Capítulo 1.
Estava trancada em uma cela, como se fosse um animal enjaulado, sim Bellatrix Black infelizmente Lestrange, estava joga no canto de uma cela fedida, mínima e cercada de milhares de dementadores.
Sim há quatorze anos atrás fora banida de ver a luz do Sol e principalmente de sair.
Quando fora presa muitos, ela sabia, muitos comemoraram a sua prisão, a prisão da única mulher comensal da morte realmente competente, sorriu ao lembrasse disso.
Mas qual quer vestígio de felicidade os dementadores avançavam em cima dela, sugavam toda a sua felicidade, por menor que fosse, e a transformavam em tristeza e dor.
Uma brisa gélida cortou o ambiente, em Azkaban o frio era quem reinava, aquela brisa gélida de alguma forma a fazia lembra de seu mestre, de seu toque, de sua voz.
- Milorde...
Onde ele deveria estar, por que ainda não havia tirado sua Bella de lá?
Algumas perguntas pairavam em sua mente, será que realmente iria buscá-la, ou será que havia se esquecido de sua serva que tantas vezes o serviu.
“Não" Bellatrix repreendeu-se mentalmente, não poderia duvidar nunca e jamais de seu mestre, muito menos contestar seus atos, será que ela nunca aprendera está lição?
Lições ele ensinara muita coisa a ela sem jamais esquecer um detalhe, confiava nela, ele sempre contou tudo para ela ou quase tudo ou quase tudo.
Nunca entendera o motivo dele nunca ter contado para ela o motivo dele ter ido para Godric's Hollow atrás dos Potter.
Por que ele não a levara? Sendo ela a melhor e mais leal comensal, como ele sempre disse que ela era.
Lembrar dele lhe fazia tão bem e tão mal, ao mesmo tempo, quando o conhecera tudo mudara, mas... Quem sabe para ela não havia um final feliz.
“Final Feliz" quem inventara aquela bobagem, nunca deveria ter enfrentado um grande problema, uma grande decepção ou no caso dela uma grande perda.
Ela que havia nascido em berço nobre, ela que antes de completar onze anos e ir para Hogwarts estudou nas melhores escolas da Grã-Bretanha, ela que sempre se sobressaía em tudo o fazia, se não fosse por seu Lorde sua vida agora seria perfeitamente vazia.
Seria uma vidinha hipócrita perfeita ela teria, uma perfeita casa, um perfeito casamento, um perfeito marido, um perfeito filho e ela seria uma perfeita mãe. Essa era a vida que Narcissa escolhera para ter não ela.
O que a fez lembrar da melhor lembrança que tinha guardado em sua mente, a única lembrança na quais os dementadores não puderam tocar, o dia no qual sua vida mudara totalmente.
** 31 de Outubro de 1970 ** Mansão Malfoy **
Era uma noite fria de outono, o portão de uma mansão refletia o luar quase escondido pelas nuvens. Uma figura encapuzada parou e observou a bela e antiga mansão.
- Halloween, a melhor noite do ano...- pensou ao abrir e passar pelo portão.
A música e as risadas do salão ecoavam por toda a mansão da família Malfoy. Abraxas Malfoy convidara a alta sociedade bruxa para um baile de Halloween, um baile de máscaras.
Mas havia um convidado especial, que todos ali, sem exceções, gostariam de conhecer, Lord Voldemort. O bruxo das trevas que, nos últimos tempos, mais aparecia no Profeta Diário.
A apenas uma porta de distancia dele e dos convidados, muitos de seus comensais deveriam estar presentes entre esses puxa-sacos, alguns leiais a causa e outros em busca de proteção.
As portas da mansão se abriram magicamente revelando uma decoração rústica e sombria, os músicos pararam de repente assim como todos os convidados ao verem a presença de um novo convidado entre eles.
Voldemort despiu a capa de viajes e tacou em cima de um elfo que estava recepcionando todos os convidados, este também se encontrava em intenso estado de choque principalmente depois de reconhecer o convidado que não está utilizando mascara.
- Milorde – cumprimentou Abraxas Malfoy – Não sei, se lembra, mas esses são Órion e Cygnus Black estudaram conosco.- disse apontando os dois homens que estavam atrás de si.
- Ora, como poderia esquecer se devo admitir que tive uma pequena decepção com os dois quando não aceitaram se juntar mais a fundo em nossa causa já que a defendiam com tanto fervor.
- Bem, milorde... E Abraxas. – Não se sentiam preparados para ir tão fundo.
Voldemort acenou educadamente com a cabeça, mas, na verdade, ignorou o comentário de Abraxas, sabia muito bem de tudo aquilo e não se importava com o quão medrosos Cygnus e Órion eram e sim com a nova geração dos Black.
- Milorde... Desculpe-me, mas... Onde está sua máscara?-perguntou Abraxas Malfoy.
- Oh, Malfoy... Eu não poderia chegar sem ser reconhecido, conhecer-me era o motivo principal da presença de muitos aqui. –disse Voldemort esboçando algo como um sorriso.- Mas não se preocupe, meu caro. Acredito que já fui visto o suficiente.
Cygnus ameaçou dizer algo, mas, calou-se enquanto Voldemort tirava uma bela máscara do casaco e colocava-a sobre a face.
- Bonita máscara, milorde. – elogiou Abraxas, deixando o puxa-saquismo evidente.
- Onde está seu filho, Abraxas? –perguntou Voldemort - Me falou tanto sobre ele que confesso que me deixou curioso para conhecê-lo.
Abraxas olhou pelo salão à procura de Lucius, vira o filho sair minutos antes com Rodolphus Lestrange, um de seus melhores amigo, Bellatrix e Narcissa Black. Ele estava sentindo-se envergonhado - frente ao sumiço de seu filho que, neste momento, deveria estar conversando com Lord Voldemort - e começou a ficar agitado.
- Era para Lucius estar aqui. - disse Abraxas o desgosto era visível em sua voz - Mas pelo o que parece saiu com os "amigos”
O senhor Malfoy acalmou-se, apenas, quando viu o filho adentrar novamente ao salão, acompanhado de Narcissa e Rodolphus.
Lucius olhou em direção ao pai e entendeu o que estava acontecendo ao ver alguém que não conhecia junto ao grupo onde Abraxas encontrava-se e, principalmente, os olhares que todos lançavam àquele estranho. O jovem aproximou-se do grupo.
- Boa Noite - cumprimentou Lucius educadamente ao chegar.
Voldemort pôde perceber que Lucius era uma imagem perfeita do pai aos dezesseis anos, loiro, pálido, magricela, mas a maior semelhança ente eles eram os olhos extremamente cinza.
- Então esse é o seu filho, Abraxas...- afirmou Voldemort. – Devo impressionar-me com a semelhança entre os dois. Apenas me pergunto se ele me será tão útil como você...
- Eu sinceramente espero que sim, milorde - falou Abraxas lançando olhares furtivos ao filho como se o encorajasse a dizer algo.
- Com certeza, milorde. –pronunciou-se Lucius. – Espero, no futuro, ser-lhe tão útil quanto o possível.
- Milorde, esta é minha filha mais nova, Narcissa. –disse Cygnus apresentando a loira que estava ao lado de Lucius.
- É uma honra conhecê-lo. –disse Narcissa fazendo uma educada reverência.
Voldemort ficou quieto por um instante, analisando a jovem loira que aparentava não ter mais do que quinze anos.
- Cissy, onde está a sua irmã Bellatrix? –perguntou Órion, que esperava ansiosamente o primeiro encontro entre a sobrinha e o Lorde das Trevas.
- Ela foi ao quarto, disse que faltava um retoque na roupa...-respondeu Narcissa.
Algumas pessoas começaram a olhar para a escada que ligava o salão aos quartos de hóspedes, no andar superior.
Elegantemente, uma jovem de cabelos negros, presos no alto da cabeça, descia as escadas.
- Essa é a Black mais velha, milorde. -disse Abraxas referindo-se à jovem que descia as escadas. – Bellatrix, tem dezenove anos.
