Quarto.



4.



Cheguei em casa morta de cansaço. Comi alguma coisa na cozinha, tomei um banho, e cai na cama.

Acordei no outro dia com o despertador. Eu estava com uma dor nas costas terrível. Não faço idéia de porque. Entrei de baixo do banheiro, pra acordar bem.

Coloquei uma calça jeans qualquer, e uma blusa bem grande e aconchegante. Não estava nem um pouco a fim de ir toda arrumadinha. Afinal, que dor horrível. Maldito colchão.

Estava colocando os tênis, enquanto xingava baixinho o despertador e o colchão, quando sinto alguém me espiando. Olhei por cima do ombro, e dei de cara com Sirius Black. Sem camisa, com o cabelo mais bagunçado do que o normal.

- Elena, você nao... – e aí para a minha super e incrível decepção amorosa uma mulher loira apareceu atrás dele. E adivinhem quem era. Vai chute. Ok, DIANE. Isso, a tal psicóloga. E sabem ela estava toda bagunçada. E mais feia do que nunca. Estava sem os quilos de maquiagem que costuma passar. Só por que ela é magra, pensei. Só por isso.

Ha, ela não tem coxa, não tem bunda, não tem nada. Só um cérebro, ossos, e um diploma. Quase um diploma.

- Ah! Ellzinha! Não sabia que você morava aqui! – sei, aham. Claro. E dois mais dois são seis. É sério, amigo. – Vamos poder ir juntas pro emprego!

Ela deu um beijo em Sirius e saiu correndo para tomar um banho. Pelo menos foi isso que eu ouvi.

- Elena, você não entendeu. – e sabe o que eu fiz? Ri. Mas dei risada mesmo. Daquelas que chega a escorrer lágrimas. Mas não eram de alegria. Eram de idiotice. Como eu posso ser tão babaca?

- Eu entendi. – disse pra ele. – Eu entendi que você esta saindo com a “Di’, e entendi que você me beijou por quê? Pena? Ou carência?

- Não era nada disso. Você saiu louca daquele jeito ontem, que eu pensei ter feito bobagem... - Aí eu ri mais ainda, e sentindo que eu ia começar a chorar pra valer, peguei minha bolsa, enfiei um boné na cabeça, os óculos e já ia sair, quando ele me colocou na parede. – Você só vai sair, depois de conversamos.

- Não temos nada pra conversar. – respondi doida da vida.

- Ah temos sim! Quem é o tal Daivid? – ah Deus eu não acredito nisso.

- UM AMIGO QUE EU CONHECI! – berrei não me segurando. – UM SIMPLES AMIGO QUE EU FIZ ONTEM NO SERVIÇO! POR QUE A SUA AMIGUINHA FALOU ALGUMA COISA DELE E DE MIM? FOI?

- FOI! – ele berrou de volta. – DISSE QUE VOCÊS ESTÃO JUNTOS!

Como é que é?

- E POR ISSO VOCÊ JÁ FOI PRA CAMA COM ELA? Sem ao menos falar comigo antes... – ok, ai eu soltei. Digo as lágrimas. Eu estava chorando mesmo. Que nem aquela garotinha quando soube que perdeu a amiga. No meu caso, eu perdi uma casa, o cara que eu amo, e ganhei uma inimiga, que eu pretendo matar assim que puder.

- Vocês não estao juntos? – perguntou ele tentando não se abalar.

O encarei, olhando bem feio. Feio mesmo.

- Ah, deixe-me pensar, NÃO! Por quê? Ah bom, eu conheci um cara, sabe? Um ai que me chamou pra morar na casa dele e ploft. Eu me apaixonei. Por que? Ah sabe como é, ele parecia gostar da minha companhia, rir das minhas idiotices, e parecia sei lá, cuidar de mim. Eu já nem tinha esperanças sabe? Afinal, o que um cara como ele ia querer comigo? Mas aí ele me beijou! E poxa. Eu finalmente pensei que íamos nos acertar, mas o celular dele tocou, e eu me lembrei que ele teve um encontro no dia anterior. E daí hoje, ELE APARECE COM UMA MULHER.

Ele sentou no chão. Com as mãos na cabeca.

- Oh, sim, e como eu ia saber que você não estava com o cara lá? COMO? – não sei. Como?

- Sei lá. – falei dando de ombros. – Você só devia confiar em mim.

