Passeio à Hogsmeade



Passeio a Hogsmeade

Passaram pelos portões de Hogwarts, ladeados por duas gárgulas de javalis alados, sem ter o que falar, mas logo Sirius arranjou um assunto.

- Então, que horas faremos nosso jogo amanhã, Pontas? – perguntou.

- Sei lá, Almofadinhas – respondeu Tiago, lançando ao amigo um olhar misterioso. – Mas tem que ser antes das seis.

- Por que antes das seis? – perguntou Lily, curiosa. – Vão sair?

- Não podemos te contar, Lily, não por enquanto – respondeu Tiago. Mas, ao ver o olhar que ela lhe lançou, acrescentou – e não se preocupe, não tem nada a ver com garotas.

- Sei... – começou, desconfiada, mas, para não acabar em briga, resolveu mudar o rumo da conversa. – Por que Tiago chama Sirius de Almofadinhas e ele chama Tiago de Pontas?

- Mais uma pergunta que vou ter que deixar de responder – disse Tiago, calmamente. – Sei que um dia vou te contar, não se preocupe.

- Aonde vamos primeiro? – perguntou Kely,ao chegarem no vilarejo.

- Eu vou na Zonko’s! – exclamaram Tiago e Sirius, enquanto as garotas reviravam os olhos.

- Está bem, te encontro na Dedosdemel – disse Lily a Tiago. – Em meia hora.

- Está bem! – respondeu o garoto. Quando todos se afastaram, Sirius falou.

- Pronto?

- Vamos lá! – respondeu, com um sorriso maroto. – Hoje vai dar tudo certo!

Em vez de seguirem para a Zonko’s, foram a uma loja de jóias e bijuterias, que ficava em frente à Zonko’s. Entraram e se depararam com uma enorme quantidade de brilhantes, pedras preciosas, cristais e etc., em anéis, colares, pulseiras e brincos.

- Cara, que horror! – disse Tiago, espantado. – Como vou encontrar o que eu quero no meio de tudo isso Almofadinhas?

- Sei lá, Pontas.

- Posso ajudar? – perguntou uma mocinha com mais ou menos vinte e cinco anos, loira de olhos azuis.

- Claro! – disseram os dois.

- O que estão procurando? – perguntou ela.

- Um anel que tenha um brilhante, não muito grande nem muito pequeno, e uma corrente com a letra “L” – disse Tiago à moça.

- Por aqui, por favor – respondeu ela, fazendo sinal para que eles a seguissem. Chegaram a uma bancada que só possuía anéis. De todos os tipos e tamanhos: grandes, médios, pequenos, de prata, de ouro, folheados, com pedras de todos os tamanhos. O olhar de Tiago recaiu sobre um que lhe chamou muita atenção. Era médio, com uma pedrinha delicada, em forma de lírio, e transparente, mas, conforme a luz batia, ela brilhava de várias cores.

- Eu quero esse aqui! – disse ele, apontando para o anel. – E você, Almofadinhas, já decidiu?

- Já, sim, Pontas – respondeu Sirius. – Aquele ali! – disse, apontando para uma anel de prata com uma pedra em forma de rosa, também transparente e brilhava com a luz.

- Sim, senhores – falou a moça, pegando os anéis indicados. – Para presente?

- Sim – disse Tiago. – O meu pode colocar numa caixinha de veludo verde esmeralda, por favor?

- Claro – disse a moça. – Me sigam, vou mostrar a vocês as caixinhas que temos, assim, podem escolher.

- Está bem – disseram os dois, seguindo a moça para mais fundo da loja, onde havia milhares de tipos diferentes de caixinhas, de todas as cores, tamanhos e formas. Tiago viu uma verde esmeralda de veludo, em formato de lírio. Era aquela, não tinha dúvidas.

- Pode me dar aquela ali, por favor? – pediu ele, apontando para a caixinha. A moça pegou e guardou o anel dentro. E o senhor? – perguntou para Sirius.

- Eu levo aquela ali! – disse apontando para uma caixinha de veludo vermelho em forma de rosa. A moça pegou-a e guardou o anel dentro. – Algo mais?

- Sim – falou Tiago. – O colar com a letra “L”.