Ela trajava um belo vestido, o corpete preto, enfeitado com renda branca e alguns brilhantes, apertado, marcava o belo corpo da jovem; as mangas do vestido, de seda branca, iam até o cotovelo e terminavam em uma fina renda, assim como o corpete, mas desta vez, preta; a saia bordada do vestido embelezava ainda mais o traje, a seda preta, à primeira vista, deixava o vestido sombrio, quase estranho para uma jovem de apenas dezenove anos, mas, esta sensação era quebrada quando esta camada de seda se abria e por baixo se encontrava a seda branca, contrastando com a preta.
Voldemort não podia ver direito o rosto dela - que estava coberto por uma máscara branca, com enfeites negros e um broxe de brilhantes que segurava uma pena branca – mas o que lhe chamou a atenção foram os olhos.
Os olhos de Bellatrix para quem os olhava de longe chegavam a ser negros como a noite, mas para quem se olha de perto eram azuis esverdeados e davam a Voldemort a impressão de estar encarando o mar, sim o mar que a superfície nunca demonstra o que esta acontecendo em seu interior.
Bella podia sentir que as maiorias dos olhares estavam fixo, sempre conhecera a fundo toda a alta sociedade bruxa, fora criada naquele ninho de cobras que também incluía sua própria família, todas as pessoas ali possuíam mascaras, não comuns e bonitas como essa que estava usando, mas mascaras de gelo perfeitamente esculpidas, ou quase, porque muitos ali deixavam transparecer seus sentimentos.
Mas apenas uma mascara chamara sua atenção naquela noite, o dono desta mascara era eu bruxo esguio que trajava uma bela veste a rigor verde quase negro, que estava perto de onde seu pai se localizava.
“Deve ser mais um dos amigos chatos do meu pai” pensou Bellatrix indo ao encontro do grupo.
Ela mantinha um sorriso estampado no rosto, não era real, apenas o que ela devia fazer. Cumprimentou os cavalheiros e a irmã, mas nenhum deles, até aquele momento, lhe importava de fato, nem mesmo o pai ou o noivo.
- Bella, minha querida. -disse Cygnus. - Creio que imagine quem seja nosso convidado. - ele indicou o homem cuja máscara chamara a atenção de Bellatrix.
- Não, papai, temo dizer que não faço a menor...- Bellatrix fez uma pausa, não era possível. - É. Ele? - Cygnus fez um aceno positivo. - Milorde, me desculpe por tamanha falta de atenção...
Bellatrix fez uma reverência no mesmo instante, sentia-se péssima por passar por sua cabeça que ele era apenas mais um amigo de seu pai, quando ele era o homem que ela mais desejara conhecer em sua vida toda, Lord Voldemort.
- Creio que a culpa não foi sua afinal está é a intenção de um baile de mascaras, não descobrir quem as pessoas são até as mascaras começarem a cair. – falou ele displicente.
O sorriso congelado de Bellatrix caíra e seu rosto demonstrava vergonha, se ela não fosse tão controlada teria enrubescido. Era inacreditável como, durante alguns segundos, aquele homem passara de um estranho a alguém que ela venerava.
- As máscaras podem nos pregar peças. –disse ela, voltando a sorrir.
- Nem tudo é o que parece ser, com o tempo podemos descobri que as pessoas mais ingênuas podem ser também em seu interior as mais ardilosa – disse ao perceber a forte barreira de Oclumência que cercava a mente da jovem Bellatrix.
- Sim, a maioria das pessoas tem máscaras, o maior prêmio que alguém pode ter é ultrapassá-las e ver quem realmente as pessoas são.
- Fico satisfeito em constatar que pense assim minha cara, pare-se ter uma mentalidade mais madura que a maioria dos jovem de sua idade. - concluiu Voldemort. - Vejo também que possui um interesse em nas Artes?
- Com certeza. - respondeu ela. - Eu aprecio as Artes das Trevas tanto quanto, ou mais do que meu pai e meu tio.
Voldemort percebeu que em sua frente se encontrava talvez mais uma serva, uma serva competente, só estava a ele saber um detalhe crucial:
- O que você acha da limpeza da raça bruxa contra as pragas que nos cercam – disse ele se a causa pela qual lutava a chamada purificação da raça bruxa.
- Acho completamente necessária, milorde. Os trouxas não podem mais habitar conosco, são sujos e inferiores demais, não merecem nem mesmo pisar no mesmo chão que nós bruxos. -respondeu Bellatrix convicta.
Voldemort a olhou surpreso, estava impressionado com a dicção e a conduta que a morena tomava, finalmente quando a encarou nos olhos conseguiu penetrar na barreira de Oclumência que cercava a mente de Bellatrix, depois de ver um jorro de lembranças algumas delas muito interessantes decidiu mudar o foco de sua perguntas:
- E você Lucius o que acha?
- Concordo com Bellatrix, milorde. -respondeu o loiro, que recebeu um aceno positivo de Voldemort, que percebera que Lucius não ia falar muito mais do que aquilo era muito menos convicto do que a jovem morena que estava parada na sua frente.
Voldemort correu discretamente os olhos pelo o corpos esguio de Bellatrix e percebera que um detalhe passara despercebido, um pequeno anele de brilhantes que se encontrava no local onde seria uma aliança de noivado:
- Está noiva – comentou displicente – Quem seria o felizardo?
- Rodolphus Lestrange – falou a morena friamente, seus olhos correram por todo o salão – Ele deve esta bem ali – disse ela apontando com a cabeça para um rapas esguio e de porte atlético.
No momento em que Bellatrix estava apontando para o noivo uma lufada de vento passo, possibilitando Voldemort sentir o aroma agradável que exalava dos cabelos de Bellatrix, ele pode perceber que era uma mistura de armas de jasmim, chuva e uma pitada de leve de firewhisky.
Bellatrix procurava Rodolphus com os olhos, enquanto Voldemort ainda apreciava o perfume dos cabelos dela. A morena começara a se irritar com o sumiço do noivo quando avistou um garoto moreno que deveria ter no mínimo dez anos que mirava algo em alguém que milésimos de segundo percebeu ser ela.
Bellatrix viu o líquido escuro vir em sua direção e desviou, livrando-se por milímetros.
- Sirius Black!-gritou a morena ao perceber que o primo quase a havia acertado.
- Bella você sabia que eu te amo. – disse o garoto marotamente, irritar a prima mais velha era seu passa tempo favorito.
Bellatrix sorriu de canto e fez uma careta logo a seguir.
- E eu te amo tanto que se não sumir de perto de mim em três segundos irei azarar-lhe de tal forma que terão dificuldade de te reconhecer.
- Um, dois, três – continuou Sirius debochado olhando para a parede como se brincasse de pique esconde com a prima – Já se passaram três, segundos Bellinha... Cadê ela? – perguntou desta vez para Voldemort.
Bellatrix apareceu atrás de Sirius com a varinha em punho, agora sim apontando para ele.
- Acho melhor não irritá-la - disse Voldemort. - Ela não tem cara de quem brinca.
- Sirius! Saia daqui neste momento. - ordenou Órion, que puxou o filho pelo braço.
Mesmo seu pai o puxando pelo braço Sirius permaneceu imóvel encarando assustado, a prima que estava com a varinha apontada para ele.
Bellatrix por sua vez abaixou a varinha e ajoelhou-se de forma que pode encarar Sirius nos olhos, pegou o queixo do garoto com forçar e sussurrou algo que só eles dois e Voldemort que estava bem perto deles.
-Saiba primo que só não cumpro o que eu prometi por causa do meu tio, eu fui até legal em ter te avisado, mas da próxima vez que você aprontar alguma para cima de mim eu não vou ser tão legal e sim Six isso ainda vai ter troco. - e se levantou como se nada tivesse acontecido. - Agora some da minha frente não quero ver você pelo o resto da noite.
Sirius não costumava sentir medo, nem mesmo de Bellatrix ou dos pais, mas aquela situação deixava-o receoso, com ameaças de seu pai, da prima e ainda com um bruxo que ele sabia bem quem era a seu lado ele com certeza estava em desvantagem. O garoto saiu de perto do grupo.
