A Canção da Hermione
Hermione girou o corpo e desaparatou na porta do 3 Vassouras, resolveu deixar Rony ter a oportunidade de não recebê-la se não quisesse. Ela foi andando até o pub da Madame Puddifoot e comprou 2 cervejas amanteigadas, quando saiu de lá foi até a praça ver se Rony estava lá.
Chegando à praça Hermione viu Rony de uma maneira tão livre, ele estava tão bonito naquele momento – ela nunca pensou nele como lindo, realmente, mas agora, ali, sentado no banco daquela praça, com as duas mãos embaixo da cabeça e admirando o céu da primavera, estava realmente muito lindo.
Ela foi se aproximando dele, quando estava a uns 15 metros de distância, ela pisou em uma monte de folhas secas, fazendo Rony levantar a cabeça pra ver quem estava chegando.
- Ahh...Oi Mione - disse ele voltando a olhar pro céu - Senta aqui.
- Oi, Ron - respondeu Mione se sentando ao lado dele - Trouxe pra gente - estendendo a ele uma garrafa de cerveja amanteigada.
- Obrigado - falou Rony aceitando a cerveja - Como você me achou?
- Gina me contou - respondeu sinceramente Hermione.
Rony se engasgou com a cerveja.
- Gina te contou mais alguma coisa? - perguntou Rony preocupado.
- Só que você tem procurado passar maior parte do tempo sozinho, e que provavelmente estaria aqui agora. - respondeu Hermione muito vermelha e evitando olhar pro ruivo, pois sabia que ele estava olhando pra ela. Então ela se lembrou - O que a Gina deveria ter me contado?
- Nada não. Por que você não ficou na festa? - Hermione percebeu que, o que ele queria era mudar o rumo da conversa, mas ela percebeu também que não queria continuar a conversar sobre aquilo.
- Porque quando a festa começou você saiu desesperado e não me chamou pra dançar - "Pronto falei", pensou ela que já estava escarlate escaldante.
Rony olhou pra ela, com as orelhas muito vermelhas, sorriu e se levantou. Estendeu a mão pra ela e disse.
- Dança comigo? - Ela segurou a mão dele ignorando completamente mais uma sensação de estar mergulhando em um balde de água fria, e, já de pé se lembrou que...
- Rony, não tem música - mas então ela teve a idéia, tirando a varinha de um bolso oculto magicamente - Qual música você gosta mais?
- Eu gosto da que você quiser ouvir - ela fez um gesto circular com a varinha.
- Pronto! Agora a música toca só para os nossos ouvidos.
O música começou a tocar e Rony segurou as duas mãos da moça, para envolvê-la em um abraço apertado e finalmente começar a dança, mas Rony parou um instante e perguntou:
- Que música é essa?
- Música de trouxas. Você não conhece. Quando você vai continuar a dançar? - perguntou ela rindo, e fazendo ele rir também.
Meu coração
Bate ligeiramente apertado
Ligeiramente machucado
Caiu tão fundo nessa emoção
Hermione sentia o cheiro de Rony cada vez mais próximo dela, enquanto ele envolvia os seus braços pela cintura dela.
Primeira vez
Que o amor bateu de frente comigo
Antes era só um amigo
Agora mudou tudo de vez
Ela colocou a mão esquerda no ombro dele, enquanto a direita acariciava os fios ruivos do cabelo do Rony. Eles se olhavam intensamente...
Será que você sente
Tudo o que eu sinto por você?
Será que é amor?
Tá tão difícil de esconder
- É estranho, não é? - falou Rony olhando profundamente nos olhos de Hermione.
- Quando você fala assim abertamente fica muito mais fácil eu concordar com você - respondeu ela sorrindo encarando o olhar de Rony.
- É que... Sabe... - começou Rony nervoso - Quantas chances nós tivemos de dançar juntos, e... - ele pareceu sem palavras pra continuar. Mas Hermione continuou por ele.
- Não soubemos aproveitar...
- É - concordou Rony. A conversa morreu, deixando somente a música tocar.
Oh, oh
Olha o que o amor te faz
Te deixa sem saber como agir
Oh, oh, oh, oh
Quando ele te pegar
Não tem pra onde você fugir
Oh, oh
- No Baile de Inverno, - continuou Rony procurando o olhar de Hermione, ela por sua vez estava evitando olhar pra Rony, estava decidida a olhar para um ponto acima da cabeça do ruivo em questão - Na festa na sala do Slughorn, e hoje no Minis... - Hermione fez Rony se calar colocando a mão sobre sua boca e voltando a olhar nos olhos do rapaz.
- Mas eu prefiro hoje, a nossa dança, nessa praça e sem ninguém olhando - ela sorriu marotamente. E achou que por um momento Rony não entendeu o que acontecia ali, mas para sua supresa ele entendeu perfeitamente e sorriu também, colocando as duas mãos no rosto dela.
De todas as vezes e lugares que ela tinha imaginado o primeiro beijo deles, nunca tinha sido assim. Mas foi ainda melhor do que ela imaginava, enquanto ele finalmente fechava seus lábios nos dela. Talvez ela havia morrido e ido para o Paraíso. Talvez ela havia simplesmente morrido. Ela não lembrava de seu coração bater, até que percebeu que estava batendo tão rápido que as orelhas dela estavam cheias de zumbido. As mãos dele eram como fogo no rosto dela, e ela tinha inconscientemente apertado o abraço entre eles. Os braços dela estavam nos ombros dele – o quão musculosos eles eram, tão fortes! Ele não parecia, mas ele era. Aquelas eram, claro, lembranças que ela traria para sua mente mais tarde, corando ao se lembrar. A experiência em si era de tirar o fôlego. Era algo como ela nunca experimentara antes, mais significativo do que qualquer coisa que ela sentira antes, e carregava mais poder do que dez mil feitiços. Eles podiam explodir o mundo com aquele beijo, com aquele amor. Era o que Ron era para ela; ele era seu amor, e o mais importante, ele era seu melhor amigo. E ele sempre estaria com ela. Era o que aquele beijo era. Ali, naquela praça e banhados a luz do luar, naquela ação única, era o infinito. Eternidade. Para sempre.
Olha o que o amor me faz
Fiquei tão boba, fiquei assim
Oh, oh, oh, oh, oh, oh
Nada será capaz
De apagar esse amor em mim
De certa forma a dança continuou, no momento que eles descolaram os lábios houve um sorriso de felicidade no rosto dos dois. Rony, que já estava com a mão no pescoço de Hermione foi descendo com as mãos até a cintura da moça, fazendo ela ter novamente a sensação de estar mergulhando em um balde de água fria. Ela por sua vez pôs a cabeça no peito dele e o abraçou com tanta intensidade que poderia ficar ali pra sempre.
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