With Me
Capítulo 3 – With Me
- Muito bem garota sem nome, o meu nome é James.
- James? – Lílian interrompeu Tiago. – Só nos seus sonhos!
- Qual o problema dessa vez? – Ele perguntou irritado.
- Por que James?
- Qual o seu problema com o nome James?
Lílian fica calada por uns instantes e Tiago a espera de sua resposta.
- O problema não é o nome, mas sim o papel que a personagem faz na história. – Ela responde num tom de voz bem baixinho e cruzando os braços.
- Mas você nem sabe qual é o papel que essa personagem vai fazer. – Ele falou fazendo com que a garota ficasse corada.
- É óbvio. – Ela diz simplesmente.
- Óbvio por que?
- É óbvio porque é óbvio porque é óbvio, e continua contando a história porque eu quero saber o que vai acontecer. – Lílian deu uma de desentendida e Tiago apenas riu. As coisas estavam começando a ficar como ele queria.
- Pena eu não ter um nome para te falar. – Ela diz sem graça e reparou que James a observava atentamente.
- Seu nome deve começar com L. – James comentou e ela o olhou surpresa. – O seu colar. – Ele acrescentou apontando o colo dela.
A garota olhou para baixo e viu que realmente havia um colar com um pingente em forma de L. Ela o tocou lentamente e ficou observando-o por algum tempo.
- Será que isso é meu? – Ela diz volvendo o seu olhar para James.
- Roubado é que não pode ser. – Ele diz sorrindo. – Ou será que pode?
Ela abriu a boca para responder algo, mas ambos ouviram trotes de cavalos. James puxa a garota pelo braço e os esconde atrás de uma árvore, fazendo com que ela se assustasse.
- Hei! Não há nenhum cavalo por aqui, Potter! – Lílian exclamou ao vê-lo puxar seu braço.
- É pra dar mais realismo à história. – Ele disse como quem se desculpa.
- Não me venha com realismo quando houver algum beijo. – Ele se limita a sorrir enquanto ela se ajeita novamente em seu lugar.
- Por que você fez isso?
- Nós estamos em território inimigo. – James explica para ela observando atentamente a orla da floresta. – Isso é muito estranho. O que eles estarão procurando?
- Eu é que não sou.
- Como você pode ter tanta certeza? – James indaga com uma sobrancelha arqueada. – O seu aspecto é de quem está fugindo de algo.
- Bem, então acho melhor eu ir. – Ela disse e saiu de trás da árvore. – Er.... muito obrigada então, James...
Ela começou andar quando de repente ouviu a voz do rapaz.
- E você tem alguma noção para onde ir? – James pergunta desconfiado.
- Não, mas eu me viro. – Ela responde e pega a sua trouxa, vendo que esta estava suja com algumas marcas de sangue.
- Você não acha perigoso andar por aí sozinha ainda mais vestida desse jeito?
- Suja? – Ela inquiriu olhando para seu vestido.
- Também, mas parece que você fugiu de um casamento.
Ela apenas o olha rapidamente, mas continua seguindo seu caminho depois.
- Tudo bem, esqueci, você não se lembra.- Ele continua falando e ela para mais uma vez. – Já que você não se lembra de nada mesmo, eu posso te ajudar se você quiser.
- Não, obrigada, acho que você já fez demais. – Ela responde o encarando novamente.
- Mas você pode ao menos tomar um banho e comer algo antes de ir. – Ele sugere. – Amanhã você continua sua jornada sem rumo.
Ela parece refletir algum tempo e depois se aproxima de James.
- E se eu for uma assassina procurada por ter matado o noivo e fugido?
- Bem, desde que eu não te peça em casamento eu não corro esse risco. – Ele brincou pegando a trouxa da mão dela.
- Espera. Mas, ela vai assim sem saber nada sobre ele?
- Mas ele também não sabe nada sobre ela.
- Ela era uma princesa.
- Mas ele não sabe disso.
- Eles são loucos.
- Posso continuar?
- À vontade.
Eles já estavam caminhando a alguns minutos em silêncio, ao norte já se avistava a aldeia mais próxima à fronteira do reino da Gália, aldeia esta também a mais importante do reino escocês.
- Você é sempre assim tão calada? – James perguntou se sentindo incomodado com aquele silêncio.
- Não me lembro. – Ela responde sem graça novamente.
