O monitor sonserino a cortou, fechando o livro que lia e olhando sério para ela.
– Er, bem... – Narcissa fundou na cadeira – Ele aceitou. Gostou da idéia... – ela fez um gesto vago com a mão.
– Hunm... sei. O que você vão dizer a ela? “Hey, Gal! Nós nos amamos, mas queremos que você seja feliz! Por isso decidimos que Dan ficará com você” ? – Andrew falou, sarcástico, arrancando risadas da namorada e da loira a sua frente.
– Não, Andy. Para todos, eu briguei com ele – ela sorriu com o canto dos lábios – Falei que o odiava e o mandei pastar, quebrando o coraçãozinho dele – ela falou mais alto, desdenhosa, chamando a atenção de todos no Três Vassoura – Isso já faz uma semana agora.
Murmúrios foram ouvidos por todo o local.
– Isso é parte do plano? – Rachel olhou para a prima, segurando a mão dela que estava em cima da mesa.
– É... – ela sorriu tristemente. – Provavelmente Gal nunca mais vai falar comigo depois disso. – ela abaixou a cabeça, perdendo uma troca de olhares preocupados lançados entre o casal de namorados a sua frente.
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– Hunm... Draco? – Gina olhou para o loiro que lia um livro sobre dragões na sua frente.
– Que foi, Gina? – ele levantou os olhos para ela – Dúvida?
– Não... é que... – ela olhou para o pergaminho, vermelha. – Hunm... você pode ir visitar Eliza comigo hoje?
– Claro... – ele voltou para o seu livro. “Putz! Ela cora até para me convidar para ir ver Eliza!”
– Depois da aula? – ela continuou a escrever, ainda vermelha.
– A hora que você quiser. – ele falou, não sabendo o efeito que aquelas 4 palavras fizeram na garota.
– Então vamos agora! – ela sorriu animadamente, fechando os livros e recolhendo o pergaminho.
– Quê!? – ele levantou uma sobrancelha.
– Vamos antes que a Madame Pince nos expulse! – ela o puxou e ele a seguiu um pouco confuso.
– Tá animada hoje, hein? – ele cruzou os braços, a seguindo pelos corredores.
– Uhunm... – ela corou adoravelmente denovo. – Harry me pediu para falar comigo hoje a noite.
– Quê!?!? – ele novamente levantou uma sobrancelha, comicamente, arrancando um sorriso de Gina.
– É! Eu não sei o que ele vai me falar, mas parece que é boa coisa! – ela abriu mais o sorriso.
– Gina... – ele falou, a puxando para perto. – Não se anime tanto. Eu não quero vê-la triste denovo...
– Ah! Não seja pessimista, Draco! – ela sorriu, voltando a andar. – Só porque você tem medo de se declarar para-
– Shh... – ele a segurou novamente, a interrompendo. – Eu não tenho medo.
– Não, é? – ela sorriu desdenhosa – Então por que ainda não se revelou?
– Apenas não é a hora. – ele a encostou na parede e arrumou uma mecha que lhe caia no rosto.
– E quando vai ser? – ela o observou colocar as mãos no bolso. Ele a havia encurralado numa parede, aonde só quem olhasse poderia vê-los juntos. Muito juntos.
– Hunm... um dia. – ele sorriu, vendo a menina corar novamente. – Alguém já lhe disse que você é linda vermelhinha, assim? – Ele falou, com um ar aéreo.
– Draco? – ela olhou espantada para o garoto, ficando mais vermelha.
– Quê!? – ele falou, um pouco irritado e recobrando o ar de sempre.
– Você falou o que eu ouvi?
– Provavelmente sim, se você não está ficando louca.
– Você me acha bonita!? – ela abaixou a cabeça, tentando esconder as bochechas que ardiam de tanta vergonha.
– Ora, Gina. – ele bufou se afastando dela. Já estava falando besteira demais. – Louco é o garoto que não acha. Você deve ser a 2a nas 10 mais bonitas de Hogwarts!
– Você está mentindo! – ela continuava cabisbaixa.
