A reeconciliação



Oii pessoal! Faz tempo que não posto née? Bom estou postando =P Hehehe. Esse capítulo não é muito feliz, mas eu estou completamente ao contrário. Estou muito feliz mesmo. Dedico esse aqui, para as minhas maninhas, que eu amo demais e que estão comigo em todos os momentos. Eu as amo demais... Não sei o que seria sem elas! Esse mundo seria sem graça e frio. Aliás, quem iria me pegar quando eu caísse? Literalmente... Hehehe. Dedico também à ele, que preenche meus pensamentos todos os dias, faz parte dos meus devaneios e é quem ele é, pura e simplesmente...

Sem mais demora (já foi demais!)

PS: Não esqueçam de comentar heein?? Beeijão ;*

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As palmas da mão suavam. A boca, de um momento para outro, tornou-se seca. O coração acelerou, instantaneamente. Havia muito a ser dito, mas como começar? Uma idéia viera-lhe a cabeça, porém instantes depois, lhe pareceu insuficiente. Sorriu nervosamente. Tinha de dizer alguma coisa, qualquer coisa. O silêncio estava lhe consumindo por dentro e o constrangimento estava (mais do que nunca) instalado.

- Claire, eu não sei por onde começar – Falou Alvo, num tom nervoso.

- Comece pelo começo – Respondeu ela, entre um sorriso e um olhar esperançoso.

- Bem, me desculpe por tudo. Por tudo que aconteceu... Por tudo que eu te disse. –Despejando tudo de uma vez, suspirou. Claire penetrou em seus olhos extremamente verdes, numa expressão séria. Por fim, sorriu. Aquele foi um gesto que o fez continuar com seu discurso:

- Eu não devia ter dito aquelas coisas, sem ao menos saber o que tinha acontecido realmente. Eu estava errado, muito errado.

- Acho que te devo certas explicações – Disse ela. Uma coragem incomum e inesquecível tomou conta de si. Prosseguiu:

- O meu “quase beijo” com o Tiago.... Bem, Al, foi um impulso de nossa parte. Eu e ele nos tornamos muito amigos, sabe?

- Eu sei. Devia ter te ouvido... Eu só fiquei muito confuso. Sabe, estava sendo muito estranho pra mim: você e meu irmão. – Respondeu ele, olhando-a diretamente nos olhos, como Claire o fizera minutos antes.

- Bom, mas agora que você sabe que somos apenas amigos... Está tudo bem, certo?

- Certo. Você não disse se me desculpava.

- Precisa mesmo? – Questionou a garota, num sorrisinho tímido.

- Claro. É para oficializar essa reconciliação – Respondeu o moreno, lhe devolvendo o sorriso.

- Nossa! Com palavras tão bonitas, eu faço questão de dizer... Está desculpado, Alvo Severo Potter.

- Ótimo – Falou Al, estendendo os braços para abraçá-la. Claire correspondeu ao gesto, significativamente. Após soltarem-se, seguiram para o Salão Principal para o jantar. Tudo se ajeitara, enfim.

A notícia da reconciliação da amizade dos dois espalhou-se em questão de segundos. Os mais próximos a ambos estavam felizes no momento. Sentaram-se juntos naquela noite, brindando à amizade eterna. Rosa, porém, pareceu distante durante a refeição. Olhava para um ponto fixo, sem prestar atenção em nada à sua volta. Perguntaram o que havia, mas a garota respondera um usual “nada”. Junto à Claire dirigiu-se ao dormitório, ainda viajando em pensamentos. A morena permanecera quieta e um silêncio instalou-se no aposento. Claire quebrou-o:

- Rosa, agora me diz... O que está acontecendo com você?

- Eu realmente não sei... – Disse a garota, tirando os sapatos.

- Aconteceu alguma coisa, morena? – Perguntou Jones, um tanto preocupada.

- Bem, sabe... Eu esbarrei com esse garoto hoje e...

- Que garoto?

- William Harrison. Eu trombei com ele hoje e não sei por quê... Estou assim...

- William Harrison? Ele não é do nosso ano, Rosinha, porque nunca tivemos aula com alguém que tenha esse nome...

- Eu sei... E provavelmente não é da nossa casa, já que Tiago conhece quase todos da Grifinória e nunca mencionou o Will...

- Will? – Questionou Claire com uma careta que mesclava desentendimento e diversão.

- Ele disse para chamá-lo assim...

- Vejo que já se tornou íntima dele... – Provocou, sorrindo marota.

- Claro que não! – Informou Rosa, completamente corada.

- Porque não vamos dormir? Já está tarde! Amanhã temos aula cedo – Disse a morena, ainda muito vermelha. Rindo da expressão da amiga, Claire concordou.

