Chantagem



- Estou pensando em algo... Como será bom me vingar daquele idiota! Vai ser bem divertido... – Snape pensava alto, sem querer, ou será que foi de propósito?
- Seboso nojento! – Manifestou-se Lily com desprezo apesar de estar em apuros.
- Olha lá como fala comigo, sua sangue-ruim horrível! – Disse ele de modo sarcástico. – Falarei o que deve fazer essa tarde... Nas masmorras após as aulas... É melhor você estar lá... Não gostaria de ver as conseqüências se contasse a alguém sobre isso...
Ouvindo isso, Lily saiu correndo para sua aula... NÃO... AQUILO NÃO PODIA ESTAR ACONTECENDO! Ela, uma grifinória, estava sob uma chantagem de um sonserino nojento... E não um sonserino qualquer... Severo Seboso Snape... O que seria pior? Tiago e a escola inteira saberem de sua recente descoberta paixão por Potter OU a chantagem sonserina? As duas opções não estavam favoráveis a Lily... Se ela se recusasse a fazer o que Snape a pedia, ele daria um jeito de gritar aos quatro ventos seu segredo, mostraria a todos os estudantes que pudesse os poemas que ela havia feito, colocaria “algumas palavrinhas a mais” nos poemas e ainda exporia o desenho no salão principal. Ela viajava em seus pensamentos agoniados na aula. Sua expressão deixava, a quem chegasse perto, transparecer agonia, raiva, tristeza, DESESPERO.
Para maior desespero de Lily, as aulas daquela tarde passaram voando e quando foi ver eram 5 horas. “E MEU PESADELO COMEÇA... AH NÃO! ME ENGANEI! MEU PESADELO JÁ COMEÇOU!” Pensou. Subia as escadas em direção às masmorras, sem vontade alguma. Vira as amigas poucas vezes naquele dia, e quando as via tentava disfarçar seu sofrimento. Chegou à porta de uma das salas, onde Snape a esperava:
- Se você chegasse um minuto mais tarde, eu diria que a conseqüência não lhe seria favorável...
- Vai me dizer o que quer? Ou vai ficar dando uma de idiota?Ah! Desculpa, você já é um! – Respondeu Lily ríspida, impaciente e com desdém.
- Se me desrespeitar de novo, eu juro que te azaro aqui e agora!
- Vai azarar uma monitora?
- Se for preciso...
Lily bufou de raiva ao ouvir a resposta nauseante do garoto. Se é que se pode chamar aquilo de garoto.
- Quero que finja ser minha namorada... E não pense que é porque a acho gostosa... É só pra chatear o grande idiota do Potter... Imagine só como ele vai ficar... Sua ridícula ruivinha com o sonserino que ele odeia tanto... Se é que ele vai se importar com você... Aposto que você é apenas mais uma, para o conquistador de Hogwarts... Tadinha é mal-amada é? – Perguntou ele sarcasticamente. Cada palavra dita, foi como um corte no coração da ruiva. Seu ponto fraco fora atingido em cheio: INSEGURANÇA.
- Será que você é burra o bastante para não aceitar a proposta, ou prefere ser humilhada na frente do seu namoradinho e da ESCOLA INTEIRA?
- Eu já serei humilhada o bastante estando com você...
- O plano será o seguinte – Continuou ignorando a resposta de Lily – A visita a Hogsmeade será amanhã. Finja ser minha namorada e concorde com tudo que eu disser, que assim a escola inteira não saberá de seu segredinho.
Ao chegar ao dormitório deparou-se com as amigas conversando animadamente sobre o baile que estava chegando:
- Onde você se meteu, Srta. Evans? – Perguntou Cassye. – Onde esteve esse tempo todo?
- Estava na biblioteca, estudando um pouco os deveres que o prof° Binns passou... – Respondeu desanimadamente.
- Novidade... – Disse Cass irônica.
- Sempre com piadinhas, não é Cass? – Perguntou Melody.
