Capítulo Único

N/A: Definitivamente a fic que eu mais gostei de fazer, acho que não é a melhor, mas eu amei muito fazer ela. Eu nunca escutei a música (The Power of Good Bye – Madonna), um dia estava procurando letras para fazer songs, eu curto músicas as da Madonna, e quando vi o título, peguei a música e a tradução, li várias vezes, até ver que era impossível uma song –H/G (como eu pretendo fazer um dia). E me desculpem por não colocar como eles se conheceram, ou como eles fugiram, dando a impressão que é uma continuidade, mas eu não tenho paciência para escrever tudo, é trabalhoso juntar uma Weasley e um Malfoy. Comentem!!!

Gina, 19, estava terminando de arrumar a sua mala, no apartamento, em que ela morava, clandestinamente com o seu namorado: Malfoy.

Trajava roupas trouxas, calça jeans e uma cacharrel preta, por baixo do longo sobretudo negro. Queria sair de lá antes que Draco chegasse, ele não trabalhava, viviam com o dinheiro depositado em Gringotes, no nome de Lúcio que foi passado para Draco, quando o pai morreu, em Azkaban, e Narcisa não pôde por as mãos. A ruiva estava cansada daquela vida, tinham que fugir da guerra, que os perseguia, tinham que fugir de todos que os procuravam, tinham que fugir de um mundo e, ao invés, de confortá-la Draco apenas fazia jogar na face da garota que eles eram sustentados por ele, que se um dia se largassem ela ficaria só no mundo, que a família dela não era nada, e assim seguia, como sempre fora Draco Malfoy. Tudo isso ela agüentava, no fundo sabia que se amavam loucamente, porém, um dia, Draco recebeu uma carta de Voldemort, estava protegida por feitiço, que só o seu destinatário poderia ler, por isso, Gina não conseguiu lê-la, mas não foi preciso, na noite anterior, soube o que era:

Gina estava sentada no sofá da sala, lendo um livro, quando Draco saiu do quarto e sentou-se ao lado dela, a garota levantou a cabeça:

- O que foi? Você não deveria estar procurando algo? São 14:00h. hora de alguém procurar algo para nos sustentar... – Brincou Gina:

- Meu dinheiro, pode nos sustentar por mais alguns anos. – Falou o loiro com desdém.
Gina deitou a cabeça no ombro dele já estava acostumada com isso:

- Então, senhor milionário. O que você quer?

- Gina... Você já pensou que poderíamos... Voltar, ver como tudo anda?
Gina levantou-se e foi para a cozinha, sabia onde ele poderia chegar, e isso era o que ela temia por meses:

- Já sim! – Gritou. – Você quer biscoitos?

- Não! - Draco respirou fundo. - Bom, e se voltarmos, sem... Sem manter contato, apenas... Com algumas pessoas...

A ruiva colocou a cabeça na porta:

- Draco. O que estava escrito naquela carta?

Draco a olhou como se visse um prédio desabando na sua frente, e mordeu os lábios:

- Olha, me deram o direito de negar... Era de minha mãe, disse que sempre soube onde nós estamos. E fez uma proposta para mim, já que todos acham que eu morri, ou algo assim, eu poderia voltar, e... bom trabalhar como espião.

Gina estava parada na porta da cozinha, sua cabeça estava começando a rodar. Ela tentava analisar as palavras de Draco, fechou os olhos, e os mantendo fechado falou:

- Espião de quem?

- Voldemort. Ele não saberá que sou eu, achará que é minha mãe, eu apenas fornecerei informações para ela. Voldemort não saberá nem que eu voltei...

Gina riu, alto e falsamente:

- Como se fosse fácil enganá-lo não é? Você voltará, não vai virar comensal e ainda por cima servirá a ele; e, é claro! Não correrá risco porque a sua mãe vai assumir tudo! Genial Draco! É uma pena que não dará certo, porque, por um acaso, estamos falando do homem mais cruel do mundo... Talvez ele só perca, em matéria de crueldade, para o momento que você está me fazendo viver; mas fique tranqüilo, você não vai para Azkaban até chegar em Londres... – Disse ela sarcasticamente, e voltou para a cozinha:

- Gina! Isso não vai importar, não estamos mais na guerra, nós prometemos que não íamos tomar partidos!

Gina voltou para a sala, vagarosamente, e ficou na frente do garoto que estava no sofá:

- Você é ingênuo, ou eu sou burra? Não íamos tomar partidos! Justamente, e o que você está fazendo é o que? – Disse enquanto andava.

Draco levantou-se e ficou muito perto de Gina, poderia sentir o coração dela batendo no mesmo ritmo, acelerado, em que o seu:

- Então... Eu não vou! E continuamos nessa vida medíocre, onde não podemos gastar nem um nuque a mais que o necessário, para não morrermos de fome posteriormente... – Sussurrou.

Gina o olhou firmemente, e tocou o seu rosto. Os dois se envolveram em um longo beijo, e os dois sabiam, bem no fundo, seria um dos últimos.

