A viajem para o Brasil
Capítulo V_ A viajem para o Brasil
(Narração de Bruna)
Não vejo a hora que cheguem essas férias, vai ser tudo tão legal! Mas ainda é dia dois de dezembro, o inverno está começando. Espero que com esta viajem a Lily e o James voltem a se falar, é engraçado ver os dois brigando, mas às vezes cansa.
As férias só começam dia vinte e dois de dezembro, o natal vai cair numa terça-feira.
Hoje na hora do almoço decidimos fazer um amigo secreto no natal, já fizemos o sorteio. Agora preciso pensar o que vai ser o presente e quando vou comprá-lo.
***
(Narração de Herica)
Dia vinte de dezembro.
É uma quinta-feira, ultimo dia de aula, pois amanhã tem visita a Hosmeade! O ultimo horário de hoje é livre, eu, Bruna, Alice e Lily fomos para a sala comunal.
- Ei, meninas! – disse Remo – O que acham de irmos brincar na neve lá no quintal? Já que no natal não veremos neve.
- Ótima idéia! – disse Bruna.
- Estamos esperando vocês lá fora! – disse Sirius.
Os marotos saíram da sala comunal.
- Vou chamar o Frank! – disse Alice se levantando.
Eu e Bruna nos levantamos.
- Eu não vou! – disse Lily – Nem tentem me convencer.
- Bruh, vai na frente. Daqui a pouco eu e essa teimosa te alcançamos.
- Por que você não quer ir? – eu perguntei.
- Porque o Potter vai estar lá.
Ficamos um pouco em silencio, eu estava pensando num argumento para convencê-la.
- Herica, eu preciso da sua ajuda.
Eu olhei para Lily, fiquei curiosa. Pela careta que ela fez eu pensei que haviam mandado ela para Azkaban.
-Eu peguei o Potter no amigo secreto.
Eu comecei a rir.
- E o que você quer que eu faça? – eu perguntei – Eu não vou trocar meu amigo secreto com você, já comprei o presente.
- Então me ajuda a escolher um presente. Eu não tenho idéia do que ele gosta.
- Ta bom! – eu concordei – mas tenho certeza que ele vai gostar de qualquer coisa que você der. Mas só te ajudo se agora você vier brincar na neve.
Então fomos para o jardim, onde os outros já estavam numa guerra de bolas de neve. Foi uma tarde tão divertida! Percebi que Remo não parava de olhar para Bruna. Será que ele está gostando dela?
Quando chegamos à sala comunal já era noite.
- Daqui a dois dias estaremos no Brasil! – eu falei sorrindo – E com certeza lá deve estar bem calor!
Lily me puxou para um canto da sala comunal onde não havia ninguém.
- Já pensou em um presente? – ela perguntou.
Eu ainda não havia pensado nisso, mas o natal é semana que vem. E como amanhã tem passeio a Hogsmeade é o melhor dia para comprar presentes.
- Na verdade ainda não. – eu respondi – Mas amanhã de manhã terei a resposta.
Voltamos para perto dos outros, me sentei no mesmo sofá que estavam Sirius e James, quem sabe eu poderia ter uma idéia. Os dois estavam falando sobre quadribol, é isso, o presente pode ser alguma coisa relacionada com quadribol. Mas o quê?
Lily também poderia dar um cartão com alguma mensagem natalina. James iria adorar um cartão escrito por ela. Assim quem sabe eles voltam a se falar normalmente, porque nos últimos meses o James só fica a chamando para sair, e Lily fica gritando com ele e às vezes dando tapas na cara dele.
***
Sábado, dia vinte e dois, primeiro dia de férias.
Finalmente chegaram as férias de natal, está tão frio, com tanta neve lá fora é difícil pensar que no fim deste dia provavelmente estarei na piscina ou na praia!
De manhã cada um foi para sua casa arrumar as malas. São duas horas da tarde, a Bruna já chegou aqui em casa, estou esperando os outros chegarem.
Blim blom.
