A noite pt. 2
A música tocava cada vez mais alto ou pelo menos era isso que Luna achava. Ela não estava interessada em dançar, como todas as outras pessoas na festa pareciam estar.
A loira preferia um lugar mais sossegado para que pudesse conversar com o croata, mas ele não saíra da pista de dança desde que ela tinha chegado.
“Já que o croata não vai até a inglesa, a inglesa vai até o croata” – pensou, decidida.
Ela não fazia idéia de qual era a língua cantada na música, mas o ritmo era bastante compassado e sensual. Resolveu dançar, mesmo sem vontade, para despertar a atenção do homem.
Inicialmente ela tinha pensado em dançar com Gina, entretanto a amiga parecia estar feliz demais dançando com o tal Pepino. Não quis atrapalhar, pois.
Sozinha, começou a dançar de seu jeito, balançando os braços e a cabeça da forma que achou mais conveniente e, às vezes, lançava olhares furtivos ao croata.
Ela definitivamente sabia se divertir sozinha.
- O que a seu amiga estar fazer? – Ariston perguntou. Gina olhou a amiga, que estava fazendo um movimento que lembrava uma espécie de reverência.
- Acho que ela está dançando. – respondeu sorrindo.
- Sozinho? – ele pareceu sentir um pouco de pena.
- Ela é assim mesmo. Nunca se importou com o que as pessoas pensam dela.
- O quê? Eu non ouvir derreito. – ele disse aproximando o ouvido do rosto dela.
Gina sorriu.
- Eu só disse que ela não precisa de nenhum de nós agora. – e continuou sorrindo.
- Mesma que prrecisasse eu non deixar você sair de perta de mim agorra. – ele se aproximou um pouco mais.
- Duvido que você conseguisse me impedir.
- Eu pegar pomos menorr que seu mão. Achar que conseguir segurar você também. – o tom dele era divertido. Para serem ouvidos, conversavam falando um no ouvido do outro.
- Você não vai precisar usar esse seu dom hoje. Não pretendo fugir de você. – ele riu – Mas devo avisar que se eu precisar, eu sumo mais rápido que qualquer pomo.
- Obrrigado por avisar. Agorra eu non tirrar mais olho de você. – disse rindo.
- Cuidado. Se olhar muito pode acabar pisando onde não deve e acabar caindo. - Gina indicou com a cabeça, enquanto falava, que queria sair da pista e eles foram caminhando em direção ao bar.
- O que por exemp... – ele não terminou de falar porque não viu o degrau que separava a pista de dança do bar e tropeçou.
- Por exemplo, esse degrau. – disse a ruiva rindo muito e ajudando-o a se levantar.
Luna, que já não dançava e estava sentada próxima ao bar, viu o tombo e não pôde deixar de rir. Gina realmente sabia como fazer os caras caírem por ela. Literalmente.
- Cuidado com os seus sorrisas. Qualquer um que passar pode pensar que você estar sorrindo para ele. – Luna viu um belíssimo loiro de olhos verdes de aproximar. Alto e com os músculos conseguidos com o Quadribol, ele parecia simplesmente um deus.
- Dependendo da pessoa que achar isso, eu até acharia bom o pequeno engano. – Luna respondeu em tom de brincadeira para o croata. O seu croata.
- Se eu achasse isso? Seria bom a engano? – ele perguntou sorrindo.
- Ah não. No seu caso não seria um engano. Eu venho sorrindo pra você desde que te vi no meu camarote. – respondeu sem rodeios, mas sorrindo.
- Você é bem direta, não? – ele pareceu positivamente assustado.
- E você tem um ótimo inglês. – ela mudou de assunto.
- Ah, obrigado. Eu moro na Inglaterra há bastante tempo. Jogo no Chudley Cannons. – Luna notou um quê de orgulho na sua voz.
- Você mora na Inglaterra?! – ela perguntou, feliz.