- Temos que rir de vez em quando, não acham? – Disse ela divertida.
- E então, o que estavam conversando? – Falou Lily desviando o assunto.
- Sobre o baile! – Respondeu Alice prontamente.
- Ah! Você já tem par presumo... – Disse Lil dirigindo-se a Lice.
- É bem... Eu vou com o Frank... – Respondeu corando.
- Já era de se imaginar, né? – Intrometia-se Cassye Rouwood.
- Bobinha...
- E vocês já têm par? – Perguntou Lice tentando desviar o rumo da conversa.
- Não. – Responderam em coro.
- Ainda. Vocês com certeza vão ser convidadas por alguém.
- Não sei se vou... –Falou a ruiva.
- Ah não, Lily! Você tem que ir! É nosso baile de formatura! Temos que aproveitar nosso último ano, aqui em Hogwarts!
- Hum... Meninas, eu tô com sono... Dormi um pouco tarde ontem... Vou descansar... – Lily queria ficar sozinha.
- Mas você nem vai jantar? – Perguntou Melody com ar de preocupação.
- Tô sem fome... – Falou Lílian cansada.
- Tem certeza de que ta bem Lil? – Quem perguntava agora era Cass, que apesar de brincalhona, quando se tratava das amigas ficava séria.
- Tô bem... Só com sono...
- OK. – E assentindo, Cass e as outras garotas desceram para o salão principal conversando:
- Tô preocupada com a Lily, ela se diz que tá bem, mas pra mim tem alguma coisa incomodando ela... – Cassye disse.
- Ela tem andado um pouco estranha esses dias... Será que ela tá escondendo alguma coisa da gente? – Dizia Alice.
- Se está, esperem ela se sentir pronta para nos contar... Temos que respeitar ela... – Falou a voz da razão, Srta. Wondercolt.
- OK – Disseram Cassye e Alice quase ao mesmo tempo.
Jantaram e subiram até o dormitório para ver Lily. Essa já se encontrava devidamente dormindo.
O sol nasceu tímido e assim continuou pelo resto da manhã. As meninas já se arrumavam e Lily juntamente com elas. Desceram e tomaram café. Os marotos já estavam a frente das carruagens conversando.
As garotas se juntaram a eles, menos Lily que seguia na direção oposta: Snape a estava chamando. Tiago a seguiu silenciosamente. Onde estaria indo ela? Lily aproximou-se de Snape que enlaçou seus ombros. Tiago ao ver isso, veio ralhando com Seboso Snape:
- Larga ela!
- E porque eu deveria soltar MINHA NAMORADA? – Disse ele em resposta.
- Pare de inventar besteiras, seu idiota! – Lily observava Tiago responder Snape. – Ah...Entendi... Sirius, você bebeu poção polissuco, foi? Fingindo ser o Ranhoso... Sinceramente, essa foi boa... E você é realmente um grifinório... Teve coragem de beber o cabelo oleoso do Ranhoso... – Disse Tiago tentando convencer-se que aquilo era uma brincadeira, pois Lily ainda não havia nem ao menos tentado desvencilhar dos braços de Snape.
- Você é burro ou o quê? Eu sou o Snape, idiota!
- PROVE. – Disse Tiago em tom de desafio.
- Quer uma prova, então terá. – Disse ele se aproximando de Lily e a beijando sem emoção. Finas e imperceptíveis lágrimas caiam dos olhos de Lil. Tiago então, se tocou. Sirius nunca beijaria sua ruivinha. E então se virou e viu Sirius conversando com Remo, Cass e Mel. NÃO! AQUILO NÃO ERA VERDADE! LILY NÃO ESTAVA CORRESPONDENDO O BEIJO DO RANHOSO! NÃO! NÃO PODIA ESTAR! E saiu correndo ao ver a cena. Ao perceber a reação de Tiago, Severo Snape, soltou Lily e disse que estava livre o resto do dia e que tinha conseguido o que queria. E avisou que estava livre por aquele dia e que não havia acabado ainda. Após dizer o que queria, Snape empurrou a garota e a xingou ao longe: Ela corria. Lily resolveu não ir a Hogsmeade. Ela não merecia aquilo. Realmente não merecia. Chegou ao seu dormitório, fechou as cortinas e fez um feitiço que permitia que a cortina não pudesse ser aberta, apenas com um outro feitiço. Deitou-se na cama de bruços e começou a chorar desesperadamente. Chorava por fazer Tiago sofrer. Chorava por aceitar aquela ridícula proposta. Chorava de raiva e nunca os xingamentos de Snape a tinham machucado tanto. Chorava por desilusão.
