Perdida em Pensamentos
Atirando o Profeta Diário Especial para longe "ela tinha que arrumar um jeito de colocar nossas vidas pessoais no meio", pensava Hermione, que neste instante estava sentada na sala comunal da Grifinória, acompanhada somente de Bichento e seus pensamentos. "Ainda escreve que dou 'tratamento especial para o Rony', de onde ela tirou isso? Tudo bem... No final de tudo, quando acabou tudo, Rony me deu um abraço. E que abraço..." Esse abraço que a fez sonhar várias noites seguidas, e, que deseja intimamente continuar sonhando com ele.
Ainda absorta em seus pensamentos, e acariciando as orelhas de um ronronante Bichento em seu colo, Hermione olha em direção ao campo de quadribol esperando impaciente a hora que Harry e Rony voltarão de lá. Após 7 meses de guerra, ela ainda não vê graça em em voar perigosamente pelo ar gelado, sendo ameaçados por 2 bolas de ferro que querem derrubá-los da vassoura.
- Garotos - bufou ela. Se esquecendo completamente que meninas também jogam quadribol.
Voltando em seus devaneios, Hermione voltou a se perguntar e a imaginar-se no lugar da Lilá no ano anterior. Será que Rony enjoaria dela como aconteceu com a Lilá? " A Lilá era uma chata" disse uma voz triunfante em sua cabeça. Depois se censurava por tais pensamentos, já que Rony desde que haviam voltado da guerra ( e só fazem 4 dias que voltaram), já ficou com mais de 12 garotas – que ela havia contado. Eles haviam se tornado tão famosos quanto Vitor Krum ou até mesmo Dumbledore, e não faltavam pessoas que achavam que eles dariam um bom partido.
Ela acha que gosta dele de verdade, mas Rony nunca demonstrou que gostasse dela do mesmo jeito, às vezes ela achava que sim, pois as crises de ciúmes dele estavam cada vez mais insuportáveis. Por vezes achava que não. “Ele fica todo empinado quando elas olham pra ele no corredor, e nem se lembra que eu existo”, pensou ela irritada, e mais uma vez se censurou por tais pensamentos, já que Rony nem estava ali para ela se irritar com ele.
No Natal foi a melhor tarde da vida dela. Apesar de todos acharem que iam morrer, pois Voldemort estava perseguindo-os, eles passaram as festas de fim de ano no nº 12 do Largo Grimmauld. Ficaram sozinhos, e Hermione – pelo menos para Harry e Rony – fora excepcional na cozinha. Um sorriso tímido passou por sua boca. “Eles nunca precisarão saber que eu usei magia” .
Ela ganhou presentes somente de Harry e Rony, não seria sensato um nº estranhos de corujas sobrevoando o local, afinal, eles estavam se escondendo. Harry deu de presente a ela um livro chamado Contra Feitiços para Enfeitiçados, e Rony deu a ela uma enorme caixa de Detonadores-Chamariz.
Ela por sua vez deu a Harry uma caixa de Feijõezinhos de todos os Sabores capaz de encher até a barriga do Grope, e ao Rony um luxuoso tabuleiro de Xadrez de Vidro.
Durante todo esse tempo, Mione foi a cabeça do grupo, teve que desfazer feitiços, decifrar encantamentos, traduzir Runas Antigas, enfim... Esteve sempre muito ocupada e com a cabeça correndo a mil por hora. E ainda ao seu lado tinha que ter um garoto chamado Ronald Weasley, a única pessoa capaz de desviar toda a atenção de Hermione quando se aproximava.
Agora ela se lembrava do momento mágico em que QUASE havia beijado Rony no Natal.
“- Xeque-Mate – disse Rony feliz com a mão fechada comemorando a vitória – Ganhei de novo.
- Desisto de jogar com você Rony – com a voz pesada Harry disse isso e já estava saindo, mas não antes de Hermione e Rony falarem um 'Boa noite, Harry'. Ela sabia que ele estava daquele jeito por Gina não foi passar o Natal com eles. Hermione sabia também porque Gina não tinha ido, afinal eram grandes amigas, mas, se recusou a contar os garotos que ela não tinha ido por medo. Medo de que, se eles retomassem o namoro nesse tempo de guerra Harry ficaria preocupado demais com a segurança dela e não se concentraria direito no que tinha que fazer.
- Mione – ela reconheceu a voz, era Rony – Eu tô a exatamente – ele consultou o relógio – Cinco minutos te chamando. Onde você estava?
- Deixa pra lá – respondeu ela – O que é que você quer?
- Estava te perguntando se você quer jogar comigo?
- Agora? - perguntou ela desanimada
- Só se você quiser – disse ele com aquela cara de cachorrinho pidão que só ele sabe fazer, e que a deixava completamente desconcertada. E deixando o livro que ganhou do Harry de lado e se sentou para jogar com Rony.
Depois de um magnífica derrota ela se levantou, mas Rony a segurou pelo braço, deixando ela desnorteada e muito gelada com o que poderia vir a seguir, e perguntou:
- Não vai querer jogar de novo?
- Pra quê? - perguntou ela sorrindo – Pra você ganhar de novo?
- Revanche – disse ele também se levantando. Os olhos dela agora batiam na altura do peito dele – Não vai querer uma?
- Desculpe Ron – disse ela em um agradável tom de brincadeira - Mas acho que não estou a altura.
Nesse momento Rony a levantou pela cintura e a colocou no colo. Ele pôs a morena em cima da mesinha sobre a qual estavam jogando xadrez, agora estavam do mesmo tamanho. E os olhos de Hermione estavam na direção dos olhos do Rony.
- Pronto – disse ele olhando nos olhos dela – Agora você está à altura.
- Mas... Acho que não quero mais jogar... Porque... – respondeu ela um pouco sem fôlego. Estavam a menos de 10 centímetros um do outro – Acho que vou dormir. - Acrescentou ela, mesmo sabendo que não conseguiria sair dali, já que suas pernas não a obedeciam.
Ela sentiu Rony se aproximar cada vez mais. Será que ele ia beijá-la? Mas um olhar alerta passou pelos olhos do rapaz, e ele desviou o rosto, dando apenas um beijo no rosto da menina. Ele a pegou no colo novamente e a desceu da mesinha. Ela retribuiu o beijo dele e foi para o quarto dormir. Com certeza esse momento ficou na lembrança dela...”
Mas seus devaneios são interrompidos por um barulho vindo do buraco do retrato.
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