Culpa do Hipogrifo



Só ele sabia o quanto aquele tapa tinha doído. A maldita Granger sangue-ruim não perdia por esperar. Ele iria se vingar com suas próprias mãos! E daí que o estúpido hipogrifo fora condenado? Por acaso a culpa era dele? Ele tinha culpa por ter um professor tapado, que trazia uma criatura como aquela para a classe, sem ter controle sobre ela? Não, decididamente não era culpa dele.

Ele ficou aguardando a garota se afastar dos amigos e passar ali perto, rumo à aula de Feitiços. Quando ela atravessou seu caminho, Draco seguiu-a até um pedaço do corredor onde estavam particularmente sozinhos, apontou a varinha para ela e sussurrou: [i]“imobullus”[/i]. Imediatamente, Hermione foi obrigada a parar e ficar onde estava.

- Ora, ora, ora, não estamos mais tão corajosas agora, heim? Vou te dizer uma coisa, sabia que se não fosse esse seu cabelo e seu estúpido sangue-ruim, você até que seria jeitosa? Seria, sim. Seria uma gracinha. Que pena... O cabelo até que tem conserto, mas o sangue... Eu terei mesmo que abrir uma exceção.

E dizendo isso, Draco segurou com força desnecessária a cabeça de Hermione e colou seus lábios aos dela. A garota tentou protestar, mas não pôde, impedida pelo feitiço. Draco a beijou o quanto quis, e quando estava satisfeito, sentindo-se vingado, afastou-se alguns passos e desfez o feitiço.

- E agora, vai fazer o quê? Correr para o Dumbledore e contar tudo? Com que provas? Eu tenho Crabbe e Goyle, que podem jurar sobre uma montanha de artigos sagrados que eu estou lá com eles, na sala da Sonserina. Já você, deveria estar em sala de aula, não é mesmo?

- AAAAARGGGHHHH, eu te ODEIO, Malfoy!!

- Eu também te odeio, Granger! Odeio demais, você nem imagina!

E dizendo isso, os dois jovens jogaram-se nos braços um do outro, envolvidos em beijos sôfregos e ansiosos. Seus corpos colados abraçavam-se com ardor quase religioso, em uma mistura excitante de ódio e amor.

*****

Harry a cutucou de leve para acordá-la. Ela tinha acabado de entrar na sala comunal, sentar em uma das poltronas de veludo ao lado da lareira e abrir de qualquer jeito o maior e mais pesado livro que viu na bolsa, o de Aritmancia, juntamente com seu caderno de anotações. Piscando sonolenta, Mione fez de conta que havia dormido tentando estudar.

- Hã, o quê, já está na hora de ir? – A garota fingiu acordar, enquanto olhava assustada para os lados.

Sem prestar mais atenção que o suficiente para dar respostas que fizessem sentido, Mione só conseguia pensar no gosto de Draco em sua boca, e em sua tentativa de esconder o sorriso que denunciaria toda a maliciosa alegria que ela havia sentido na última meia hora.

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