Vizinhos: a melhor coisa do mu
Vizinhos: a melhor coisa do mundo – Capitulo 1
- Ah vamos, por favor! - minha amiga me pedia, exasperada, numa ultima tentativa frustrada. – Ginny, por favor, é o meu casamento!
- Mas porque com ele? Eu não posso ser madrinha com aquele seu vizinho bonitinho? Porque com ele? Eu perguntei, abismada. É impressionante como Hermione consegue tirar a paciência de alguém quando quer, impressionante! Se bem que Weasley não tem muita paciência mesmo, mas que seja!
- Cristo, de novo isso Virginia Molly Weasley? – ela exclamou, furiosa. Eu me encolhi um pouco no sofá. Alem de uma Hermione nervosa não ser um bom sinal, quando ela me chama pelo nome inteiro vem merda. – Você é minha melhor amiga e ele é o melhor amigo do Ron e meu também! Por Deus, você só ficará parada ao lado dele por uma hora e meia e dançará com ele menos de cinco minutos! Deu! Acabou! Chega de drama! E se não for nunca mais olho na sua cara!
Ok, ai foi demais pra mim. Ela esta me chantageando, pô!
- Grande coisa. - Eu falei com desdém e me levantei do meu sofá amado, passei pelo balcão que separava a sala e a cozinha e sentei em um banquinho atrás dele, preparando algo para comer. Sempre que me irrito ou me vejo em uma situação sem controle eu como. “Já era pra você estar do tamanho de uma melancia gigante então.” Uma vozinha irritante ecoou na minha cabeça. Eu odeio ela. – Olha Hermione, não é me chantageando que você chegará em algum lugar, você sabe.
-ÓTIMO! ÓTIMO! – Uma Hermione descontrolada berrou. Bom, eu não a censuro, até acho que demorou. A um mês ela vem tentando me convencer a ir no casamento dela com Ron com aquela criatura abominável. Mas eu não vou. Eu posso ir até com Merlin sem calças, mas com ele eu não vou! – EU DESISTO! DESISTO MESMO! E ESSA SUA ATITUDE INFANTIL VIRGINIA, SÓ PROVA QUE VOCÊ NÃO CONSEGUIU SUPERAR O QUE TE ACONTECEU NO PASSADO, SABIA? VOCÊ BANCA A FORTE, MAS NEM SEGUIR EM FRENTE COM MEDO DAS LEMBRANÇAS VOCÊ CONSEGUE!
Eu fiquei abismada. Como, como ela falava aquilo de mim? Ela sabe tudo o que eu sofri desde sempre por aquele energúmeno e agora ela me fala esse monte de barbaridades?
-BOM, EU QUERIA VER COMO VOCÊ, HERMIONE GRANGER, A ETERNA SABE-TUDO DE HOGWARTS, SE SAIRIA AO SER POSSUIDA POR VOCE-SABE-QUEM AOS ONZE ANOS DE IDADE, SER SALVA POR ALGUEM QUE NUNCA TE VIU ALEM DE ‘A-IRMA-MAIS-NOVA-DO-MELHOR-AMIGO’, PASSAR ANOS COM ESSA PESSOA PERTO E AO MESMO TEMPO DISTANTE DE VOCE, SENDO QUE VOCE CONGELARIA O INFERNO PRA ELA OLHAR PRA VOCE E DAR UM SORRISO VERDADEIRO!
Não sei como mas sei que eu já estava de pé,os cabelos bagunçados e parada em frente a minha futura cunhada.Hermione me olhou abismada. Parecia que tinha se dado conta da estupidez que fez.
-Olha Ginny, me perdoe eu... – mas antes que Hermione pudesse formular um pedido de desculpas decente pra mim aceitar, o que eu duvido muito, porque nem que ela se atirasse no chão e implorasse pela alma da mãezinha viva dela eu a perdoaria, adentrava no cômodo com um ar irritantemente superior e zombeteiro, obviamente dirigido a mim, o ser que eu mais odiava no mundo: Harry James Potter.
