Travessuras natalinas II
Eu tinha prometido que ia postar essa fic hoje, no dia do aniversário do Nick Carter, do Backstreet Boys.
E estou cumprindo a minha promessa.
Parabéns Nick!
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Hei!
Quando foi que eu colei a minha boca na dela? Eu não me lembro de ter feito isso. A última coisa que passa na minha cabeça é a gente conversando.
Como é possível eu ter a beijado sem ao menos perceber? Isso não é uma coisa que eu não perceba! Afinal estamos falando da Lily, e eu sempre lembro de tudo que tem haver com ela.
PELAS CALÇAS DE MERLIM!
Por favor, Merlim! Que ela não tenha percebido! Que ela não tenha percebido! Eu não estou com muita vontade de levar um tapa hoje.
Quem sabe amanhã...
- POTTER! – bem que dizem que alegria de jovem dura pouco – O que você pensa que está fazendo?
- Te beijando? – respondi abrindo os olhos devagar.
- E de onde você tirou a idéia que pode fazer isso? – ela me olhou firme, mas eu tive uma ligeira impressão de que ela não estava tão irritada assim.
- Sabe que eu não sei? – sorri.
- Então quer dizer... – ela começou lentamente – que você na dúvida, faz aquilo que não sabe?
- No geral, sim. – respondi confiante – Por que? Você não faz?
- Não, eu sempre pergunto se posso ou não fazer. Ou então, pondero sobre a questão. – ela respondeu com todo aquele seu ar de monitora.
- Francamente, Lily! – usei o mesmo tom que ela usa quando me repreende - Você não pode agir assim. Às vezes é bom se jogar de cabeça.
- Sabe o que é surpreendente, Potter? – e voltamos ao Potter! – No fim, você pode estar certo. – eu tenho uma pequena impressão que aquilo que se formou no rosto dela foi um sorriso. E pasmem! Eu acho que o sorriso foi para mim! A não ser, é claro, que o Nick Quase Sem Cabeça esteja aqui, afinal ele é o único que eu conheço que pode ficar invisível.
- Quer dizer que você acha que eu tenho razão? – sorri.
- Não foi isso que eu quis dizer, James. – HÁ! Voltamos ao James! – Eu acho que às vezes... Só às vezes! Agir antes de pensar seja uma boa coisa a se fazer. – ela sorriu abertamente agora! Eu disse que ela tinha sorrido para mim e ninguém acreditou – Porque, por exemplo, se eu pensar, com certeza não faria o que tenho que fazer agora. – ela disse perto do meu rosto.
E eu tenho que confessar, que senti uma pontada de medo, achei que ela fosse me bater. Vocês não conhecem a Lily quando ela fica irritada, e ela tende a ficar assim toda vez que eu a beijo.
Ainda não descobri porque ela fica assim.
- E o que você tem que fazer? – perguntei meio nervoso.
- Isso! – ela segurou na minha nunca e me puxou para perto dela, e no segundo seguinte ela encostou a sua boca na minha.
EU ESTAVA BEIJANDO LILY EVANS MAIS UMA VEZ!
DUAS VEZES NO MESMO DIA!
E dessa vez, ELA que tinha me beijado! Se eu tiver dormindo, por favor, não me acordem.
E eu achando que não ia acontecer nada de bom nessas minhas férias/castigo. Que bom que eu estava redondamente enganado!
Ótimo!
****
- Onde você se meteu a manhã inteira? Sua mãe estava achando que a gente tinha colocado outra bomba de bosta no gabinete do gerente. – Sirius reclamou no dia seguinte.
- Calma, Almofadinhas, eu estava dando umas voltas.
- Dando umas voltas? – ele me olhou confuso.
- Você vai ficar torrando a minha paciência por muito mais tempo? Ou você quer falar alguma coisa comigo?
- Eu nem quero saber o que você andou fazendo, Pontas. – ele revirou os olhos – E você faz idéia de quem foi que eu encontrei?
