Convencendo Rony...



Cap. 30

Convencendo Rony...




Hermione estava sentada no jardim de sua casa conversando com sua cunhada, enquanto tomavam chá. Rony e Harry estavam trancados no escritório, conversando sobre o trabalho, revisando algumas coisas, para enfim, poderem se juntar a elas.

- E o Rony? Conseguiu conversar com ele depois daquela pequena “tragédia”? – Gina perguntou.

- Eu tentei de tudo! Conversar, argumentar, gritar, mas até hoje ele se recusa a tocar nesse assunto! Às vezes seu irmão me tira do sério!

- Às vezes? Vamos lá Mione, não seja modesta, o Roniquinho tira qualquer um do sério o tempo inteiro! – ela disse, arrancando risadas da cunhada – Veja só, uma coruja! – a ruiva apontou para o céu.

- É uma carta da Astoria! – Hermione disse assim que puxou o envelope da pata do animal – Ela deve ter conversado com o Draco, disse que me informaria assim que fizesse isso!

- Ah pare de enrolar e leia logo, eu tô curiosa! – disse Gina.

Hermione abriu a carta e começou a ler. A cada palavra, seu sorriso aumentava, e Gina encarava isso como um bom sinal! Assim que terminou de ler, disse se levantando da cadeira:

- Ótimo precisamos colocar nosso plano em ação!

- Finalmente!!! – a ruiva exclamou, se levantando também e indo ajudar a cunhada a organizar tudo.



***




Às 07h00min da noite, quando os alunos se encontravam no salão principal para jantar, houve uma pausa geral, em que todos os olhares recaíram sobre um casal que entrava no local de mãos dadas.

- “Viram? Eles estão juntos”... “Por Merlin, você sabia disso?”... “Sempre desconfiei desse romance”... “Não acredito que o Scorpius namora aquela sabe tudo!”... “Era por isso que a Rose sempre dava um fora no Peter!”... “Ahhh, eu adoro eles!”... “Eu odeio eles!”... “Eu os conheço!” – vários comentários se espalharam pelo salão, com a entrada de Rose e Scorpius.

Vincent, ao ver o constrangimento dos amigos, não se conteve e falou bem alto do local que estava:

- Qual é pessoal? Nunca viram duas pessoas que se amam ficarem juntas? Merlin tenha piedade, do jeito que vocês falam parecem que meus amigos aqui são dois marcianos! Ou pior, parece que ao invés de ver um casal feliz em harmonia, acabaram de presenciar uma declaração do Filch para a Madame Nora... Coisa que sinceramente eu não acho tão impossível, então se fosse vocês, guardaria todo esse espanto para quando isso finalmente acontecesse! – todos que estavam próximos riram, inclusive Rose e Scorpius, que se aproximavam deles para conversar.

- Você é louco! – Rose disse entre risos.

- Sabe que de tanto repetirem isso, tô até me convencendo?! – ele respondeu no mesmo tom divertido.

- Ahhh, então era isso que o tio Draco queria conversar com você Scorpius? Queria permitir o namoro dos dois! – Sophie disse com os olhos brilhando de felicidade.

- Bom, se era só isso eu realmente não sei, mas foi o que ele disse depois de ver minha cara de bobo ao olhar pra Rose do outro lado da rua, passeando com o Alvo! – o loiro respondeu sincero.

- Cara de bobo? Preciso lhe dizer amigão, que quando você olha pra Rose, parece mais um idiota do que um bobo! Mas eu entendo, devo fazer à mesma cara de imbecil quando vejo a Sophie! – o moreno disse, recebendo um tapa na cabeça do amigo.

- Bom, eu acho melhor deixar vocês jantando, porque apesar de namorar um sonserino, eu ainda sou da Grifinória e infelizmente, minha mesa fica do outro lado do salão! – Rose falou.

- Rosecreide, eu sei que nós Sonserinos, temos uma fama má, cruel, assustadora, mas isso não significa que vamos devorar uma pobre mocinha Grifinória se ela vier sentar na nossa mesa. E acredite, você não chamará mais a atenção por isso, acho que já chegou ao limite do estrelato!