- Sabe? Geralmente essa não é a reaçam normal. Geralmente falam ‘Chudley Cannons?!’. – ele disse rindo.
- Ah, eu não me preocupo muito com Quadribol.
- Então o que você está fazendo em Copa de Quadribol? – ele não estava zangado.
- Me enganaram. Eu achava que vinha ver o milagre do nascimento de Leopardos Bufantes. – ela disse fingindo uma cara de inconformada.
- Você é ótima. – ele disse rindo – Meu nome é Palek Kovach.
- E o meu nome é Luna Lovegood.
- Encantado em conhecer você. – ele disse dando um beijo na mão dela.
- Sabe que esse seu gesto é considerado meio piegas? – ela disse sorrindo gentilmente.
- Não te agrada? Perdam. – ele pareceu envergonhado.
- É claro que eu gosto. – ela respondeu – Só estou dizendo que alguns podem pensar que é uma estratégia barata para conquistar uma mulher.
- E como eu devo cumprimentar uma dama, então? – ele parecia confuso.
- Qualquer mulher que não seja eu, você pode cumprimentar só com o aperto de mão. É suficiente. – ela respondeu sorrindo.
- E você? Eu devo cumprimentar como? – ele respondeu sorrindo, começando a entender.
- Bem. Como eu sei que isso não é uma estratégia, você pode continuar com os beijos. – ela respondeu sorrindo.
- Só nas mãos? – ele perguntou sorrindo de leve.
- Quando formos mais próximos você pode dar beijinhos na bochecha. Eu deixo. – ela disse fingindo indiferença.
- E dançar? Eu posso dançar sem parecer... Como você disse? Piego?
- Pi-e-gas. – ela disse com calma - Mas você pode dançar sim.
- E você? Pode dançar? Ou seu namorado ficaria com ciúmes?
Luna riu de novo.
- Outra estratégia piegas. Mas eu não tenho namorado, se é isso que você quer saber.
- Isso quer dizer que eu sou pieg-gas. – ele falou meio incerto.
- Sorte sua que você é bonito. – ela disse no mesmo tom descontraído de sempre.
- Você é realmente única, Lovegood.
- Ah... Me chama de Luna. E agora sim você finalmente falou alguma coisa que me agradou. Viu? Não é tão difícil.
- Tenho que praticar mais, entam.
- Talvez. – ela disse olhando distraída pra pista.
- Você não me respondeu se quer dançar.
- Eu quero.
- Então vamos?
- Eu não disse que queria dançar com você. Eu disse apenas que queria dançar.
Ele ficou desconcertado.
- Para sua sorte, no entanto, eu quero dançar com você. – ela disse levantando e estendendo a mão para ele e foram ambos, sorridentes, para a pista de dança.
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- Ah... Eu senti tantas saudades de estar assim com você. – Hermione disse, encostada no peito nu de Draco.
Ele deu um pequeno sorriso.
- Bem que você cumpriu direitinho a promessa. – disse acariciando a cabeça dela, que ruborizou.
- Eu já te falei que senti a sua falta. – justificou-se, com um pouco de vergonha.
- Não precisa ficar assim não. Eu não estou recriminando você. Pelo contrario.
- Essa foi a melhor tarde da minha vida. – ela disse sorrindo abertamente.
Ele não respondeu, mas o seu silencio foi bem significativo: ele também achava isso.
Eles ficaram ali, abraçados, por um bom tempo.
- Onde será que as pessoas estão? O jogo com certeza já acabou. Quem será que ganhou? – ela perguntou enquanto redesenhava a marca negra do braço dele com os dedos num movimento distraído.
- Quem se importa? – ele disse docemente, mas tirando o braço rapidamente.
- Você se incomoda que eu mexa na sua marca? – ela perguntou, seria.
- Isso faz parte de um passado que eu queria esquecer. – ele respondeu sem olhar pra ela.
Aquela era a primeira vez que citavam o assunto, sem ser em uma discussão.