- Eu faço idéia sim, Almofadinhas. – ri – Você encontrou com a minha mãe, que tinha encontrado com o gerente e ele contou sobre o seu pequeno passeio noturno só de roupa de baixo. Agora, a minha mãe te colocou de castigo para todo o sempre.
- Virou vidente agora, veado? – ele coçou a cabeça.
- CERVO! Quantas vezes eu preciso repetir que eu sou um CERVO e não um veado! – disse irritado. (N/A: eu naum resisti! >.<)
- Depois discutimos a sua identidade secreta. – bufei – Agora temos assuntos mais importantes para tratar. E não foi ela que eu encontrei. – sorriu.
- Encontrou com a Lily? – franzi os olhos – Eu ainda não a vi hoje... – olhei pelo saguão.
- Também.
- Também o que, Sirius?
- Eu também vi a Lily. – ele riu – Mas eu não estou falando dela. Você sabe aquelas amigas loiras da Evans?
- Quem? As irmãs Pearson? – franzi o cenho.
- Elas mesmas. – sorriu – Então, elas estão aqui!
- COMO ASSIM AQUI? – arregalei os olhos – Você quer dizer que elas estão hospedadas aqui? Como pode elas estarem aqui?!
- Isso mesmo! As DUAS estão hospedadas aqui! – mas o que é isso? Uma convenção de bruxos em um hotel trouxa? Agora só falta ele me dizer que o Snape está aqui! E depois dele, o Remus!
- REMUS! – arregalei os olhos, para logo em seguida abrir o meu maior sorriso.
- O que? Ele também está aqui? – ele olhou para os lados.
- Não. – sorri ainda mais – É que você falou das Pearson e eu me lembrei dele.
- O que o Aluado tem haver com isso?
- Haver com isso eu não sei, ele tem haver com a Hallee. – sai.
É agora que as coisas vão ficar bem engraçadas. Se não bastasse a Lily vir parar no mesmo hotel onde a minha mãe resolveu que seria um bom lugar para nos castigar, Hallee e Kristy Pearson também estão aqui.
As gêmeas que são idênticas até o último fio de cabelo loiro, mas diferentes até a ponta do dedão do pé. Elas só se parecem fisicamente, porque as personalidades são completamente diferentes.
Para vocês terem idéia do que eu estou falando vocês têm que entender que a Kristy, que é a mais calma das duas, sai com o Sirius. E a Hallee, a mais esquentada, já saiu com o Remus.
Eu sempre digo que o Remus se interessou pela gêmea errada. Mas o que eu posso fazer? Hallee é um doce de garota, para não falar ao contrário. Mas não tão doce quanto a minha doce – cof, cof – Lily.
- Hei, Lily. – corri e toquei de leve no ombro dela.
- Que susto, Potter! – ela deu um pequeno pulo.
- Desculpe. – fui na direção dela, com a intenção de lhe beijar.
- O que você pensa que está fazendo? – ela chegou para trás, corando mais que os próprios cabelos.
- Voltamos a esse ponto? – ergui a sobrancelha – Pensei que já tínhamos passado desse ponto. – falei divertido.
- Nós não passamos de ponto algum. – ela virou o rosto – Continuamos onde sempre estivemos.
Espera um pouco! Volta a fita uns segundos atrás. Aquilo no rosto dela era um sorriso? Impossível! Lily Evans não sorri, principalmente para mim. Quer dizer, ela só não sorri para mim. Às vezes eu acho que ela faz isso de propósito!
Eu tenho certeza que isso era um sorriso. Tenho sim! Ou então eu não me chamo James Charles Potter! Mas se aquilo realmente foi um sorriso, o que fez com que ela o desse?
Droga! Detesto quando eu começo a pensar coisas sem nexo. Acho que isso tudo é culpa dela, só na frente dela eu fico assim.