- O Vin tem razão! Sente com a gente Ro, assim vocês podem contar tudo que aconteceu! – Sophie insistia.

- É ruiva, fique aqui conosco! – Scorpius fez sua melhor cara de hipogrifo na chuva, mas antes que Rose pudesse responder, eles ouviram a voz de Vincent novamente.

- Opa, esquadrão da família das “cabeças vermelhas” vem vindo à direita e não parecem nada satisfeitos.

Os olhares de Rose, Scorpius e Sophie recaíram sobre o grupo de Weasley/Potter que caminhavam em direção ao local, com olhares bem decididos. Tiago, Fred, Alvo, Hugo, Vic, Rox e Lily pararam em frente ao casal, com expressões sérias.

- Então, você é o novo namorado da minha irmã? – Hugo perguntou sério.

- Como assim novo? Hugo usa esse cérebro de ameba uma vez na vida, ele é meu primeiro namorado! – Rose revirou os olhos.

- Que seja! Primeiro, segundo, último, dá tudo no mesmo! – Fred disse – O que tem a nos dizer sobre isso?

- Eu deveria ter algo a dizer para vocês? – Scorpius ergueu uma das sobrancelhas, esperando resposta.

- Deveria sim, já que você está namorando uma de nossas primas! – Vic disse autoritária.

- Que no meu caso é melhor amiga também! – Alvo se metia na conversa.

- Por que você sempre tem que se gabar disso? “Eu sou o favorito da Rose!”, aff! – Lily dizia revoltada.

- Porque é a verdade! Eu sou o favorito mesmo! – ele disse convencido.

- Pra falar a verdade eu amo todos de forma igual, se serve de consolo! – Rose tentava ajudar.

- Mas confiou somente em Alvo! – Rox falou.

- Porque eu sou o melhor!

- Alvo, desse jeito você não ajuda! – a ruiva o repreendeu – Rox, querida, eu confiei no Alvo por que... Bom... É que...

- Você é minha melhor amiga e confia em mim! Simples! – ele respondeu, e a prima revirou os olhos.

- Estamos presenciando uma briga familiar aqui? – Vincent também se meteu na conversa – Ohhh estamos!!! Sophie, não convoque uma reunião familiar para anunciar nosso namoro, sinto que não agüentaria a pressão.

- Então, eu posso saber o motivo dessa reunião? – Scorpius perguntou, tentando não rir.

- Não está óbvio para você? – Tiago se aproximou do loiro, com um olhar sombrio – Queremos saber quais são suas intenções com ela!

- HÁ-HÁ, se ferrou cara!

- Calado Vincent! – Sophie brigou.

- Tá, já me calei!

- Não sabia que você era “pau mandado” – Scorpius zombou.

- E realmente não era... Mas é como dizem por aí, o amor nos deixa babacas, e é por esse motivo, e só por esse, que me sinto obrigado a obedecer às ordens dessa loira mandona. – o moreno respondeu conformado.

- Dá para você nos responder, ou tá difícil? – Lily perguntou nervosa.

- Que baixinha invocada! Isso é de família, tá feia a coisa pro seu lado! – Vincent disse. Estava se divertindo – É por isso que metade de vocês tem as cabeças vermelhas, são todos esquentadinhos!

Scorpius não conseguiu conter uma risada, que logo cessou ao ver os olhares mortíferos dos Weasley/Potter.

- Bom, eu sempre achei que fosse responder essa pergunta para o pai da Rose!

- Para ser sincera, você vai ter que responder um questionário para meu pai, e não só uma pergunta! – Rose disse sorrindo.

- Que bom! Fiquei realmente tranqüilo agora! – ele debochou – Bom, é... Potterzinha em miniatura, minhas intenções com a Rose são as melhores!

- As melhores para você ou para ela? Sabe cara, tem uma pequena diferença nisso, se é que me entende! – Vincent sorriu maroto.

- Você tem certeza que é meu amigo? – o loiro perguntou.

- O melhor, e você precisa admitir isso!

- Pois não tá parecendo!

