O primeiro dia na escola de Ma



A noite pareceu ser rápida para Alvo Severo, pois ele mal dormira, e já acordara. Exatamente, ele fora o primeiro a acordar no dormitório, e agora, estava sentado sobre sua cama, ansioso, para o inicio das aulas. Resolveu, que de nada adiantaria ficar sentado na cama, ainda de pijamas, fitando o teto. O menino foi até seu malão, e pegou as vestes negras da escola. Enquanto se vestia, os amigos iam acordando, admirados, por Alvo já estar trocando-se. Os três demais resolveram fazer o mesmo. Al havia ficado pronto antes dos amigos, e anunciou a eles que iria tomar café. Desceu as escadas, e ao chegar no Salão Comunal, Rosa e Claire já o esperavam. Ele sorriu para as meninas, no que elas o retribuíram, e os três saíram pelo buraco do retrato, em direção ao Salão Principal. Sentaram-se na mesa da Grifinória, e começaram a comer:

- Olhou o horário ontem, Al? – Perguntou Rosa, consultando o relógio pela quarta vez: Não queria chegar atrasada em sua primeira aula.

- Para falar a verdade... Não.

- Hum... Hoje, nós temos Feitiços, Transfiguração, Herbologia e Poções. – Recitou Rosa.

- Rosa leu o horário, pelo menos umas dez vezes... – Comentou Claire, fazendo Alvo rir e Rosa lhe lançar olhares. A menina continuou a comer sua torrada, imitada pelos amigos. A sineta bateu. Rosa parou abruptamente de comer, e arrastou com ela para a primeira aula, Al e Claire. Como disse Rosa, a primeira aula era de Feitiços. Flitwick estava muito velho para ainda lecionar, por isso fora substituído. O professor fora substituído por...:

- Bom-dia! – Disse um homem magro e alto, de aparência elegante, porém os cabelos já lhe faltavam. – Eu sou um novo professor. Na verdade, comecei a ensinar, aqui em Hogwarts, ano passado. Sou Mousier Fontaine. Costumava morar na França, mas quando me mudei com minha esposa para Inglaterra fui convidado para preencher o cargo de professor de Feitiços. De bom-grado eu aceitei. – Explicou o “novo” professor. Todos o observavam com atenção, e o homem sorriu.

- Bom, vejo que todos estão bastante interessados em minha aula, por isso não demorarei mais. Quero que peguem suas varinhas.

Com uma mescla de excitação e curiosidade, os alunos abriram suas mochilas e apanharam as varinhas. Vendo que todos já tinham as varinhas na mão, Mousier Fontaine prosseguiu com a aula:

- Agora – Disse, tirando do bolso, a própria varinha. – Quero que pratiquem este movimento. – Mousier Fontaine girou a varinha e a sacudiu. – Enquanto praticam, não tentem nenhum feitiço verbal. Não queremos acidentes em nossa primeira aula. Podem começar.

Os alunos começaram com o exercício passado pelo professor, obviamente, no inicio os movimentos não eram bons, mas passados alguns minutos, alguns o executavam com perfeição, entre eles Rosa Weasley, Alvo Potter e Claire Jones, o que rendeu a Grifinória pouco mais de 5 pontos. A sineta bateria dali 10 minutos, portanto o professor adiantou-se:

- Ótimo! Por favor, atenção! – Os olhares voltaram-se para Mousier Fontaine. – Muito bom! Continuem com o bom desempenho. Para casa, quero que leiam o primeiro e o segundo capítulo do livro de Feitiços. – A sineta anunciou o final da aula, e agora o homem despedia-se dos alunos:

- Vemo-nos na próxima aula!

Juntos, os três foram para a próxima aula, e enquanto caminhavam, conversavam:

- Gostei muito da aula de hoje! Mousier Fontaine foi muito simpático! – Comentou Claire.

- Mas ele já passou dever de casa! – Lembrou Alvo.

- Ótimo, não é? Estava mesmo querendo ler o livro de Feitiços... Mas, estive ocupada lendo – Disse Rosa, provando que não se parecia com Hermione só fisicamente.

- Só você mesmo, Rosinha! – Falou Al, revirando os olhos verdes, em meio a uma expressão divertida.

- Ah, Alvo! Eu também li “Hogwarts, uma história”. – Contou Claire, fingindo indignação.

- Mas, é normal você sentir curiosidade. Nunca havia ouvido falar sobre Hogwarts. Já a Rosa... Ouviu falar dessa escola a vida inteira!

- Mamãe disse que o livro era interessante, por isso resolvi lê-lo, oras! – Disse a prima, fazendo uma careta.