- Quer dizer, então, que o fato deu ter te beijado ontem, - ela me olhou de banda – e, pasmem, de você ter me beijado de volta, não foi nada? – ela finalmente me olhou.
- Não disse que não foi nada, só disse que você não pode chegar querendo me beijar do nada.
- Tenho que avisar, então? – sorri maroto.
- James, preste bem atenção: o que eu...
- Vou te beijar. – disse, para logo em seguida, antes que ela fizesse alguma coisa, a beijar.
E dessa vez ela não podia fazer nada, eu tinha avisado antes, conforme ela tinha dito. HÁ!
- James! – ela se separou de mim, ligeiramente ofegante.
- Meu nome! – sorri e ela balançou a cabeça.
- Você está impossível hoje. - ela passou a mão no cabelo – Agora, que você já torrou a minha paciência, - disse divertida – me dê licença. – fez menção de passar por mim.
- Espera. – segurei no braço dela – Queria falar com você.
- Mas você já não falou?
- Não, eu não falei. Eu te beijei, e eu posso beijar de novo, se você quiser. – sorri.
- Deixa isso para depois. – e mais uma vez eu vi um projeto de sorriso brotar no rosto dela.
- ótimo, deixo isso para depois.
- JAMES!
- Eu vou precisar da sua ajuda. – a ignorei – Você viu que a Hallee e a Kristy estão, por algum motivo desconhecido por mim, hospedadas aqui?
- Eu acabei de esbarrar com elas agora a pouco. – e o sorriso que ela deu não foi para mim, e sim para a lembrança das amigas.
- Então, - sorri, isso vai ser interessante – vou precisar que você me ajude.
****
- Não tem cabimento uma coisa dessas. A gente não pode deixá-lo para trás. – comecei a andar atrás dela pelo quarto.
- Já disse que não, James. – ela sacudiu a varinha e as roupas voaram para dentro do armário.
- Mãe, estamos falando do Remus! E ele vai ficar sozinho na casa dele, não podemos deixar que isso aconteça.
- E o Peter? – estou quase a convencendo.
- Foi visitar uma tia dele que está doente.
- Vocês estão de castigo, vocês sabem muito bem disso. – ela me olhou.
- Por isso mesmo. – era hora da minha cartada final – Por isso que o Remus tem que vir para cá, assim ele vai poder ficar de olho na gente para a senhora. – dei o meu melhor sorriso inocente.
- Sei, Remus tomando conta de você e do Sirius? Sei. – ela respirou fundo – Tudo bem, fale para ele vir.
- Beleza! – sai do quarto.
Fase um do meu plano concluída.
E eu espero que a Lily tenha entendido o que ela tem que fazer. Só assim para o meu plano dar certo. Eu vou fazer com que aqueles dois cabeças duras voltem a se falar. E se tudo der certo, até o final dessas férias a minha doce ruiva estará ao meu lado.
E eu não vou precisar usar nenhum feitiço para que isso aconteça, e muito menos usar poção do amor.
Pelo menos é o que eu espero.
****
- Você tem certeza que vai dar certo? – Sirius perguntou.
- E você viu alguma vez alguns dos meus planos dando errado? – retruquei com ar de sabichão.
- Fora a vez que vocês esconderam a Madame Nora, no segundo ano que o Filch encontrou dez minutos depois? – olhei feio para a Lily – Ou então quando vocês soltaram acidentalmente bombas de bosta na mesa dos professores, em vez de ser na mesa da Sonserina? Tem também a vez que vocês... – ela ia contando nos dedos.
- Certo, Lily, nós já entendemos. – Sirius resmungou.
- O que importa é que esse meu plano vai dar certo. – disse irritado – É só você fazer o que eu te pedi.
- Aliás, o que a senhorita ainda está fazendo aqui? – ele se virou para ela.
- É mesmo! – eu também a olhei – Você tinha que estar lá no quarto delas, e não aqui esperando o Remus.
- É que eu quero falar com ele, estou com saudades dele.