- Ah, você me conhece desde pequeno, sabe que eu adoro colocar lenha na fogueira!

- VOCÊ QUER PARAR DE ENROLAR E RESPONDER LOGO! – Hugo falou nervoso.

- Olhaaaaa, que bonitinho! Ficou todo vermelho! – Sophie brincou, e Rose riu da amiga.

- Parece até um filhote de tomate! – Vincent entrou na brincadeira.

- Tá, já chega, eu vou responder agora! – Scorpius disse em voz alta – Minhas intenções com a Rose, são as melhores, pra ela – ele ressaltou bem as últimas palavras.

- E como você tem tanta certeza que podem ser boas para ela? – Fred perguntou.

- É cara, como eles podem ter certeza que você não vai manipular a mente da Rosecreide, com esse seu jeito Malfoy de ser, e fazê-la acreditar que o melhor para ela, obrigatoriamente é o melhor pra você? – Vincent alfinetou novamente.

- Rosecreide? – Vic perguntou curiosa.

- Nem queira saber! – Rose respondeu.

- Então? – Fred falou.

- Então o que? – Scorpius respondeu.

- É, então o que? Fiquei perdido! – Alvo se manifestou novamente.

- Alguém aí quer torta de maçã? Tá uma delícia! – Vincent disse, se servindo de um pedaço de torta.

- Eu aceito! – Sophie disse, já havia se rendido à situação cômica que aquela conversa havia se tornado.

- Abre a boca então! – Vincent disse, cortando um pedaço da torta – Olha o aviãozinhooooo!

- Como ele consegue? – Lily olhou pasma.

- Não descobri até hoje! – Rose deu de ombros.

- Como consigo o que? Ser lindo e charmoso? É de família isso! – Vincent disse convencido.

- Não, eu me referia a loucura! – Lily disse.

- Ahhhh, bom esse é um fato que a ciência ainda não explicou, mas assim que eu obtiver respostas, lhe aviso ok?!

- Não falem assim, ele é perfeito! – Sophie disse carinhosa, em seguida eu um beijo na bochecha do namorado.

- Nossa, tô ficando enjoado com tanta melação! – Hugo fez uma careta.

- Ô filhote de tomate, você precisa de uma namorada! Tá tão nervoso! – Vincent debochou.

- Vocês ficam aí enrolando, mas o Malfoy ainda não respondeu nossa pergunta! – disse Rox.

- E qual era mesmo a pergunta? – Scorpius perguntou confuso.

- Quais são suas intenções com ela? – disse Vic.

- Ainda estão nessa pergunta? Eu achei que vocês já iam passar pra fase “quando você vai marcar o casamento?”.

- Não Vincent, essa pergunta quem vai fazer é meu pai! – Rose disse entre risos.

- TÁ, DEIXA EU RESPONDER DE UMA VEZ! – Scorpius gritou e ao ver todos olhando para ele, continuou – Obrigado pela atenção! Sabia que ia funcionar... Vejamos, antes de responder essa pergunta, preciso fazer um levantamento geral da minha história com a ruiva em questão. – ele fez cara de pensativo por uns instantes e prosseguiu – Desde os 11 anos eu tenho implicado com ela, no 3º ano descubro que a “sabe-tudo” irritante é a menina mais linda que já vi, mas mesmo assim continuo implicando com ela... Depois tenho uma crise de ciúmes e dessa crise descubro que ela gosta de mim e começamos a namorar... Algum tempo depois nos separamos, passo um mês sofrendo e arquitetando planos para voltar com ela, até que consigo!... Continuamos namorando escondido por um longo tempo, até que nossos pais descobrem e fazem disso a maior catástrofe... Prometo ao meu pai que vou ficar longe dela, só para protegê-la, mas nem assim eu consigo esquecê-la... Com base nisso tudo que eu disse, creio que as minhas intenções com a Rose são as mais sinceras possíveis, já que eu amo essa ruivinha mandona mais do que a minha própria vida!

- Que lindo! – Vic disse emocionada.

- Ele é lindo! – Rose sorria sincera.

- Sim, muito lindo mesmo! – Rox disse.