Os primeiros raios de sol iluminavam o dormitório masculino do primeiro ano. Alvo abriu os olhos de forma demorada. Ao lembrar-se da reconciliação com a amiga na noite anterior, um sorriso veio-lhe aos lábios. Levantou-se e como usualmente, foi se arrumar para assistir às aulas. Os testes de fim de ano estavam se aproximando em alta velocidade, enquanto a tensão e a preocupação também o faziam. Entretanto, acordara de bom humor. Só por tudo estar bem novamente.

Ela perdera o sono, pois ele não saía de sua memória. Aquele sorriso... Os olhos profundamente azuis não lhe eram estranhos. Parecia conhecê-los no inexplorado, desconhecido. Não conseguia entender o porquê daquilo: ele vinha invadir-lhe a mente nos momentos mais inapropriados. A cabeça era preenchida por sua imagem, clara e livre de imperfeições. Rosa sorriu involuntariamente. Acordou as amigas e vestiu-se. Mais uma manhã de aulas se iniciara e não havia tempo para desperdiçar. O dia passou-se rápido, assim como as semanas que o sucederam. O tempo vinha mudando drasticamente, sinal de que o verão se aproximava. Já era maio. As provas vinham e junto a elas, a responsabilidade de ser aprovado com bom desempenho. Era necessário estudar a matéria do ano todo, por isso, livros e estudo tomavam conta da maioria das tardes.

Estavam Rosa e Claire sentadas frente a frente em uma das mesas da biblioteca, atentas às páginas que se dispunham aos seus olhos, que corriam por entre as palavras. Pelo menos, uma delas estava. A outra tinha o olhar preso a outro ponto.

- Ei, Rosa – Disse Claire, abanando a mão a frente dos olhos da amiga.

- O que? – Respondeu ela, um tanto perdida.

- Você tá olhando o que, hein?

- Hum, nada – Falou a morena, voltando-se para o livro que estendia-se em seus braços.

- Você não consegue mentir para mim – Declarou Claire, dramática e divertidamente.

- Ok. O Will.

- O que tem ele?

- Eu estava olhando ele – Informou Rosinha, enrubescida.

- Acho que tem alguém apaixonada... – Cantarolou a garota ao seu lado.

- Mas, é claro que não!

- Não negue, Rosa Weasley.

- Eu não estou.

- Está sim! – Insistiu Cla, rindo da expressão que amiga exibia.

- Ok, talvez eu esteja... – Desistiu a menina, com um sorriso no canto dos lábios.

- Eu sabia! – Sorriu a amiga, vitoriosa.

- Sabia o que, Cla? – Interrompeu o próprio Will Harrison.

- Ah, uma questão aqui do livro – Improvisou em fração de segundos.

- Ah, ok. Precisa desse escândalo todo? – Perguntou o loiro, divertido.

- Bom, você me conhece. Não sou nem um pouco discreta – Respondeu ela, rindo para ele.

- Certo. Vou indo, então. Tchau, Cla, Rosa.

- O que foi AQUILO? – Questionou a morena, inconformada.

- Defina aquilo. – Disse Claire.

- Will Harrison vir falar com você!

- Bem, eu conversei com ele outro dia, quando estava aqui na biblioteca, procurando um livro.

- E você NÃO me contou?!

- Se acalme, pelo amor de Merlim. Eu esqueci, ok? Além do mais, pra quê tudo isso, Rosa Weasley?
- Para nada. EU só queria saber...

- É coisa de apaixonada. Só pode ser – Concluiu Jones, rindo.

- Você quer parar com isso? – Irritou-se Rosa.

Claire pigarreou, segurou o riso e pronunciou:

- Tá certo, apaixonadinha. Vamos estudar.

A morena bufou impacientemente, no que a amiga prendeu a risada que escaparia de seu controle em poucos segundos. Ambas voltaram os olhos para os seus respectivos livros, concentrando-se enfim, na matéria que deveriam estar estudando há horas atrás.

Após certo tempo, as meninas saíram da biblioteca e rumaram para o dormitório. Encontraram-no vazio e aproveitando a situação do aposento, iniciaram uma conversa:

- Ei, Cla. Você acha... Bem, que eu tenho... alguma chance com Will?

- Sem dúvida! Você é bonita, inteligente e tudo de bom, Rosinha. Que garoto seria estúpido o suficiente para te dispensar?

A garota sorriu meigamente e Claire a correspondeu, num instante. As duas não faziam idéia de quem se aproximara do quarto: nada mais, nada menos do que Karen Patil. A garota construíra aos poucos sua fama de fofoqueira e naquele momento, estava com os ouvidos colados a porta. Rosa e Claire continuaram:

- Mas, bem... Cla, está muito visível?

- O que? – Indagou a garota, cujo as cabelos adquiriram um tom de castanho claro. O sol produzia tal efeito.

- Que eu gosto dele?

- Dele quem? – Questionou Claire. Ela estava um tanto afastada daquele quarto. Seus pensamentos passavam longe dali. No que estaria pensando?

- De Will Harrison! Em que mundo você está?

Ao escutar tal frase, um sorriso ambicioso surgiu no canto dos lábios de Karen. Ela logo correu para contar a “novidade”.