- Você se arrepende?
- Claro, Mione. Aquele mundo nunca foi pra mim. Ao mesmo tempo que o mundo do Potter também nunca foi. Eu tive que escolher um lado e aquele me pareceu o mais cômodo, por causa da minha família. Mas eu nunca me conformei muito com o que Você-sabe-quem fazia com as pessoas. Na teoria até parecia engraçado pra mim, mas ver e fazer aquelas coisas não era tão engraçado.
- Ainda tem medo de falar o nome dele?
Ela tinha ternura na voz e ele, remorso.
- Não que eu tenha medo, mas falar o nome dele só ia me fazer parecer tudo mais real. Nós nunca falávamos o nome dele.
Hermione entendeu que o “nós” se referia aos Comensais da Morte.
- Ainda bem que isso já acabou. – ela disse de coração.
- Acabou pra vocês, que escolheram o lado certo pra lutar. Até hoje tem gente que duvida de mim, que me olha torto na rua. Você sabe que ainda tem seguidores dele por ai, esperando a chegada de um novo líder pra guiá-los. E tem muita gente que acha que eu seria um deles.
- Isso só porque você tem essa marca no braço? Isso não quer dizer nada! – ela estava indignada.
- Significa muita coisa, Hermione. Minha casa foi a sede de Você-sabe-quem e dos Comensais no ano da Batalha Final. Essa marca, na teoria, significa que eu fui considerado um seguidor digno de ser marcado com o símbolo dele, por mais que não tenha sido, na verdade. Ele me marcou pra assustar a mim e a meus pais. E eu posso dizer que ele teve sucesso em relação a isso. Essa marca é uma um fardo maior do que aparenta ser.
- Eu queria tanto saber uma forma de apagá-la. Achei que ia sumir depois da morte de Voldemort.
Ele desviou os olhos ao ouvir aquele nome.
- Esse é um castigo que eu vou levar comigo pra sempre.
- Eu acho um absurdo essas pessoas que nem te conhecem e já te julgam só por causa de um erro que você cometeu no passado. Só por causa de uma marca idiota que...
Draco viu que ela tinha lágrimas nos olhos e a interrompeu.
- Não adianta se lamentar agora, Mione. Isso não tem mais volta. Eu já segui com a minha vida e me dei muito bem, por sinal. – ele disse sorrindo – Estou longe de viver modestamente. Não me importo com as pessoas me olhando torto. Sempre, desde mais novo, teve muita gente que não gostava de mim e eu nunca me importei com isso. Eu não preciso de muita gente pra me sentir satisfeito com a minha vida.
- Só pra você saber, eu gosto muito de você. – ela disse, ainda chorosa.
- E eu não gosto de ver você chorar, ainda mais por causa de mim. Posso ver um sorriso? – ele disse olhando profundamente pra ela.
Ela deu um sorriso visivelmente fingido.
- Nossa! – ele disse rindo – Isso foi horrível.
Ela finalmente riu de verdade.
- Agora sim. Um sorriso digno da sua beleza.
Ela ainda sorrindo, disse pra ele.
- Eu nunca imaginei que você pudesse ser uma pessoa tão amável.
- Eu também não pensei que pudesse ser tão meloso. Acho que a culpa, nesse caso, é toda sua.
E os dois sorriram.
- Ah... Eu estou com tanta vontade de andar por ai e me exibir do seu lado.
- Então vamos. – ele disse num ar natural.
Mione se assuntou.
- Serio mesmo?
- Você não queria saber quem ganhou? Vamos sair por ai e descobrir. É até melhor, porque assim a gente evita de encontrar a Parkson e o Zabini.
- Ela está na mesma barraca que você? – a morena não conseguiu conter as suas palavras.
- Nhá... Você não tem com o que se preocupar. Ela está namorando o Zabini agora.
- Isso não quer dizer nada. Ela ainda é apaixonada por você. – eles já começavam a se vestir.
