TEMPOS MELHORES...
CAPÍTULO SEIS – TEMPOS MELHORES...
Tempos depois da batalha, as coisas foram se estabilizando no mundo mágico. O funeral dos mortos em combate contra os Comensais da Morte foi repleto de homenagens e agradecimentos de todos.
No mundo dos mortos, aqueles que haviam causado tanto mal, e não se arrependeram, como Voldemort e Bellatriz, ardiam no fogo eterno, para sofrerem o dobro do sofrimento que haviam causado.
Os que apesar de todo o mal, haviam se arrependido, foram para um lugar triste, porém melhor que o inferno, afim de corrigirem seus erros e fazerem o bem.
Já aqueles que haviam lutado até o fim contra o mal, continuaram ajudando as pessoas e eram recompensados por isso.
Por causa disso, Remus Lupin e Nymphadora Tonks receberam autorização de ver Teddy com freqüência. Praticamente todas as noites, enquanto o filho dormia, o casal velava o sono do pequeno. E em dias especiais na vida do filho, eles poderiam acompanhá-lo onde quer que ele fosse.
Onze anos se passaram... Andrômeda cuidava do neto com todo o amor e carinho e sempre lhe contava sobre a vida dos pais, auxiliada por Harry, que era padrinho de Teddy, e sua esposa Gina.
- Ele esta cada dia mais parecido com você Remus! – falou Tonks, que estava sentada na cama do filho, na manhã do décimo primeiro aniversário de Teddy.
- É, mas só quando ele deixa a aparência normal, né? Geralmente ele está com os cabelos coloridos... – riu Lupin sentando ao lado da esposa.
- Ele teve a quem puxar! – concordou a jovem – Ah, eu não te contei. Lílian e eu fomos falar com Cassandra Trelawney...
- A famosa vidente, trisavó da Sibila Trelawney?
- Essa mesma, e ela me falou do futuro do Teddy! – disse Tonks, muito empolgada – Que ele vai aprontar muito em Hogwarts, possivelmente mais que eu e você juntos... e que daqui a alguns anos ensinará Defesa Contra As Artes Das Trevas!
Remus nada respondeu. Apenas sorriu para a esposa e o filho, com os olhos marejados.
A porta do quarto se abriu, e Andrômeda entrou seguida por Ted. Remus e Tonks se levantaram da cama, antes que a senhora sentasse neles.
- É hora de acordar, Teddy!
- Ah, vovó só mais cinco minutinhos vai?
- Feliz Aniversário, querido – disse a avó, abraçando o neto sonolento – E nem mais um minutinho. Levante-se. – terminou, antes de sair do quarto.
As almas presentes começaram uma animada conversa paralela, já que Teddy não podia escutá-los:
- Papai, porque você entrou pela porta, se é capaz de atravessá-la?
- Eu não sou como Fred que não pode ver uma barreira que já vai atravessando, Dora. – disse Ted Tonks sorrindo – Acho extremamente desconfortável. Mas vim te contar a novidade: Sua mãe está planejando uma festa surpresa pra hoje a noite. Então, pensei em convidar alguns dos nossos. O que vocês acham?
- Ótima idéia Ted! – respondeu Remus.
- Perfeitamente de acordo, papai!
- Então, eu vou chamá-los. Nos vemos a noite – disse Ted antes de desaparatar.
O casal Lupin acompanhou o filho e Andrômeda ao passeio no Beco Diagonal, em que o garoto escolheu sua primeira vassoura de verdade, uma Nimbus 2009.
- Nossa vovó, ela é incrível, obrigado! Agora eu poderei praticar os mesmos lances que a tia Gina faz nos jogos do Holyhead Harpies.
- Mas é claro. Com tanto que você só a use no jardim, por mim tudo bem. – respondeu a avó, contente – Eu me lembro como se fosse ontem o dia em que seu avô e eu fomos comprar uma vassoura pra sua mãe. Só pudemos levar a Comet 260, mas ela ficou tão feliz quanto você!
- Em que posição a mamãe jogava no time da Lufa-Lufa, vovó?
- Ah, na de batedora. Digamos que ela era desastrada demais para pegar um pomo, arremessar ou defender goles. Mas apesar disso, voava muitíssimo bem. E como não era tão difícil rebater balaços, foi lá que a colocaram. Os únicos problemas eram quando ela acertava os membros da própria equipe ou deixava o taco cair nos adversários!
- Hahaha – riu Tonks ao ouvir as palavras da mãe – É verdade! Mas o melhor foi um dia que eu deixei o taco cair bem na cabeça do Carlinhos Weasley, ele foi parar até na Ala Hospitalar.
Eles regressaram para casa ao entardecer. Teddy nem desconfiava que em poucas horas todos que ele amava estariam ali para comemorar seus onze anos.
- Agora tome um banho antes do jantar, meu querido. – ordenou Andrômeda.
Enquanto o garoto ia para o banho, ela começou a conjurar a decoração para a festa. Lupin e Tonks permaneceram com ela.
- Sua mãe leva jeito pra essas coisas! – comentou Remus.
- É, nos meus aniversários ficava sempre tudo muito lindo. – respondeu Tonks – Mas bem que ela poderia mudar a cor dessas bexigas né? O Teddy não vai se empolgar com esse azul bebê – disse a jovem, mais para a mãe do que para o marido.
- Bem, talvez fosse melhor bexigas coloridas – disse Andrômeda e com um aceno da varinha as bexigas de azul bebê passaram para vermelho, azul turquesa, rosa chiclete berrante, verde, roxo e amarelo – Assim está bem melhor!
- Concordo! Olha aquela Remus, da mesma cor dos meus cabelos!