- Bom...Deixa pra lá! Com quem estão dividindo o dormitório? – Perguntou o moreno, querendo mudar de assunto.

- No dormitório está eu, Rosa, Karen Patil e qual o nome dela mesmo, Rosa?

- Jade Lovegood. É a filha de Luna. Lembra dela, Al? Foi na sua casa antes de viajar para Nova York.

- Ah, sim! É muito amiga da nossa família.

- Hum... Ah! Agora entendi... – Falou Claire, com um tom de compreensão na voz.

- Desculpe, Claire... Não lembrei que você não conhecia os Lovegood. – Desculpou-se Alvo.

- Sem problema. – Disse a menina. – A gente não estava indo para a sala de aula?

- Já estamos nela, Claire. – Respondeu-lhe Rosa. Haviam Havia chegado à sala e não havia percebido. A garota pareceu um pouco encabulada, mas logo se sentou à espera de seu professor. Após 5 minutos, entrou, no momento em que a sineta batera, a nova professora de Transfiguração, já que McGonagall não mais poderia mais lecionar, pois se tornara diretora. A mulher começou o discurso que todo professor faz, no inicio da primeira aula do ano:

- Bom-dia. Sou Madame Fontaine, esposa de Mousier Fontaine. Como ele já deve ter lhes explicado, pois a aula anterior que tiveram foi com ele, morávamos em Paris, porém mudamo-nos para a Inglaterra e recebemos convites para lecionar em Hogwarts. – Madame Fontaine era alta e magra como o marido, porém os cabelos não lhe faltavam. Seus cabelos eram louros e estavam presos em um perfeito coque. A mulher vestia-se elegantemente, e não possuía o mesmo entusiasmo do esposo. Parecia mais séria e severa. Lançou a turma um olhar que possuía um brilho de superioridade. Ela prosseguiu:

- Hoje, não precisaremos de varinhas. Peço que peguem seus exemplares de “Transfiguração hoje”, que imagino que todos tenham, pois foi solicitado na lista de materiais a serem comprados. – Os estudantes abriram as mochilas e apanharam seus exemplares. – Ótimo. Agora, leremos do capitulo 1 ao 3, e explicarei a vocês, alguns dos princípios da Transfiguração. E depois, responderão as questões da página 26, e, portanto poderão tirar qualquer dúvida comigo.

Todos começaram a leitura silenciosa dos capítulos a serem lidos, e então, após a leitura, Madame Fontaine iniciou as devidas explicações. A sineta bateu, quando todos já haviam terminado de responder às questões da página 26. Logicamente, Madame Fontaine passou deveres. Ao sair da aula, Claire comentou:

- Ela parece ser severa...

- Parece? Ela deve ser! – Retrucou Alvo.

- Al, para onde você tá indo, hein? – Perguntou Rosa.

- Salão Principal, porque você não?

- Porque ainda temos aula de Herbologia!

- Me esqueci!

- Notei... Vamos para a estufa! – Disse Rosa, caminhando para fora do castelo, no que o primo e a nova amiga a acompanharam. Porém, ao chegarem próximo a estufa, viram que havia mais de uma. Avistaram um homem alto, de cabelos negros e olhos castanhos, que Rosa e Al reconheceram como Neville Longbottom. Correram para aproximarem-se dele, que os recebeu com um sorriso:

- Alvo! Rosa! Que bom vê-los! E quem é essa? – Perguntou ao ver que não foram apenas, Alvo Potter e Rosa Weasley que se aproximaram.

- Essa é a Claire Jones, Neville... Quer dizer, prof° Longbottom. – Apressou-se Alvo a corrigir-se.

- É um prazer! – Disse Neville, alargando o sorriso.

- O prazer é meu... Senhor.

Neville lhe exibiu um sorriso em resposta, e começou a gritar aos alunos do 1° ano que se agrupassem próximos a ele. Ao perceber que tinha sua turma completa, começou:

- Bom-dia! Agora, queiram me acompanhar até a estufa N° 1!

Os estudantes o seguiram, e aula ocorreu normalmente, prof° Longbottom com as apresentações, lembretes iniciais e explicações. Após uma aula agradável, os alunos dirigiram-se para o Salão Principal para o almoço.