- Mas que cena de ciúmes é essa? – ele parecia estar se divertindo com aquilo tudo.
- Eu sei coisas suficientes dessa mulher pra não querer nunca mais nem olhar na cara dela. E uma dessas coisas é que ela ainda não perdeu a vontade de te conquistar. Ela que separou a gente, Draco.
- Pois eu acho que você está exagerando. Nenhuma hora nessa viagem ela demonstrou dar em cima de mim.
- Você que pensa. – ela respondeu saindo da barraca e sendo seguida por ele.
- Eu estou falando serio, Draco, quando eu te digo que foi ela que separou a gente. Ela mesma me disse que tinha esperanças de ficar com você e que estava usando o Zabini pra isso.
- Do que você está falando? – ele estava tão sério quanto ela.
Mione, então, contou todo seu encontro com Parkson e Draco um sentimento de ódio ia crescendo dentro dele à medida que a morena prosseguia com a história.
- Eu não posso acreditar nisso. – ele disse, finalmente, depois que ela terminou de falar.
- Você está duvidando de mim? – Hermione pareceu ofendida.
- Não é em você que eu não acredito. Eu não acredito em como essa mulher foi capaz de se intrometer na minha vida desse jeito. Mas ela me paga.
- Espera, Draco. Esquece isso, pelo menos por agora. Não vamos estragar mais ainda essa noite, que tinha tudo pra ser perfeita.
Ele não pareceu muito convencido, mas cedeu.
- Eu só não quero mais que você fique na mesma barraca que aquelazinha. Você vai dormir na minha hoje. Não tem tanto conforto quanto a sua, mas como já vamos embora amanhã... O que você acha?
- Eu acho válido. – ele disse depois de um tempo. Hermione sorriu.
- Não vamos pra lá ainda. Vamos dar aquele passeio que você me prometeu.
Ele, para surpresa e alegria dela, pegou a sua mão. Não disse nenhuma palavra sobre isso, entretanto, e Mione também preferiu nada comentar.
Estava feliz demais naquele momento pra se importar com qualquer outra coisa.
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- Oh, eu me diverti tanto essa noite. – Gina disse, sorridente.
- Que pom que você gostar tanto do minha companhia quanto eu gostar da seu. – Ariston respondeu contente.
A festa tinha terminado. Tanto Gina quanto Luna só saíram de lá porque a musica acabara e pararam de servir as bebidas
- Pena que acabou tão cedo. – Gina suspirou.
- Você tem razão. – Luna disse, rindo – É realmente uma pena que acabou e é realmente cedo. Pelo avançado da hora já é impossível dizer que está tarde.
- Do que você está falando? –Gina falou virando-se para encarar a amiga, mas sem soltar a mão de seu acompanhante.
- Já vai amanhecer, Gi. – a loira respondeu.
- É mesmo. Já saum cinco e meia de manham. – Palek disse, assustado.
- Nossa! – a ruiva disse num sobressalto – Nem percebi que a gente tinha passado tanto tempo na festa. Passou tão rápido.
- Quando a gente está se divertindo o tempo voa. – a loira disse, vagamente.
Os quatro caminhavam, felizes. Cada mulher de mão dada com seu respectivo acompanhante, todos sorrindo e conversando amigavelmente.
Enquanto andavam escutaram risadas que não pertenciam a nenhum do grupo. Um casal ia se aproximando e se tornando cada vez mais nítido. As mulheres ficaram surpresas.
- Hermione? – Gina falou meio incerta.
- Malfoy? – Luna perguntou, desconfiada.
- Ah. Oi, meninas. – Mione respondeu com um sorriso – O que vocês estão fazendo acordadas tão cedo?
- Na verdade ainda nem dormimos. – Luna respondeu, deixando de olhar para o loiro – Estávamos na festa de encerramento dos jogos.
- Você não é o Kovach? – Draco se manifestou pela primeira vez, percebendo a presença do jogador.