- Não era pra concordar com o lindo, ainda sou ciumenta! – Rose brincou.

- Pronto, agora vem à sessão de “lindo” pra cima do Scorpius... Essas mulheres se comovem a toa, cruzes! – Vincent disse.

- À toa não! A declaração foi linda! – Sophie falou.

- Tô começando a ficar sem graça, vamos pular a parte dos elogios?! – Scorpius sugeriu.

- Vamos, até porque eu tô ficando enjoado de novo! – Hugo se manifestou, fazendo novamente uma careta de reprovação.

- Rosecreide, leve seu irmão a enfermaria e pergunte à caquética Pomfrey se existe um remédio para dor de cotovelo, porque seu irmão tá sentindo uma! – Vincent provocou o ruivo.

- Tadinho Vin, ele tá com ciúmes! – Sophie defendeu.

- EU NÃO TÔ COM CIÚMES TÁ?! ELA É MINHA IRMÃ, E MESMO QUE NAMORE COM ESSA BARBIE GIRL AÍ, VAI CONTINUAR ME AMANDO MAIS! – O garoto gritou.

- Olha, já que entrei pra família, eu preciso dizer que essa coisa de apelidos não é legal! – Scorpius se defendeu.

- E quem disse que você entrou pra família? – Tiago perguntou.

- É quem disse? – Fred concordou.

- Eu disse e pronto! – Rose tomou a palavra – Que coisa chata! Estou namorando com ele e digo que faz parte da família!

- É isso aí Rosecreide, põe ordem na família! – Vincent disse alto, em seguida baixou o tom de voz e falou diretamente com Scorpius – Cara, você está literalmente ferrado, porque já deu pra ver quem é que vai mandar em casa quando vocês se casarem!

- Tô começando a entrar em pânico viu! – Scorpius riu.

- Até eu tô começando a ter crise! Dou graças a Merlin, pela Sophie não ter esse excesso de parentes!

- Ela pode não ter esse monte de cabeças para te encher, meu amigão, mas você tá esquecendo de um detalhe!

- Qual?

- Sophie tem um irmão mais velho, que tem total autorização para usar magia! E não podemos esquecer, que ele é beeeeeeeeeeeeem ciumento! Ou seja, você tá tão ferrado quanto eu... Se bem que ainda saio lucrando, pois se algum deles vier me azarar, eu me defendo com a varinha, tô na escola mesmo... Agora se o irmão da Sophie fizer isso, você reza e corre, ainda não tem idade para fazer magia fora daqui!

- Nossa... Acabou com minha alegria! – Vincent disse.

- Sabia que ainda ia conseguir fazer esse sorriso sumir da sua face hoje! – Scorpius disse convencido.

- Cara, que malvado você é!

- Malvado não... Sou um Malfoy, há uma grande diferença nisso! – o loiro respondeu – Então, acabou a reunião familiar? Posso jantar em paz ou mais alguém quer fazer alguma pergunta inútil?

- Você acha inútil querer saber suas intenções com a Rose? – Lily perguntou aborrecida.

- Claro que sim! Já que ficou provado, depois de tudo, que eu só quero fazê-la feliz!

- Bom, sendo assim, bem-vindo a família! – Fred disse.

- É bem-vindo!!! – o restante dos Weasley/Potter disseram animados.

- Obrigado!

Depois da “breve” conversa, os Weasley/Potter começaram a se encaminhar de volta para mesa da Grifinória.

- Você não vem Ro? – Lily chamou.

- Vou sim! – ela respondeu simpática, e ao ver a prima saindo, se virou para o namorado – Desculpa por isso! Às vezes eles perdem a noção!

- Ah, nem esquenta! – Scorpius disse descontraído.

- Bom, vejo vocês depois! – ela disse a Sophie e a Vincent, em seguida deu um selinho rápido no loiro – Até daqui a pouco.

- Espera, você esqueceu uma coisa! – Scorpius disse.

- O que? – ela perguntou um pouco confusa.