– Não estou. Se você vestisse roupas que não parecessem sacos em você, seria a primeira. – ele sorriu em desdém.
– Ora! Eu achei que tínhamos virado amigos! Mas vejo que não! – ela se irritara ao vê-lo falar de suas roupas.
– Estou te elogiando e você se irrita! – ele bufou denovo – Vamos ver Eliza.
– Me desculpe... eu sou uma idiota... – ela mordeu os lábios e o seguiu.
– Seu irmão pode ser, mas você não. – ele abriu a porta da enfermaria para ela – Primeiro as damas.
Gina entrou, ainda vermelha e foi seguida de Draco. “Ele me elogiou 2 vezes hoje! Por Merlin! Eu acho que ele deveria ficar por aqui!”
Encontraram Madame Pomfrey fazendo uma poção e a viram desaparecer no quarto em que Eliza agora se hospedava. Tivera que ser transferida devido a sua falta de melhora. Pomfrey apareceu e mandou-os entrar.
– Liz? – Draco entrou primeiro, sendo seguido por Gina.
– Oi Draco! Gin! – ela sorriu, apesar de ser uma mascara de tristeza. As olheiras continuavam profundas e ela estava incrivelmente magra. Mesmo assim continuava bonita.
– Como você está? – Gina abraçou a garota.
– Um pouco melhor – ela suspirou – Professor Snape começará a me trazer as tarefas todos os dias.
– E Blaise? – Gina viu Draco suspirar e sentar, e viu a garota olhar para o lençol.
– Ele não pode me ver. Acabei com ele hoje de manhã e o mandei nunca mais pensar em mim. – Ela suspirou – Nunca mais!
– Quê? Mas... – Gina se calou ao ver o olhar repreendedor de Draco e a tristeza da menina.
– Bem, e vocês? – a morena voltou a sorrir – Como estão as aulas?
– Ótimas, Eliza. – Draco falou, arrastado.
– Sim, sim. Draco está sendo bem útil. – Gina sorriu para menina.
– Sendo difícil controlar as ofensas? – ela sorriu ironicamente.
– Incrivelmente, não. – Draco falou, recebendo um sorriso da morena.
– Eu falei... – ela afagou a mão da ruiva que segurava a dela – E Potter? Como estão as coisas?
– Er... bem... – ela corou pela enésima vez naquele dia.
– Vão se encontrar hoje a noite. – o tom de desaprovação era nítido na voz de Draco.
– Ciúmes? – Eliza riu, vendo Draco ficar contrariado. – E Granger, Draco?
– Na mesma, Eliza! – Gina falou, sorrindo com o canto dos lábios.
– Tsc, tsc... Draco! Tome alguma atitude! – ela sorria ironicamente.
– Ah, me deixa! – ele estava emburrado. Odiava como ela sempre estava certa sobre ele.
– O que deu nele? – Gina sussurrou para Eliza.
– Eu sei demais sobre ele. – ela riu – Pra mim ele é um livro aberto.
– Hã!?
– Com o tempo você vei ver como é fácil de entende-lo. – ela sorriu, confundindo a ruiva.
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– Narcissa! – ela foi abordada pela prima de supetão, levando um susto.
– Que foi, Jesse? – a loira falou arrastadamente,, cruzando os braços – Será que não se pode mais escrever!? Será que todo mundo vai me atrapalhar hoje?
– Desculpa... – a ruiva se sentou ao lado dela, na mesa do Madame Puddifoot – Eu não sei porque você vem aqui sozinha. Todos esses casais e você sozinha...
– É o único lugar aonde eu posso ficar sozinha com os meus pensamentos. – ela olhou para a prima desconfiada. Jesse não era o tipo de pessoa que do nada resolvia falar com uma pessoa que ela simplesmente não suportava. – O que quer comigo?
– Hunm... é que... – ela ficou vermelha – Bem, eu gosto de um garoto.
– E daí? – a loira falou, friamente.
– Hunm... eu sei que você já ficou com uns 10 garotos, no mínimo. – ela falou, ficando mais vermelha.