A garota tocou os próprios lábios, ao se lembrar do beijo, mas parou de sonhar quando Draco aparatou no quarto:

- Aonde você vai? – Perguntou olhando para as malas.

Your heart is not oppen so I must go

Seu coração está aberto. Então eu devo ir

The spell has been broken? I loved you so

O encanto foi quebrado? Eu te amei tanto

Freedom comes when you learn to let go

Liberdade vem quando você aprende a deixar

Cration comes when you learn to say no

Criação vem quando você aprende a dizer não

- Você fez sua escolha, não fez? – Ela perguntou, voltando a arrumar as malas, poderia usar magia, como fez no começo, mas queria conversar com ele, e para isso ocorrer sem que o loiro percebesse, ela deveria manter-se ocupada:

- Gina... Minha mãe sabe de você. E ela disse que não liga...

- Ah! Ela disse que não liga? Ohhh, palmas para minha “perfeita” sogra.

- “Ao menos tem o sangue puro.” Foi o que ela disse. - Corrigiu-se. Gina parou por um estante de dobrar suas calças para encarar Draco:

- Devo encarar isso como um elogio, ou um desejo de boas vindas?

Draco passou a mão pelos cabelos, em sinal de nervosismo:

- Eu perguntei aonde você vai...

- Embora, satisfeito? Você já fez sua escolha, e como sempre, não pensou em mim, e nas conseqüências, espião hoje, aliado amanhã, comensal depois.

Draco sentou-se na cama, realmente ela estava certa, mais uma vez. Mas eles tinham uma relação onde ambos faziam o que bem entendia:

- Sempre combinamos, sempre dissemos que teríamos liberdade...

- Draco. – Falou ela um pouco mais controlada. – Liberdade conjugal não é sair por aí e fazer o que bem entender, é poder escolher, mas pensar no seu parceiro também...

Quem diria? Gina Weasley dando lição de moral em Draco Malfoy. Algo que seria motivo de piada há alguns anos atrás, mas precisamente, em Hogwarts.

You were my lesson I had to learn

Você foi minha lição eu tive de aprender

I was your fortress you had to burn

Eu fui sua fortaleza e você teve de queimar

Pain is warning that something’s wrong

A dor é um aviso de que há algo errado

I pray to God that it won’t be long

Eu oro a Deus que não dure muito

Do you wanna go higher?

Você quer ir mais alto?

- Você não tem que participar disso...

- Por Merlin! Será que você é tão tolo, a ponto de não ver, que isso é só algo para fazer você voltar? É só algo que eles inventaram para você se unir a eles?

- Eu acho que a palavra de minha mãe vale, um pouco mais do que você imagina...

Gina ignorou a frase de Malfoy, e, foi para o guarda-roupa, pegar suas roupas íntimas:

- Eu sabia que você faria isso... Sabe? Foi como se algo dissesse em minha mente: “ele não pode mudar, você apostou nisso, e perdeu, Srta. Weasley...”

- Gina... Não quero te expor, por favor, fique... Você! Você sabe que você é... tudo... para mim. – Draco nunca havia dito nada do gênero para ela, para falar a verdade nunca havia sido tão educado e ele, agora, começava a ter consciência disso:

- Então, receio dizer, mas você está sem nada agora, se eu sou tudo para você, você queimou esse tudo. O que você pretende?

O loiro não esperava essa pergunta:

- Nos dar uma vida melhor, oras... Engraçado, com você eu aprendi que por mais que eu me sacrifique, você nunca vai assumir isso, não é?

Gina parou o que estava fazendo, novamente, fechou as mãos e começou a se controlar para não explodir o apartamento:

- Ah! Eu acho que o nosso amor, ou melhor, o amor que talvez tivéssemos um pelo outro valesse mais do que uma mansão.

- Tivéssemos? – Perguntou Draco baixinho.

There’s nothing left to try

Não há nada mais para lutar

There’s no place left to hide

Não há mais lugar para esconder

There’s no greater power than the power of good bye

Não há tão grandioso poder do que o poder do adeus

- É Malfoy, tivéssemos, porque o que você fez comigo ninguém, que ama, faz com ninguém!

Draco olhou para as roupas de Gina, jamais achou que isso poderia acontecer, talvez ele não tivesse a tratado como merecia, talvez ele não havia mudado por ela como havia prometido:

- Gina, me entenda, ao menos tente, a guerra não nos chama, nós já não fazemos parte dela, não haverá problemas em contribuir para um ou para outro lado. Ninguém nos acolheu quando pedimos, e agora você se importa com eles?

- Te entender... Foi o que você pediu... Você por um acaso, já se deu conta que eu perdi dois irmãos na mão dos amiguinhos dos seus pais? Se você não percebeu, a sua mãe não se importa com a gente, e será questão de dias, até ele te obrigar a me deixar, ou a me entregar... Já não há mais lugares, já não há mais esconderijos, Malfoy. – Falou a ruiva com desdém.

- Eu não deixaria ninguém fazer nada com você! – Disse ele com raiva:

- Sério? Isso é novidade para mim, quando você o faz! Você faz coisas horríveis para mim, e você sabe disso... Agora que eu quero ir embora, você quer que eu fique? Quantas vezes você me disse que você só não iria embora do país por minha causa?