A decoração estava pronta. Bexigas coloridas cobrindo todo o teto; na mesa, haviam garrafas de cerveja amanteigada e muitos doces como os feijõezinhos de todos os sabores, sapos de chocolate, tortinhas de caramelo, e doces trouxas como beijinho e brigadeiro.
A campainha tocou. Andrômeda correu a atender. Ao abrir a porta ela sorriu ao ver Harry, de mãos dadas com os dois filhos: Tiago, com seus terríveis cinco anos, trazendo um pequeno embrulho nas mãos e Alvo de três anos, enquanto a esposa, Gina, segurava a peque Lílian, que nascera a menos de um ano, nos braços
- Olá Harry! – disse dando-lhe um longo abraço. Os meninos aproveitaram pra correr para a mesa. Tiago largou o embrulho no sofá – Nossa você está realmente bonita hoje Gina!
- Muito obrigada, Andrômeda. Como vai?
- Bem querida. – respondeu Andrômeda à ruiva – Entrem e fiquem a vontade, Teddy está tomando banho e nem desconfia da festa.
- Que bom, os outros não devem demorar a chegar – comentou Harry – Ah, não! Tiago, ponha seu irmão no chão! – ralhou correndo pra os filhos.
- Esses dois não tem jeito! – disse Gina sentando-se no sofá.
A campainha tocou novamente. E dessa vez havia chegado muito mais gente.
- Olá a todos! – disse Andrômeda, permitindo a entrada de Rony que segurava o pequeno Hugo, de um ano, ao lado de Hermione e Rosa, da mesma idade que Alvo; Arthur e Molly, que traziam uma bela cesta; Jorge e Angelina com os filhos, Fred II e a graciosa Roxanne; Gui e Fleur, ao lado de Victoire e os meninos Dominique e Louis; e o Ministro da Magia, Kingsley Shacklebolt.
Os convidados se aconchegaram na sala, enquanto as crianças brincavam.
- Seu pai esta demorando, não é? – disse Remus, depois de muito tempo observando os convidados da festa.
- É mesmo...
Mal Tonks terminou de dizer, Ted Tonks voltava acompanhado de Tiago, Lílian, Sirius, Fred, Sr. e Sra. Lupin e Moody.
- Bem, nos não poderíamos perder a festa do seu filho, Remus! – disse Sirius, com um sorriso maroto.
- Olha que absurdo, eu convido a Angelina pra ir no Baile de Inverno, e é o Jorge que casa com ela – disse Fred em alto e bom som – tinha que ser meu irmão mesmo!
As almas foram matar as saudades daqueles que amavam enquanto Tonks sussurrou no ouvido da mãe:
- Acho que é hora de buscar o Teddy, mamãe!
- Gente, por favor. – disse Andrômeda aos convidados – Agora façam silêncio, e Rony, use o desiluminador para apagar as luzes enquanto eu vou buscar o Teddy.
Andrômeda subiu as escadas, seguida por Tonks e Remus. Entrou no quarto e encontrou Teddy, de toalha, na frente do espelho decidindo a cor dos seus cabelos.
- Você ainda está assim, Teddy?
- Vovó, a senhora prefere assim – perguntou com os cabelos azul-turquesa – ou assim? – terminou com os cabelos vermelho berrante.
Tonks ria da indecisão do filho.
- Escolha você. Mas ponha uma roupa nova e bem bonita! – respondeu Andrômeda.
- Tá... azul é melhor! – concluiu mudando a cor do cabelo e vestindo rápido um jeans e uma blusa dos Holyhead Harpies.
- Ótimo, agora vamos descer!
Eles saíram do quarto e quando estavam descendo as escadas Teddy perguntou:
- Por que está tão escuro, vovó?
Antes que ela respondesse, ouviu-se um pequeno barulho de metal e os gritos de:
- SURPRESA! – de todos.
- Uau! – exclamou Teddy, ao ver a casa enfeitada e os convidados.
A festa foi muito agradável. Vivos e mortos se divertiram muito, mas um pouco antes de cantar o “parabéns”, Tonks falou no ouvido da mãe:
- Fale com o Harry sobre a caixinha e madeira. Ele poderá lhe ajudar.
Então, com uma expressão de quem lembra de algo importante, Andrômeda, chama Harry de canto para lhe falar:
- Eu preciso de um favor seu.
- O que seria?
- Antes de ir para a batalha, Tonks me deixou um frasco de lembranças para que eu entregasse a Teddy, quando ele fosse um pouco mais velho. Bem, acho que não há oportunidade melhor do que antes dele ir para Hogwarts. Só que ele precisa de uma penseira, e como não há ninguém mais respeitado no mundo mágico do que Harry Potter, acredito que seria muito fácil pra você conseguir uma.
- Claro Andrômeda, com prazer! Acredito que demore um pouco, por que as penseiras são fabricadas no exterior, mas eu conseguirei sim.
- Muito obrigada. Acho que o melhor dia para Teddy ver essas lembranças seria em 1º de setembro.
- Concordo! Isso o deixaria ainda mais feliz do que ir para Hogwarts!
- Vamos cantar o “Parabéns”? – perguntou Hermione.
A festa terminou um pouco tarde. Os convidados foram embora, deixando uma pilha de presentes para Teddy abrir.
- É hora de você dormir! – disse a avó.
- Mas eu quero ver os meus presentes.
- Amanhã você faz isso, agora já é muito tarde!
Teddy subiu para o quarto, vestiu o pijama e se deitou, feliz. Remus e Tonks, que já deveriam voltar para o outro mundo olhavam o filho com carinho.
- Feliz Aniversário, Teddy! – disse Remus, dando um beijo no filho.
- Sonhe com os anjos! – acrescentou Tonks, também beijando o filho, antes de aparatar, junto de Remus, para o outro mundo.
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