Enquanto isso, dentro do dormitório...

Claire despertou de seus devaneios, certamente, insanos, na opinião dela e respondeu à amiga:

- Claro que não. Mas, se você quiser, eu...

- Nem pense em dar um ‘empurrãozinho’, Claire Katherine Jones – Disse Rosa, interrompendo-a, de forma quase severa.

- Ok, ok – Respondeu a garota, levantando as mãos, mostrando-se rendida. Ambas nem ao menos sabiam o que estava por vir...

Era horário de jantar e todos estavam presentes no Salão Principal, para uma refeição tranqüila. Porém, logo ela se tornaria turbulenta. No segundo que Claire, Rosa e Al adentraram o lugar, começaram a olhá-los e à medida que passavam, pessoas faziam comentários em voz baixa. Os três estranharam, mas sentaram-se na mesa da Grifinória, incomodados sob aqueles olhares. Foi então que alguém pronunciou-se dentre aquele silêncio inquietante, de atmosfera sufocante:

- Então, é verdade, Rosa?

- O que? – Respondeu à Brianna Fletcher, que sorria estranha e importunamente.

- Essa sua paixão por Will Harrison – Disse a garota, com os olhos brilhantes de maldade. Rosa endureceu ao ouvir as palavras de Brianna e seu rosto adquiriu um tom pálido. Claire encontrava-se na mesma situação da amiga, enquanto Alvo carregava uma expressão de desentendimento no rosto. Todos pararam para ouvir o que Fletcher diria em seguida:

- Não se preocupe. Agora ele já sabe.

A morena tinha os olhos preenchidos por lágrimas que ela não queria derramar. Virou-se para encarar o envolvido e este apenas segurava o riso, enquanto os amigos à volta de Will Harrison riam aberta e escandalosamente. Rosa não poderia continuar, por isso, correu e dirigiu-se para o primeiro lugar que encontrou: o banheiro. Escolheu uma cabine e bateu a porta ao passar. Sentou-se no chão frio e escuro e deixou que as lágrimas corressem livres por suas feições entristecidas injustamente.

No Salão Principal...

O impacto daquela revelação flutuava claramente. Alguns ainda riam, mas o olhar severo de McGonagall os parou. Claire largou os talheres e foi na direção que a amiga seguira segundos antes.

Rosa tinha a cabeça apoiada nos joelhos e chorava como nunca o fizera. Um sentimento realmente a invadira desde que o conhecera. Durante algumas semanas, pudera explorá-lo melhor, ao mesmo tempo que Claire o fazia. Não entendera porque ele reagira daquela maneira. Tão fria e cruel. Muito diferente do alguém que ela pensava conhecer. Aquele sentimento não a deixou em paz. A aterrorizava eficientemente, pois este era o amor. O amor a penetrara, explorara sua alma e seu coração e tinha a certeza de que ele a conhecia melhor do que ninguém. Mas ela nada sabia do amor. Pois, ele não a deixara o conhecer, o explorar. O amor preferia permanecer desconhecido. A razão? Precisaria de mais tempo para definir tal coisa. Poderia saber de cor todos os assuntos do mundo, ser a melhor aluna da turma. Mas, aquilo era algo que Rosa desconhecia por completo.

Lágrimas salgadas rolaram por sua face e tocaram seus lábios. Sentiu um gosto amargo. Sentiu gosto de tristeza. Apesar de sempre mostrar-se intelectual e imune a contos de fadas, possuía emoção.

Como toda a garota, sonhara com um final feliz. A vida lhe ensinara que deveria dar tempo ao tempo e esperar, ser paciente. Para conseguir o que queria sabia que deveria dar um passo de cada vez. Esperaria até o dia que ele a amasse louca e infinitamente. Mas, durante esse meio tempo, precisaria chorar. Só para extravasar os sentimentos. Choraria quando esperar se tornasse insuportável e os segundos não passassem. Por fim, ouviu a voz de Claire, do outro lado da porta:

- Rosinha, você está aí?

- E-eu estou a-aqui... – Gaguejou a morena, fracamente.

- Rosa, abre a porta. Vem falar comigo.

Porém, não lhe veio resposta. Enfim decidiu-se:

- Certo. Quando estiver pronta, abra a porta. Só saiba que eu estou aqui – Disse Claire, sentando-se, apoiando as costas na porta. A mesma abriu-se e antes que desse por si, a morena a abraçava fortemente. Ela correspondeu no mesmo instante. A menina deitou em seu colo e pôs-se a chorar descontroladamente. Claire acariciou sua face e seus cabelos e consolou-a. Depois, quando as lágrimas da amiga já cessavam, disse docemente:

- Vai ficar tudo bem. Você me tem e eu tenho você.

Rosa curvou os lábios de maneira leve e voltou a abraçar a garota. Juntas voltaram para o Salão Comunal, o qual ficou em silencio após a entrada de ambas. De mãos dadas subiram as escadas, orgulhosas e graciosamente.

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