Agora Gina chorava silenciosamente, de raiva, agora que ela parou para pensar, viu que havia trocado toda a sua família por algo impossível: o amor de Draco, talvez ninguém no mundo tivesse isso:

- Eu, não disse isso por querer, foi... da... boca... pra... fora...

- Doeu do mesmo jeito.

Gina saiu do quarto, e foi pegar coisas suas na sala.

Your heart is not oppen so I must go

Seu coração não está aberto. Então eu devo ir

The spell has been broken? I loved you so

O encanto foi quebrado? Eu te amei tanto

You were my lesson I had to learn

Você foi minha lição e eu tive de aprender

I was your fortress

Eu fui sua fortaleza

Draco penou em tudo que haviam vivido, nas noites em que dormiram em lugares horríveis, para poderem ficar juntos, em todo conforto de sua casa que ele havia deixado por ela, será que ela não via isso? Ele só havia aceitado a proposta da mãe para dar uma vida melhor para ela, e a garota não via isso, ele não queria que a machucassem, mas agora via que seria questão de dias até a encontrarem e talvez matarem-na.

There’s nothing left to lose

Não há mais nada a perder

There’s no more heart to bruise

Não há mais coração para machucar

There’s no greater power than the power of good bye

Não há poder maior que o poder do adeus

Gina sabia que ele havia feito isso para tentar oferecer um pouco mais para ela, mas ele não a havia consultado; sentou-se no sofá apoiando a cabeça na mão, ela não queria partir, sabia que seus pais a esganaria, pois havia meses que nem bilhete mandava, não dizia se estava bem ou mal, provavelmente Molly achava que a filha estava morta. O casal nunca, ao menos, tentou explicar para os pais sobre o namoro, ela e Draco concluíram que de qualquer jeito eles não aceitariam, e acharam melhor fugirem de uma vez, mas agora ela via que estavam errados, porém já era tarde. E ela teria que partir se quisesse viver, se quisesse ter uma vida melhor, ao lado das pessoas que ela ama.

Learn to say good bye

Aprenda a dizer adeus

I yearn to say good bye

Eu anseio dizer adeus

Ela tinha medo de ir.

Ele tinha medo que ela fosse.

Sabiam que teriam uma vida nova e que teriam que apagar todo o passado que tiveram, que teriam que fingir que nada aconteceu e que tudo não passará de uma aventura, teriam que mentir, e teriam que cuidar para que ninguém soubesse que haviam, um dia tido um intenso caso. Sempre brigavam, e no fim, sempre tinham uma reconciliação melhor.

Não era fácil largar tudo e todos pela pessoa que se ama, e não é fácil voltar, para tudo e todos, e deixar a pessoa que se ama, e os dois sabiam disso.

There’s nothing left to try

Não há nada mais para lutar

There’s no place left to hide

Não há mais lugar para esconder

There’s no greater power than the power of good bye

Não há tão grandioso poder do que o poder do adeus

Ele foi para a sala, e a viu olhando para a cadeira, como se fosse fascinada por ela, mas sabia, que a garota, não estava, nem, vendo a cadeira:

- Gina...

Ela levantou a cabeça e enxugou rapidamente as lágrimas, não queria que ele soubesse que ela estava chorando:

- Eu estava pensando, e... Bom, eu acho que já decidimos os nossos caminhos... Se você acha melhor ir embora, eu não vou te segurar... Embora... Eu vou sentir a sua falta... – Malfoy falou tão baixo, a última frase, que apenas os “s’s” eram ouvidos:

- Eu... Draco, foi muito bom... Eu não queria que acabasse assim, mas é o nosso destino, eu acho... Sua vida sempre foi destinada a ser comensal e a minha sempre foi destinada a lutar contra comensais.

Draco riu, verdadeiramente, devo acrescentar:

- Um dia você lutará contra mim? Será que eu conseguirei te machucar?

Gina sorriu:

- Se isso acontecer, me veja como uma Weasley, simplesmente, não como a Gina. Você vai se surpreender com o estrago que sua varinha fará em mim...

Malfoy se aproximou até ficar de frente para Gina, percebeu que seus olhos marejavam, pegou a mão de Gina e a levantou, por um momento os dois se olharam como se dissessem “tudo bem, vamos ir embora daqui, vamos achar outro lugar longe de todos.” Mas os dois pensaram “e até quando seria assim?” então simplesmente se beijaram.

There’s nothing left to lose

Não há mais nada a perder

There’s no more heart to bruise

Não há mais coração para machucar

There’s no greater power than the power of good bye

Não há poder maior que o poder do adeus

Lisa Hase
26-10-2.004
22:19h
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Agora faz exatamente um ano e alguns minutos que eu a publiquei pela primeira vez, a data acima é a que eu escrevi a fic. Foi a primeira que publiquei, não fez sucesso algum, mas... Ah! Como eu gosto dela, meu xodó!
Alguém lerá isso? Huahuahua, é quase um desabafo, então!

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