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Bom, com certeza a vida me odeia. FATO! Eu chego do trabalho, morto de cansado, doido por um banho, uma xícara de chocolate quente e minha amada cama, quando ouço berros vindos do apartamento ao lado. Onde, eu me pergunto, onde eu estava com a cabeça quando comprei um apartamento ao lado do apartamento de Virginia Weasley, aquela ruiva infernalmente perfeita? Deus, como eu a odeio! Sempre, desde seu 5° ano, dando uma de gostosa do pedaço, porque virou popularzinha entre os garotos. Eu realmente não sei como eu fui parar entre essa porcentagem de garotos, juro que não sei! Okay, talvez eu saiba. Com aquelas pernas bem definidas pelos treino de quadribol, a cintura fina na medida exata, o busto farto, beeem farto dela e os cabelos ruivos caindo elegante e displicentemente em cascata pelas costas, com certeza, não permitiam que Ginny Weasley passasse despercebida pelos corredores daquele castelo. Mas também não fazia com que eu detestasse mais o jeito dela. Quando foi que ele se tornou arrogante comigo que eu nunca percebi? Bom, se ela era arrogante comigo, eu também seria com ela, entende? Então foi assim que passamos dois verões insuportáveis - pois Ron tinha ido pra casa de Hermione, já que namoravam desde o fim do nosso 4° ano, os irmãos Weasley estavam todos com namoradas ou trabalhando, o Sr. Weasley vivia no trabalho e só sobrava a pobre Sra. Weasley em casa que, incrivelmente iludida, nunca viu uma única briga sequer entre eu e Ginny, coisa que, impossível de se negar, acontecia em todo e qualquer momento – e dois anos escolares como cachorro e gato e, acredite, eu adorava ser o cachorrão da historia. Mas bom, eu, Ron e Hermione nos formamos e moramos durante um ano juntos. Até que eu não suportei mais ver a agarração deles em todos os cômodos da casa, todos mesmo e fui atrás de um apartamento só meu. E achei um muito bom, por sinal. Perto da Londres trouxa e bruxa, perfeito mesmo. Se não fosse a vizinhança. Mas quando eu comprei, eu nem sonhei que uma semana depois eu descobriria que tinha como vizinha a garota mais gostosa que já apareceu em Hogwarts e que eu mais odiava. Mas o fato é que um dia eu levantei, todo feliz por morar sozinho, vou pra porta pegar o leite que o leiteiro trouxa deixa na porta toda manha e qual não é minha surpresa ao ver saindo do apartamento em frente magnificamente vestida Virginia Weasley? Ela me olhou nos olhos - Deus, eu sempre amei os olhos dela – fez uma cara de ‘Merlin com certeza acha que eu o matei’, trancou a porta e saiu sem me dirigir a palavra. E tem sido assim todas as vezes que nos cruzamos sem sermos forçados pelas reuniões ministeriais ou Weasley, porque nessa ultima, nós quase arrancamos os olhos um do outro com as mãos de tanto ódio mutuo. A Sra. Weasley, coitada, sempre se perguntava como de uma hora pra outra, pessoas amigas começaram a se odiar daquela forma.
Mas voltando, eu ouço berros muito conhecidos vindos do apartamento ao lado e isso me deixou meio puto. Porra, porque não podia ter vizinhos normais, não um louca retardada que tem a classe de uma vadia de esquina? Puta que pariu, meu... Okay, eu tenho que parar de andar com o Ron. Eu jogo minha capa em cima do sofá, me olho no espelho, bagunço o cabelo, graças a Deus não uso mais óculos, tenho que agradecer a Mione por aquele feitiço que curou a miopia, dei uma piscadinha pro meu reflexo e sai. Eu definitivamente me amo.
Vi a porta do apartamento dela aberta e entrei sem nem pedi e encontrei as duas paradas entre a sala e a cozinha de pé. Hermione com uma cara de morta viva, trajando as vestes ministeriais ainda, gaguejando algo pra Ginny. Esta, por sua vez, estava num conjunto muito provocante de baby doll branca pra alguém do sexo masculino como eu, as mãos fechadas em punho e o rosto contorcido em raiva, embora se notasse o brilho de lagrimas nos olhos.
Merda, eu odeio isso nela! Eu brigo, brigo r brigo com essa ruiva, mas só de ver a possibilidade de ela derramar uma única lagrima me faz ter vontade de partir ao meio o ser desgraçado que provocou isso nela e de abraçá-la e consolá-la e levá-la pra casa, no bom sentido.
Então, ela percebeu na minha presença e eu tratei de por um ar zombeteiro na cara, como se me segurasse pra rir da cena, coisa que não faria nem sob pena de morte. Ela piscou rápido, disfarçando as lagrima, e dirigiu-se a mim.
-Quem pediu pra você se meter na minha casa, Potter? – a voz dela saiu firme e fria. Eita ruiva com o rabo virado pra lua viu? – Pelo o que me lembre, a sua casa é na porta a frente, pra minha terrível infelicidade.
-Ora, não seja tão rude com o seu vizinho, Ginnyzinha. – Eu fui até ela e segurei seu queixo, rindo. Hermione já tinha sentado na poltrona mais distante de nos. Cérebro essa ai tem, pode apostar. – Eu venho aqui todo solidário, saber o motivo do seu pequeno escândalo com a minha amiga e você me trata assim? Olha que eu posso não te amar mais hein?
-Olha aqui Pottynho – Ela falou, num sussurro quase inaudível.Oh-oh, terreno duplamente perigoso. Primeiro porque quando ela fala assim é porque depois via berrar pra caralho e segundo porque eu odeio que me chamem de Pottynho. Oh, vai ser uma briga das boas com a Ginnzinha. – Ginnyzinha é o desgraçado que teve a idéia de te por no mundo – eu sabia que ela não falaria isso, mas acho que ela pensou que minha mãe não tinha culpa de ter um degenerado como eu pra chamar de filho, Ginny sempre me disse isso – Depois, ninguém pediu pra você se meter na minha vida, coisa que eu te digo a anos mas você nunca escuta. E eu lá me importo com o que você supostamente sente ou deixa de sentir por mim?
