Harry Potter Vai a Hogwarts



Capitulo 5 – Harry Potter Vai a Hogwarts

A mansão dos Potter ficava localizada exatamente a oito quilômetros ao sul da casa dos Hunter, uma enorme casa com dezenas de janelinhas, lembrando um palacete. As paredes vermelho vivo sempre foram um tipo de atração para os vizinhos, que gostavam de observá-la de longe, dizendo que ali morava um vampiro assassino e solitário, que aguardava o dia de invadir a cidade e beber o sangue de todos. No quintal da frente havia um bálano meio velho, mas bem cuidado, um aro de cerca de dois metros de altura e um pomar. Ali as crianças Potter cresceram e aprenderam os primeiros movimentos de seu amado quadribol, e era exatamente para lá que os três voltavam agora, com um Alvo furioso liderando o grupo.
O garoto não conseguia aceitar que um garoto dois anos mais novo fora capaz de derrotá-lo em um duelo antes mesmo que ele disparasse um feitiço. Ainda por cima o babaca do Tiago não fizera nada e quase dera uns tapinhas de congratulações nas costas do garoto, passara metade do tempo em que ainda voavam devagar ressaltando as habilidades do garoto, como ele aparatava bem e com precisão, como sabia surpreender o adversário, como conhecia sua varinha e como fora correto em não machucar desnecessariamente Alvo, que estava desarmado.
–Ele podia ter um enfarte… –murmurou Alvo, desgostoso.
–Ei, Al! –gritou Tiago, um pouco atrás dele. –Vai mais devagar! Sua vassoura tá pensa pra esquerda!
–Dane-se! –devolveu o garoto. –Já da pra ver a casa!
–Al, Não seja mal educado ou vou contar pro papai! –dessa vez quem falou foi Lílian.
–E o que ele vai fazer? –perguntou o garoto, parando a vassoura no alto.
–Te deixar de castigo! –respondeu Lilian, parando ao seu lado. –Ou até te proibir de jogar quadribol.
–Se depender do papai ele me deixa de castigo me obrigando a jogar duas vezes mais. –brincou o rapaz.
–É serio, Al, vai mais devagar, senão o papai vai desconfiar que aconteceu alguma coisa. –aconselhou Tiago, que chegou por ultimo, após da uma volta nos dois.
–E por que ele não deveria saber?
–Acho que devemos saber alguma coisa mais sobre esses Hunter antes de preocuparmos o papai, ele vai acabar cobrando algum coisa da Mione.
–E você quer cobrar isso antes? –perguntou Lilian, com uma expressão apreensiva.
–Exatamente.
–Vamos logo pra casa? –sugeriu Alvo. –Antes que o Tiago resolva dar uma de louco e enfiar a gente numa deles de novo.
–É… Acho que você ta certo. –resmungou Tiago, cocando o queixo com um vestígio de barba.
O mais velho disparou na frente, deixando os dois irmãos mais novos para trás. Lilian se virou para Alvo e sorriu, sabia os planos do irmão.
–Você vai ir atrás da Mione antes dele, não vai? –perguntou ela, alegremente.
–É lógico que vou, ou não sou um Peralta. –disse ele com um sorriso. –Só preciso fazer ele esquecer o assunto.
–Vai ser difícil, ele é chato com essas coisas.
–Eu me viro.
Os dois dispararam na direção de sua casa, atrás de Tiago. Uma Lilian preocupada com os dois irmãos e um Alvo empolgado com um bom motivo para se meter em encrenca, e quebrar as fuças de Kyo como bônus.


