Luna Lovegood
Luna ficou boquiaberta com a reação de Gina há poucos minutos, embora soubesse que isso era previsível. Sabia que Gina não iria mudar, sempre fora assim, mas não deixava de adorar a amiga.
Desde a infância sempre fora assim, andando as três: Gina, Mione e Luna. Sempre foram melhores amigas e nunca iriam mudar; embora fossem diferentes em muitos aspectos. Por exemplo, Luna adorava ficar em casa, muitas vezes estudando ou lendo algum livro... Mione, no entanto, tinha por hobby desenhar ou fazer pinturas a óleo, mas também era uma bailarina talentosíssima e adorava dançar... E Gina, gostava de trabalhar, não tanto, mas exercia a advocacia por prazer... Mas o que tinham em comum mesmo era o prazer de estar com os amigos, e é claro, gastar fortunas no shopping! E são assim até hoje.
Depois da saída de Gina, Luna observara Harry sair sem se despedir pra ir atrás de Gina, e Mione também o olhava calada. As duas amigas entraram no carro e desistiram de ir à manicure, aquilo tirou o bom astral delas; então Luna e deixou a amiga na casa dela e foi ao shopping.
Enquanto dirigia Luna observa o relógio de pulso: 17h45min, *Nossa, já vai anoitecer, preciso correr e fazer uma janta rápida, e nada de se demorar no
Sashimi!* Que era o restaurante japonês que normalmente jantava, porque simplesmente adorava comida japonesa. E sempre achou que essa comida produzida na América muito mais saborosa do que no Japão em si, já fora lá uma vez e não tinha gostado muito, achou aquele povo muito politicamente correto, e pra quem nascera em Montreal, no Canadá, mas fora criada em Nova York, aquela realidade definitivamente não existia.
Chegou ao estacionamento e desceu diretamente na praça de alimentação. Saiu meio que apressadamente em direção ao restaurante do outro lado, e sentou-se, mas logo chamava:
-Mark! Vem cá! Disse num tom impaciente.
-Oi, minha mais estimada cliente? O que deseja? Ah, já sei. O de sempre, imagino... - Respondeu se aproximando alegremente um dos garçons. Toda a equipe já a conhecia, já que quase diariamente ela ali jantava ou fazia pedidos para a entrega em domicílio, e o melhor, as suas gorjetas agradavam a qualquer garçom. Pois sabiam o quanto ela era "generosa".
-Isso, o de sempre. Mas me traz só três porções que estou com um pouco de pressa, sim? Falou a loira ainda impaciente, mas não deixava de ser simpática com aquelas pessoas que via quase que todos os dias.
Poucos minutos depois, chega seus costumeiros camarões com salmon. Luna comeu rapidamente, faz o pagamento, e como sempre deixando uma boa gorjeta para o garçom, e saiu apressada. Atravessa rapidamente o shopping sem parar para ver as vitrines, pois se visse saberia que iria demorar horas, fazendo compras.
Chega ao estacionamento, entra no carro, acelera, em direção ao seu apartamento.
Como se não fosse coincidência, ela morava juntamente com Mione e Gina no mesmo bairro. Elas sempre moravam em Manhattan, foram criadas, cresceram nesse mesmo lugar. Só nasceram em países diferentes. Luna, como já sabemos, nasceu no Canadá, Gina, no entanto era inglesa enquanto Mione era italiana; isso foi resultado de caprichos da mãe das três que também são amigas, mas não queriam que as filhas nascessem americanas, só não sabiam dizer o motivo, e como as três meninas tinham a mesma idade, suas mães viajaram no mesmo ano para os respectivos países que sonhavam, e com diferença de poucos meses Luna, Gina e Mione nasceram. Mas hoje já familiarizadas com os EUA, possuíam as duas nacionalidades, eram do país de origem e americanas ao mesmo tempo, algo que a mãe de cada uma devia ter previsto antes de tentar evitar uma coisa que seria impossível, já que pretendiam voltar assim que as filhas nascessem.(¬¬’)
Chegando ao apartamento, foi direto em direção a sua suíte. Entrou no banheiro, tirou a roupa e tomou uma ducha rápida. Era domingo, e iriam ter festa daqui a três horas, e ela não sabia se era tempo suficiente pra se arrumar.
Saiu do banheiro enrolada numa toalha, foi em direção ao seu closet, pegou seu vestido que estava separado e que havia comprado no dia anterior. Uma peça belíssima de cor creme, curto, que ficava no meio de suas coxas, com babados, e um belo decote... *Espero que faça tanto sucesso quanto foi tão alto que paguei por ele.* Dizia a si, tentando imaginar quem de diferente estaria lá sem ser Harry.
Quando começa a se maquiar seu celular toca. Pelo identificador de chamadas vê que é seu noivo, Robbin.
-Oi meu amor. Nossa que saudade. Faz uma semana que não te vejo... Vou vê-la hoje, não? Na festa? Posso pegar você? Perguntou seu companheiro em uma alegria radiante na voz do outro lado da linha.
-Oi! Chegou e não me avisasse pra me ir te buscar no aeroporto? Como você faz isso comigo? Mas, eu te perdôo. Venha me buscar sim. Estou te esperando. Respondeu Luna, meio que surpresa, mas contente.
-Então está certo, eu passo aí pra te pegar. Eu te amo. – Falou num tom extremamente meloso.
-Estou te esperando. Beijos, tchau! Disse por fim a loira encerrando a ligação e fingindo que não tinha ouvido a última frase, sem saber exatamente o porquê tinha feito aquilo. *Realmente não sei o que deu em mim...* Falou sozinha, ainda tentando entender essa confusão da sua cabeça. Ela mesma acreditava que amava o Robbin, afinal, ele era um companheiro incrível pra ela, ciumento um pouco demais, mas não se importava. Ele era um belo empresário e normalmente viajava a negócios, mas Luna era independente o suficiente para entender, e respeitava-o toda vez que saía. Sabia que ele a amava. Mas será que ela o amava? Sua mente dizia que sim, mas seu coração dizia que não. Porque no fundo sabia que o único homem que já amara que ainda era rapaz na época. Naquele tempo ela tinha 19 anos e ele 20, e seu nome ela jamais esqueceu: Draco. Foi o melhor ano de sua vida, nunca vivera algo tão bom e intenso, mas ao mesmo tempo verdadeiro. Mas devia esquecer isso, pois agora Draco estava casado e morando na Alemanha, e nunca mais teve notícias dele.
Vivia uma situação parecida com a de Gina, só que Harry voltou, e agora está atrás da amiga de novo, e está livre e desempedido, mas Draco já tinha outra família, em outro país.
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