- E desde quando você fica com saudade dele? Você não disse que ficou com saudade de mim. – estreitei os olhos na direção dela.
- Pontas, depois você fica com ciúmes, agora não é uma boa hora.
- E quem disse que eu estou ciúmes? – olhei irritado para ele.
- Vai logo, Lily antes que o Aluado chegue e te veja aqui.
- Certo. – ela levantou e foi em direção aos quartos. Eu acompanhei o balançar de seus cabelos até não poder ver mais.
- Hei, Pontas. – Sirius deu um tapa na minha cabeça – O Remus. – olhei na direção que ele apontava.
- ALUADO! – gritamos juntos, com sorrisos idênticos estampados no rosto.
- Que bom que você pode vir. – completei.
- O que vocês estão aramando? – ele ergueu uma sobrancelha, largando a mala no chão.
- Você está armando alguma coisa, Almofadinhas?
- Não, você Pontas? – ele me olhou com a mesma cara igualmente idiota.
- É claro que não! Como você pode pensar uma coisa dessas de seus próprios amigos? – fiz ar triste.
- É que eu tomei susto com esse convite inesperado de vocês. Eu achei que a sua mãe tinha posto vocês de castigo. – ele disse ainda com ar desconfiado – E para completar, quando eu chego encontro vocês com uma cara suspeita.
- Como assim cara suspeita? – Sirius se fez de desentendido.
- A mesma que vocês usam para convencer a McGonagall de que não fizeram nada de errado.
- Quem? Nós? Impossível! Somos uns santos!
- A gente nunca faz nada de errado. – completei.
- Nunca fazem nada de errado? Vocês caíram da cama?
- Estamos perfeitamente bem.
- Pouco me importa se está nevando. – uma voz feminina chegou até os nosso ouvidos - Eu quero ir lá fora.
- Remus, - falei mais alto que a garota – você trouxe o livro de DCAT?
- Hallee, você não pode... – Remus ficou branco nesse momento.
- Vocês. Não. Prestam. – ficou vermelho agora – Eu não acredito que vocês fizeram isso. – deu meia volta, indo em direção a porta.
- Não, espera... – fomos atrás dele.
- Hallee, seja razoável. – um vulto vermelho começou a correr atrás de um ponto loiro.
- Escute o que a Lily está falando! – um ponto loiro se juntou aos outros pontos. Eu acho que isso de ‘pontos’ está começando a confundir a minha cabeça.
- Já escutei, e já decidi que não vou ouvir.
- Espera, Aluado. – paramos na frente da porta – Não foi culpa nossa. – o que bem foi verdade, já que não estava nos nossos planos a Hallee sair do quarto.
- É, cara, a gente não fazia idéia que ela estava aqui. – Sirius completou – Só tínhamos esbarrado com a Lily. E para falar a verdade, o James foi que esbarrou nela. – Remus olhou dele para mim.
- Eu conheço vocês o suficiente para saber que isso é mentira.
- Eu não vou ficar gripada, Kristy. – um dos pontos loiros virou, deu dois passos e estancou - Lupin.
- Pearson. – ele deu um pequeno aceno com a cabeça.
****
- Você viu a Lily? – perguntei para a irmã dela.
O que a Kristy e a Hallee tem de parecidas fisicamente, essas duas tem de diferente. Enquanto a Lily têm sensacionais olhos verdes e lindos cabelos ruivos, e a Petunia além de ser ossuda e magra, tem cara de cavalo. Ou seja, ela não tem nada parecido com a irmã.
Isso porque não está entrando nessa conta, o fato de da Lily ser a melhor bruxa da sua época e a Petunia ser só uma trouxa. E eu podia ficar aqui falando dessa diferença o resto do dia, e isso é porque eu só a conheço apenas três dias e algumas horas. Imagina se eu tivesse que conviver com ela vinte quatro horas por dezesseis anos? Seria um completo desastre!