- Disso! – o loiro puxou a menina pela cintura e deu um beijo daqueles de tirar o fôlego até de quem assistia, na frente de todo salão principal. Até os professores, que estavam distraídos conversando, pararam para ver aquela cena. Minerva até engasgou, precisando receber uns tapinhas de Slughorn para se recompor.

- Que lindo eles! – Sophie disse admirada.

- Ah, podemos acompanhar se quiser!

- Ahn?! Eu não... – antes que a loira pudesse terminar a frase, Vincent a beijou, fazendo os cochichos e risinhos do salão, duplicarem.

Quando os dois casais se separaram, e quem visse poderia jurar que eles tinham combinado, pois encerraram os beijos juntos, os quatro amigos se encararam e começaram a gargalhar. Definitivamente, as coisas estavam indo muito bem.


***




Na casa Weasley...

Rony e Harry saíram do escritório assim que terminaram de analisar os papéis do trabalho, e se depararam com a mesa da sala de jantar sendo completamente arrumada por Gina e Hermione.

- Não sabia que teríamos visitas para o jantar hoje, Mione! – Rony disse ao ver a esposa colocar mais dois pratos sobre a mesa.

- Gina e eu somos o que cara? – Harry fingiu-se de ofendido.

- Vocês já são de casa! – o ruivo respondeu rindo – Então, quem vem para o jantar hoje?

Gina e Hermione pararam subitamente ao ouvirem a pergunta do Rony, se entreolharam e sorriram para disfarçar.

- Amigos... – a morena respondeu descontraída.

- Do ministério! – a ruiva completou.

- Ah e que amigos? – Rony perguntou curioso.

Ao ouvir a pergunta do ruivo, as duas responderam rapidamente, mas como não haviam combinado, cada uma disse um nome diferente, ao mesmo tempo.

- Sr. e Sra. Rivers!

- Sr. e Sra. Sparks!

- Afinal, quem vem? Os Rivers ou os Sparks? – ele perguntou erguendo uma das sobrancelhas. Harry, que estava logo atrás do cunhado, segurava-se para não rir da amiga e da esposa.

- Bom, er... Gina se confundiu! Eu havia comentado com ela que estava pensando em convidar os Rivers para jantar qualquer dia desses, mas hoje, quem vem, são os Sparks! – a morena respondeu.

- Ah sim! Então eu vou lá em cima me trocar e volto já! – Rony disse sorrindo, e saiu do local.

- Então, a que horas que o Malfoy chega? – Harry perguntou assim que teve certeza que seu cunhado não poderia ouvir.

- Às 20h30min e espero que Rony não dê ataques dessa vez! – Hermione disse apreensiva.

- Cunhadinha, detesto te desanimar, mas o Roniquinho não dar ataques é uma coisa totalmente IMPOSSÍVEL! – Gina disse divertida.

Às 20h30min a campainha da casa Weasley tocou. Ansiosa, e porque não dizer, nervosa, Hermione correu para abrir e receber os convidados que ela tão esperava.

- Boa noite Astoria! – ela cumprimentou a loira.

- Boa noite Hermione! – a loira respondeu carinhosa.

- Boa noite Weasley! – Draco apareceu logo atrás da esposa.

- Boa noite Malfoy! – a morena cumprimentou – Por favor, entrem e sentem-se! Rony daqui a pouco vai descer.

- Claro, e todos nós estamos ansiosos pela chegada dele! – Draco disse irônico, e ao receber um beliscão da esposa completou – Desculpa, sabe como é, força do hábito!

- Sim, sabemos como é, mas se queremos convencer o Rony, acho melhor todos começarmos a agir como verdadeiros amigos! – Harry chegava à sala, acompanhado por Gina, para receber o casal de loiros.

- Eles têm razão Draco! Você não pode ficar com essa ironia toda! Estamos aqui para convencer o Sr. Weasley do que é melhor para nosso pequeno, e para a pequena deles! – Astoria repreendeu o marido.

Não tardou para Rony descer as escadas, e entrar na sala, com uma expressão assassina no rosto, e com as orelhas tão vermelhas quanto seus cabelos.

- O.que.ele.está.fazendo.aqui? – o ruivo perguntou entre os dentes.