No dormitório masculino, Tiago não estava muito diferente. Também havia fechado as cortinas com um feitiço e chorava copiosamente. Não se importava se estava parecendo um fraco. Não se importava com as marcas que as lágrimas deixariam em seu rosto. Não se importava em deixar a tristeza e desilusão transparecer em seus olhos. Porque ela havia escolhido Snape ao invés dele? Porque? Forçava-se a pensar que aquilo não era verdade. Mas era praticamente impossível. A cena de Snape beijando a ruiva estava gravada em sua mente. Antes que os amigos chegassem da visita a Hogsmeade, desfez o feitiço das cortinas, e saiu do quarto. O salão comunal da grifinória estava quase vazio, a não ser pelos alunos do 1° e do 2° ano. Foi até os jardins de Hogwarts... Deitou-se embaixo de uma árvore grande enfrente do lago e ficou lá, pensando... Como isso pode acontecer? Deixou algumas lágrimas escorrerem por seu rosto... Secou-as com as costas da mão e agora não mais chorava, suspirava... Naquele mesmo dia, toda Hogwarts sabia do suposto romance que haveria entre Lily e Snape. Os dias seguintes não provaram o contrário: Snape sempre agarrava Lily quando tinha chance e lha dava beijinhos (sem emoção). As amigas de Lily, Cassye, Melody e Alice acharam o romance mais que estranho. Lily sempre o odiara, até mesmo mais que Tiago... Não era possível. Todos os dias, Lily não deixava de chorar ao chegar das aulas. As amigas a encontraram chorando um dia daqueles, e perguntaram o que estava havendo. Lily não poderia responder a pergunta. Deitou-se sobre o colo de Mel e lá ficou. As lágrimas quentes marcavam seu rosto profundamente.
Um mês havia se passado. Um mês de tortura, para Lily e para Tiago. Era aula de Transfiguração, e a prof° McGonagall formaria pares para a realização de uma tarefa:
- Black e Rouwood, Lupin e Wondercolt e Potter e Evans. Formem as duplas e comecem a trabalhar! Rápido!
Aquilo era o que ambos (Lily e Tiago) menos queriam naquele momento. Lily não olhava nos olhos de Tiago desde aquela visita a Hogsmeade. Era a primeira vez em que Potter não havia gostado de ter caído com Lílian. Não estava pronto para encará-la. Não depois de tudo. Não queria parecer fraco. Mas tinham de fazer isso. Tarefa é tarefa. Sentaram um ao lado do outro e começaram timidamente a murmurar feitiços. Aquilo era demais para ele. Lá estava a garota que ele não tinha coragem de olhar em um mês, ficou ali, parada em sua frente. Podia se dizer que ela sentia o mesmo. Não realizaram direito aquele feitiço. Um/uma dos/das melhores da turma. Acabada a aula Lily juntou-se às amigas e Tiago aos amigos. Foram almoçar. Lily não tinha vontade de comer coisa alguma, assim como Tiago. Não era para menos. Não era mais suportável ficar assim, tão perto dela, na mesma mesa, sem olhar os olhos verde-esmeralda. Seguiram para as respectivas aulas que se passaram lentamente. A sineta anunciou o fim das aulas do dia. Tiago estava na sala de História da Magia, que para sua sorte não era dupla. Ele havia viajado a aula inteira. Ao sair da sala deparou-se com a cena, a mesma que tinha visto a um mês atrás. Snape beijando Lily. Já não era suportável mais. Mesmo depois de um mês, seu coração não havia cicatrizado os machucados. Na verdade, ele parecia sangrando ainda.