É isso é. Mas ok, eu sei que devia ter ficado e conversado com ele aquele dia! Mas poxa. Poxa, poxa. A culpa era minha. E não dele. Ok, ele também não devia acreditar em tudo que falam, mas, aaaaaaaaai eu vo matar essa Di.

Pelo visto ele viu a minha cara de assasina, pois me trancou no quarto.

- Desculpe-me. – ele disse. – Eu realmente não sabia. Se soubesse jamais teria nem sequer falado com ela... Elena, eu...

Ok, eu sei que vou acabar me derretendo. Ainda mais quando ele fala com essa voz sedosa, e fica com esse olhar de abandono. O tipo de olhar que você seria capaz de tudo para faze-lo não ter. É ele sabe que eu fico toda boba quando ele faz isso.

E bom, estou me segurando para não o beijar. Sério. Eu já até esqueci que queria matar ele a um tempo atrás.

E adivinhem, o celular não tocou. Porque ele acabou de jogar o dele pela janela. Ha. Eu amo esse cara! Joguei o meu também.

- Você? – perguntei com as sobrancelhas erguidas.

Ele levantou do chão e veio vindo até mim, bem devagar.

- Eu te amo. – é simples assim. E só isso fez o meu mundo inteiro desandar. Tipo, eu esqueci TUDO: a morte, a tal vadia, o emprego, eu só queria ficar aqui com ele.

Só isso.

E ai ele me puxou para aqueles braços, e ploft, virei manteiga derretida total. E ai eu mesma o beijei. Não ia ficar esperando, sabe como é. Ele logo correspondeu ao beijo. Só paramos quando ouvimos os berros de Diane atras da porta.

Abri para ela.

- Ah, obrigada Ell! – e sabe o que eu fiz? Dei lhe um soco bem nas fuças.

Harry ia dar risada se tivesse visto isso.

- De nada. E agora da pra sair da minha casa? – perguntei com um sorrisão. – Antes que eu chame a polícia?

Sirius estava me olhando como se eu fosse anormal.

- COMO? Sirius? – ela o olhou chorando já.

- Sai antes que EU chame a policia. – falou ele com os olhos estreitando.

E ela saiu correndo. É, nos sabemos por ordem na casa.

- AH E CUIDE COM OS MEUS AMIGOS TRAFICANTES! ELES ADORAM MULHERES FACÉIS! – berrei para ela do alto da escada.

Quando voltei para o quarto, Sirius estava parado, de braços cruzados, me olhando sério.

- Não faça isso de novo. – ele falou.

- O quê? – perguntei com cara de santa.

- Bater nas mulheres que eu saio. – falou ele.

O encarei. BEM braba.

- Por quê? Você pretente sair com muitas?

- Não. – ele respondeu me puxando pela cintura. – Só com uma. Que por sinal, vale 10.

ELE ME CHAMOU DE GORDA?

- De tão maluca que é. – falou ele balançando a cabeça. – E não de gorda.

É, hm, tem cara mais perfeito que esse? Ele até sabe meus pensametos! Deus!

- Acho bom. – respondi dando lhe um selinho.

Ficamos abraçados um tempo.

- Você jogou o seu celular fora mesmo? – perguntei me afastando um pouco, para poder olha-lo.

Ele tinha um sorriso divertido no rosto, e um brilho lindo no olhar.

- Não, era o seu. – como?

- Como? E o que eu joguei pela janela? – perguntei de olhos arregalados.

- Era de brinquedo. Do harry. Ele havia esquecido e eu pus na sua comoda.

- Então quer dizer que você quebrou meu celular? Me fez quebrar o do nosso afilhado? E ainda por cima NÃO quebrou o SEU?

- É, acho que sim. – disse ele rindo.

- ÓTIMO. E agora o que eu faço sem celular? – perguntei fazendo drama.

- Você nem o usava direito. E ele sempre tocava quando eu tinha algo pra fazer.

- Algo pra fazer? – ergui as sobrancelhas. – Sinto muito amor, mas eu tenho trabalho.

Sai do abraço dele e entrei no meu quarto. Bati a porta ao passar.

Eu estava rindo. Que nem uma boba. Sério. De tanta felicidade.

Ai lembrei de uma coisa, abri a porta de novo, e o encontrei já indo descer as escadas.