- Como é que eu vou saber dela? – ela me olhou com nojo.
- Você não é a Petunia, irmã dela? – franzi o cenho, tudo o que faltava era eu a ter confundido com a irmã da Lily.
- Sou, infelizmente. É só isso? – não esperou pela minha resposta.
Viu o que eu disse? A Petunia é a própria personificação da bondade, para não falar outra coisa.
- Posso saber o que a senhora está fazendo agachada ai? – gritei perto do ouvido dela.
- Caramba, James! – era me olhou – Eu não estou agachada.
- Saquei, você só está escondida. – sorri.
- Eu não estou escondida. – sibilou.
- Decida, Lily. Se você não está agachada e nem escondida, você está o que? – parei ao lado dela – Botando um ovo? – ela me olhou feio.
- Será que você não percebe que eu quero ver se eles vão se entender? – apontou para onde o Remus e Hallee aparentemente discutiam.
Se a minha relação com a Lily fosse só um pouco mais complicada, seria parecida com o que quer que seja que o Remus e Hallee têm. Só que a única diferença, é que ele faz o papel de James Potter. É ela que o coloca contra parede. E Remus diferente da Lily, não assume que gosta dela só por conta do probleminha peludo dele.
Falando nisso, porque a Lily não assume de uma vez logo que me ama? Acho que vou perguntar isso para ela qualquer dia desses.
E aí dela que me diga que é por causa do “probleminha peludo” dela, já que ela NÃO tem um “probleminha peludo”. Pelo menos não o mesmo problema que o Remus tem.
- Bonito isso, senhora Evans? – disse em um tom um pouco mais alto – Desde quando você escuta as conversas dos outros?
- Cala essa maldita boca, Potter. – ela puxou o meu braço – Você quer que eles me ouçam?
- Eles não podem ouvir, não? – olhei intrigado para ela e depois para eles – E te ver? Podem? – ameacei levantar a puxando.
- Por Merlim, garoto! Quer ficar quieto?
Resolvi fazer o que ele falou, não queria que ela me expulsasse do lado dela. Estava bom demais ali.
Era num desses momentos, onde eu podia desfrutar da companhia dela, que eu percebia que a cada dia que passa eu gosto ainda mais dela. E o engraçado, é que a cada minuto isso fazia mais parte de mim.
A única coisa que ainda me irrita, é eu não ter certeza de como ela se sente em relação a mim. E não me venha dizer que ela sente repulsa, por que isso não vale. E eu vou bater naquele que insistir nisso, e eu não estou brincando.
Mas eu vou descobrir, e não vai demorar muito mais para isso acontecer. Ou então eu não me chamo James Charles Potter!
Eu acho que já falei isso. – coça a cabeça.
- Você é um completo imbecil, Lupin. – desviei rápido a minha atenção do perfil da Lily a tempo de ver a Hallee sair pisando duro.
- Não dá para você entender? – Remus foi atrás dela.
- NÃO! – ela olhou para ele, e de onde a gente estava, parecia que os olhos dela se encheram de água – E não venha atrás de mim.
- Sou um idiota mesmo. – ele balançou a cabeça e foi em direção ao quarto. E o incrível foi ele que passou por onde a gente estava e não nos viu.
Acho que eu vou ser obrigado a concordar com a Lily, o meu plano não está saindo do jeito que eu havia planejado.
- O que a gente vai fazer agora? – ela agarrou a frente da minha roupa – Não podemos deixar eles assim! – começou a me sacudir.
****
Quem olha acha que a vida dos jovens é só um mar de rosas – minha mãe vive falando que eu não posso ficar reclamando das minhas provas, que a única coisa que eu faço é estudar. Isso porque ela não tem que agüentar o professor Binns. Sabe de uma coisa? Eu acho que ele já era um fantasma quando os meus pais freqüentaram a escola Hogwarts, e mesmo assim ele continua dando aula. Sabe o que o pessoal diz por ai? Que um belo dia ele levantou da cadeira para dar aula e deixou o corpo para trás, mas nunca deixou de dar aula...