- Desculpe, pelo incomodo milorde, meu primo é meio... –ela queria achar a palavra que melhor descrevia Sirius.
- Atentado. – completou Voldemort com sagacidade.
- Exatamente, gosta de aprontar e de aparecer. - disse Bellatrix sorrindo enquanto Rodolphus Lestrange se aproximava do grupo.
- Boa noite – cumprimentou Rodolphus educadamente – Será que eu poderia tirar está bela dama para dançar?- disse fazendo uma pequena reverencia para Bellatrix.
- Mas é claro. -respondeu Bellatrix, educada. Ela deu a mão ao noivo e os dois foram até a pista de dança.
Voldemort ficou olhando o casal que se encaminhava para a pista de dança que no momento começou a tocar lambada, sim lambada ritmo no qual só a mulher dança e o homem só à segura. O vestido de Bellatrix transfigurou-se, agora estava um pouco acima dos joelhos e sem armação, apenas as cores do modelo anterior eram mantidas.
Aquilo parecia provocação aos olhos de Voldemort, não apenas da parte de Bellatrix, eu mostrava a todos sua beleza, mas de Rodolphus principalmente que queria mostrar que era dono de tal beldade.
Ele não sabia o porquê, mas passou a desgostar extremamente de Rodolphus seja pelo motivo que fosse, talvez por eles estar mostrando que era o suposto dono dela, ou talvez por esse fato ser verdadeiro.
Isso não agradava a Voldemort por um único e simples motivo: não gostava que lhe exibissem coisas que ele não podia ter. Ele sempre queria mais, queria ter mais que os outros.
Voldemort sabia que, como a maioria dos jovens ali presentes, Rodolphus Lestrange acabaria tornando-se um de seus comensais da morte, quem sabe dos melhores, mas isso não impedia que ele cobiçasse a bela noiva do jovem Lestrange. Talvez fosse por um capricho, ou quem sabe pelo fato de que Rodolphus a exibia, mas uma coisa era certa: Voldemort queria tirá-la de Lestrange por alguns minutos.
Mas quando decidiu tirar Bellatrix para dançar a musica acabou e cada um se dispersou para um canto Rodolphus fora se juntar com o pai e com um garoto muito semelhante a ele que Voldemort deduziu ser o irmão mais novo do rapaz, Rabastan, enquanto Bella fora se juntar em um grupo de quatro mulheres: Druella, Narcissa, Walburga e uma menina que não reconhecera. Neste momento, o vestido de Bellatrix voltara ao modelo comprido que ela trajava antes de dançar com o noivo...
Uma nova música começou a tocar, uma valsa calma, o ritmo perfeito para a primeira dança com uma jovem quando, claro, se queria ser discreto. Discrição seria perfeita à primeira vista. Voldemort aproximou-se do grupo de mulheres.
- Boa Noite, senhoras. - cumprimentou educadamente - Será que tão bela jovem me concederia a honra desta dança?-perguntou o lorde estendendo a mão na direção de Bellatrix Black.
- Como eu poderia negar tal convite. – respondeu Bellatrix polidamente com uma pequena reverencia tomando a mão do Lorde a sua.
Os dois foram juntos até o centro da pista de dança, Voldemort segurou a mão dela delicadamente e apenas encostou a mão na cintura mínima de Bellatrix. Ele se moveu, guiando-a suavemente, atraindo olhares curiosos e, em alguns casos, invejosos. Bellatrix seguia perfeitamente os passos dele, parecendo flutuar pelo salão, como um anjo ou, em algumas percepções, um fantasma.
Voldemort e Bellatrix giraram juntos, o que causou um belo efeito no longo vestido dela que se abriu completamente, neste momento os olhares invejosos aumentando face à beleza inegável da morena que era apenas realçada pelos acessórios, e ao fato de que ela era a única jovem ali que fora tirada para dançar com o Lorde das Trevas.
Eles seguiam perfeitamente o ritmo, entre passos bem executados, giros perfeitos, Voldemort até mesmo levantou Bellatrix pela cintura, uma das partes mais apreciada, por quem assistia, daquela valsa que a cada minuto se tornava mais bonita.
Infelizmente para o casal, e felizmente para alguns, a música acabou e os dois pararam de valsar.
Bellatrix cumprimentou Voldemort com uma reverência, mas ela queria mais.
“É uma pena que ele tenha mostrado seus dotes na dança com uma simples valsa. Deixa um pouco a desejar...” - pensou Bellatrix propositalmente, sabendo que Lord Voldemort era um perito em Legilimência.
- Como eu poderia imaginar que a senhorita Black estaria aberta a algo mais... Interessante, digamos assim. –sussurrou Voldemort de forma que apenas ele e Bellatrix pudessem ouvir.
- Oh, realmente não poderia...
- Mas agora eu sei que sim. – disse o lorde, que foi até os músicos, murmurando algo a eles.
Enquanto uma música mais sensual começava, Voldemort voltou e parou frente à Bellatrix, o vestido começou a se modifica novamente, antes longo e cheio para um curto, apertado e com uma fenda em uma das pernas.
Rodolphus não podia acreditar no que via “NÃO” pensou “Tudo menos aquilo tudo menos...”.
-Tango. – sussurrou Rabastan que estava ao seu lado completando a linha de raciocínio do irmão.
Começara a dança com uma forma de caminhar, mas sutil e sensual, olhos nos olhos, como se brincassem de quem pisca primeiro perdia o jogo.
Separaram-se alguns centímetros, mas seus olhos permaneciam a se encaram, o vermelho no azul esverdeado.
Bella começou a fazer movimentos com a perna como se provocasse o Lorde a acompanhá-la, mas esta a continuou a suposta caminhada em um ponto teve de parara para pode acompanhar os ganchos que a garota fazia, sincronia.
O casal fazia movimentos sincronicamente com se seus compôs estivessem preparados para aquilo.
Foi ai que Voldemort forçou Bellatrix a dar um meio giro, parando o corpo dele de costas para o seu, esta por sua vez não satisfeita começou a escorregar a perna esquerda como se estivesse fazendo uma abertura de zero gral e deixando a direita flexionada, forçando a perna dele a se abrir.
Ele por sua vez a puxou pelos ombros a fazendo retornara pose anterior, e a girou novamente desta vez com, mas agressividade, fazendo com que Bella ficasse novamente face a face com ele.
Seus rostos estavam muito perto, de forma que Voldemort pode sussurrar no ouvido de Bellatrix sem que, nenhuma das pessoas que os olhavam percebe-se.
- Bellatrix, Bellatrix nunca te ensinaram que quem brinca com fogo morre queimado. – falou Voldemort.
- Mas eu não estou brincando com fogo, milorde, só estou dançando tango com você. - respondeu Bellatrix em sussurros.
Ela se afastou dele, mas logo já estava de volta só que um pouco mais afastada.
Logo começaram novamente com aquele jogo incansável e perfeitamente sincronizado de pernas.
Voldemort deslizou a mão, que até o presente momento estava parada respeitosamente nas costas de Bellatrix, para a uma das coxas da morena fazendo com que essa subisse a perna até a cintura do Lorde.
Ele a girou devagar não queria que Bella perdesse o equilíbrio, estava tão centrado na dança e nos olhares que ele o lançava que quando deu por si, ele já havia pegado Bellatrix no colo.
Bella pode sentir que a mão dele, que estava em sua coxa, havia subido tão inconscientemente para suas costas a sustentando melhor.
Ela soltou a mão que segurava à do Lorde e entrelaçou a mão que acabara de ficar livre no pesco dele.
Ela se afastou dele, mas logo já estava de volta só que um pouco mais afastada.
Logo começaram novamente com aquele jogo incansável e perfeitamente sincronizado de pernas.
Voldemort podia sentir a respiração ofegante dela medida que seus rostos se aproximavam, teve vontade de tomar Bellatrix ali mesmo, não dava a mínima para o que os outros iriam falar deles afinal ele era o Lord das Trevas, apesar do que todos falavam sobre ele ser desprovido de sentimentos também era homem e como todos sabem a carne é fraca.