– Oito, na verdade. Mas isso não lhe interessa. – a loira bufou – Aonde quer chegar? Fale logo!
– É que eu tenho umas dúvidas e queria que você respondesse... – ela abaixou o rosto, mais vermelha.
– Putz... – a loira sorriu desdenhosamente, tomando um gole do seu chá em seguida – Do que quer saber?
– Hunm... eu fiz as perguntas. – ela colocou um pergaminho rosa em cima da mesa – Você poderia responde-las? Sem rir, por favor! E não mostre para ninguém! – se fosse possível, ela estaria mais vermelha.
Narcissa olhou desconfiada pra a prima, abrindo o pergaminho. Ela nunca acharia que um dia Jesse fosse pedir ajuda pra ela em algo, ela era um pequeno gênio que deveria saber tudo. Deveria.
“1. Um garoto pode saber se a pessoa com quem ele está se beijando tem experiência? Como um beijador inexperiente beija?
2.Quais são as características de um bom beijador?
3. Quanta pressão se deve exercer com os lábios...”
A loira fechou o pergaminho sem terminar de lê-lo. Respirou fundo para não rir das dúvidas da sua prima, afinal ela ainda era a sua prima. E sabia que a maioria das meninas tinham essas dúvidas.
– Eu te mando as respostas pelo correio, Jesse. Relaxa. – Ela olhou para o chá, ainda tentando segurar o riso.
– Jura!?!? – os olhos da menina se ascenderam e ela sorriu.
– Claro! – a loira sorriu felinamente, ou “Malfoymente” se você preferir – Se você falar QUEM é o garoto.
– Quê!?!? Narcissa... eu... – a ruiva voltou a ficar vermelha.
– Você vai me contar. – ela falou sedosamente – E eu não conto para ninguém.
A ruiva olhou um pouco para a mesa, pensando. Narcissa tamborilou os dedos mostrando impaciência, mas sorrindo maldosamente.
– Merlin! Eu sou louca por fazer isso, mas... – a ruiva suspirou e pegou a pena de Narcissa, rabiscando um nome no pergaminho. – Não conte a niguém! Por favor!
– Tudo bem. – ela leu o nome com um sorriso maldoso. – Da minha boca nada vai sair. Nada.
E a ruiva agradeceu, saindo do lugar. Narcissa leu o nome novamente, se deliciando com a situação em que se via.
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Gina andava apressada pelos corredores. Tinha demorado demais conversando com Eliza e Draco e só saíra da Enfermaria quando Madame Pomfrey os expulsou, dizendo que Eliza precisava descançar. Ela olhou no relógio e sem querer descobriu que faltava pouco para o seu encontro com Harry. Muito pouco.
Passou reto pela passagem da Grifinória, sabendo que chegaria atrazada se fosse se arrumar. Desceu as três escadas que deveria e parou na frente da sala de aula vazia, em que combinara de se encontrar com Harry. Na sua cabeça, a voz de Draco ressoava lhe dizendo para tomar cuidado.
Respirou fundo, abriu a porta e entrou, encontrando Harry sentado numa cadeira.
– Gina! Já estava achando que não vinha mais! – ele a olhou e sorriu.
– Bem, eu estou aqui, não estou? – ela sorriu, ficando um pouco vermelha com o olhar dele.
– Bem... – ela o viu ficar um pouco vermelho e sem jeito, e o viu apontar para uma cadeira perto dele – Senta aqui que eu preciso conversar com você.
– Eu me perguntei o dia todo o por que de ter me chamado aqui, Harry! – ela sorriu, se sentando ao lado dele e tendo a mão segurada por ele.
– Er... Gina... eu ainda não acredito que eu tenha feito isso. – ela o viu corar um pouco. – Eu te chamei aqui hoje para falar uma coisa muito importante...
– Uma coisa muito importante? – ela olhou para ele, esperançosa. E a voz de um certo loiro ecoou na sua cabeça. “Não se anime tanto...”
– É... sabe as suas aulas com Malfoy? – Gina sentiu seu estomago desabar quando ele falou isso. – Então... eu... er...