Saiu de lá, e foi direto para o sétimo andar onde ficava a sala precisa. Ela tomou a forma de um jardim encantado, cheio de flores, especificando, eram lírios brancos. A grama era verde esmeralda, como os olhos de Lily e no centro dele tinha um pequeno lago com a água cristalina. Perto do pequeno lago, havia um banco branco, com almofadas fofas da mesma cor. Tiago ficou maravilhado com o local. A sala nunca havia tomado essa forma. Deitou-se no banco e colocou uma almofada sob sua cabeça. Lá, continuou a chorar. Devia expressar a mágoa de alguma forma. A dor que sentia dentro de si. As grossas lágrimas escorriam pelo rosto liso do moreno. Como o banco se localizava perto do lago, uma das lágrimas chegou a deslizar o rosto do garoto e cair na água cristalina, que por sua vez refletia o triste rosto de Tiago Potter. Quando o choro dele começou a cessar, ele reparou o quanto aquele lugar lhe lembrava a garota, ou melhor, a mulher que tanto amava: Lily Evans. Os lírios brancos emanavam um doce cheiro, que lembrava o cheiro dela. Parecia que a grama esmeralda refletia os olhos dela. Levantou-se do banco e pegou um lírio ao seu alcance. Sentiu a textura suave do mesmo, a textura que lembrava a pele delicada, suave e macia dela. Passou o lírio delicadamente por sua face. Uma lágrima molhou a flor, que Tiago a alisou com carinho, como se fosse o rosto dela. Era quase insuportável relembrar a cena, aquilo ainda estava nítido em sua mente. Jogou o lírio no lago fracamente. Este, em vez de afundar, flutuou. E algo cintilava nele: a lágrima que a pouco havia molhado levemente o lírio estava marcada nele.
Começou a pensar, a Lily não era o tipo de pessoa que beijaria aquele canalha. Mas ela havia o feito. Seu coração dizia e acreditava que algo não estava certo. Seu orgulho e consciência, porém, diziam que ele havia se enganado a respeito dela. Que ela não era merecedora do seu amor, que ela o havia feito sofrer, que ela nem ao menos o dera satisfação.
O choro finalmente cessou e ele, por mais difícil que fosse deixou a sala lentamente. Saiu e não voltou ao dormitório e sim foi até os jardins de Hogwarts. Foi até onde guardavam as vassouras, pegou a sua e sobrevoou o castelo. A sensação de estar voando melhorava seu astral. A brisa leve de final de tarde batia em seu rosto e bagunçava mais ainda seus cabelos negros. Passou enfrente as janelas, até que uma delas o chamou a atenção: cabelos flamejantes, para ser exato. Lily dormia, e parecia ter um sono agitado, sua respiração estava um tanto acelerada. Tiago precisava ir até lá. Precisava sentir o cheiro daquela que ele tanto amava. Na realidade ele mais queria que ela fosse feliz, mesmo que sem ele. Abriu a janela lenta e silenciosamente e encostou sua vassoura na parede. As garotas ainda não haviam subido após as aulas. Ele sentiu o doce perfume dela... Chegou mais perto dela lentamente, e percebeu que seu rosto estava manchado por lágrimas. Abaixo dos olhos estava um pouco inchado, o que significava que havia chorado. Mas porque? Lily estava acordando... Mas ao sentir o perfume que emanava e parecia tão perto dela, fingiu continuar a dormir... Ela conhecia aquele perfume... E por incrível que pareça, não levantou ralhando com ninguém. Ele estava perto dela... A presença dele estava lhe fazendo tão bem... Ele começou a afagar-lhe os cabelos delicadamente... Encostou a mão na pele delicada, suave e macia... O toque fez com que se arrepiasse. Um vento mais forte entrou pela janela aberta mais cedo e fez com que Tiago se virasse para a mesma, que se encontrava perto da escrivaninha, donde um pedaço de pergaminho caiu. Ele dirigiu-se até o pequeno pergaminho, que estava dobrado. Lily ao perceber que ele havia se afastado, abriu de leve os olhos e reconheceu o pergaminho que ele segurava, aquele que ela havia escrito naquele mesmo dia, mais cedo enquanto chorava copiosamente. Ela torcia internamente para que ele o abrisse e lesse. E foi o que ele fez, e logo reconheceu a caligrafia da ruivinha:
“Um desenho encontrado
Desenho um tanto estranho aquele
Mas capaz de me chamar à atenção
Pensamentos diferentes invadiam a mente
Tiago parou de ler por um instante... Seria o desenho que ele havia feito e perdido? O desenho do qual Lily falava? E com as dúvidas continuou a ler:
Algo encontrado por alguém
Algo que não deveria
Ter sido feito, para começar
Algo que em
Mãos erradas caiu
Tiago começara a raciocinar: Em mãos erradas? Essas mãos seriam as de Snape? Voltou a ler.