- Boa noite para você também Weasley! Vejo que não perdeu as boas maneiras! – Draco disse irônico.

- SAIA JÁ DA MINHA CASA!

- Como quiser! – o loiro se levantou do sofá – Eu disse Astoria, manter uma conversa amigável com Ronald Weasley é tão impossível quanto fazer Minerva desamarrar aquele coque.

Hermione ao ver toda aquela situação, não se conteve e exclamou furiosa, encarando os dois homens a sua frente.

- Malfoy, você vai ficar sentado aí, se não quer que te azare! E nem tente dizer que você pode se defender, pois se não te parar com uma varinha, faço você voltar anos atrás e te dou um soco pior do que aquele quando estávamos no 3º ano! – ela disse com os olhos faiscando e se virou para Rony, ainda pior – E você, Ronald Bilius Weasley, TRATE DE SE COMPORTAR FEITO UM HOMEM MADURO! Você já tem 40 anos, e acho que pode, uma vez na vida, aparentar uma idade mental semelhante a uma pessoa dessa idade! Por favor, sejam racionais, estão piores que duas crianças mimadas! EU TENHO VERGONHA DESSE COMPORTAMENTO INFANTIL!

Todos da sala ficaram boquiabertos com a reação de Hermione. Ninguém se atrevia a falar nada! Até Draco, que não é acostumado a ouvir desaforos, aceitou a bronca da morena e sentou-se ao lado da esposa. Rony, por sua vez, encarou a esposa por alguns minutos, e ao vê-la lançar um olhar quase mortal para ele, sentou-se no sofá em frente ao que estava à família Malfoy.

- Ótimo, assim está bem melhor! – a morena disse satisfeita.

- Cunhadinha, confesso que esses seus métodos persuasivos são realmente eficazes! – Gina disse descontraída.

- Muito persuasivos... Principalmente quando se trata do soco dela atingir meu nariz! – Draco disse, lembrando-se da última vez que isso havia acontecido, e todos na sala riram, exceto Rony.

- Então, o que querem? – o ruivo perguntou mal-humorado.

- Sr. Weasley, nós viemos conversar sobre nossos filhos! – Astoria disse simpática.

- Não temos nada para conversar sobre eles! Acho que tudo ficou bem resolvido da última vez... O Malfoy fez a miniatura dele prometer que não chegaria mais perto da minha filha, ele aceitou, e tudo está feito!

- Bom Weasley, pelo visto você continua sendo o último a saber das coisas, então preciso lhe contar uma novidade – Draco sorria irônico – Voltei atrás na minha decisão e aceitei o namoro deles.

- VOCÊ O QUE? Mas... COMO ISSO? Hermione, você sabia disso? – Rony olhou furioso para esposa.

- Soube um pouco mais cedo, por uma carta que Astoria me mandou! Então preparei esse jantar, para que pudéssemos conversar como pessoas civilizadas! – a morena disse de forma simples – E quer saber de uma coisa? Eu fico muito feliz em ver que o Malfoy aceitou o relacionamento dos nossos filhos!

- Você só pode estar brincando! Malfoy, como você permitiu que aquele garoto propaganda de oxigenada, namorasse a minha filha? – o ruivo voltou a ficar da cor dos seus cabelos, de tanta raiva.

- Talvez eu tenha voltado atrás na minha decisão, porque o “garoto propaganda de oxigenada” ame muito a “garota propaganda do molho de tomate” – o loiro mantinha seu tom irônico.

- Merlin, será que vocês não podem parar com essa mania de ofensas? – Harry se intrometeu na conversa – Não estamos mais no colégio, em que colocávamos apelidos nos professores e em nós mesmos! Somos adultos e precisamos nos manter nessa posição, até na frente da “Doninha Saltitante”.

- Obrigado pelo apoio, Cicatriz!

- JÁ CHEGA! – todos viraram surpresos ao ver que a responsável pelo grito não havia sido Hermione e sim Astoria – Por Merlin, Sr. Weasley, será que é tão difícil de enxergar a verdade? Mesmo que o senhor não autorize, mesmo que mande sua filha pra outra escola, mesmo que a tranque dentro de casa, nada, NADA, vai mudar a situação atual! Nossos filhos estão apaixonados, e não há nada mais justo do que aceitar e convivermos em harmonia.