James não comenta mais nada e os dois seguiram até a aldeia. A garota se sentiu incomodada com o silêncio de James e se irritou.
- A culpa não é minha! – Ela exclama meio exaltada. – A culpa é sua, você que me assustou!
- Do que você está falando? - Ele perguntou atônito.
- Ah, esquece. – Ela encerrou o assunto.
- Potter, a casa dele fica tão longe assim que até agora eles não chegaram? – Lílian interrompe Tiago mais uma vez.
- O que isso tem a ver? – Ele pergunta de saco cheio de ser interrompido.
- Mas está de noite, é perigoso eles andarem por aí sozinhos!
- Evans, ele é um cavaleiro! – Tiago disse como se fosse óbvio. – Ele pode protegê-la. – Tiago faz menção de se aproximar de Lílian.
- Fique onde está, Potter! – Ele se limitou a dar um sorriso. – E eu tinha me esquecido desse detalhe. Continua.
James e a garota perdida continuaram a andar por alguns minutos, quando algumas casas da aldeia começaram a aparecer. Antes mesmo de chegar a entrar mais para o centro da aldeia, James parou diante de uma casa não muito grande, porém bem cuidada e com um enorme jardim na porta, e se virou abruptamente para a garota.
- Bela dama sem memória, essa casa é o meu lar... – E de repente ele ficou pensativo olhando para a garota.
- O que foi? – Ela quis saber.
- Eu não posso continuar falando com você sem ao menos ter algum nome que eu posso te chamar. Precisamos fazer alguma coisa quanto a isso.
- E o que você sugere?
- Algum nome com “L”. - James respondeu de prontidão. – De acordo com o seu colar o seu nome começa com a letra “L”.
- Mas existem muitos nomes de pessoas com a letra “L”! – Ela disse tentado lhe mostrar que seria meio complicado escolher um só nome.
- Então usamos um nome de flor. – James disse sorrindo e se aproximando de uma das janelas da frente de sua casa e arrancando de lá uma flor. – Que tal se a partir de agora o seu nome fosse Lily? – Ele acrescentou entregando à garota um lírio azul, que ela aceitou com um sorriso em seus lábios.
- Aí, eu gostei dessa. – Lílian disse com os olhos brilhantes. – Lily foi uma ótima escolha!
Tiago não disse nada, apenas sorriu.
- Lily é um nome muito bonito, obrigada. – Lily agradeceu admirada.
- Então Lily, vamos entrar para você conhecer a minha casa e minha mãe também.
Eles não entraram pela porta da frente. James contornou a casa e os fez entrar por uma porta dos fundos, que Lily descobriu ser a porta da cozinha.
Ao entrarem lá, uma senhora estava de costas diante de um balcão cortando algumas folhas e raízes.
- Mãe? – James chamou pela senhora que logo se virou e sorriu para o filho.
- Oh meu filho, eu já estava ficando preocupada com a sua demora. – A senhora exclamou e abraçou o filho, olhando de seguida para Lily. – E ela, quem é?
- Ah mãe, ela é uma garota que eu acabei de encontrar desmaiada no meio da floresta. Ela não se lembra de nada do que aconteceu antes de ter acordado. Estou a chamando de Lily. Será que ela pode passar a noite aqui hoje?
A mãe de James fitou Lily por alguns instantes e depois sorriu bondosamente.
- Claro filho, por que não?
Nesse momento Lílian interrompeu Tiago novamente.
- Como assim "Claro filho, por que não?"? Ela é doida? Ela não sabe nada sobre a garota!
- Ela já tava mais que acostumada. - Ele responde sorrindo maroto.
Lílian se limitou a revirar os olhos.
- Muito obrigada, Senhora...
- Ah, que isso querida, pode me chamar apenas de Emily.
- Mamãe, arruma o quarto para ela então, porque ela deve estar cansada. - James disse para a mãe porque sabia que depois das apresentações sempre vinha o interrogatório. - Ela pode ficar no quarto da Sarah.
A mãe de James foi arrumar o quarto para Lily dormir.
- Sarah é sua irmã?
- Quase
Lily queria saber mais sobre Sarah, mas estava com vergonha de perguntar e parecer chata.
- Você talvez queira tomar um banho antes de dormir, não é? - James perguntou para Lily como se evitasse falar sobre Sarah.
- Ah sim, seria ótimo, se não for incomodo. – Lílian sorriu ainda curiosa.
James foi pedir para sua mãe preparar a água para Lily tomar banho.