- Muito bem – disse a moça, seguindo para outro canto da loja, onde ficavam os colares. Tiago viu um perfeito. A correntinha era de prata, com um pingente em “L” bem desenhado. A moça o pegou e colocou numa outra caixinha. Eles pagaram e saíram da loja com os presentes bem guardados nas vestes.

- Como essa loja é grande, Almofadinhas! – exclamou Tiago, espantado. – Não sei como nunca tinha visto ela antes, já fomos tantas vezes na Zonko’s!

- Pois é, Pontas, acho que nunca prestamos atenção em todas as lojas que tem aqui, a não ser a Zonko’s, Dedosdemel e Três Vassouras.

- Vamos para a Dedosdemel, agora? – perguntou Tiago. – Lily e Kely estão lá.

- E os outros? – perguntou Sirius.

- Sei lá, Almofadinhas, mas assim é melhor para a gente – disse Tiago, com um sorriso maroto.

- Por quê?

- Não tenho que ficar dando explicações para todos sobre aonde vamos.

- E aonde vai, Pontas? – perguntou Sirius, confuso.

- Ora, Almofadinhas, vou levar a Lily num lugar especial – disse, ainda sorrindo.

- Entendi – falou Sirius com um sorriso maroto. – Eu acho que já sei onde levar a Kely.

- Só não leve ela no mesmo lugar onde levarei minha ruivinha, Almofadinhas!

- Está bem, não era para lá que eu ia levar ela mesmo.

- Ótimo – disse Tiago. – Agora, vamos parar de falar, senão elas vão desconfiar.

- Ok – concordou, e pararam com aquele assunto ao entrar na loja de doces. Apesar da loja estar lotada, Tiago logo localizou Lily e Kely, por causa do cabelo de Lily.

- Já terminaram? – sussurrou Tiago ao ouvido da ruiva, fazendo-a se arrepiar e virar para ele.
- Quase – respondeu ela. – Só precisamos pagar.

- Está bem – disse Sirius. – Esperamos vocês do lado de fora, aqui está lotado!

- Tudo bem! – concordaram as duas e eles saíram da loja.

- Então, Pontas, onde pretende levá-la? – perguntou Sirius sorrindo.

- Para um lindo local que conheci há pouco tempo que ela vai amar – respondeu Tiago sorrindo marotamente. – E você, Almofadinhas?

- Bom, vou levar a Kely até um campo de rosas que tem perto daqui, já que ela gosta de rosas.

- Agora, fique quieto que elas estão vindo – disse Tiago, ao ver as duas saindo da loja, com sacolinhas de doces.

- Não compraram nada na Zonko’s? – perguntou Lily, espantada.

- Dessa vez, não, meu lírio – respondeu Tiago, sorrindo abertamente. – Vamos?

- Claro. Para onde? – perguntou a ruiva.

- Quero te mostrar um lugar que você vai amar.

- E a Kely e o Sirius? – perguntou a ruiva.

- Vou levar a Kely para um lugar que ela vai amara também – respondeu Sirius.

- Vamos? – perguntaram os meninos, dando o braço a elas e seguindo em direções opostas.

**

Enquanto isso, Alice e Frank já tinham comprado o que queriam e estavam voltando para o castelo para a tal “surpresa” que Frank tinha preparado.

- Conta logo! – pediu Alice.

- Não, já estamos chegando – respondeu Frank, rindo da cara da namorada. Entraram no sétimo andar e Frank passou três vezes na frente de uma parte aparentemente sem nada, pensando no que queria que a sala se transformasse.

- Ficou louco? – perguntou Alice confusa, vendo ele andar e nada acontecer. Ele fez sinal para ela ficar em silêncio e ela obedeceu.

Após alguns instantes, uma porta apareceu do nada, na parede lisa e eles entraram. Alice estava boquiaberta. A sala se transformara num lindo quarto, com iluminação de velas, uma mesa com o almoço no canto e uma bela cama ao centro. Ao fecharem a porta, do lado de dentro, ela desapareceu do lado de fora.

**

Harry e Gina estavam no Três Vassouras, bebendo uma cerveja amanteigada e conversando.