Já passava das oito da noite e já escurecera completamente quando Harry Potter chegou em casa. O patriarca da família Potter tinha saído para resolver alguns assuntos acerca de trabalho no ministério da magia e só conseguira retornar aquela hora. O estalo do pai aparatando no jardim acordou Lilian e Alvo que estavam cochilando na sala, em frente a um baralho de snap explosivo. Jogar quadribol o dia todo deixaria qualquer ser humano exausto, mesmo dois Potter.
–Papai chegou… –murmurou Alvo, com a cara amassada.
–Notei… –Lilian limpava a boca, que estivera aberta, enquanto ela dormia em cima da mão.
A Gina Potter susrgiu pela escada, com o hobbie por cima do pijama, tinha uma expressão cansada e os olhos inchados de sono. A mulher trabalhava com auriz do ministério e cuidava da casa quando chegava, e ultimamente o ministério se mostrava um bocado ativo, como se algo muito importante estivesse prestes a acontecer, e esse ritmo constantemente pesado conferia-lhe a constante expressão de cansaço e a necessidade de longas noites de sono. Quando ela chegou ao ultimo degrau lançou um olhar de censura para Lilian e Alvo, que prontamente começaram a juntar as cartas do baralho de snap.
–Foi seu pai quem chegou? –perguntou ela, com a voz arrastada.
De repente mais dois estalos, a expressão da sra. Potter mudou. Lilian notou que a mãe pusera rapidamente a mão para entro do hobbie, onde provavelmente estava sua varinha e se assustou. Com a casa rodeada de proteções mágicas o que poderia afligir a mãe daquele jeito? Alvo parecia ter a mesma preocupação e, tão rápido quanto a mãe, sacou sua varinha. Lilian se sentiu semi nua, sem varinha.
Passos na cozinha. Gina Potter se adiantou para frente dos filhos. Que estranho, papai sempre grita olá quando chega… Por que esse silencio hoje? Os passos se aproximavam da sala de estar e os finos fios de cabelos da nuca de Lilian insistiam em se arrepiar cada vez mais.
–Quem está ai? –perguntou sua mãe, apontando a varinha diretamente para a porta, agora.
Silêncio.
–Eu perguntei quem está ai. –insistiu ela.
–Gina? –uma voz feminina perguntou da cozinha.
A voz era conhecida e todos se sentiram aliviados. Gina baixou a varinha e suspirou. Alvo guardou sua varinha e olhou de soslaio para a irmã caçula. Ela conhecia aquele olhar. Alguma coisa estava errada. E quando o irmão dizia que alguma coisa estava fora do lugar nunca errava. Da ultima vez o pai sofrera um acidente com bruxos das trevas do sul do pais e tentara esconder, e assim que o irmão olhou para ele notou isso.
–Mione? –chamou Gina se dirigindo a cozinha.
Pouco antes de ela chegar ate a porta que dava a cozinha uma mulher de cabelos lanzudos e cabelos castanhos claro surgiu ali, com um sorriso um pouco forçado e algumas rugas na testa. Alvo estreitou seus olhos, mas Lilian não achou nada demais, talvez fossem problemas de Hogwarts.
–Boa noite, Mione. –sorriu Gina. –Você me assustou.
–Desculpa, Gina. Viemos aqui conversar com Harry sobre a escola. Olá meninos.
Ela acenou para Lilian e Alvo. A garota sorriu, mas Alvo apenas ergueu as sobrancelhas, ainda parecia achar que algo estava errado.
–Onde está Tiago? –perguntou ela, esticando o pescoço para olhar melhor pela sala.
–Dormindo. –respondeu Lilian. –Passamos o dia jogando quadribol.
–Mione, você disse viemos? –perguntou Alvo, num tom pouco casual.
–Sim, eu e Rony. Por quê?
–Nada…
Lilian que ouvira o nome do padrinho se adiantou para a cozinha. Deixando a mãe o irmão e a madrinha na sala.
Na cozinha encontrou seu pai e Rony Weasley, seu padrinho, encostados a pia, ambos tinham expressões que mesclavam a preocupação e o cansaço. Ela se adiantou para o pai e o abraçou. Olhando com o cantos dos olhos para Rony.
–E ai, como vocês estão? –perguntou ela, fingindo não notar suas expressões.
–Cansados. –disseram ambos em uníssono.
–É mesmo? –zombou Gina, entrando, com um sorriso nos lábios.
A sra. Potter se dirigiu ao marido e o beijou, Lilian saiu logo de perto, detestava quando os pais começavam de melação. A mãe e o pai se abraçavam, enquanto Alvo entrava na cozinha se espreguiçando.
–E ai?! –cumprimentou ele, com seu habitual jeito desleixado.
–Tudo bem? –perguntou Rony, abrindo um botão de suas vestes.
O garoto balançou a cabeça em sinal positivo. Rony sorriu e se voltou para Harry.
–E ai, cara, o que vai fazer desta vez? –perguntou ele. –A Minerva não vai permitir que você continue no ministério sem uma boa desculpa.
–Como assim? –interveio Tiago. –A Prof ª McGonagall quer tirar o papai do ministério? Para quê?
–Ela quer que seu pai lecione em Hogwarts. –explicou Mione. –Como seu pai sempre se deu muito bem com Defesa Contra as Artes das Trevas ela acha que ele seria um excelente professor.
–Sério Harry? –perguntou Gina, se interessando.
–É… Eu estou realmente propenso a aceitar, ficar perto das crianças. –disse ele, olhando para Alvo com um sorriso suspeito.
–Qual é? Vigilância total agora? –perguntou o garoto contrafeito. –Já me bastava a Mione!
–Que tem eu? –perguntou Mione, em tom de brincadeira.
–E, alem disso, você poderia nos visitar sempre que quisesse. –completou Harry, se dirigindo a Gina.
–Claro, e ficar sem marido em casa! –exclamou ela. –Muito bom isso!
–O Harry pode voltar para casa nos finais de semana. –disse Mione. –Minerva não negaria o isso a ele.
–Pelo menos isso! –exclamou Alvo.
Todos riram do alivio do garoto, que não gostaria muito do pai lhe supervisionando vinte e quatro horas por dia, acabaria suas farras em Hogwarts. Mas de repente todos ficaram sérios, Alvo tinha uma expressão estranha no rosto.
–O que aconteceu com Carter? –perguntou de repente. –Se demitiu, foi demitido?
–Pediu afastamento. –explicou Mione. –A esposa morreu faz pouco tempo e ele não se sente bem em continuar dando aulas.