- Ei a propósito, o que a gente é agora? – perguntei como se só estivesse curiosa.

- Não sei. Isso você vai me responder de noite. – ele piscou pra mim e desceu as escadas.

Ok. Ok. Antes de ir trabalhar, liguei para Lily e contei tudo. Tudo mesmo.

- FINALMENTE! JAMES ELES FINALMENTE ESTÃO JUNTOS! – Deus por que James esta em casa justo agora?!

- E AI! PARABÉNS! – disse ele falando junto com Harry.

- DIIIIIIINDA! FINALMENTE! POSSO IR NA SUA CASA HOJE?

- Duvido que ela vai deixar Harry. Eles tem coisas, ahn, mais importantes pra fazer. – disse James rindo em tom sacana.

- EI! Eu sou a dinda não você JAMES. – respondi rindo. – CLARO que pode vir querido.

- Mesmo? – perguntou ele feliz da vida.

- Mesmo! Ne Lil?

- É, o que você acha James?

- Por mim tudo na boa. – eu sei bem que boa é essa.

- Certo! As oito ok?

- Certo! – disseram os três. – Tchau dinda! Tchau Elenazinha! Tchau Ell! Nos falamos direitinho amanhã viu? Vamos almoçar juntas!

- Ok! – falei rindo. – Beijos pra vocês!

E desliguei. Ok, eu pareço uma idiota rindo. Serio.

Até tinha esquecido minha dor nas costas, se ela não tivesse voltado, digamos agora. Mas também o que é uma dor nas costas sendo que cara! Ele me ama!

Desci as escadas pelo corrimão. Eu sei, bem adulta, mas fazer o quê?

Sai na rua e abanei para meus amigos. Que me olharam como se eu tivesse bebido, mas mesmo assim, acenaram de volta, um até gritou:

- Quê que a dona tem? Ando fumando?

Sorri para ele e disse:

- Estou NAMORANDO! – eles aplaudiram e soltaram um: FINALMENTE!

- Hei! Eu vocês sabiam que ele estava a fim? – perguntei os olhando.

- E quem não sabia? – eles riram.

- Bom, EU. E vocês podiam ter avisado. – falei revirando os olhos.

- Bom, aí ia perder a graça. – disse o mais baixinho.

- Sei, mas mesmo assim, bom dia pra vocês. – abanei para eles.

- Dia senhora! – responderam rindo. – E não se esqueça de nos chamar pro casório.

Ok, ai eu dei risada.

- Claro! Vocês vão ser meus padrinhos. – e pisquei para eles.

Eles deram risada e acenaram.

Eu já estava descendo as escadas, quando esbarrei em algo. Ou melhor em alguém. Olho pra cima e bom, vejo quem eu menos queria: Régulus.

- Elena! Que prazer. – ele pegou minha mão e a beijou.

- Ué? Você não devia estar com sua noiva? – perguntei com as sobrancelhas erguidas.

- Ell, você sabe que eu te amo. – aham sei. Claro que sei. Ele não me deixa esquecer, sabe.

- Régulus quer saber? ME ESQUECE. – falei braba, ou melhor gritei. O que chamou atenção dos meus “amigos”.

- Iiih, olha lá o outro dando em cima da namorada do patrão! – falou um.

- EI AMIGO! – berrou um deles, Régulus não deu atenção.

Eu já ia saindo, quando ele me puxou pelo braço.

- Não você não vai há lugar nenhum. – falou ele sorrindo. – Você vai se casar comigo, esqueceu?

Ta essa é boa. MUITO boa. Alguém ando fumando, e não, não sou eu.

- Esqueci. Porque por um acaso, eu NÃO sou sua. – sorri para ele e puxei meu braço. Mas quem disse que o idiota soltou? Deus, por que eu não fiz alguma aula de lutas na academia?

- Claro que é. – ele sorriu. Uau. Agora eu vejo que eu realmente estava com o irmão errado. – Eu fugi de casa. E Sirius deixou eu ficar aqui.

- Aqui? – perguntei de sobrancelhas erguidas. – Duvido.

Ele não faria isso. Não, não. Ou faria? Por que pensando bem, poxa, eles eram irmãos... Ai meu Deus, se o Régulus entrar eu caio fora. Tipo, na mesma hora.