Do que mesmo eu tava falando? Não era sobre as minhas provas, nem sobre o nosso professor fantasma, muito menos sobre a minha mãe...
Que se dane! Vou começar tudo de novo, do ponto que eu bem me interessar. Afinal, essa história é ou não é minha?
- JAMES! – caí da cadeira quando os olhos verdes da Lily brotaram na minha frente.
- Tava dormindo, Pontas? – Sirius, aquele cachorro pulguento, começou a rir – Ou tava pensando na sua amada ruiva?
- Eu não sou amada ruiva dele! – Lily retrucou irritada.
- E quem é que falou que é você a ruiva, Evans?
- Se... – ela ficou vermelha – Ele tem outra ruiva?
- Eu estou te dizendo, rapaz. Essas ruivas são fogo! Mas não precisa se preocupar, Kristy, eu gosto mais de loiras. Deixo as ruivas só para o Potter. – ele piscou para a garota que revirou os olhos divertida, mesmo estando meio corada.
- E quanto ao fato de você não ser a minha ruiva, vou ser obrigado a discordar. – me arrumei melhor na cadeira – Você É querendo ou não a minha ruiva.
- Vou ignorar isso, porque eu sei que você adora brincadeiras, principalmente das sem graça alguma. – ela resmungou, com as bochechas mais vermelhas que os cabelos.
- Duas coisas: eu não estou brincado e as minhas brincadeiras não são sem graça. – emburrei.
- Suas brincadeiras SÃO sem graça, Potter. – essa garota tem que decidi como vai me chamar, se pelo nome ou pelo sobrenome – E eu não sou e nem nunca vou ser a sua ruiva. – tão iludida essa criança.
- Será que a gente pode deixar esse assunto para depois? Porque, eu não sei se vocês sabem, mas nos temos um problema sério para resolver aqui.
- O Sirius está certo.
- Obrigado, Kristy. – sorriu para ela.
- Que tipo de problema? – indaguei. Legal essa palavra, não? Eu sempre quis usá-la antes.
- Minha irmã ainda não voltou. – franzi o cenho. Eu não fazia idéia do que elas estavam falando.
- Sua irmã não voltou de onde?
- Às vezes eu acho que o seu cérebro só pensa em duas coisas: um, em quadribol e dois, na Lily. – Remus, que até então estava sentado calado do outro lado, resmungou.
- E azarar o Ranhoso. – Sirius completou – Não necessariamente nessa ordem. – Remus revirou os olhos.
- O fato é que a Hallee saiu tem três horas e ainda não voltou.
- E exatamente, qual o problema disso, Lily?
- Nada, James, nada. – ela fez um gesto de pouco caso com a mão – Fora o fato que o gerente disse que estava armando uma nevasca, não tem nada.
Fato. Temos um problema.
E dos grandes.
- Alguém tem idéia de para onde ela pode ter ido? – Sirius perguntou sentando ao lado da Kristy.
- Como é que a gente vai saber? – Lily respondeu – É a nossa primeira vez aqui.
- A nossa também. – Remus respondeu, afundando alguns centímetros na cadeira.
É nessas horas que eu tenho que colocar o meu incrível cérebro para funcionar. E, por favor, não se surpreendam quando eu contar a fantástica idéia que eu vou ter.
Porque as pessoas tendem a se surpreender quando eu abro essa minha linda boca e conto as mirabolantes idéias que brotam dessa minha cabeça linda. Só não falo mais, porque a minha modéstia não permite.
Só tem um pequeno problema, eu ainda não tive nem uma idéia sequer, nem fantástica, mirabolante ou espetacular.
Mas não tema, oh, pequena criança!, eu James Charles Potter irei bolar algo que...
- Então vamos ter que sair procurando ela.
Como é que o Sirius pode ter essa idéia antes de mim?