Alvo olhou para Mione desconfiado. A palavra morreu pairando em sua mente. Nas ultimas duas semanas uma quantidade considerável de pessoas morrera ou desaparecera, ninguém parecia ligar para isso, ou fingia não ligar, mas Alvo estava preocupado, da ultima vez que algo assim aconteceu um cara muito perigoso surgiu e foi um bocado difícil derrubá-lo, ele se sentia no dever, como herdeiro de Harry Potter, de prezar pelo mundo mágico. Não que isso o impedisse de curtir a vida.
Uma outra coisa o intrigava. O garoto Hunter dissera que se mudara com os pais há duas semanas, época em que começara as mortes misteriosas e Alvo simplesmente não encontrava motivos para simpatizar com o garoto ou o nome, o que já lhe era um motivo forte o bastante para achar que os Hunter tivessem um dedo ali.
–Mione, o que você sabe sobre os Hunter? –perguntou Alvo de repente, quebrando o gelo.
As sobrancelhas de Mione se ergueram, todos os olhos da sala estavam no garoto. Harry olhava com sincera curiosidade para o filho.
–Hunter? –perguntou Mione para ele. –De onde conhece esse nome?
–Encontramos com o filho deles hoje mais cedo, quando jogávamos quadribol. –explicou Alvo. –Um garoto esquisito e metido.
–Encontraram? –perguntou Gina, olhando para Lilian.
–Estávamos jogando quadribol e eu desci até os terrenos da colina ao norte para pegar o pomo e encontrei com ele, depois o Tiago e o Alvo apareceram. –explicou Lilian.
–E não arrumaram encrenca, eu espero. –disse Gina, com firmeza, olhando para Alvo.
–Nada com que precisem se preocupar. –comentou o garoto.
–Bem, não posso dizer muita coisa. –começou Mione. –Só sei que são americanos, o pai trabalha no Gringotes como gerente de relações e acabou de ser transferido para a Inglaterra, a mãe não trabalha, a propriedade onde moram foi comprada pelo ministério a pedido de Gringotes e dada a eles. O menino, Kyo Hunter…
A menção do nome do garoto Lilian e Alvo esboçaram reações diferentes. O garoto bufou e Lilian sorriu. Realmente achara o garoto um bocado simpático, apesar de ser estranho e recluso. Talvez fosse só timidez por estar num novo pais.
–… O garoto foi transferido para Hogwarts. Ele já tinha cursado o primeiro ano no Estados Unidos, mas com suas notas não pude permitir que ele seguisse no segundo ano, estava muito abaixo da media, mesmo para os padrões americanos. –completou Mione.
–Ele não me pareceu abaixo da media. –bufou Alvo. –Nunca vi um garoto de quinze anos aparatar, e ele aparatou duas vezes na nossa frente.
–Aparatar? –perguntou Mione, um tanto surpresa. –A ficha dele diz que ele foi reprovado duas vezes no teste.
–Talvez ele estivesse dando uma de louco, ou a ficha estivesse errada. –comentou Alvo, procurando por um furo.
–Se existe uma coisa com o que o governo americano é bom e na transmissão de informações. –rebateu Mione, contestando a hipótese de Tiago.
Assim como são bons na omissão delas, pensou Alvo.
–De qualquer jeito, se o garoto for tão bom assim, veremos na escola. –disse Harry.
–Veremos? –perguntou Rony.
–É, Rony, você vai ter que cuidar muito bem da minha Gina, lá no ministério, porque eu vou pra Hogwarts. –brincou Harry.
–Você não pode ver nada um pouco fora do lugar que tem que ir fuçar, não é mesmo? –ralhou Gina.
–Fazer o que? É o meu vicio! –brincou o garoto.
–E o meu carma… –murmurou Alvo.
Pelo menos o papai pode me ajudar a ver o que tem de errado com esse garoto… pensou Alvo, conformado.
Na porta, embaixo da capa de invisibilidade do pai, Tiago ouvia tudo, se perguntando por que Alvo estava tão interessado no garoto Hunter. Era verdade que o garoto Hunter despertara sua atenção, mas não podia acreditar que o irmão mais novo, que jamais lia o Profeta pudesse também ter ligado a chegada dos Hunter as mortes que começaram a acontecer a pouco. Bem, talvez fosse melhor assim, com o pai e o irmão juntos seria mais fácil descobrir o que aquele Hunter tinha de errado. Teria que tomar cuidado com Lilian, caçula parecia ter simpatizado com o garoto, o que poderia ser perigoso.
E tinha mais uma coisa, a mãe estava trabalhando muito mais do que de costume ultimamente e isso o estava deixando encucado. Tinha certeza de que tinha a ver com os assassinatos, só não entendia por que ela não comentara nada com ele. Sempre fora tão aberta nesses assuntos. E estava agindo estranho também, desde quando ela ficava apavorada só por ouvir estalos de aparatação fora de casa? Tudo bem que o silencio estranho e o numero maior de pessoas passava uma impressão errada da situação, mas ela era uma excelente auriz e nunca tivera esses medo, por que então começara agora.
Ainda bem que agora era monitor-chefe, o cargo poderia lhe ser bem útil agora, para obter informações, e poderia se aproveitar dos primos Fred e Jorge e suas bugigangas para espionar as salas dos professores e até mesmo a sala de Mione e da Minerva.
O mais silenciosamente que pode, ele começou a caminha na direção das escadas, sem saber que Rony e Harry sorriam, vendo-o subir. Na aflição de descer e espionar não notara que já estava grande demais para a capa.
–Esse ano vai ser bem divertido. –brincou Harry, fazendo um cafuné na esposa.
–E perigoso. –completou Gina.
–Isso me lembra nossos tempos em Hogwarts. –sorriu Rony, nostálgico.
–Exatamente. –completou Mione, seria. –E é isso que me preocupa.
–Por que? –perguntaram todos em uníssono.
–Hugo e Lilian entram esse ano em Hogwarts… E um monte de coisas esquisitas anda acontecendo. –explicou ela. –Um garoto fora de serie está entrando junto com eles, assim como o caçula do Malfoy também está entrando esse ano.
–E o filho de Neville e da Luna. –completou Rony.
–O mais velho da Lilá e do Dino também está entrando agora. –comentou Harry.
–E o caçula da Cho. –lembrou Gina, ligeiramente desgostosa.
–Isso está lembrando muito nosso primeiro ano. –suspirou Harry.
–E isso quer dizer? –quis saber Lilian, que não conhecia muito bem as historias do pai.
Alvo deu um soco de leve no ombro da irmã, como já estava em Hogwarts, aos poucos alguns professores deixaram escapar as aventuras de seus pais e dos tios, Rony e Mione.
–Problemas, Lily, dos grandes.