- Xeque mate! – eu disse, ganhando o jogo de xadrez. – Vou atender a campainha! – fui até o portão – Oi Lily!
- Oi Herica! Alguém já chegou?
- Só a Bruna! – eu disse abrindo o portão.
Voltamos para a sala.
- Oi Bruh!
- Oi Lily!
Eu ia me sentar no sofá quando a campainha tocou novamente. Era Alice, depois que ela entrou começamos a falar do nosso assunto preferido, garotos.
(Narração de Lily)
Estávamos conversando sobre quando Herica e Bruna deram um soco nos irmãos Salom. Nós quatro estávamos rindo.
- E você e o James, Lily? – perguntou Herica.
- O que eu tenho a ver com o Potter?
- Ora Lily, você sabe que o Potter gosta de você! – disse Herica revirando os olhos como se o que ela disse fosse a coisa mais obvia do mundo. – Quando você vai concordar em sair com ele?
Por que essas meninas sempre defendem o Potter? Eu já estou cansada de saber que ele é um chato, irritante e galinha. Que só quer sair comigo para eu ser mais uma na sua lista.
- Nunca! Prefiro sair com a lula-gigante do que sair com o Potter. – ops, acho que aumentei um pouco meu tom de voz.
Blim blom.
Herica foi atender a campainha.
- Oi Pontas! Oi Almofadinhas! – ouvi a voz de Herica.
Eu ouvi direito? Herica chamou Potter e Black pelos apelidos. Só os próprios marotos se chamam por esse apelido. Eu vou perguntar sobre isso para ela depois. Os três entraram na sala.
- Oi Bruna, oi Lendyner, oi Evans! – disse Black.
- Oi! – respondemos nós três.
- Oi Bruna, oi Lendyner e oi meu Lírio! – disse Potter – Ouvi lá da rua a doce voz de Lily falando meu nome!
Potter veio sentar-se ao meu lado, então eu me levantei.
- Pois eu não sou seu lírio Potter. E se for me dirigir a palavra, me chame de Evans.
Nesse momento o pai da Herica apareceu na sala. Me sentei rapidamente no mesmo lugar, pois era o mais próximo.
- Já chegaram todos os seus amigos filha? Oi para todos vocês!
- Esse é meu pai gente! Não pai, ainda faltam três.
- Oi senhor Camargo! – nós respondemos.
Blim blom. A campainha tocou novamente. Era Frank e logo depois chegou Pettigrew.
- Só falta o Remo. – comentou Black.
A campainha tocou novamente, devia ser Remo.
( Narração de Herica)
Eu fui atender a campainha, era Remo.
- Oi Aluado! – eu disse abrindo o portão.
- Oi Senhorita dos Ventos! – disse ele – Todos já chegaram?
- Só estávamos te esperando! Entre!
- Acho que não vou. – disse ele com uma cara triste.
- Ah, vai sim! – eu disse pegando as mochilas que ele trouxe.
- Mas no natal vai ser lua cheia.
- E daí? A ceia vai ser no estilo brasileiro, ou seja, dia vinte e quatro. E da para aproveitar o natal dia vinte e cinco, a lua cheia é só de noite.
Eu sou a única menina que sei porque os marotos somem na lua cheia. Quando descobri levei um susto, mas Remo é meu amigo e eu quis ajudar não iria me afastar de alguém por um preconceito bobo.
- Mas eu não quero que as meninas ou o Frank saibam, muito menos que eles se machuquem.
- Eu te ajudo a resolver isso. Tenho a solução.
- Hei, vocês dois vão demorar muito aí no portão? – disse Sirius atrás de mim.
- Ai que susto Almofadinhas. – eu disse me virando para ele – O Aluado ta querendo desistir da viajem.
Sirius olhou para Remo.
- Mas ele vai sim! Senhorita dos Ventos, eu carrego ele, você pega as malas!
Nesse momento Lily saiu para o quintal também. Espero que ela não tenha escutado Sirius me chamando de Senhorita dos Ventos.