- Você vai ficar sentado ou vai ir com a gente? – Lily me olhou – Vem logo, James. – ela pegou na minha mão e começou a me puxar.
Pode ser que no fim das contas o meu plano der certo.
É isso que eu espero.
- Vocês não acham que a gente está meio longe do hotel, não? – Remus verbalizou (outra palavra legal) o que todos se perguntavam.
- Eu não sei ao certo. Tem um bom tempo que eu não vejo o hotel. – Sirius resmungou – Tudo bem com você, Kristy?
- Estou preocupada com a minha irmã.
- Ela vai estar bem. – a abraçou.
- Eu sei, só que ela pode ser tão inconseqüente quando quer. E sempre acaba se ferrando.
- Vamos encontrá-la, não se preocupe. – ele deu um beijo no topo da cabeça dela, a abraçando mais.
- E eu vou falar com ela. – Remus resmungou baixo, andando na nossa frente – Não pode ficar do jeito que está.
- James, - Lily chegou perto de mim – se eu te falar uma coisa, você promete que não vai rir? – ela virou aqueles lindos olhos verdes para mim. E quem, no seu juízo perfeito, não faria o que ela pede?
- Prometo, Lil.
- Eu estou com uma sensação esquisita. – ela disse baixo.
- Que tipo de sensação? – franzi o cenho.
- Eu acho que estamos sendo seguidos. – ela praticamente sussurrou.
- Seguidos, Lil? Por que isso?
- Desde que a gente saiu do hotel que eu to com essa sensação. É como se tivesse alguém atrás da gente.
- E porque alguém estaria seguindo a gente? – olhei para ela.
- AHHHHHHH! – um grito cortante chegou até os nosso ouvidos. Franzi o cenho, e olhei para os garotos, que assim como eu, já tinham sacado as varinhas.
- Por Merlim! – Lily agarrou o meu pescoço e a Kristy fez o mesmo com Sirius.
- Vocês pretendem me matar? – Lily ainda agarrada a mim, olhou para trás.
- Petunia? – ela me soltou – Abaixem as varinhas, é só a minha irmã. – foi em direção a ela – O que você está fazendo aqui?
- Segui você. – ela levantou, ignorando a mão que a irmã oferecia – Eu vi você saindo e eu sei que você ia aprontar alguma coisa para envergonhar ainda mais a mamãe. – ela passou a mão pela roupa.
- Você não tem nada melhor para fazer do que ficar me seguindo? – eu acho que eu nunca ouvi a Lily usando esse tom antes.
- Teria, se a mamãe não tivesse resolvido que eu devia passar mais tempo com a aberração da minha irmã do que com o Valter.
- Quem é a aberração aqui? – perguntei irritado.
- Deixa James. – ela tocou de leve o meu ombro.
- Você não pode deixar que ela fique te xingando. – olhei para ela.
- Arrumou uma aberração como namorado?
- Tunia... Por favor... – os olhos dela se encheram de lágrimas.
- Só para você saber, - Sirius chegou perto – aqui somos todos “aberrações”.
- E o Remus, - apontei para ele, que já tinha parado do meu lado – sabe fazer algumas azarações ótimas.
- E o James aqui – Sirius apontou para mim – sabe transformar qualquer coisa.
- Garotos... – Lily fungou as minhas costas – Deixa para lá; Vamos, temos que procurar a Hallee. – ela me puxou.
- HEI! – Petunia gritou assim que a gente começou a correr – Não me deixe aqui! – ela correu e parou ao lado do Sirius, que olhou feio para ela abraçando mais a Kristy.
****
- HALLEE! – Kristy gritou se soltando e correndo na direção da irmã – Eu devia bater em você!
- Você quer que eu caia do balanço? – ela disse com a voz abafada.
Não, vocês não entenderam errado. Essa criatura idiota achou uma pracinha. E agora nesse exato momento, está sentada em um balanço com a irmã pendurada no pescoço. Depois o pessoal fica dizendo que eu sou maluco.