Bellatrix estava envolvida na dança, e no Lorde de tal maneira que nem estava percebendo a conseqüência de seus atos, isso sempre acontecera quando dançava e pelo o que pode perceber quando estava junto a Voldemort.
Voldemort resistiu à tentação e no momento em que seus lábios iriam se tocar desviou um pouco a cabeça, só conseguira sentir por um milésimos de segundo os lábios quentes e carnudos de Bellatrix nos seus gélidos lábios.
Ela pode sentir o contraste entre as temperaturas, ficando toda arrepiada.
A musica já estava quase no final, mas antes que acabasse Bellatrix desceu dos braços dele e delicadamente deixou se caiu em um gracioso cambre, Que foi sustentado, mas uma vez por Voldemort, terminando assim o tango.
Ao término da música, Bellatrix sorriu para Voldemort, fez uma reverência e andou em direção ao grupo de mulheres onde ela estivera minutos antes.
O vestido de Bellatrix foi voltando ao modelo original à medida que ela andava, algo realmente encantador aos olhos de muitos.
Mal chegara ao circulo, agora repleto de mulheres fofoqueiras, que na opinião de Bella aquelas mulheres não tinham nada de mais importante a fazer na vivinha medíocre delas a não ser tomar conta da vida dos outros. Ela foi bombardeada por inúmeras perguntas:
- como foi que você se sentiu? – perguntou pelo o que Bella pode ver uma loira.
- Ele dança bem? – falou desta vez uma ruiva, antes que Bellatrix pudesse responder a primei mulher.
- Onde você aprendeu a dançar desse jeito?- perguntaram Narcissa e Andrômeda em coro.
- Acho que não importa onde eu aprendi, queridas, eu apenas sei, mas queria saber onde ele aprendeu. - Bellatrix olhou por cima do ombro e viu Voldemort juntando-se ao grupo de homens, onde se encontrava ninguém menos que Rodolphus, ela sabia que ele não temia ninguém, mas era um tanto atrevido demais.
Quando Voldemort chegou os homens já conversavam animadamente, sobre o acontecido:
- Com o perdão da palavra Rodolphus, mas sua noiva...Como dizer isso – falou Rabastan corando – Muito...
- Ah quer saber, ela é g-o-s-t-o-s-a, entendeu? – disse Lucius.
- Se vocês dois continuarem a falar com todo esse respeito de Bellatrix, serei obrigado a lhes presentear com dois belos olhos roxos. -Rodolphus sorriu sarcástico ao final da frase, parando de falar face à aproximação de Voldemort.
- Olá rapazes, não precisam parar a conversa animada de você sobre certa jovem só por que estou aqui. – falou Voldemort rapidamente ao ver o silêncio que o grupo fez só por sua aproximação.
- Já que é assim – voz de Lucius foi ouvida – Vamos voltar a falar dela.
Rabastan deu uma risada escandalosa e Lucius continuou.
- Não se irrite Rodolphus, deveria gostar que falássemos de sua namorada! Afinal, é a prova de que você tem bom gosto e que bom gosto!
- Todos vocês estão apreciando de mais o meu bom – falou um Rodolphus enciumado, sobrepondo as risadas do grupo.
- Ora Rodolphus não seja tão tolo todos nós sabemos que já tem dono. – falou Rabastan embora muitos custassem a acreditar essa era a verdade.
Todos riram mais alto. - É claro, se continuar assim, todos os seus amigos irão pensar que você não é seguro em relação à sua noiva, Rodolphus - disse Voldemort que sabia bem que teria Bellatrix.
As risadas altas dos homens despertaram a curiosidade de certo gruta de mulheres que se encontrava do outro lado do salão e que já armavam um plano para descobrir do que eles tanto falavam:
- Então estamos todas de acordo. – falou Bella entre os murmúrios das mulheres.
- Mas Bella que, nós vamos usar. – falou Andrômeda preocupada já que ela e Narcissa sempre serviam de cobaias para os planos da irmã mais velha.
- Fique tranqüila na irei usar nenhuma de vocês. – Bella riu maliciosamente.
- Então quem vai usar? – perguntou uma ruiva.
- Vocês verão!- Bellatrix procurou pelo salão e acenou para alguém se aproximar.
Um garoto de aproximadamente dez anos veio em direção a elas.
- Sirius queridinho da prima. – chamou Bella docemente.
- O que você quer?- perguntou o garoto.
- Preciso que vá até aquele grupo de homens ali e descubra porque parecem tão felizes!-respondeu ela com um rosto falsamente doce.
- Quer que eu espione?
- Parece que não é tão burro quanto aparenta Sirius.
- E o que eu ganho em troca?
- Minha eterna gratidão. -ironizou ela. - Talvez, alguns galeões?
- Faço por dez. – disse ele rapidamente.
- Fechado, agora vá!- disse Bellatrix, abrindo a bolsa e pegando cinco galeões. - O resto quando voltar.
O garoto cair em direção ao grupo de homens e discretamente foi se infiltrando discretamente quase imperceptível, só uma pessoa percebeu sua presença ali.
- Na verdade, a Bellatrix me mandou por dez galeões, mas finjam que não sabem, ok?-respondeu Sirius.
- Está bem desde que me faça um favor. - disse Voldemort – Também receberá dez galeões por cada informação.
Os olhos de Sirius brilharam ao ouvir aquelas palavras, poderia ganhar galeões e ainda atazanar a prima.
- Feito, mas antes eu preciso saber do que vocês estão falando.
Sirius andou para o lado oposto do salão, parando na frente de Bellatrix.
- Eles estão falando de você. -disse olhando para a prima mais velha.
- Mas o que exatamente eles falavam de mim? – perguntou Bella.
- Para isso são mais dez galeões e saber o que vocês estão falando deles. - sorriu Sirius – E Bellatrix meus cinco galeões que faltavam.
Bellatrix revirou os olhos, entregando os cinco galeões.
- Nós estamos falando sobre feitiços de beleza. - mentiu ela.
- Ta bom, já volto com mais informações.
Sirius saiu correndo até o outro lado do salão para falar com os homens.
- Elas estão falando sobre feitiços de beleza. -disse o garoto.
- mentira. -pensou Voldemort, enquanto entregava os 10 galeões.
- E Bella quer saber o que vocês andam falando dela.
- Que ela é gostosa e para que jogue limpo. - Sirius não entendeu por que o Lorde havia dito para que bella jogasse limpo.
O garoto foi andando até parar novamente perto delas.
- Eles estão falando que você é gostosa e pra você jogar limpo. - Sirius passou o recado e estendeu a mão.
Bellatrix entregou mais galeões, enquanto olhava curiosa em direção ao grupo de homens. - Nós estávamos querendo saber onde o Lorde aprendeu a dançar de forma tão encantadora.
E lá se foi o menino mais uma vez, o que ele não fazia por alguns galeões, se dirigia novamente à direção do Lord das Trevas.
- Bella disse que elas estavam falando de como aprendeu a dançar, como é mesmo a palavra, ah sim de forma tão encantadora. – Sirius franziu a cara um pouco, não gostava nada daquilo.
- Diga a sua prima que é apenas talento. - Voldemort entregou os galeões. - E um pouco de prática. E, ah, que esse jogo não faz o mínimo sentido, sendo que estamos em uma festa e ela poderia vir falar diretamente conosco.
Sentindo que seria a ultima vez que faria aquele trajeto, Sirius se dirigiu até a prima e deu o recado e foi embora já estava cansado de vai e vem.
Bellatrix olhou em direção ao grupo, parando os olhos em certo Lorde, um tanto pasma, a forma como ele era direto lhe impressionava. Olhou para Narcissa e Andrômeda, saindo dali em seguida, indo juntar-se aos homens.
Ao chegar, Bellatrix colou os lábios aos de seu noivo, Rodolphus.
Voldemort serrou os punhos, realmente não queria estar vendo aquilo, principalmente agora que Rodolphus aprofundou o beijo. Era ele a quem ela deveria estar beijando não Rodolphus.
Não que ele sentisse ciúmes, ele não era assim, apenas não gostava da irritante mania de exibição que se apoderava do jovem Lestrange quando estava perto da noiva.