- Ah é? Então por que você não liga pra ele? – perguntou Régulus chegando perto. Perto demais. – Ainda pensa em mim, é morena?

- Não. – respondi dando de ombros. – Nem um pouco.

- Sei. Então agora você esta ate trabalhando né? Sirius me contou. Isso tudo é falta do que fazer? – e ele me segurou pela cintura. ALGUÉM TIRE ESSE CARA DAQUI!

Senti que ele ia me beijar. Tentei me soltar, e não estava conseguindo. Ai berrei. E berrei MESMO.

- SERÁ QUE ALGUÉM PODE TIRAR O CARA DAQUI?

Até ver a cabeça de Régulus girar pro lado. Pulei de susto.

- A senhora já DISSE que é pra VOCÊ dar no pé. – falou um dos meus, realmente agora, amigos.

- Obrigada. – falei sem jeito.

O traficante pegou minha mão e a beijou.

- De nada dona. Vizinhas como a senhora, a gente deve respeito. – e sorrindo ele voltou para seu carro importado. Onde muitos traficantes riam e diziam como Régulus era frangote.

Caminhei apresada em direção ao metro. Não acredito, não acredito. O Régulus ainda acha que EU o amo. Haha essa é boa.

Parei em um telefone público e liguei para o Sirius. Pra variar, ele não atendeu. Deixei uma mensagem que precisa falar com ele sobre o irmão dele e desliguei.

Ok, não vou me abalar por causa do Régulus. Ainda mais que os meus amigos deram um jeito nele por mim. Com certeza quando chegar em casa, vou fazer um super bolo de chocolate pra eles.


Quando cheguei na escola, fui correndo contar tudinho pra Karen.

- Ah querida! Parabéns! – ela sorriu e me abraçou. – Eu te avisei sobre essa tal de Di.

- É, você tinha razão...

- Ah, mas deixe! O que importa é que você esta com ele! E estão felizes! – sorri para ela. Realmente é isso que importa!

- Bom, vou lá trabalhar. – dei um beijo nela, e corri para a minha sala, ou melhor escritório, como Daivid dizia.

Pensando nele...

- E ai! Nem cumprimenta mais os amigos! – ele disse rindo, vindo ao meu encontro.

- Fala paixão! – sorri para ele, e o beijei na testa.

- Karen me contou as novidades. – ele disse rindo. – Parabéns!

- Ah, valeu. Nos falamos no almoço?

- Claro! Vai lá trabalhar vai. – ele piscou pra mim, e saiu correndo em direção ao almoxerifado.

- CUIDA PRA NÃO CAIR! – berrei rindo.

- PODE DEIXAR!

Continuei caminhando em direção ao prédio de dormitórios. Já eram quase nove horas. Sorri ao avistar Brad já cuidando a portaria.

- Bom dia Brad! – o cumprimentei sorrindo.

- Bom dia Ell! Ei! Você esta com uma cara ótima, posso perguntar o que aconteceu? – uau. Ele podia ser meu pai.

- Amor. – falei piscando.

- Olhaa lá ein! Vou querer conhecer! Você sabe que é como uma filha. – dei risada e soltei:

- Sim papai! Vou fazer um jantar lá em casa amanhã, e chamo você e Karen.

- E DAIVID! – berrou aquela coisa loira que já estava a não sei quantos metros de distância, mas ainda estava nos ouvindo.

Brad revirou os olhos.

- É e o Daivid METIDO. – concordei.

Entrei no prédio, e já fui atolada de pedidos e de reclamações. Já eram onze da manhã, e ainda tinha mais um. Pensei só mais um!

- ... E aí ele disse que eu era gorda, aí eu meti um soco nele!

- Que mentira! Eu falei que ela era fofinha! – ok, relaxa Elena. Isso logo passa.

- Calma ai! Um de cada vez. – olhei para a menina, e notei que ela era fofinha mesmo. Olhei para o menino. Ele era a cara de Sirius menor. Sério. E bom, se tivesse a mesma personalidade, já sabia exatamente como lidar.

- Sabe amigo, é feio você sair chamando as meninas de fofinhas. – ai sussurei no ouvido dele: - Ainda mais as que são mesmo.

Ele riu e concordou.

- Peça desculpa agora, vai.

- Desculpa, Mênica. Eu não tive a intenção de lhe chamar de gorda. – aha! A mamãe aqui manda bem!