- Astoria tem razão! – Gina também se intrometeu na conversa – Deixe de ser cabeça dura Rony, e aceitei os fatos de uma vez!

- Quais fatos? Que todos enlouqueceram e querem me obrigar a conviver com o Malfoy e seu pequeno clone? – Rony perguntou contrariado.

- Não! – Draco respondeu seco – Nos referimos ao fato, de que há mais de um ano, mesmo sem saber, você é sogro de um Malfoy, e eu de uma Weasley!

- Vocês enlouqueceram! TODOS VOCÊS ENLOUQUECERAM! – o ruivo deu um pulo do sofá e começou a andar de um lado para o outro – Era por isso que Gina sempre jogava piadas a respeito do Malfoy Jr., e o pior, ela tinha razão!

- Eu sempre tenho razão, maninho! – Gina disse sarcástica – O que há de errado em ser sogro de um Malfoy?

- O que há de errado? O que HÁ DE ERRADO? Vou lhe dizer o que há de errado, Ginevra...

- Ihhh, chamou pelo nome, tá nervoso! – a ruiva comentou divertida, mas ele ignorou e prosseguiu.

- A coisa errada nessa história, é que até hoje, nenhum MALFOY e nenhum WEASLEY se cruzaram! Sempre foram inimigos, sempre se detestaram, sempre competiram, e agora... AGORA MINHA FILHA E O FILHO DESSE SER ALBINO, QUEREM QUEBRAR UMA TRADIÇÃO DE ANOS!

- Para que manter uma tradição que só está fazendo mal a nossos filhos? – Astoria perguntou.

- Para que nossas famílias não se misturem! Aff, isso nunca daria certo! Será que ninguém enxerga?!

- Como você tem tanta certeza que não daria certo? Isso nunca foi tentado antes! – Gina disse.

- Nunca tentaram unir as famílias, porque todos sabiam que não daria certo! – ele respondeu como se fosse o óbvio.

Draco, que já estava impaciente, levantou-se do sofá, para encarar o ruivo de frente. Iria falar tudo que queria, e Rony teria que ouvir por bem ou por mal.

- Escute aqui Weasley, pois eu não vou perder meu precioso tempo repetindo! – ele disse sério – Não pense que essa história de união familiar me agradou desde o início, pois está muito enganado! Assim como você, também odiei o fato do meu filho estar apaixonado por uma Weasley! Mas com o tempo, e graças a minha esposa, percebi o quanto estava sendo cruel! Pare e pense! Não estamos tratando de objetos, e sim de sentimentos!

- E desde quando se importa com sentimentos? – Rony perguntou sarcástico.

- Desde que esses sentimentos são os do meu filho! Posso, a seu ver, parecer o mesmo Draco de antes, aquele garoto arrogante, frio e como vocês costumavam dizer, cruel! Mas não sou... Assim como vocês, aprendi muita coisa naquela guerra! Tudo bem que não me tornei uma pessoa 100% simpática e agradável, mas aprendi a respeitar o que os outros sentem! Merlin, não estamos mais na escola Weasley! Não somos mais inimigos de casa e não estamos tratando aqui de uma competição de quadribol... Estamos falando dos nossos filhos e do que é melhor para eles!

- E o melhor para eles seria ficarem juntos? – o ruivo riu irônico.

- Não, o melhor para eles é ficarem juntos e com o nosso apoio! Eu sei que a inteligência só é o ponto forte da sua esposa, mas acredito que você tenha adquirido alguma durante todos esses anos casado com ela! Raciocine homem, nossos filhos vão ficar juntos independente da nossa autorização! Se não for agora, será mais tarde... Ou você acha que sua filha e meu filho serão menores de idade pro resto da vida? Um dia eles serão adultos e vão correr atrás do tempo perdido! E escute o que eu digo, quanto mais proibimos, aí mesmo que eles fazem!

- