Confiança

Draco desceu as escadas e Vitória continuava sentada no chão, na frente de seu quarto. Ele a olhou por um instante e então disse:
- Precisamos conversar.
Ela riu e continuou ali. Draco se irritou e a puxou pelo braço do chão.
- Pára com isso! O mundo não acabou.
- Mas vai acabar! – disse ela a beira de lágrimas.
Draco fingiu não ouvir o que Vitória havia dito e empurrou para dentro do quarto. Ela se sentou na cama olhando para ele.
- Muito bem. – disse Draco. – Eu não serei o único castigado.
- O quê? Mas por que garoto?
- Bom, o Lorde disse que você poderia ter me seguido se realmente quisesse, mas preferiu brincar com os gêmeos Weasley. Isso é verdade?
- Guarda um segredo? – perguntou ela.
- Guardo. Mas você está encrencada mocinha!
- Encrencada?
- É, o meu castigo é torturar as pessoas por ele. E o seu...
- O meu...?
- Bom você estudou em Beauxbatons certo?
- Sim. – falou Vitória curiosa.
- Deve ter conhecido Fleur Delacour.
- Claro que conheci! Éramos amigas!
- Foi convidada para o casamento?
- Fui...
- Ih, danou-se! Ele quer que você vá ao casamento e quando anunciarem que o Ministério caiu, porque ele disse que no dia do casamento cairá, você deve “começar a guerra”, entende?
- Eu não posso fazer isso!
- Pode, ou você já sabe...
Ela não respondeu, ficou sentada, pensando no que deveria fazer. Draco quebrou o silêncio.
- Eu sei que você não quer isso. Confia em mim, tudo vai dar certo.
- Confiar em você? E porque eu deveria?
- Eu confio em você.
- Não é o único.
- Então, por que não confiar em mim?
Ela sorriu.
- Confia em mim?
- Confio loiro.

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