Quando terminaram de se beijar os olhares do grupo estavam fixo neles, Bellatrix ao terminar de beijar o noivo saiu como se nada estivesse acontecido, mas antes de sair lançou eu olhar ao Lorde e continuou andando.
Voldemort não entendera completamente o olhar, talvez ela o estivesse provocando ou mostrando que poderia ser bastante direta quando queria. Devido às palavras que ele, minutos antes, mandara Sirius dizer a ela.
No momento seguinte Abraxas Malfoy já pedia que todos os convidados tirassem as máscaras e chamava-os para que pudesse se dar inicio ao jantar.
Quando tiraram as máscaras, alguns se surpreenderam com algo, no mínimo diferente, ao tirar a máscara, Bellatrix Black revelou outra, pintada sobre o alvo rosto. Ela ignorou os olhares e foi, como todos, até a sala de jantar.
- O que quer com isso...- começou Rodolphus.
- Às vezes, o mistério pode nos ser bom. – sussurrou ela, em resposta. Escondendo o fato de que havia tido a idéia da segunda máscara, quando soube que Voldemort estaria na festa.
Os lugares tinham seus respectivos nomes marcados, Bellatrix sentou-se ao lado de Rodolphus e levou um susto ao perceber que Voldemort sentaram bem à sua frente.
O jantar estava correndo anormalmente bem, a não ser pelo fato de Bella ter sentido alguém que julgou ser Rodolphus, a acariciando com uma das pernas.
Mas, na verdade, Rodolphus estava comportado, a perna que se esfregava na de Bellatrix, pertencia a Voldemort.
Ele pensava como a pele dela era macia, suave. Bellatrix começou a sentir-se levemente ruborizada, graças aos olhares que recebia de Voldemort, e principalmente, quando viu que as pernas de Rodolphus permaneciam paradas e chegou à conclusão de que as carícias partiam de Voldemort.
Decidiu então corresponder às caricias de seu quase mestre, acariciando também a perna do mesmo.
“Bella, Bella será que essa garota ainda não entendeu que com fogo não se brinca” pensava Voldemort enquanto sentia as caricias da garota.”Mas acho que não me custará nada ensinar a ela alguns truques tanto em Arte das Trevas com, em outras coisas, pelo o que eu já li na mente de Bella ela aprende muito rápido e é muito talentosa realmente digna de ser minha pupila”.
Enquanto acariciava a perna do Lorde, Bellatrix olhava para os olhos dele tentando decifrar o que ele estaria pensando, impossível, o rosto dele era totalmente inexpressivo, o dela, porém transbordava excitação. Trocar carícias por debaixo da mesa com Lord Voldemort não é algo exatamente comum.
Foi quando Abraxas se levantou e eles viram que já estava na hora de parar com aquela brincadeira, para poder prestar mais atenção nas palavras do bruxo.
- Bom nós não chamamos todos vocês aqui hoje só em comemoração a data, nas também para anunciar também o noivado de meu filho com a jovem Black. – Abraxas falava com um tom de orgulho na voz, deu um ponta pé em lucius que estava distraindo de mais olhando para Bellatrix.
- Quê? Ah sim – disse ao perceber o que estava ocorrendo e se levantou assim como o pai só que tirando uma pequena caixa do bolso e caminhado em direção a uma Narcissa nervosa. – É – ele parecia estar se convencendo de algo ante de continuar – Bom, Narcissa Black, quer se casar comigo? – disse ele ajoelhando-se e mostrando o conteúdo da caixa para quem quisesse ver.
Dentro de encontrava um pequeno anel cravejado de brilhantes.
Os lindos olhos azuis de Narcissa marejaram, o rosto dela se contraiu em uma expressão emocionada.
- É... É claro que sim. - a emoção também estava presente na voz da jovem loira. Ela estendeu a mão ao jovem Malfoy, que colocou delicadamente o anel na mão direita dela.
- Maravilhoso. - disse Abraxas completamente orgulhoso.
- Parabéns, Cissy. -cumprimentou Bellatrix que estava bem próxima, estava feliz pela irmã, mas não podia deixar-la tomar toda a atenção para si. - Não sabe o quão feliz estou por você.
A morena sorriu, o efeito foi o que ela queria, todos voltaram à atenção novamente para ela, inclusive Lucius, que pelo menos agora tentou disfarçar.
Era a primeira vez que Voldemort via Bellatrix sorrindo e com certeza era de tirar alguém de seu juízo perfeito.
Bellatrix notou os olhos de Voldemort sobre ela e sorriu ainda mais. Narcissa mudou de expressão ao ver que todos olhavam para Bellatrix e não para ela.
Sim aquele sorriso era definitivamente perturbador, alem do fato de perceber como Bellatrix era encantadoramente cínica. Roubando o momento da própria irmã.
Todos voltaram a apreciar o delicioso jantar. Enquanto Narcissa fingia comer, dando mais atenção ao anel do que à comida, Bellatrix continuava a esperar que Voldemort a estivesse observando, lançando, em alguns intervalos, olhares ao lorde.
Mas ele estava sendo discreto demais para ela, a observava por alguns segundos apenas, desviando o olhar quase imediatamente.
Bellatrix levantou-se, precisava chamar a atenção dele.
- Eu gostaria de um minuto da atenção de todos. – disse ela, sorrindo novamente. – Quero levantar um brinde aos noivos.
Ela se sentou novamente e levantou a taça, gesto repetido por todos naquela mesa.
- Aos noivos. –disse ela.
- Aos noivos. –repetiram os presentes.
Bellatrix levou a taça à boca, estava sendo observada por Voldemort mais uma vez, tomou um gole de vinho e deixou escorrer, acidentalmente – ou não - uma gota da bebida, que desceu desde sua boca até seu decote. Voldemort acompanhou a gota por todo o caminho, desejando, por um momento, ser ela.
Ao perceber que o lorde estava olhando, Bellatrix pegou o guardanapo e limpou aquela gota tão intrusa, acabando com o devaneio momentâneo de Voldemort.
O jantar transcorreu sem mais novidades a partir dali, a não ser por algumas trocas de olhares entre Bellatrix Black e Lord Voldemort, que, de alguma forma, não foram notados pelo resto dos convidados.
Ao final do jantar, todos foram ao salão novamente. Bellatrix apoiou-se em uma dar paredes quando Rodolphus e Lucius foram conversar sobre o ministério, um tédio, ela não era como Narcissa, que ficava lá ouvindo e fazendo cara de impressionada.
Voldemort também não estava querendo ouvir as conversas sobre o ministério, que ele pensava em tomar. Ele viu Bellatrix parada, apoiada em uma parede, decidiu que já era hora. Aproximou-se, parando atrás dela.
- Bellatrix...- sussurrou ele.
Ela se virou rapidamente, ele a assustara um pouco.
- Venha comigo. – disse ele, estendendo a mão.
Ela segurou a mão dele, e o acompanhou, até o escritório da mansão.
O escritório da mansão Malfoy era amplo e mal iluminado, havia nas paredes muitos livros a maioria deles pelo o que Bella pode perceber falava sobre artes das trevas tendo ela já lido muitos deles nas visitas que sua família fazia aos Malfoy, sim ela realmente gostava de ler ela sempre achou que a leitura era um meio de aprender coisas novas por isso criou esse habito desde muito pequena.
- Parece-me que você realmente gosta de ler. – disse Voldemort displicente.
- Sim, mas como... - Bella lembrou que Voldemort era legilimente. - Ah sim.
Voldemort correu os olhos pelo escritório havia uma escrivaninha que por um momento de loucura o fez pensar em coisas que não se deve pensar.
- Bella, queira se sentar, por favor. - disse Voldemort indicando a cadeira em frente à escrivaninha e sentando na outra cadeira atrás da escrivaninha que se encontrava de fronte para Bellatrix. – Bons, nós agora trataremos de negócios. - ele sorriu olhando maliciosamente para ela.
- Desculpe-me a curiosidade, senhor, mas que tipo de negócios o senhor ia querer tratar comigo?
- Sabe já deve ter ouvido falar em um dito popular trouxa que diz que “a curiosidade matou o gato.” Não mais logo saberá. – disse Voldemort ainda sem desviar os olhos do rosto dela que ainda estava coberto pela mascara.