- Como devem estar sua família, nossos amigos e todo o pessoal, pensando que morremos? – perguntou Harry, preocupado.

- Não sei – respondeu Gina. – Mas eles vão entender por que fizemos isso, é para o bem de todos.

- Tem razão – concordou Harry, terminando sua cerveja. – Vamos dar uma volta?
- Claro

Os dois passaram uns vinte minutos andando por Hogsmeade, e depois decidiram voltar para Hogwarts e ficar na faia em frente ao lago. Se sentaram na grama e ficaram namorando até a hora do almoço.

**

Remo e Tonks entraram no Três Vassouras logo após Harry sair com Gina. Pegaram uma cerveja amanteigada cada um e se sentaram para conversar.

- Então, seu namorado não ficaria bravo se te visse aqui, comigo? – perguntou Remo.

- Não tenho namorado – respondeu ela, calmamente.

- Achei que tivesse...

- Bem, parece que achou errado, não é?

- É – concordou ele, pegando na mão dela. – Sabe, Tonks, eu... eu...

- Você...? – insistiu ela.

- Eu… te amo – disse ele corando furiosamente, no que ela abriu um enorme sorriso.

- Eu também, Remo... – falou a garota, com a cor dos cabelos mudando de roxa para vermelha. Remo se aproximou dela e deu-lhe um beijo. Nem se importou que o bar estivesse cheio. A única coisa que importava agora era que sabia que a garota que ele amava também o amava.

**

Sirius estava levando Kely a um local mais longe do vilarejo. Estavam andando a uns quinze minutos e nada de chegar. Kely já estava ficando impaciente.

- Não chega nunca? – perguntava ela, a cada dois minutos.

- Calma – pediu Sirius. – Tenho certeza que você vai amar, já estamos chegando, é logo ali na frente – disse, apontando para o fim da estradinha de terra em que andavam, ela fazia uma curva e acabava.

Quando chegaram ao fim da estradinha, Kely ficou boquiaberta. Não sabia o que dizer. Estavam em frente a um lindo campo de rosas, de todas as cores. Sirius foi até lá, pegou uma rosa vermelha, a preferida de Kely, e entregou para a menina.

- É linda! – foi a única coisa que conseguiu dizer.

- Não te trouxe aqui só para te mostrar as rosas – disse Sirius, sorrindo, de frente para Kely.

- Para o que mais, então? – perguntou ela, curiosa.

- Para uma coisa bem especial.

- E o que seria essa “coisa especial”?

- Isso – disse ele, tirando a caixinha de veludo vermelho em forma de rosa das vestes e abrindo-a para Kely, que viu um lindo anel de prata com uma pedra brilhante, também em forma de rosa. Ajoelhou-se na frente dela e perguntou – Kely, aceita namorar comigo?

Ela ficou sem reação. Não sabia o que falar. Acabaram de ser pedida em namoro pelo garoto que amava, mas que também era o maior galinha de Hogwarts.

E se ele desistir de mim, para ficar com outra? – pensou ela, se decidindo. – Mas ele me escolheu para namorar... Nunca fez isso com nenhuma das garotas... Eu gosto dele... Vou aceitar e ver no que dá!

- Aceito! – respondeu ela, com um enorme sorriso. – Mas com uma condição, senhor Black! – completou, olhando séria para ele.

- E qual seria, minha fofa? – perguntou Sirius.

- Me prometa que não olhará mais para garota nenhuma! – disse ela, olhando-o bem profundamente. – Vai parar com as suas galinhagens!

- Eu prometo, Kely – respondeu Sirius, sem desviar seu olhar dos olhos azuis da garota.

Ela sorriu. Sirius se levantou tirou o anel da caixinha e colocou-o em Kely. Ela olhou para o anel e para Sirius, sem acreditar no que estava acontecendo.

Então, Sirius pegou Kely pela cintura e trouxe-a para mais perto de si, beijando a menina docemente.

- Sou a garota mais feliz do mundo! – disse ela, ainda abraçada a Sirius.

- E eu, o namorado mais feliz.

- Te amo!

- Eu também, e nunca duvide disso!

- Não vou duvidar se você parar de ficar olhando para todas as garotas da escola! – disse Kely, enciumada.