Ai foi a vez de Mônica.

- Ok. Desculpe por ter batido em você, Cal.

- Agora apertem as mãos. – eles obedeceram.

- Bom, que isso não se repita certo? – eles concordaram. – Dispensados.

E eles sairam correndo em direção ao pátio. Sabe pode até ser cansativo, mas é bom. Porque assim eu já conheço as crias, como diria Daivid.

Quando voltei minha cabeça para a porta, dei de cara com um Sirius Black sorridente. Ele tinha um brilho no olhar, um brilho que eu gosto de pensar que é amor. E bom, é só para mim, sabe.

- Você leva jeito mesmo. – falou ele rindo.

- Quem falou? – perguntei indo ao encontro dele.

- Uma senhora chamada Karen. Ela me encheu de perguntas, quando fui lá perguntar por você. – ai que vergonha!

Sorri sem jeito.

- Mas e aí, o que traz o meu querido patrãozinho aqui? – perguntei curiosa.

- Saudades. – ok, bem que eu queria que fosse isso. Mas não é. Não só isso, pelo menos.

O encarei rindo.

- Sei! Fala aí Black. – ele me olhou torto ao ouvir o sobrenome.

- A mensagem no celular. – ah é, tinha esquecido.

- Bom, o seu irmão me procurou hoje e... – contei a hist[oria. Pela segunda vez só esta manhã.

- ELE FEZ O QUÊ? – ok sem estresse.

O puxei para perto. Bem perto.

- Nada que preste. – respondi dando de ombros, ai puxei ele pela camisa e acrescentei: - Isso ele não sabe fazer.

E o beijei. Beijei mesmo. Desintupidor de pia, como Karen diz. Ele tinha me enlaçado pela cintura, e eu mexia com força nos cabelos dele, o pressionando ainda mais contra mim. Até ouvir uma vozinha conhecida:

- Ham-ham. Isso é um colégio, não uma cama. – Sirius me soltou tão rápido, que eu ate cambalei.

Olhei por cima do ombro e dei de cara com uma Helen toda risonha. Revirei os olhos.

- Obrigada por me lembrar Helen. – disse piscando para ela.

- Amigas são pra isso. – ela deu de ombros, e voltou-se para Sirius: - Então rapaz, quais são suas intenções com a minha amiga-mãe Ell?

Ok. Eu me apaixonei por ela ao ouvir isso! Que amor! Tive vontade de a abraçar e enxer de cosquinhas, como faço com Harry.

- As melhores. – respondeu ele com um daqueles seus sorrisos de galã.

- Ah, certo, eu vi. – comentou Helen revirando os olhos. – Vocês estão namorando?

- Já vamos ver isso. – disse Sirius piscando para ela.

Ok. Isso eu também quero saber.

Olhei para Sirius e notei que ele havia sumido, ou melhor, estava ajoelhado. Isso ai. Você entendeu certo.

- Elena Montez, você quer namorar comigo?

Helen estava toda risonha e batendo palmas, o que chamou atenção de Brad, que correu para nos ver. Certo, eu vou virar um pimentão.

- Diz sim de uma vez! – falou Helen rindo.

- É. – concordou Kate, e Jack, os dois ajudantes do dia.

- O cara ta na sua, Montez! – disse Jack rindo.

- Anda logo! Se você não quiser, tem quem queira! – comentou Kate soltando risinhos.

Revirei os olhos, e olhei para Sirius. Que continuava ali, sorrindo daquele jeito lindo.

- É claro que sim. – ele colocou uma aliança de prata no meu dedo e eu o puxei pra cima.

Demos um selinho bem rápido, e nos viramos para ver as crianças.

Brad tinha lágrimas nos olhos.

- Ei Brad-dad! Por que você esta chorando? – perguntei assustada.

- Porque vocês se amam! De verdade! – ele sorriu para nós. – Brad Scott.

Ele estendeu a mão para Sirius, que logo a apertou sorrindo:

- Sirius Black.

- Elena Montez! – ih, lá vem bronca.

John vinha caminhando rapidamente ate mim.

Ele sorriu ao avistar eu e Sirius de mãos dadas.

- Parabéns meus jovens. O casamento é realmente fantéstico, mas infelizmente, vou ter de interromper. – casamento? Ah, a aliança. Olhei para as mãos de Sirius e vi que ele estava sem.