- Milorde a curiosidade pode ter matado o gato, mas não matou a bruxa .- Voldemort ergueu uma das sobrancelhas ao ouvira aquelas palavras.
- Bellatrix a cada momento consegue me surpreender, mas será que não tem medo de ser castigada por tal ousadia? Mas eu de certa forma aprecio tanta coragem.
Ela corou rapidamente com as palavras do bruxo.
- Mas vamos ver até que ponto vai toda essa sua coragem. – um brilho assassino correu nos olhos do bruxo, ele pegou o braço esquerdo de Bellatrix.
- Ai! O que você pensa que está fazendo? – perguntou Bella.
- Bellatrix Black, jura sua real lealdade a mim somente a mim? – ele falou parecia não ter ouvido o comentário anterior da bruxa, mantendo o olhar fixo nos olhos dela.
- Eu juro. – falou ela sem desviar o olhar parecia ter entrado em um estado de transe.
- Jura também que se tiver de escolher entre a minha vida e a sua, escolhera salvar a minha?
- Juro. - Voldemort sorriu ao ouvir a nova resposta adorava quando as pessoas juravam coisas que seriam obrigadas a cumprir.
- Acatará a cada ordem minha sem contestar? - ele fechou uma das mãos no pulso da bruxa.
- Sim. – respondeu Bellatrix sem nem ao menos pensar no pacto suicida que acabara de assinar.
**Flashback**
Uma menina caminhava sozinha nos jardins aparentava ter uns dez anos, parecia-se mais com uma boneca de porcelana cabelos negros que iam até os ombros, pele branca, lábios rosados e olhos frios sem emoção tinha um ar de certa fragilidade e delicadeza para quem a olhasse de longe mas quem convivia com a garota tinha de concordar com a seguinte frase “as aparências enganam”.
Voldemort tinha a ligeira impressão de já ter visto aqueles olhos antes, mas não podiam ser os olhos de ...
- Bella! – chamou uma menina loira devia ter uns quatro anos – O que você está fazendo?
- Não te interessa, Narcissa – retrucou Bella impaciente odiava com que suas irmãs se metessem em sua vida.
- Interessa sim por que se não estaria te perguntando. – disse Narcissa chegando mais perto dela.
- Sai daqui agora. – Bella falou autoritária.
- Não quero! Você não manda em mim não é a mamãe.
- Eu não sou a Druella mas sou sua irmã mais velha e você não quer nada você não pode querer nada. Nós nunca vamos poder querer alguma coisa, nós fazemos parte da família Black onde nossas vidas já são praticamente planejadas desde o dia em que nascemos ou será que a princesinha ainda não se tocou?
- O que você quer dizer com isso? - perguntou Narcissa curiosa.
- Que nós não temos que querer, as pessoas dentro daquela casa – disse Bellatrix referindo-se aos familiares – já estão fazendo isso por nós!
- Sua mentirosa – ao disser isso Narcissa saiu correndo parecia queria chorar.
- Infelizmente não - sussurrou Bellatrix mais para si mesma mas Voldemort conseguia ouvi-la – Ser membro família Black é uma bênção mas também uma maldição ,um dia eu espero que Narcissa entenda o que estou falando, não podemos sentir dor , pois nós não devemos demonstrar nossos sentimentos para ninguém, nós não escolhemos quem somos outros escolhem e só cabe a nós decidirmos se iremos ou não seguir o que eles planejaram.
**Fim do Flashback**
Voldemort sentiu como se estivesse sendo puxado para fora dos pensamentos da garota com tal intensidade, nem dera tempo de entender direito o que estava acontecendo.
Os olhos de Bellatrix agora estavam voltando à cor natural.
- O que você viu? – perguntou ela ofegante sua mão direita acariciava o antebraço esquerdo que agora estava cicatrizando.
- Você não se lembra? – perguntou Voldemort curioso já vira de tudo nessa vida menos aquilo.
- Lembro-me da lembrança, mas não sei o que aconteceu – Voldemort pareceu continuar sem entender – Às vezes quando me deixo dominar por uma emoção forte isso acontece, mas nunca a pessoa que está me encarando viu o que eu estava pensando.
- Voldemort agora pareceu entender o que estava acontecendo.
- Talvez deve ter sido o fato de eu ser legilimente e pelo o fato de sua oclumência tem falhado por alguns instantes. – Falado nisso eu não gosto que meus servos usem oclumência enquanto falam comigo.
Bellatrix congelou com aquelas palavras e desfez imediatamente a barreira de oclumência que tinha acabado de ser refeita.
- Assim está melhor – Voldemort sorriu maliciosamente ao ver que a mente de Bella agora era um livro aberto podia ver tudo o que se passava na mente dela.
No mo mento em que Bella iria pergunta como faria para esconder a marca recém feita, ele interrompeu-a.
- Considere isso um presente – Voldemort havia conjurado um par de luvas pretas que iam à altura do cotovelo. – Você sabe que agora só poderá usar roupas com mangas compridas ou luvas como essas – Bellatrix concordou com um ligeiro aceno de cabeça. – Mas agora vamos voltar para a festa, já devem ter notado a nossa ausência.
Bellatrix levantou e seguiu Voldemort até a porta do escritório onde do outro lado se desenrolava uma animada festa.
Ela colocou as luvas e girou a maçaneta.
- Espere. – pediu Voldemort, colocando a mão na frente dela. – Acho que já percebeu que não gosto que meus comensais escondam coisas de mim.
- Sim, milorde.
- Então por que... – Voldemort aproximou-se dela. – Não tira a máscara que pintou sobre o rosto?
- Percebo que não ver meu rosto completamente o incomoda, milorde...- sussurrou ela.
- Sim, porque como posso confiar em você se só vejo partes de seu rosto?
- Se o incomoda eu tiro. –respondeu Bellatrix que pegou a varinha e conjurou um espelho.
Voldemort viu-a olhar-se no espelho, fazendo alguns movimentos com a varinha, e também a máscara desaparecendo aos poucos.
Bellatrix olhou novamente, com o rosto limpo, ela estava ainda mais bonita - se é que isso era possível-, para ele, do que antes.
- Ótimo. – disse ele abrindo a porta para ela, que passou pela mesma sorrindo.
A festa continuava animada, pessoas conversando, bebendo, casais valsando, até que a atenção de todos foi tomada por um trovão altíssimo. Em poucos minutos começava a chover.
- Milorde, eu o estava procurando. – a voz de Abraxas Malfoy foi ouvida por Voldemort e Bellatrix, quando se dirigiam ao grupo no qual estavam Rodolphus e Lucius. Voldemort se virou. – Estava pensando se o escritório pôde lhe ser útil...
- Perfeitamente. Foi bastante útil - respondeu Voldemort, dando a impressão de interromper Abraxas.
- Perfeito, perfeito. – continuou Abraxas Malfoy. – Fico feliz com isso.
- Devia mesmo. – Voldemort virou-se e alcançou Bellatrix.
- Milorde, desculpe por perguntar, mas não se cansa de puxa-sacos como Abraxas Malfoy? -perguntou a jovem.
- Apenas em alguns momentos, mas ele é um bom comensal, e isso é o que, de fato, importa.- respondeu ele.
Apesar da chuva, a festa ainda durou por algumas horas até que, devido à hora avançada, alguns convidados começaram a se retirar, ficaram na mansão Malfoy, apenas seus moradores e os convidados que dormiriam lá.
Os convidados que pernoitariam na mansão – em sua maioria. -, foram deitar pouco tempo depois que Abraxas os acomodara.
Apenas dois dos convidados continuavam no salão de festas da mansão quando Abraxas tornou a aparecer.
- Ainda acordada Bellatrix – perguntou Abraxas.
- Sim, mas acho que por pouco tempo – Bellatrix respondeu logo após de um bocejo suave – Quando se está em boa companhia, a hora passa que nem da para perceber.
- Oh sim, entendo. – disse Abraxas se virando para a outra pessoa que estava sentada ao lado de Bellatrix – Milorde o senhor gostaria de passar a noite aqui em casa?