– O que tem elas, Harry? – ela cruzou os braços, mudando completamente de humor.
– Er... eu tive que contar! Não brigue comigo. – ele parecia muito sem graça.
– Você contou para Rony!?!? – ela olhou com espanto, se segurando para não gritar.
– Claro que não! – ele olhou para ela – Contei para a Mione.
– O QUÊ!?!?
– Calma, Gin... – ele coçou a cabeça sem jeito – Eu tive que contar para ela, ela me implorou e jurou que não contaria pra ningué-
– Uhunm... ela jurou que não contaria para ninguém assim como você fez? – ela falou acusadoramente, soando irritada.
– Eu jurei que não contaria para Rony! E, bem... eu e ela concordamos que ela pode dar as aulas para você no lugar dele.
– Claro que você só jurou que não ia contar para Rony, que besteira a minha, não é Harry? Acreditar que você não ia contar para ninguém? E agora vocês dois querem mandar na minha vida... Eu devia ter escutado Draco. – ela bufou, se levantando irritada – Ele avisou que não era boa coisa! E não é! Então vocês dois vão ficar calados e não vão tentar mudar as minhas decisões! E só me chame novamente quando for algo realmente importante.
Ela saiu batendo a porta, sem nem antes escutar o que o garoto responderia. Ela não precisava de mais dois cuidando e controlando a sua vida. Já bastavam seus 6 irmão e seus pais, agora Hermione e Harry? Ela continuaria fazendo o que ela quisesse, pelo menos dessa vez! E ela tinha certeza que se não fosse Draco Malfoy, eles a deixariam continuar com as aulas.
– Gina! Gina! – ela escutou a voz de Harry a chamar e sentiu os dedos quentes do garoto segurando seu braço.
– Que foi, Harry? – ela virou irritada para ele.
– Me desculpe, Gin... – ela não pode deixar de sorrir em ver a carinha de arrependimento dele. – Eu não pretendia te irritar... eu só não gosto de te ver com o Malfoy...
– Tudo bem, Harry. Eu só não gosto dessa mania de todo mundo tentar me controlar! Eu vou continuar com as aulas e vocês não vão me impedir. Harry? O que tá fazendo? – ele tinha feito uma cara de espanto e agora cheirava alguma coisa. Se aproximou do ombro dela e cheirou.
– Esse cheiro... É o cheiro das cartas que Hermione tem recebido!
– O quê!?! –Gina se afastou dele. Com certeza deveria ter ficado com um pouco do perfume de Draco, depois de tanto tempo perto dele.
– Esse cheiro, Gina! Que perfume é esse? É alguém que usa o mesmo perfume que você que vem mandando as cartas! – Gina agradeceu o fato de Harry odiar Draco ao ponto de não desconfiar dele. E ignorante em perfumes o suficiente para não reparar que aquela era uma fragrância masculina.
– Eu não sei, Harry. – ela sorriu, falsamente – Eu peguei de amostra-grátis lá em Hogsmead!
– Oh, droga... Se você descobrir me fala? E cuidado com Malfoy! Dessa vez passa, viu? – Gina viu o garoto dos olhos cor de sapinhos cozidos desaparecer em direção ao salão grifinório e encostrou na parede, bufando e sentando no chão.
“Hermione com certeza vai juntar dois mais dois e em breve teremos mais um coração decepcionado...”
Ela encostou a cabeça nos joelhos dobrados. Não acreditava que tinha se enchido o dia todo de esperança para Harry vir e falar sobre suas aulas com Draco. E não acreditava que tinha saído correndo, sem nem dizer “tchau” para Draco só para se encontrar com Harry. Então ela começou a pensar no que não devia. Em Draco. Ela estava muito estranha desde que começara a ter as aulas com ele. No começo talvez não, mas os últimos dois dias foram os mais estranhos.
Cada vez que o via, queria mais e mais ficar perto dele. Era estranho. E o pior de tudo é que ela sabia que ele só a aturava para agradar Eliza. Ela se afundou mais nos seus joelhos e sentiu uma pessoa sentar perto dela.