- E então ela tomou banho e todos foram dormir e fim do dia. - Lílian interrompeu Tiago que a olhou assustado.
- Ué, não é isso que eles vão fazer?
Tiago se limitou a rir.
- Okay, vamos para o dia seguinte então.
- Não, calma, até parece que você não quer saber da história direito.
Lily viu James se encaminhar para a porta que supostamente seria do seu quarto aquela noite e se pos a observar o lugar onde se encontrava, apesar de simples, era organizado e limpo. Sorriu ao ver a comida que estava sendo feita e supôs que não deveria ter comido nada aquele dia.
Impaciente com a demora de James e louca para se livrar daquelas roupas sujas rapidamente, se aproximou da porta do quarto, quando ia bater, notou que a porta estava entreaberta e ouviu vozes alteradas lá dentro.
- Você não sabe nada dela, meu filho.
- Não é como se ela fosse ladra e estivesse aqui para roubar tudo o que nós temos.
- Talvez não. Mas, já viu o estado dela?
- Eu disse que a encontrei desmaiada. Nada mais normal.
- E quanto ao vestido? Noiva em fuga? – Emily diz sarcástica.
- Mãe...
- É um vestido de noiva. Caro. Provavelmente ela é uma dessas burguesas que não sabem nem que o país está em guerra.
- Eu não acho.
- Você vai se meter em confusões, filho. Grandes confusões.
- Não é como se eu gostasse dela. Apenas a estou ajudando.,
- Não se apaixone.
- Qual é mãe?
- Prometa-me. - Emily diz com uma expressão séria.
- Prometo. - James se limitou a concordar.
- E eu quero ela fora daqui amanhã. Nem mais uma palavra sobre isso. - Acrescentou ao ver que James iria discordar, voltou a arrumar a cama e James olhou para a porta impaciente e imaginou ter visto olhos verdes o observando, mas deveria ser só imaginação, já que ao fechar e abrir os olhos novamente não viu mais nada.
- Eu sabia, nenhuma mãe é louca o suficiente para aceitar que o filho leve uma estranha para casa assim.
James entrou na cozinha e encontrou Lily olhando pela janela concentrada. Calculou a distância que ela estava da porta do quarto e concluiu que ela não poderia ter ouvido nada.
- Você poderá tomar banho logo.
- Obrigada. - Lily se virou na direção dele e sorriu. - Será que depois do banho eu poderia comer?
- É claro. Deve estar com fome, eu também estou...
De repente, os dois escutam batidas na porta da cozinha.
Lily se assusta, mas James apenas sorri.
- Não se preocupe, já imagino quem seja. - James explica para a garota que parece estar assustada.
Antes que James chegasse até a porta, a pessoa que estava do lado de fora a abriu.
- Hey James, você já está pronto?
James boceja e Lílian olha para ele irritada.
- Ah não, não nem pense em parar a história agora.
- Mas Lí... Evans, eu estou muito cansado, preciso descançar, hoje eu tive um dia exaustivo. - Tiago se explicou. - E nós nem namoramos ainda, você não pode ficar me deixando cansado todas as noites, não é verdade?
- Potter!
- Evans! - Ele a olhou irônico.
- Ok. Mas prometa que amanhã você volta.
- Eu sempre volto.
- Isso não é uma promessa.
- Tentarei.
- Isso também não é.
- Depende da minha recompensa.
- Pense que a minha presença e eu te suportar já é mais que uma recompensa.
- Você é a modéstia em pessoa.
- Aprendi com o melhor. - Lilían sorri, mas desmancha o sorriso ao perceber que estava compartilhando momentos engraçados com o arrogante Potter. - Prometa.
- O que? - Se fez de desentendido.
- Potter, por favor. Não faça com que todo o meu esforço e o meu bilhete não sejam desperdiçados. Prometa que amanhã estará aqui e me narrará mais.
- Ta. Agora tenho que ir, Evans. Boa noite.
Ele se curva para frente como se fosse beijá-la ao que ela fica imóvel, mas ele apenas se levanta e se encaminha em direção a porta.
N/A:
July: Hi people from my heart!!!!
Nat: We back again. BETTER LATE THAN EVER
July: WE HOPE YOU LIKE THE CHAPTER
Nat: As soon as possible we write the next.
July:It’s always good to remember, COMENTS, PLEASE.
XOXO,
Nat Granger & July Evans.
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