- Aluado, Almofadinhas e Senhorita dos Ventos, vocês poderiam me contar o porquê desses apelidos estranhos?
Eu olhei para Remo e para Sirius como quem pedia ajuda para fugir do assunto. Aluado estava com uma cara muito preocupada. Almofadinhas fingia que achava uma flor no jardim a coisa mais interessante do mundo.
- Bom...Lily...é que...são apelidos carinhosos que os marotos se chamam! – eu respondi esperando que isso convencesse ela.
Ela me olhou, olhou para Sirius e Remo que concordaram com a cabeça.
- E por que senhorita dos ventos? Você não é um maroto.
- Ela não é um maroto, é uma marota! – dessa vez foi Sirius que falou – Afinal, se os três mosqueteiros eram quatro, porque os marotos não podem ser cinco?
E dessa vez parece que Lily acreditou, afinal o que Sirius disse não é mentira. Quase sempre eu faço bagunça com os marotos, já levei até detenção com eles.
- Então por que vocês estão aí no portão? – disse Lily.
Nós olhamos para Remo, ele pegou as malas e veio conosco.
***
(Narração de Alice)
Faltam cinco minutos para as cinco horas da tarde, nós vamos viajar por meio de uma chave de portal. A chave é uma panela.
- Quando chegarmos lá, serão duas horas da tarde! Por causa do fuso horário! – disse Herica.
- Poderemos aproveitar à tarde! – disse Black.
Pegamos nossas malas e seguramos a panela, ficou um pouco complicado, pois estávamos em dez. Caímos na sacada da casa da Herica no Brasil. Apesar da casa não ser de frente para o mar, lá de cima eu pude vê-lo. É uma vista linda, e o céu está sem nuvens!
- Acho melhor descermos para trocar de roupa. – disse Herica já descendo e escada.
Agora que eu percebi, mas estou com muito calor. Seguimos Herica, pelo jeito a escada dava para os fundos da casa. Onde havia uma piscina e uma parte coberta em que havia uma churrasqueira e uma mesa que cabiam umas dez pessoas. Herica me contou que apesar de morar só com o pai, tem uma família grande, com tios, tias, primos e primas. E que já fizeram muitas festas e reuniões de família aqui. Acho que o tamanho da mesa prova isso.
A casa tem dois andares, no segundo andar tem três quartos e uma sala, que já foi uma biblioteca.
Em cada quarto havia dois beliches, apenas em um havia uma cama de casal, mas este ficou trancado, pois é do senhor Camargo. O quarto em que os garotos ficaram está pintado de azul e tem um colchão a mais. O nosso é rosa, os dois tem uma porta que leva para a sacada.
- Tchau meninos e meninas! – disse o senhor Camargo – Passem protetor solar, mesmo que esteja nublado e evitem sair das dez horas da manhã as quatro da tarde por causa do sol. – depois disse ele aparatou.
Finalmente trocamos de roupa e descemos para a sala.
- Estou com fome. – disse Pettigrew.
- Ótima idéia! Está na hora de fazer comida! – disse Herica se levantando.
Nós olhamos para ela com cara de espanto, Bruna foi a única que continuou sorrindo e se levantou.
- Eu ajudo! – disse Bruna.
- Espera aí, - disse Black – quem vai fazer a comida? Vocês?
- Isso mesmo! – eu ouvi a voz de Herica, que já devia estar lá na cozinha.
Bruna começou a dar risada.
- Não se preocupem, a Herica é uma ótima cozinheira, o único problema é a bagunça que ela faz na cozinha.
Herica apareceu na porta da sala novamente.
- Precisamos ir ao mercado trouxa em primeiro lugar! Meu pai me deixou dinheiro trouxa brasileiro. Quem vai comigo?
Fim do V capítulo!
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No próximo capítulo:
- Você tem olhos lindos! – disse Remo num sussurro.
Eu sorri. Será que ele gosta de mim? Eu pude sentir sua respiração, estávamos muito próximos
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