O resto da semana correu rapidamente. Apesar de poucos dias de aulas, os novos estudantes tiveram idéia dos professores com quem lidariam o resto do ano. Cada professor tinha sua maneira de ensinar, sua maneira de aplicar exercícios e deveres. Mousier Fontaine era tolerante e calmo, mas firme quando precisa ser. Sua esposa, Madame Fontaine era muito séria, e era tão severa quanto a professora que ocupara o cargo, anteriormente, Minerva McGonagall. Neville Longbottom era simpático, energético, por ser o mais jovem do corpo docente de Hogwarts. O posto de professor de Poções ainda era ocupado pelo velho Slughorn, que possuía a péssima mania de tratar alguns alunos, diferentemente. Alguns dos integrantes do clube de Slug eram Tiago e Alvo Potter, Rosa Weasley, e por incrível que pareça, Claire Jones que se revelara ótima preparadora de Poções. Para falar a verdade, Claire costumava estudar com Rosa, gostava de ler e dava o máximo de si nas aulas, pois achava, que por ser nascida trouxa deveria esforçar-se mais. Rosa Weasley ganhara uma ótima concorrente. Apesar de não tratá-la como uma. Rosa tornara-se muito amiga de Claire, assim como Alvo. Os três eram sempre vistos juntos. Tiago passara a irritar o irmão menos vezes, porém quando tinha chance, não resistia a uma provocação. Em Tiago Sirius Potter, era refletido o lado maroto do avô, que possuíra o seu nome, e também o lado maroto do padrinho de seu pai, Sirius Black.

Estavam dois primos e a amiga de ambos no Salão Comunal da Grifinória, uma das meninas lia, a outra escrevia, e o único garoto do trio, apenas as observava. A garota de cabelos castanhos com mechas claras terminou o que escrevia e perguntou:

- Al, tem alguma razão pela qual lhe deram esse nome?

- Já ouvi essa história tantas vezes... – Disse Rosa, num revirar de olhos e voltando a atenção para o livro.

- Mas, a Claire não, então eu vou contar. – Retrucou Alvo, fingindo indignação, fazendo ambas rirem. – Alvo Dumbledore foi um diretor de Hogwarts, e papai disse que me deu o nome dele porque foi uma pessoa muito importante para ele. Já o meu nome do meio, Severo, é o mesmo de também um ex-diretor dessa escola. Papai disse que Severo foi o homem mais corajoso que ele já conheceu.

- Nossa! Tem até uma história... E você tem nome do meio! Achei que fosse só eu... – Comentou Claire.

- Qual seu nome inteiro? – Perguntou Alvo, interessado.

- Claire Katherine Jones...

- Katherine?

- Sim... Odeio esse nome... Não faço idéia porque meus pais me deram esse nome!

Alvo prendeu o riso, e Rosa num revirar de olhos, riu fracamente, a conversa fluiu:

- Mas, Claire, você não é a única a ter nome do meio, nem eu! A maioria das pessoas tem!

- Nunca parei para pensar...

- Veja meus irmãos, por exemplo. É Tiago Sirius e Lily Luna.

- Aposto que também tem história... – Arriscou Jones.

- E tem! – Respondeu Alvo, animado, pronto para começar as histórias.

- Lá vamos nós de novo! – Falou Rosa, sem tirar a atenção do livro, arrancando risos da amiga e olhares indignados do primo.

- Meu irmão, se chama Tiago, em homenagem ao meu avô, e Sirius em homenagem ao padrinho do meu pai. Já minha irmã, tem o nome de Lily, pois minha avó tinha o mesmo nome, e Luna foi porque é o mesmo nome de uma grande amiga da família.

- Tá explicado...

- Agora que já explicamos a origem dos nomes... Podemos ir jantar? – Sugeriu Rosa, fechando o livro e se levantando, sendo seguida por um moreno e uma menina de cabelos castanhos abafando risadas.

Após um delicioso jantar, todos se dirigiram para seus dormitórios, desejando aos amigos, e aos que tinham irmãos na escola, uma boa noite. Alvo subiu para seu quarto, e deparou-se com os amigos com quem dividia o quarto, disse um “oi” e logo após vestiu seu pijama de listras, e deitou-se na cama, desejando boa noite. Apesar de gostar muito da nova escola, dos novos amigos que fizera, da companhia da prima, até mesmo de ver o irmão, sentia saudade de seus pais, Harry e Gina. Também sentia falta da irmã menor, Lily. A ruivinha amava muito ambos os irmãos, e os dois disputavam a atenção dela às vezes, o que fazia a pequena rir. Após as risadas de Lily, os irmãos paravam de brigar, e corriam junto a ela para os jardins da casa, para montar escondido na vassoura do pai, onde os três sentavam, pois eram pequenos e não pesavam muito. Tiago conduzia, Lily agarrava-se a ele, e Alvo ficava atrás a segurando. O moreno sorriu levemente ao lembrar-se de tais momentos. Em meio a lembranças, adormeceu.

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