- Não será necessário Malfoy, eu não quero incomodar ninguém. - respondeu Voldemort.
- Não de maneira alguma, milorde, nos incomodaria, não concorda senhor Malfoy? – falou Bellatrix antes que Abraxas pudesse responder.
-Claro Bellatrix, quem sou para discordar de tais palavras? Nós temos muitos quantos sobrando, milorde, não incomodaria ninguém caso queira ficar.
- Já que é assim eu fico. – Bellatrix sorriu ao ouvir a resposta de seu Lord, para ela era uma honra permanecer no mesmo teto que ele.
- Então já que é assim. – falou Bellatrix por fim – Boa noite senhor Malfoy, muito boa noite milorde. – ela abaixou um poço à cabeça fazendo uma reverencia leve e educada
- Noite Bella – falou Malfoy sem sentimento algum, mas com os olhos fixos no decote da garota.
- Boa Noite Bellatrix. – a voz de Voldemort saiu carregada de desejo seus olhos a acompanharam até as escadas.
Bellatrix subia as escadas o mais devagar possível como se fizesse para provocar os homens que continuavam na sala principalmente Voldemort.
- É realmente um encanto a filha, mas velha de Cygnus – comentou Abraxas quando Bella sumira de vista.
- Sim. Um anjo de menina, não faria mal a uma mosca. – falou Voldemort sarcasticamente - Agora onde é que é meu quarto?
- Ah, sim, claro, milorde. –disse Abraxas, que se levantou e guiou Voldemort até o respectivo quarto.
O lorde ficou no quarto, mas não dormiu, ficou pensando em sua bela pupila e em como a ensinaria. Ele não pôde calcular quanto tempo ficara ali, naquela mesma posição, então decidiu se levantar.
A chuva não parava de cair, ao contrário, estava cada vez mais forte, todos já estavam em suas camas, mas uma jovem decidira se aventurar em meio à tempestade: Bellatrix. Ela vinha caminhando pela mansão Malfoy, tentando não fazer barulho, indo até uma enorme porta de vidro que dava acesso ao jardim. Abriu a porta com um feitiço, silenciosamente e saiu. Bella adorava tomar chuva, sentia como se lhe lavasse a alma - algo estranho, vindo dela, mas até Bellatrix Black se arrependia de algumas coisas -, simplesmente lhe fazia bem. Deu mais alguns passos até que a água fria tocasse seu corpo.
Em poucos segundos ela estava completamente encharcada e congelando, porque, afinal de contas, estava usando apenas uma camisola e tomando chuva, em pleno início de inverno. Mas, mais alguém estava acordado, Lord Voldemort a observava da janela do quarto. Ele pensava que ele e Bellatrix eram os únicos acordados, até ver alguém se aproximar dela.
Lucius se aproximava lentamente dela, observando o corpo da amiga através da camisola transparente, mordeu o lábio, a desejava como nunca antes. Ele agarrou Bellatrix por trás, puxou o cabelo dela para o lado e lambeu pescoço dela até chegar à orelha da jovem.
- Estava com saudades. – sussurrou Lucius.
- Me larga, Malfoy!- disse ela soltando-se rapidamente dele. Bellatrix virou-se olhando raivosa para ele.
- Nossa como está arisca hoje!- disse ele, rindo. – É um novo jogo?
- Não, Lucius! Agora que está noivo da minha irmã, pela primeira vez na vida, terei a decência de lhe dizer não!- respondeu ela.
- Mas, e nossos velhos tempos? Hogwarts... Não se lembra?-perguntou Lucius, tentando convencê-la.
- Me lembro sim, mas aquilo está completamente no passado. –respondeu ela.
- Apenas para você. – retrucou Lucius, rancoroso.
Bellatrix arqueou a sobrancelha e logo depois sentiu as mãos dele apertando-a fortemente pela cintura.
- O que vo...- ela tentou falar, mas logo foi calada por um beijo forçado, vindo de Lucius.
Lucius Malfoy não se conformava com aquilo e agarrara Bellatrix, ele a beijava com evidente raiva e desespero, não a perderia de forma alguma. Puxou novamente o cabelo dela e beijou o pescoço dela, para depois sugar o local do beijo com força, deixando uma marca.
- Não tente me dar o fora, Bellatrix. –disse ele arrastando-a até uma das árvores ali.
Ela ia dizer algo quando ele sacou a varinha e murmurou algo. Cordas surgiram e a amarraram na árvore.
Antes que Bellatrix pudesse gritar, ele andou em círculos envolta deles, lançando um feitiço, que ela viria a descobrir que era silenciador.
- Agora ninguém pode te ouvir. – disse ele, olhando-a com um olhar maníaco.
- Você não...
- Ah, você me obrigou, querida. – Lucius avançou para cima dela novamente, passando uma mão pelo corpo dela, enquanto pressionou a outra sobre os lábios dela.
Ela sentia nojo dele naquele momento, ele beijava e lambia a orelha, o pescoço dela, ia descendo. Bellatrix tentou chutá-lo, mas não conseguiu, além de prendê-la com as cordas ele a imobilizara forçando os quadris contra os dela. As únicas partes do corpo que ela mexia, eram as mãos, já, que, talvez por erro dele, as cordas a prendiam apenas até o cotovelo. Ela começou a empurrá-lo.
Bellatrix empurrava Lucius com toda a sua força, mas as cordas apenas a apertavam mais e mais contra a árvore. Debatia-se inutilmente, machucando a si mesma, a mão de Lucius começou a subir a saia da morena, ela sabia que agora não tinha mais jeito.
Ele forçava mais a mão sobre os lábios dela, apenas como uma fantasia louca, ou sabe-se lá o quê, porque, devido ao feitiço silenciador que ele colocara em um círculo em volta deles, ninguém ia ouvi-la por mais que ela gritasse.
Um vulto parou ao longe, Bellatrix sentiu uma ponta de esperança, talvez uma de suas irmãs, esperava realmente que fosse Narcissa. Mas o vulto se aproximou, era demasiado alto para ser Narcissa.
Bellatrix passou a sorrir do nada, mudando a expressão de Lucius, os olhos dela estavam vidrados na figura encapuzada que se aproximava, ela não acreditava que era...Não poderia ser ele!
- Afaste-se dela, Malfoy. – ordenou a figura, Lucius, sem hesitar, afastou-se. – É realmente triste que um jovem como você tenha que utilizar tais meios para conseguir uma garota.
Com um aceno de varinha de Voldemort, as cordas soltaram-se do corpo encharcado de Bellatrix, a chuva, agora aumentara, os grossos pingos caiam estalando no chão. Lucius estava mais pálido do que jamais estivera.
- Milorde. – Bellatrix fez uma reverência, seus joelhos por pouco não tocaram a grama molhada.
- Levante-se Bellatrix. – ordenou Voldemort com a habitual voz fria.
Lucius moveu-se, tentando sair dali, mas o lorde fez um sinal para que ele se ficasse.
Bellatrix jurou poder ouvir a respiração pesada e acelerada de Lucius, achou até mesmo engraçado.
- Sabe, Bella, desde que te conheci percebo que é inteligente e fiel à causa o bastante para ser minha pupila. – os olhos dela brilharam como diamantes. – Então, acho que estamos em um bom momento para uma lição.
- Que tipo de lição, mestre? – perguntou a jovem curiosa.
- Que tal começar com o básico. – os olhos de Voldemort brilharam com malicia – As imperdoáveis. – Lucius quase desmaiou ao ouvir aquilo sabia que iria sobrar para ele ser a cobaia. – Parece-me que Malfoy já entendeu.
- Já usou alguma imperdoável?- perguntou Voldemort.
- Usei a maldição da morte, algumas vezes, em animais. – respondeu Bellatrix, sincera.
- Muito bom... Alguma experiência. Em pessoas é diferente, bem diferente. Venha até aqui, Bella. – Voldemort mal terminara a frase e Bellatrix já estava parada à sua frente.
Ele colocou-a na direção de Lucius e parou atrás dela. Bellatrix sentiu Voldemort segurar em sua mão, o toque frio dele fez um arrepio inexplicável e maravilhoso correr pelo corpo dela.