– Eu falei para você não se animar. – ela escutou a voz arrastada de Draco e levantou o rosto para ver o garoto sentado ao seu lado, olhando para cima. Ela o achou mais lindo que nunca, com os cabelos molhados caindo no rosto. O perfume que Harry achou ser dela subia e a envolvia.
– Me desculpe, sr-eu-sempre-estou-certo. –ela bufou, encostando as costas na parede ao lado dele.
– Eu estou sempre certo. E eu digo que você tem que tomar banho ou comprar um perfume mais caro. Você está impregnada com meu cheiro, Weasley. – ele falou num tom sarcástico, mas a menina o ignorou.
– Você que saber o que ele queria, não quer, Draco? – ela encostou a cabeça no ombro dele e ele olhou para ela sorrindo com o canto da boca.
– Você deve ter aprendido uma ou duas coisas sobre mim, não? O que ele queria?
– Tentar fazer com que eu parasse de ter aulas com você. – ela bufou e ele deu balançou a cabeça negativamente, com um quase-sorriso nos lábios e os cabelos lhe cobrindo os olhos.
– Aqueles tolos. Não deixe que eles lhe privem do melhor, Gina, só porque eles não querem o melhor para eles. – ele olhou para a menina, que sorria graciosamente. “Por que ela tem que ser tão bonita! Por Merlin!”
– Seu bastardo egocêntrico. – ela continuava sorrindo – Só você para me fazer sorrir essa hora da noite.
– Falando em hora, você perdeu o jantar. – ele continuava encostado lá, só olhando para ela pelo canto dos olhos. Ela não ousava levantar a cabeça do ombro dele.
– E você também. – ela viu a mão dele tirar uma mecha de cabelo ruivo que lhe caia no rosto e viu os olhos azuis dele mais próximos dos seus.
– Eu não estou com fome. – ele falou, olhando para ela. Estavam muito juntos pela segunda vez naquele dia.
E um silêncio seguiu aquela frase. Não um silêncio constrangedor, mas um silêncio necessário. O silêncio necessário para colocar os pensamentos no lugar, um silêncio suficiente para a contemplação. Gina podia sentir os olhos dele percorrendo o seu rosto e lhe dando calafrios gostosos. E ela o olhava, com as bochechas rosadas e sentia a mão gelada que acariciava seu rosto.
E, assim como veio, o silêncio se foi. Foi como se acordassem de um sonho, de um estupor.
– Acho melhor você ir tomar seu banho. Vai ficar tarde demais. – ele tirou a mão do rosto dela e se afastou. Arrumou o cabelo algumas vezes e se levantou.
– Tudo bem. – ela sorriu, confusa. Ela podia ver que ele estava um tanto estranho. Qualquer um poderia dizer que era o estado normal de Draco Malfoy, mas o ar dele não era o normal. Segurou a mão que ele estendia para ajuda-la e o viu partir com um “Boa-noite” resmungado na direção contrária do caminho dela.
Ela se virou e foi para o seu banho, tentando controlar todas as perguntas que surgiam na sua mente.
N/A: Tenho quase certeza que esse foi o capítulo mais difícil para sair. Sem sacanagem, eu tava com um bloqueio imenso! Tá que eu tive idéia e comecei a escrever três fanfics no meio desse capítulo mas quem repara?? XD Agora temos a fanfic publicada em mais um lugar!
A Floreios e Borrões! Acho que só vou mandar pro Portal quando eu voltar de viagem... Aliás, essa semana eu viajo, e como eu terminei esse cap. Dia 20, quase nenhuma chance de ter o sétimo antes da viagem @___@
É uma pena, mas eu não tenho escolha. Vocês vão ter que esperar até a minha volta para ler. Mas como eu vou pra casa da minha tia em Fortaleza, eu acho que rola de escrever pelo menos o sétimo e postar, tudo na primeira semana de Janeiro. Então, Feliz Natal para vocês e feliz ano novo!
Bem, não me matem! Nos pequenos detalhes eu insinuou certas coisas, então prestem atenção! Eu não vou falar nada aqui pra não estragar a surpresa dos menos atentos.
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