Chantagem
Pior coisa que
Pode-se acontecer
Com alguém
Lily queria que Tiago lesse uma parte do que havia escrito naquele pedaço de pergaminho... A outra parte era OUTRA história... O garoto continuava a leitura silenciosamente. Quer dizer continuaria, pois o resto do que estava escrito, não era possível ler... A tinta com que havia sido escrito o poema havia se misturado com lágrimas que caíram sobre o papel e era quase impossível distinguir uma palavra da outra. Mas aquilo era o bastante, para Tiago juntar as peças dentro de sua cabeça: Snape havia chantageado Lily por algum motivo. Tiago não queria saber o motivo, não agora. Queria é pensar na vingança que teria. Snape se dependesse dele, iria pagar caro por machucar ele e ACIMA DE TUDO SUA LILY. Ah se ia! Dobrou o pergaminho novamente e o colocou encima da mesa e voltou-se para Lily. Tornou a afagar-lhe os cabelos com carinho e a alisar a face da ruiva delicadamente:
- Lily, não se preocupe, nós vamos nos vingar daquele sonserino nojento! – Murmurou ele baixinho, como se ela pudesse o ouvir. E quem disse que ela não ouviu? Ela ouviu e ainda sorriu internamente. “Isso vai lá, acaba com ele Tiago! Quer dizer... Potter!” Pensou ela.
- Ele vai pagar caro por ter te feito sofrer, ruivinha. Não me importa o motivo! Ele vai sofrer as conseqüências, ah se vai! Quero que você saiba que eu estarei sempre aqui, para te proteger! – Murmurou ele baixinho, mas novamente Lily o ouviu. Deixou escapar um leve sorriso e rezou para que Tiago não tivesse percebido. “É bom saber que terei sempre você ao meu lado! LILY EVANS O QUE É QUE VOCÊ TÁ PENSANDO?!” Poucos segundos depois de pensar isso, foram ouvidos passos e vozes, cada vez mais perto. Tiago beijou a testa de Lily levemente, meramente encostou os lábios na testa dela, mas ela sentiu os lábios quentes dele sobre sua lisa testa. O garoto apanhou a vassoura, saiu pela janela, a fechou e voou para longe dali tramando uma vingança. As garotas chegaram ao dormitório e repararam que Lily estava acordando, e com um belo sorrisinho nos lábios.
Enquanto isso, Tiago tramava sua vingança. Não sabia que Ranhoso poderia chegar a esse ponto! Chantagista, era de se esperar de um sonserino. Pensava agora em sua “vingancinha”, que com a ajuda de uns certos marotos seria perfeita! “Atos têm conseqüências!” Pensou ele com seu famoso sorriso maroto. E o que o mais deixava feliz: Lily havia sido obrigada a fazer tudo aquilo! Ela não queria! Era contra sua vontade! Isso significa que ela não o amava!

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