Ele notou, e me passou uma. E sem que ninguém visse, coloquei no dedo dele. E apertei a mão dele, sorrindo que nem uma idiota.

- Outra jovem caiu. Desta vez foi Sara Gomes. – acho que eu não ouvi direito.

- Como? A minha Sara? – perguntei apertando ainda mais a mão de Sirius.

- Sim, sua ajudante. – disse o senhor John, ficando vermelho. – É terrível! Ela esta lá embaixo ainda.

Sem dizer uma palavra a Sirius, nem há ninguem, sai correndo em direcao ao almoxerifado. Precisava falar com Daivid.

- DAIVID! – berrei assim que cheguei lá. – Outra menina morreu! Ela esta lá embaixo ainda. Pode estar viva! Vamos lá, por favor!

- Certo, mas antes precisamos pegar a chave lá na recepção. – concordei com a cabeca, e corremos de volta ao prédio.

Sirius continuava ali parado, e quando eu entrei, me puxou e falou:

- O que esta acontecendo? – bom, ai todo aquele lance de Alicia, desde sua ficha, até o seu jeito, bom tudo, saiu rapidamente.

Sirius prestava atenção atentamente a tudo isso e quando eu acabei perguntou:

- Você já contou pra polícia? – neguei balançando a cabeça.

- Elena! – disse Daivid, corando ao ver Sirius. – A chave não esta lá. E Kate e Jack tambem não sabem onde esta, segundo eles ninguém a pegou.

- Que chave? – perguntou Sirius, começando a ficar brabo por eu não ter dito nada.

- A dos elevadores. A que abre eles, mesmo quando o elevador não esta parado no lugar. – explicou Daivid bondosamente, e se virou para falar com Brad sobre isso.

Sirius me olhou e perguntou só mechendo a boca, sem soltar um unico som:

- Este é o tal do Daivid?

Fiz que sim com a cabeça. Ele cerrou os dentes e os olhos. Ele apontou para mim, e fez como se cortasse o pescoço dele, e apontou pra mim de novo. Você sabe tipo: vou matar você.

Eu mandei um beijo pra ele, e apontei pra mim, fiz um coração com as mãos, e apontei pra ele. É, parecemos dois idiotas. Lá em casa viviamos fazendo isso, quando tinha visita chata, tipo o Régulus. Neste caso, estamos “discutindo” assim para Daivid não escutar.

Sirius fez careta. Eu adoro ver ele assim todo brabo cheio de ciúmes. Hahaha.

- É Elena, - disse Daivid nos olhando. Sirius voltou rapidamente a sua cara de: ahn? E eu sorri para Daivid. – parece que quando Jack chegou, a chave já não estava mais lá.

- E não tem nenhuma assinatura no livro? – perguntei ficando passada.

- Não. – disse Daivid.

Os únicos que podem tirar chaves, são os funcionários. E eles tem que assinar o livro. Ou seja: alguém passou sem ser vista, tirou a chave, jogou Sara no poço, e ainda esta com a chave. Mas quem meu Deus?

- Brad! Vamos lá! Vamos arrombar aquele negócio! – eu é que não vou deixar a menina ficar lá, quem sabe viva!

Brad olhou para mim, com os olhos cheios de lágrima de novo. Mas não eram mais de alegria, e sim de tristeza.

- Não adianta. Acabaram de fazer isso... Ela já esta morta.

Ok, eu ia cair sentada, quando sinto que Sirius me segurou pela cintura. Sabe o toque dele faz eu ficar toda arrepiada. Mas ok, tiremos Sirius da cabeça. Preciso me concentrar nos casos.

- Sara não era o tipo de garota que ia fazer surfe de elevador. – falei relembrando uma conversa que tive com ela, ao fazer isso, meus olhos se encheiram de lágrimas. – El-ela disse, que jamais faria is-sso, porque era uma gran-nde-de, burrada.

Estou me desmanchando em lágrimas já. Sirius esta sentado em minha cadeira, comigo no colo, dizendo que vai ficar tudo bem. Mas eu sei que não vai ficar tudo bem! Afinal, alguém esta matando essas meninas. As minhas pequenas! Isso não vai ficar assim, não mesmo. Ah, quando eu puser as mãos no idiota que as jogou, haha, coitado.