Kyo ajeitou os últimos dois livros e fechou o malão. Puxou a varinha e olhou bem para ela e então se dirigiu a sua escrivaninha. Roubara na biblioteca do pai alguns livro sobre duelos, feitiços e encantos, e mais alguns manuscritos sobre aparatação. Tinha de treinar um pouco antes de chegar em Hogwarts, tinha a estranha impressão de que os Potter seriam problema, e não era pouco.
–Duas semanas. –murmurou ele, após um longo suspiro.



Diário do autor

22/01/08

Bem, gente, como de costume poucas novidades. Colocar Harry em Hogwarts foi uma idéia manjada que me ocorreu no meio do cap, mas acho que as coisas podem ficar interessantes. Nem tudo acontece como nós planejamos. No próximo cap eu espero introduzir mais uns personagens, assim como mostrar alguns mais antigos. Malfoy, Patil e Brown estão na minha lista. Estou cogitando a idéia de Crabbe e Goyle, mas não tem nada decidido.
Hoje eu descobri que a namorada de um amigo meu é afim de mim… Isso é mal, não sei como dizer nem se DEVO dizer pra ele que ela pediu pra ficar comigo. Coisas complicadas.
Em contrapartida eu estou correndo atrás de um emprego, o que diminuiria o tempo que eu tenho para escrever fics. Mas espero comprar um Notebook com o salário, o que poderia compensar, já que assim não teria que fazer chantagem para poder usar o computador.
Bem, por enquanto é isso. Até a próxima, que espero seja em breve.
Ah... quem quiser me xingar de maneira mais direta pode me Add no MSN: [email protected]. Mas ele pode ser usado também como veiculo para comentários e criticas construtivas. Estava pensando em sugerir elogios, mas não vou ser tão presunçoso.

XDD

Até,
Kyo Hunter

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