- Está sem varinha. – sussurrou ele, passando a própria varinha para a mão dela, um gesto estranho que nem mesmo Bellatrix acreditou estar presenciando.
- Use a minha.
- M-Milorde, eu... – Bellatrix tentou falar.
- Apenas me ouça. – ela assentiu. Ele puxou o braço dela, apontando a varinha para Lucius que se mantinha parado, como se estivesse petrificado, talvez pelo choque. – Vou treinar com você a maldição Cruciatus, a minha favorita, ela é a mais divertida das três imperdoáveis.
Bellatrix sorriu.
- Neste caso, o ódio que, provavelmente, está sentindo de Lucius não é suficiente, a raiva justificada não adianta para as imperdoáveis. – dizia Voldemort aos sussurros, enquanto Bellatrix absorvia cada palavra como se fosse uma droga da qual ela precisava para sobreviver. – Você tem que realmente querer torturar essa pessoa, de divertir. – ele abaixara um pouco para ficar na altura dela e, por um instante, ele encostou os lábios na pele do pescoço dela, causando outro arrepio.
Bellatrix assentiu, mordendo o lábio de leve, gesto que, é claro, foi notado por Voldemort, a mão livre ele foi até a cintura da jovem, segurando-a por ali, ele levantou o corpo, ficando com os lábios na altura da orelha dela.
- Ver essa pessoa se contorcendo de dor tem que lhe causar prazer, muito prazer. – continuou ele, roçando os lábios a cada palavra dita.
Ouvir a palavra prazer naquele momento fez Bellatrix, por um instante, pensar em coisas que, definitivamente não deveria pensar, pensamentos que não eram nem um pouco ocultos para Lord Voldemort.
A chuva caia cada vez mais forte e molhava cada vez mais os corpos deles.
Voldemort agora com os lábios encostados na orelha de Bellatrix, que ao mínimo toque de seu mestre se arrepiou toda, as vestes dela já estavam totalmente ensopadas e transparentes, o corpo quente da garota em contraste com a pele fria de seu Lord fazia ela o desejar.
Oh sim, os pensamentos de Bellatrix eram decididamente tentadores, ele queria poder torná-los verdade, se não fosse pela presença de Malfoy já teria tomado ela há muito tempo. Só havia uma coisa que antes precisava ser feita.
- Faça isso agora Bella, faça isso agora minha pupila. – sussurrou Voldemort no ouvido dela dando ênfase à palavra minha – Faça isso, pois já conhece e sabe como fazer a maldição.
E com se ela estivesse dominada por uma Maldição Imperius, com se ela fosse uma marionete comandada por cordas frouxas, Bellatrix fez um movimento perfeito com a varinha ao mesmo tempo em que o feitiço saia de sua boca.
- Crucio.
Lucius que está parado de pé até então, caiu como um trapo no chão se contorcendo de dor, seus gritos eram agonizantes e de cortar o coração de qualquer um, menos os corações de Lord Voldemort e Bellatrix Black, que escutavam os gritas como se escutassem uma música.
Bellatrix não sentia pena alguma de Lucius, pelo o contrario desejava mais que nunca ver Lucius sofrer, ver Lucius agonizar mais e mais de dor até não agüentar mais e pedir por clemência, pedir por piedade, uma piedade que Bella definitivamente não conceberia a ele, principalmente depois do que ele pensou em fazer com ela, ou melhor, que quase fizera com ela.
- Já é suficiente, minha cara. –sussurrou Voldemort, puxando a mão dela, desviando o feitiço.
Aquilo não seria necessário, já que, apenas as palavras dele em seu ouvido foram suficientes para tirar toda a concentração da jovem.
Lucius levantou-se rapidamente, não ficaria ali nem mais um minuto, nem para ser cobaia e nem, muito menos, para ver Bellatrix se derreter de forma tão patética nos braços de Voldemort. O loiro entrou na casa tão rapidamente que Bellatrix não percebeu, Voldemort vira perfeitamente, mas a saída de Malfoy não o incomodava, ao contrário.
Ao notar a ausência de Lucius, Bellatrix virou-se para Voldemort, abriu os lábios, ameaçando dizer algo, mas foi cortada por Voldemort.
- Você foi magnífica, melhor do que eu pensei. – disse ele que, por um momento, pensou ver Bellatrix corar.
Ele passou os olhos pelo corpo dela, perfeitamente à vista pela transparência da camisola molhada.
- Bellatrix... –sussurrou ele. – Será que não tem medo de brincar com fogo? –os lábios de Voldemort, agora, estavam perigosamente perto dos dela.
- Se eu responder que não você acreditaria.– disse Bellatrix em sussurros.
- Ah, Bellatrix, eu acredito em tudo. Até mesmo em meninas que não têm medo do fogo. -respondeu ele no mesmo tom de voz dela.
A distancia era quase insistente entre os dois.
- Então milorde acha mesmo que sou uma... – ela deu uma pausa e seus lábios foram sussurrar no ouvido do Lord – m-e-n-i-n-a – soletrou a palavra sensualmente.
- Sim... -respondeu ele, contornando a cintura dela com as mãos. - Uma menina extremamente bela.
- Mas e se por um a caso a bela menina não souber brincar com fogo? – ela mordeu os lábios carnudos – Será que milorde não pode ensinar a sua pupila?– falou dando certa ênfase à palavra sua.
-Não tem medo, não sabe... Mas a questão é: será que gosta de brincar com fogo? -perguntou ele.
- Gosto sim tanto é que sei que com fogo não se... – ela retirou as mãos do Lord da cintura antes de terminar a frase - deve brincar. – disse isso e saiu correndo em direção a mansão dos Malfoy. – Ah não ser que milorde esteja velho de mais para me ganhar em uma brincadeira afinal como o mestre disse, eu sou uma menina.
- Bella, Bella. Não me provoque. – ele deu passadas largas até a entrada da mansão, ele a queria, mas não sairia correndo. Voldemort puxou Bellatrix pela cintura e, finalmente, beijou-a.
O beijo era ardente e provocante, quente e frio deixa um gostinho de quero mais para ambos.
Voldemort segurou Bella pela cintura com uma das mãos, enquanto a outra passeava por todo o corpo da garota.
Bellatrix agarrou-se no pescoço do Lorde, não pretendia soltá-lo tão cedo. Desde que o vira, mais cedo, tinha esse desejo, depois que jogou indiretas a vontade dela apenas aumentou. O beijo de Voldemort era como o de nenhum outro fora antes, deixava Bellatrix fora de si, ela apenas queria que eles ficassem ali, quem sabe por horas, sem se importar com a chuva.
A mão de Voldemort que estava passeando livremente pelo coro dela parou na nuca de Bellatrix e se é que era possível aprofundar mais o beijo. Ele queria explorar cada canto daquela boca e se possível mais tarde daquele corpo, daquela garota que tanto o encantou e de alguma forma conseguiu o seduzir, encostou o corpo dela na parede fazendo com que ela ficasse imobilizada sem saída.
Bellatrix sabia bem o que ele queria e não negaria, não era seu estilo se entregar completamente na primeira noite, mas neste caso era diferente, ela estava com Lord Voldemort. Ela começou a deslizar as mãos pelo corpo dele, como ele fazia com ela, tocar cada parte do corpo de seu Lorde.
Voldemort mordeu os lábios dela com força, esses sangraram e ele voltou a beijá-la como se nada estivesse acontecido, sim ele queria Bella de corpo, alma e inclusive sangue.
Ela seria só dele e ai de quem ousasse contestar essa decisão.
A mordida poderia ter assustado Bellatrix, mas apenas a deixou mais excitada. Ela continuou a beijá-lo, com o gosto metálico de sangue ainda na boca. Voldemort colocou a perna de Bellatrix envolta de sua cintura e acariciou a coxa dela, subindo a camisola. Ele ergueu-a do chão.
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N/A da Mel: Oi gente, Bom, essa fic saiu de uma parceria minha com a Pandora Black Riddle. Nós esperamos que vocês gostem!!! Comentem! beijos ;***
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