- Ah, que falta de educação! Nem apresentamos vocês. – disse Gina, dando um tapinha na testa – Esse é sim o Palek Kovach, jogador do Chudley Cannons. – ele deu um aceno de cabeça e um sorriso simpático, que foi retribuído pelo casal – E esse é o Ariston Pepinj, jogador da seleção da Holanda, que ganhou o jogo hoje. – podia-se notar claramente um certo orgulho na voz dela – E esses são Draco Malfoy e Hermione Granger.
- Parabéns. – a morena disse, com sinceridade – Soube que vocês fizeram um belo jogo.
- Ser um jogo pem difícil, mas o que importar é que Holanda ganha. – ele disse feliz.
- Você ia gostar de ter visto. – disse Luna com um olhar expressivo pra Mione – Mas imagino que você teve motivos mais musculosos, ou melhor, mais fortes.
Hermione corou, mas não deixou de sorrir.
- E vocês? – Gina disse, contendo o riso – O que fazem tão cedo fora da barraca?
- Resolvemos dar um passeio. – seu tom era divertido, mas definitivo: não falaria mais nada.
- Então não vamos mais atrapalhar vocês. – Luna disse e depois de virou para a amiga e disse bem baixinho para que só ela escutasse – Quando eu acordar, nós temos muito o que conversar.
- Temos mesmo. – a morena respondeu olhando para os dois jogadores, que falavam alguma coisa com Draco e Gina.
As duas amigas sorriram e Luna foi se juntar ao grupo. Malfoy voltou a dar a mão para Mione e todos voltaram a andar como antes do curto encontro.
- Eles parecem ser simpáticos, não acha? – Mione falou, tranqüilamente.
- É... A Weasley está mesmo saindo com aquele jogador?
- Por que você quer saber? – ela perguntou, desconfiada.
- Porque, se estiver mesmo, o Potter não vai ficar nada feliz em saber. – ele disse dando um sorriso maldoso.
- A Gi e o Harry não namoram mais. Ela tem direito de sair com quem ela quiser. – ela estava um pouco nervosa.
- Eu sei disso. Mas se eu estivesse no lugar dele, não gostaria de ver a minha ex-namorada saindo com um dos meus grandes inimigos. – ele continuava se divertindo muito com a situação.
- Inimigo? Do que você está falando? – ela agora estava puramente curiosa.
- Esse tal de Pepinj joga na seleção, mas também trabalha no Ministério Holandês. – ele continuou, mesmo depois da demonstração de espanto da mulher – Ser jogador de Quadribol não é um emprego de tempo integral. Ele só precisa se dedicar perto dos campeonatos.
- Ta, mas o que isso tem haver com o Harry? – esse papo de Quadribol não a animava muito.
- Esse Pepinj foi uma vez para Inglaterra representando o Ministério dos Esportes do país dele e levou a namorada pra passear. Então, enquanto ele trabalhava conheceu o Potter. – Mione estava bem interessada na história – Não sei muito bem dos detalhes, mas parece que o testa-rachada andou traçando a namorada do cara. Ele foi defender a honra e deu uma surra no quatro-olhos. O seu amigo sempre foi mais valente com uma varinha na mão, mas, sem ela, não passa de um frangote. – Draco riu.
- Nossa, que horrível. O Harry andou fazendo umas coisas deploráveis depois que venceu a Batalha Final. Acho que ele deixou isso subir a cabeça dele. Quando foi isso?
- No começo do ano. – ele disse, dando um bocejo.
- Pelas barbas peroladas de Merlim. – Hermione exclamou.
- O que houve? – o homem perguntou num sobressalto.
- Foi no começo do ano que ele traiu a Gi. E eu lembro que ela só descobriu porque quis saber o porque dele estar tão injuriado.
Draco levantou as sobrancelhas e riu.
- Então rolou um troca-troca.