Para falar a verdade, não estava mais sentada, estava era caída na chão, com a irmã e a Lily pendurada em cima, dizendo coisas sem nexo.
Tais como: “eu devia matar você!”, “eu te odeio!”, “você tem noção do susto que tomamos?” e por ai vai.
- Nunca mais faça isso! – Lily resmungou.
- Precisava pensar. – ela disse baixo, olhando para Remus, que abaixou a cabeça.
- Quando é que você pretende ir falar com ela? – Sirius sibilou para ele.
- Na mesma hora que você falar com a irmã.
- Na mesma hora? – Sirius levantou uma sobrancelha.
- Você não entendeu o que eu disse?
- James, você escutou o que ele disse?
- Escutei, não se preocupe. – disse já entendendo o que ele pretendia.
- Ótimo isso! – Sirius estufou o peito e passou a mão no cabelo – Me desejem sorte. – saiu de perto da gente.
- Mas o que, diabos, ele vai fazer? – Remus arregalou os olhos quando percebeu para aonde o outro ia.
- Kristy, será que eu posso falar com você? – ela o olhou, e depois olhou para as amigas.
- Tudo bem. – levantou do balaço e o acompanhou.
- Não me diga que ele vai fazer isso? – Remus me olhou com os olhos arregalados.
- Então eu não te digo. – sorri – Prepare-se companheiro. – dei uns tapas no ombro dele – Você é o próximo. – ri da cara que ele fez.
- Sobrei. – sentei ao lado da Lily, assim que o Remus também sumiu.
- Parece que eu também. – não me olhou direito – Vocês acham que eles se acertam? – apontou com a cabeça para onde eles tinham sumido – Remus e Hallee, quero dizer.
- Eu espero. – cheguei mais perto dela – Assim como eu espero que a gente se acerte.
- Hã? – me olhou.
- Fala sério, Lily! Você sabe que eu gosto de você! – parei, esperando para ver se ela ia dizer alguma coisa.
- Você... Você... – ela ficou vermelha – É brincadeira isso, não é?
- Você sabe que não. – disse sério.
Eu acho que essa foi uma das poucas vezes que eu fiquei tão sério. Mas afinal, a situação pedia medidas dramáticas. E eu tinha que mostrar para ela que não era mais o arrogante Potter que eu era há alguns anos atrás.
Tinha que mostrar que eu havia crescido, que eu não era o mesmo de três anos atrás. E que eu não azaro o Ranhoso o tempo todo mais, só quando não há outra opção.
Olhei bem para ela e sorri. Ela nunca resiste ao meu sorriso, ninguém nunca resiste. E eu não sou convencido!
E foi nessa hora que eu encostei a minha boca na dela.
E, pasmem! Ela não foi para trás!
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N.A./ E esse é o fim!
Espero que vocês tenham gostado! E não liguem para a demora, eu sempre tenho problemas com a segunda parte das minhas fics. É sempre assim, a primeira parte vem como se fosse uma enxurrada, e as partes seguintes sempre demoram uma eternidade!
E Betaah, eu sei que você não pulou de trás das árvores conforme você tinha me pedido, e arrancou a cabeça de alguém ou mordeu o dedo do James. Não se preocupe, eu prometo que escrevo a parte dois da sua fic, e você morde o dedo do Dougie. E isso é uma promessa!
Bem, é isso... Comentem e façam uma autora feliz!!!
P.S.: Ayla, essa foi para você!
Sabe o que eu esqueci? De agradecer aos míseros comentários que o trailer recebeu.
Mione Granger Weasley: Aí está o cap único! Espero que você goste.
Paulinhaa.*: Postei, agora comemente. Please!
zihsendin: POR MERLIM! Ela leu e comentou na minha fic! Que emoção! *sorri* E valeu pela dica sobre as betas.
Então é isso.
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