- Está com ciúmes? – perguntou Sirius, sorrindo.

- Ora, é claro! – respondeu ela. – Agora você está namorando, não pode ficar babando em cima de todas!

- Pode deixar, agora estou de compromisso. As garotas vão ter que me esquecer.

- Não vai ser assim, tão fácil.

- Se você me ajudar, vai – falou Sirius, com cara de cachorrinho sem dono.

- Está bem – disse ela, revirando os olhos. – Mas só porque você pediu.

- Ótimo! Vamos?

- Para onde?

- Voltar para Hogwarts – respondeu ele. – Já fiz o que vim fazer aqui, agora, vamos voltar, todos já devem estar voltando também.

- Tudo bem – concordou Kely, e saíram de mãos dadas de volt ao castelo.

**

Tiago levava Lily para um outro lado de Hogsmeade, que ela nunca tinha ido antes.

- Afinal, para onde estamos indo e para quê estamos indo? – perguntou ela, pela décima quinta vez.

- Espere só mais cinco minutos e estaremos lá – respondeu Tiago, rindo da impaciência da ruiva.

- Não agüento mais esperar! – exclamou ela. – Estou curiosa!

- Calma! – disse Tiago rindo mais ainda. Depois de mais cinco minutos andando, Tiago parou.

- Por que parou? – perguntou ela, confusa, não vendo nada à sua frente, a não ser uma pequena depressão na estrada.

- Veja você mesma! – respondeu ele, encaminhando-se para a depressão. Lily chegou junto dele e abriu um enorme sorriso.

- É lindo! – disse ela, vendo o campo de lírios vermelhos e brancos à sua frente. Tiago foi até o campo e voltou com um buquê de dez lírios, entregando-o para a ruiva.

- São realmente lindos! Nem sei o que dizer!

- Diga “Eu aceito” – falou ele, sorrindo.

- O quê? – perguntou ela sem entender.

- Diga “eu aceito”.

- E por que eu diria isso? – perguntou Lily, mais confusa ainda.

- Por isso – respondeu ele, tirando uma caixinha de veludo verde esmeralda em forma de lírio, das vestes e abrindo-a. Dentro, havia um anel brilhante, com uma pedrinha também em forma de lírio e uma corrente com um pingente com a letra “L”, bem desenhada. Lily ficou boquiaberta. Tiago sorriu e ajoelhou-se à sua frente, segurando uma das mãos da ruiva. - Lily, aceita namorar comigo?

- Aceito! – respondeu ela, sem nem pensar. O sorriso de Tiago se alargou e ele se levantou para colocar o anel nela. – Mas, com uma condição. Uma não, duas!

- E quais seriam? – perguntou ele.

- A primeira é que você vai parar de ficar olhando e sorrindo para todas as garotas que passam, senão elas vão pensar que tem esperanças – respondeu a ruiva, com as mãos na cintura.

- Sem problema. Você mesma já viu que não fiquei com ninguém esse ano, estava, por todo esse tempo, tentando te conquistar – respondeu Tiago – E a segunda?

- A segunda vai ser muito mais difícil! – falou Lílian, com um sorriso no rosto.

- Estou pronto para enfrentar tudo para ficar ao seu lado.

- Certo. A condição é que me dê um beijo nesse exato momento – disse ela sorrindo.

- Seu pedido é uma ordem! – falou Tiago, galanteador, se aproximando da ruiva e dando um beijo longo e profundo. Ao se separarem, Tiago colocou o anel em seu dedo e a corrente em seu pescoço.

- Vamos? - perguntou ela, começando a caminhar em direção ao vilarejo.

- Ah, espera só mais um minuto – disse Tiago, segurando-a pela cintura.

- Para quê? – perguntou ela se virando para ele.

- Para isso! – respondeu, puxando-a para junto dele e dando um beijo apaixonado nela. – Agora somos namorados!

- E eu estou tão feliz por isso! Você nem imagina o quanto – disse ela, sorrindo.

- Ah, imagino sim, pode ter certeza disso! – e, falando isso, se sentaram na grama ali perto e ficaram namorando um pouco. Uns vinte minutos depois, seguiram para o castelo, para encontrar todos os amigos.

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