- Deixa de ser insensível. – ela disse sem conseguir conter o riso, entretanto – Eu preciso avisar Gina sobre isso.
- Você pode conversar com ela mais tarde. Agora eu estou morrendo de fome. Que tal irmos comer alguma coisa?
- Você é mesmo um insensível. – ela disse, ainda sorrindo.
- Faz parte do meu charme. – ele respondeu com um sorriso safado.
- E esse seu ego permite que eu te guie para a minha barraca? Ou ele prefere encontrá-la sozinho?
- Eu prefiro ir pra sua barraca e ficar sozinho com você lá.
Hermione não pôde deixar de pensar que ele realmente tinha charme.
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- É aqui. – Gina disse, indicando a barraca que dividia com as amigas. – Obrigada pela noite maravilhosa.
- Obrrigada focê por ter melhorrado ainda mais a minha noite. – Ariston disse, docemente.
- Eu gostei mesmo de te conhecer, Sr. Pepinj. – ela disse, rindo.
Ele deu um pequeno riso e a beijou ardentemente.
- Eu também gostar muito de te conhecer, Gi-na. E se você deixar eu escrever para você.
- Eu iria adorar que você escrevesse sempre. – ela sorriu e, depois de um breve silencio, disse – Boa noite, ou bom dia... não sei mais.
Os dois riram e depois de mais um beijo ele foi embora.
- É ruim dizer tchau pra eles, não? – Luna disse olhando para Palek, que também ia embora.
A loira tinha o rosto ruborizado e os lábios um pouco inchados, mostrando que a sua despedida foi um pouco mais quente do que a da ruiva.
- É mesmo. – foi só o que Gina pôde dizer.
Quando as duas já estavam em seus trajes de dormir e o sol já brilhava do lado de fora da barraca, Hermione chegou com Draco.
- Gina, eu preciso falar com você.
- Ahh... Não pode ser mais tarde? Eu estou morrendo de sono.
- Eu preciso te falar logo. É sobre o seu amigo, o Pepinj. – estava inquieta.
- O que tem ele? – um pouco de interesse deu lugar ao seu tom de preguiça.
- Ele era o namorado da...
- Eu sei exatamente quem foi a namorada dele. A gente já conversou sobre isso. Mas obrigada pela sua preocupação, amiga. E se era só isso, agora eu já vou dormir.
- Eu te disse que você não precisava se preocupar com ela. – Malfoy disse, passando a mão em volta da cintura da morena.
- Desculpa, mas o que você está fazendo aqui? – a ruiva olhou, meio rancorosa.
- É uma história muito longa. O que interessa você nesse momento é saber que estamos bem um com o outro agora. – Mione respondeu docemente.
- Você sabe bem o que está fazendo? – perguntou para a amiga, que assentiu com a cabeça – Então eu só te peço que você não faça da nossa barraca um motel. A gente vai embora de tarde, acho que vocês podem, e devem, esperar pra fazer qualquer coisa. Eu não ia gostar nada de acordar pra beber água e dar de cara com vocês dois enroscados no sofá.
O tom dela não era de repreensão, era divertido, mas mesmo assim deixava claro que o pedido era pra valer.
- Pode ficar tranqüila, amiga. Nós viemos comer alguma coisa e descansar. Também não dormimos muito a noite. – disse a morena, sorrindo.
Depois do desjejum, o casal foi dormir, assim como Hermione tinha anunciado anteriormente.
Enquanto todos despertavam felizes no acampamento do lado de fora, faziam barulho se despedindo e arrumando suas coisas para irem embora, dentro daquela barraca todos dormiam em paz.
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N/a: taí o cap 19... acabou demorando mais pra sair do que eu tinha imaginado, mas saiu.
espero que voces tenham gostado! já nao tem muita coisa pra acontecer, uma vez que o proximo capitulo ja é o ultimo, mas deu pra mostar pra voces o que eu qria...
nao deixem de comentar.
milhoes de beijos a todos
TiTa^.^
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