Com este pensamento na cabeça, sequei as lágrimas, e olhei para Sirius.

Ele parou de dar seu discurso de como eu me apego fácil, e me olhou. Eu estava mergulhando naqueles brilhantes olhos azuis cinzentos.

- Eu te amo. – disse pra ele meio embriagada. É simples assim. Eu amo esse cara. E bom, se eu for começar a correr atrás desse tal psicopata, qualquer coisa pode acontercer... E eu bom, eu jamais me perdoaria se Sirius não soubesse essas três palavrinhas mágicas.

Ele sorriu e me deu um beijo na testa.

- Eu também te amo, minha fofoleti! – ok ele me imitou direitinho. Dei lhe um tapa na cabeça, e ele me deu um selinho. Que love não? Ok, agora chega disso. Preciso ir ao trabalho, ou melhor, correr atrás de um idiota que esta matando as minhas meninas.

- Preciso voltar ao trabalho. – ele disse olhando o relógio. – Tenho um cliente daqui a pouco.

Fiz cara de choro.

- Mas...

- Elena, daqui a pouco nós já vamos nos ver. Eu venho buscar você ok?

- Não. – respondi.

- Não? – perguntou ele curioso.

- O Harry vai lá pra casa de noite. Ele falou comigo hoje pela manhã.

- Ok. Eu fico em casa então. Vou comprar as porcarias. – ele me deu um selinho rápido, me tirou do colo dele, e saiu do escritório. Vi que ele deu alguns tapinhas de consolo em Brad, e deve ter soltado alguma piadinha, pois os dois estavam logo rindo.

- Esse é o famoso Sirius? – perguntou uma voz que eu detestava ouvir.

- Sim. – respondi, me virando para ver Jade.

- Ele é bem bonito, parabéns. – sorri para ela.

- Ah, você quer que eu va lá buscar os pertences da menina? – eu não quero ir, não, não, eu não.

- Não. Os pais dela já estão lá. – Deus os abençoe. Eu não ia conseguir. Não mesmo. – Eu ia pedir para você ficar de olho nos alunos lá fora pra mim. Os grandes eu já cuidei. Soube que você tem experiência com crianças, e bom, lá fora só tem até a quarta série.

- Claro! Pode deixar que eu cuido. – ela assentiu com a cabeça. É, talvez ela não seja tão chata assim. Sai em direção ao jardim. Preciso pensar.

Chamei Daivid para vir comigo, afinal, deve ser um bando de crianças. Não vou dar conta sozinha.

Ele concordou e fomos lá pra fora. Sabe, hoje estava tão perfeito... e o Harry vai lá pra casa de noite, e eu ia até fazer um bolo. Acho que, bom, devo começar a bancar a detetive amanhã de manhã...

Quando chegamos ao pátio, algumas professoras literalmente, se mandaram.

- Já estão tirando o corpo fora. – falou Daivid revirando os olhos.

Concordei com ele.

- HEI CRIANÇADA! – berrou ele. – QUEM QUER BRINCAR DE PEGA-PEGA?

Vi um monte de gente pequena correndo para ele dando risada.

- MENINAS, QUEM QUER DANÇAR? – perguntei berrando também.

Bom, não há duvida nenhuma que a maioria delas decidiu se juntar a mim.

- Certo, certo. Para que não conhece, esta – Daivid apontou pra mim. – é a Ell, ela é bem legal até. Ela vai nos ajudar hoje, certo?

Dei um tapa nele, fazendo as crianças rirem.

- Ok, ok! – falei sorrindo. – Então quem quer brincar de pega pega, una-se ao nosso querido amigo Daivid. Já as fofoletis que quiserem aprender a dançar, me sigam.

Tinha em torno de umas 150 crianças conosco. E até que estava bem dividido, digo, as que ficaram aqui para aprenderem a dançar, e as que foram jogar bola com Daivid. Ele piscou para mim, e se afastou, seguido pelas mini pessoas fofas.

Eu já ia começar com minha aula, quando Jade para ao meu lado. É a mulher é tipo assombração. Aparece do nada.

- Elena, será que você pode ficar aqui até às oito hoje? Prometo que irei dar lhe um aumento por isso. – ela parecia realmente necessitar, porque veja bem, segundo Karen eles eram SUPER mãos de vacas. E não davam aumento a ninguém, ah, hm, meros três anos.

