Unico
Hospital St. Mungus, 14 de dezembro de 1977.
Aquele dia estava frio. O sol não aparecera pela manhã, e a neve começara a cair ainda de madrugada. O Hospital estava em polvorosa, médicos e enfermeiras, carregando macas, pareciam surgir do nada, o tempo inteiro. Na sala de espera, a tensão era palpável. Em plenas 12:45 da tarde, e o hospital já estava assim. A um canto, três jovens e uma criança pareciam reunir a tensão do local.
A menor era trouxa, pequena, tinha no máximo sete anos, e chorava copiosamente, mas baixinho, no colo da irmã mais velha. Ambas com cabelos no mesmo tom de ruivo e olhos da mesma cor: Verde vivíssimo. A mais velha era Lily e a mais nova, Rose Evans. Os outros dois não se pareciam, eram amigos. O mais nervoso era James Potter. Tinha cabelos negros despenteados constantemente e olhos cor de avelã, emoldurados por um óculos fino, de forma quadrada. O segundo, intimamente preocupado, que não levantava a cabeça para nada, tinha cabelos negros bem arrumados, que normalmente caíam charmosamente por cima dos olhos azuis acinzentados, era Sirius Black, e morava com os Potter desde que fugira de casa, um ano ou dois antes desse acontecimento.
Os pais dos quatro haviam sido pegos em um ataque á uma movimentada avenida trouxa, e, com muita sorte, os quatro haviam conseguido escapar sem ferimentos graves, e haviam se escondido juntos enquanto o ataque acontecia, ou pelo menos dois deles, porque James e Lily tentaram a todo custo proteger seus pais, até que a ruiva foi pega por um feitiço e caiu desmaiada a um canto. Pouco tempo depois, o mesmo aconteceu com o moreno.
- Li? – Rose levantou os olhos vagarosamente, e encarou a face preocupada da irmã mais velha. Olhando assim, as duas pareciam cópias. Lily sorriu para a menina. – Cadê a mamãe? Eu estou com medo. – Ela falou, os olhos verdes novamente se enchendo de lágrimas.
- Aqueles homens maus machucaram a mamãe e o papai, Rose. Mas eles vão ficar bem, certo? Os médicos estão cuidando deles. – Os dois marotos levantaram a cabeça e olharam para as ruivas, com pena, como se não acreditassem que as palavras de Lily iam se concretizar.
- Li... Eu quero passear... – Falou Rose, tentando fazer a ruiva coloca-la no chão. – Me põe no chão! - Ela murmurou, mexendo as pernas.
- Rosie, você não pode andar sozinha por aí nesse hospital! Fique aqui mais um pouco, que eu vou te deixar em casa com Petúnia. – Lily falou, tentando acalmar a irmã.
- Não! A Petúnia não! – Ela falou, abraçando-se a irmã e começando a chorar novamente. Lily deu um suspiro cansado e começou a passar a mão nas costas da menina, tentando acalma-la e acalenta-la.
- Rosie... Você quer ir comprar comida comigo? – Sirius perguntou, levantando-se.
- Si...Sirius... – Rose murmurou, indecisa, e olhou para Lily. – Quero ir. – Ela falou, no que Lily deu um sorriso triste e colocou-a no chão.
- Vai. – Rose sorriu e pegou a mão de Sirius, e os dois saíram pelo corredor, com cuidado para não esbarrar em nada nem em ninguém.
Quando os dois sumiram pelo corredor, Lily desatou em um choro silencioso, apenas ás vezes soluçando, desesperada, casada, com medo. James passou sua mão pelos ombros da ruiva, que se encostou no peito do rapaz e chorou em sua blusa. James acariciou os cabelos da ruiva, enquanto cantava uma canção baixinho para ela, tentando acalmá-la. Os dois se conheciam há sete anos, mas nunca foram muito amigos. James chamava a ruiva para sair desde que tinha 15 anos, e agora já tinha 17, e a ruivinha nunca aceitava. Parecia repudiá-lo.
- O que eu vou fazer se eles se forem? O que eu vou fazer, James? Tendo a Rose pra tomar conta, e a Petúnia, que não serve pra nada? Quem vai tomar conta da Rosie? – James suspirou, enquanto ouvia os medos da ruiva.
- Não se preocupe. Vai dar tudo certo. – Ele falou, se controlando para não beija-la ali mesmo e dizer a ela que acharia uma solução para tudo.
- Eu não sei se tudo vai mesmo dar certo... – Ela falou. – Seus pais são bruxos, James. Eles saíram dali bem menos machucados que os meus. Minha mãe sangrava tanto que não sei quantos litros ela perdeu até chegar aqui.
- Eles vão ficar bem, Lily. Você tem que acreditar nisso até o ultimo minuto. – Com mais vontade de beijá-la ainda, James passou as mãos pelos cabelos da ruiva, sentindo o perfume de lírios que emanava deles.
- Não consigo! Vejo a Rose chorando e tudo que consigo imaginar é o enterro dos dois. – Lily murmurou, levantando-se do colo do moreno e se endireitando em sua cadeira, limpando as lágrimas.
- Você poderia, pelo menos uma vez, concordar comigo em alguma coisa! Seria mais fácil! – Ele falou, o que a fez soltar um sorriso triste.
- É meu Hobby. Discordar de você. Sem ele, o que eu faria da minha vida? – James parou por um minuto. Respirou fundo, e chegou bem perto do rosto de Lily.
- Sabe, você vai ter que parar de fazer isso. – Ele falou, olhando para ela, entre o divertido e o preocupado.
- Fazer o que? – Ela indagou, curiosa, olhando nos olhos dele.
- Dizer coisas que me fazem querer te beijar. – Ele murmurou, chegando mais perto dela.
- Você também. – Ela falou, e o moreno venceu o espaço entre ambos, beijando-a com urgência. O beijo foi correspondido com avidez pela ruiva, que o abraçou pelo pescoço, enquanto ele a abraçava pela cintura, deixando uma das mãos em seu pescoço. Algumas pessoas viraram-se para observar o casal, que se desgrudou após um tempo, ambos sorrindo fracamente. Poucos minutos depois, Rose e Sirius chegaram, trazendo refrigerante e sanduíches.
Depois de comerem, os quatro pareciam mais alegres. E não demorou muito até uma enfermeira aparecer na porta.
- Há alguém aqui parente de John e Catherine Evans? – Lily levantou-se, com Rose no colo. – São as filhas? – Lily acenou afirmativamente com a cabeça, enquanto via Rose brincar com os cabelos de James. – Seus pais desejam Vê-las. – Lily não pôde deixar de soltar um sorriso de alívio, sorrindo para James e beijando-o na bochecha.
- Te vejo em Hogwarts. Talvez eu finalmente aceite um dos seus famosos convites. – Ela murmurou baixinho, para logo depois sair dali, acompanhada da irmã mais nova.
N/A: Maaaais um saurtinho.... Eeu gosto de escrever one-shots... Quee tal, essa? É meio melosinha, mas o que eu posso fazer se eu sou tão doce que as formigas vêm atrás de mim?! Achei muito fofinha, não vou mentir, mas quem julga mesmo são vocês. Comentem, PLEASE!!!
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