Eu soltei uma gargalhada verdadeira. Aquela ruiva era insuperável. Me aproximei mais e falei, num sussurro aparentando descaso,mas essas aproximações com ela sempre me tremiam as bases, por mais que eu odiasse isso.
-Voce se faz mas esta na cara que morre sem mim, ruivinha. Para de fingir. Eu dei aquele sorriso cafajeste que ela sempre odiou. Ela parecia me mutilar com os olhos e eu tornei a rir. Lhe dei um beijo rápido no rosto e tornei a observar a reação. O beijo parece sempre desencadear a fúria dela. E eu adoro isso.
Ela veio vindo pra cima de mim me socando com os punhos fechados em todos os lugares que alcançava, berrando e me forçando a recuar.
-VOCE PENSA QUE É QUEM HEIN? NÃO É POR SER O SR. HARRY ‘EU-SALVEI-O-MUNDO-MAGICO’ POTTER QUE VOCE PODE INVADIR A MINHA CASA E FALAR O QUE QUISER DE MIM, SEU IMBECIL!MORRO SEM VOCE? MORRO SEM VOCE? EU MORRO QUANDO VOCE ESTA POR PERTO, SEU DESGRAÇADO! AINDA NÃO PERCEBEU QUE EU TE ODEIO? TALVEZ EU PRECISE DEMONSTRAR MAIS NÃO É? – e nesse momento ela começou a me chutar também. Okay, essa era nova. Caralho velho, minhas canelas vão doer depois! – E AGORA FORA DA MINHA CASA POTTER, FORA! E VOCE TAMBEM GRANGER! – ela olhou pra Hermione como uma assassina olha pra sua vitima. Pobre Hermione, também sofreria a fúria de Virginia Weasley.
-O QUE FOI QUE EU FIZ? – Hermione berrou indignada – QUEM ATORMENTOU FOI ELE, NÃO EU!
-O QUE VOCE FEZ? O QUE VOCE FEZ? SERÁ QUE TODAS AS BARBARIDADES QUE VOCE FALOU JÁ NÃO BASTAM, DROGA?
Então, seja lá o que Hermione tinha dito a ela, pareceu voltar a mente dela e, por incrível que pareça, pois eu e ela ainda estávamos no mesmo cômodo, a raiva parecia ter sido substituída por magoa, tristeza, e ela se apoiou na parede, fechando os olhos momentaneamente, como se prendendo as lagrima pra si, reabriu-os e se dirigiu a porta aberta, segurando a maçaneta.
-Por favor, saí Harry.
Meu queixo encontrou o assoalho dela. Ela me chamou de Harry! Desde os meus 14 anos eu não ouço essas cinco letras saindo da boca dela!
-O que é? Ela me olhou confusa.
-Você não me chamou de Potter. Nem Potty, nem imbecil, degenerado, energúmeno nem nada do gênero. Me chamou de Harry. Eu falei, com um puto assombro na voz.
-Não mudou de nome foi? – ela falou, meio ríspida – Agora sai, por favor.
Eu fui pro meu apartamento, assombrado com aquilo, mas ainda ouvi Ginny falando pra Hermione:
- Eu vou no seu casamento Granger e farei casal com o Potter, agora fora. Ela tava parecendo mais puta com a Mione do que comigo e... pera pera pera! A Ginny era a minha acompanhante no casamento? Aaah, ta explicado porque eles não queriam me contar! Nem aceitar ela tinha aceitado!
Ouvi Hermione murmurar um “Obrigada e desculpa qualquer coisa’’, desaparatar e Ginny bater a porta com tudo.
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Fechei a porta com estrondo, me encostei nela e escorreguei ate o chão. Em flashes, tudo o que Hermione me falou veio a minha cabeça. E aquilo me feriu profundamente. Não vou falar que eu sou o ser mais forte do planeta, mas acho que pra tudo que eu já passei, eu resisti bem. Porque eu podia ter complexo do mundo, fobia de gente e nunca por o nariz pra fora de casa, mas não. Eu tenho meu emprego de auror estagiaria, eu saio com meus amigos a noite pra me divertir, eu visito minha família aos domingos, eu tenho rolos com alguns caras, eu vivo como uma garota de 19 anos normal! Ela não tinha o direito de falar aquelas drogas pra mim, pô! Sequei as poucas lagrimas que escorreram e me levantei. O casamento era daqui a dois dias e eu precisava achar um vestido que calasse a boca da família inteira sobre a ‘Ginnyzinha’. Estava cansada deles me verem como uma menininha indefesa. Vão ficar com o queixo no chão. Limpei as lagrimas, corri pro quarto, me troquei, passei uma maquiagem normal pro dia, me olhei no espelho e falei, com minha auto-confiança habitual.
-Hoje, a Londres trouxa vai falir na minha mão. Girei nos calcanhares e desaparatei.
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N/A: olaa :D
fic nova aqui (:
espero que gostem, faz tempo³ que não escrevo ~~:
Comentem, por favor :’D
:**
.xx majú black
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