- Ok, sem problemas. – ela sorriu pra mim e me deu uns tapinhas nas costas, e saiu andando. Notei que lá de longe que a “Di” estava parada me analisando. Mostrei o dedo do meio pra ela e fiz careta. Ela se apavorou e saiu correndo. Idiota.

- Ell, por que você mostrou o dedo feio pra Diane? – perguntou uma menina que aparentava estar na segunda série.

- Uma longa história. – suspirei. – Mas ei, não siga o meu exemplo, ok?

Ela concordou com a cabeça.

- Meninas façam uma roda, as mais velhas ajudam as menores, por favor. Eu vou buscar o som, e já volto.

- Certo! – disseram dando risinhos.

Helen logo veio apressada até mim e mandou:

- Pode deixar que eu cuido aqui.

Sorri para ela e pisquei:

- Obrigada!

Corri para a porta do prédio, afinal não queria deixá-las muito tempo sozinhas.

- Brad onde eu consigo um som? – perguntei rapidamente. – E um telefone.

- Telefone tem na sua mesa, os funcionários podemos usar. – assenti. – E rádio, se eu não me engano, no almoxerifado.

- Ok, valeu! – e sai correndo em direção a minha mesa.

Liguei para casa, ninguém atendeu. Liguei para o celular de Sirius, adivinhe: nada. Bom, a saída era ligar pra Lily.

- Alô. – disse ela.

- Fala ruiva! – falei rindo. – Calma não fala, me escuta antes. Eu vou ter de ficar com as crianças até umas oito da noite, porque bom, outra menina foi morta, e eles tem de você sabe, ahn, limpar. E coisas do tipo. Então você pode avisar o Sirius pra mim? Ele vai estar lá quando Harry chegar.

- Ui, agora ela anda toda ocupada. – afe. – Pode deixar que eu aviso sim.

- Ok, tchau. – desliguei sem dar tempo de Lily puxar outro assunto. Como ela costuma fazer sempre.

Fui para o almoxerifado, peguei o rádio, umas pilhas, e levei lá para o jardim.

As garotas já estavam em rodinha. Liguei o som no máximo e comecei a mandar elas me seguirem.



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N/A: meeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeninas *-* AMEI TODOS os comentários *-* que amooooooooooores³
desculpeeem a demora! a beta sumiu O: e eu tive que betar, e acreditem foi um saco XD aposkaposkposakpo
mas enfim *-* espero que tenham gostado do cap! :D o próximo vem mais rápido, prometo o/
deixa eu responder alguns comentários então \o\


Loli: CRIATURA *-* eu AMEI a capa! BRIGADA³ meeeeeeeeesmo! eeeee pode deixar a fic vai continuar sim! NUMERO UM? OH GOD! vou ter que fazer um cap especial pra ti então! opakspoaksopksaop :DDDD *-* beeeeeijo! e obrigada mesmo!

Ciiça: éé tãããão bom ouvir isso *-* pode deixar \o\ continuaremos com a fic! :DDD espero que tu goste do cap floor! beeeijo!

Mari Evans: caaaaaaapaz :D eu adorei a fic! paoskaposkaposkapo \o\ desculpa pelo surto com a Poli la :P paoskaposkapo beeijo!

Poli: DIGO SIIIIM aopskaposkaposkopksapo :x ta não digo aspokaspoakpo (lll) :*

Mandy Black: *dançando* leitora nooooooova mas que chique! aopskaposkapoksapo *-* eeeeeeeeeeu AMEI esse comentáário *------* vou cobrar a companhia naaaaa fic ein! poaskaposkpoaksopa :D obrigada viuuuuuu?! valeu mesmo \o// *-* espero que tu goste!!! beeijo!

Liisa Prongs: paaaaaassei na fiiiiic sim! é um amor :D adorei³ parabéns viu ;D beeeeeeijo! e sucesso pra fic *-* o/

Ju e Daay: dããã nem preciso fala de vocês né :OO :P :* (lll)

Nathália Krein: pooooooostada *-* espero que goste! beijo! :*


eeeeeeeeeenfim, se eu esqueci alguém desculpem :O vontade de postar isso aqui logo :P paoskapoksaopkopas
mas resumindo:
OBRIGADA a todas *-* os comentários são lindos :D

beeeijos,
e até o próximo
o/~

x
S

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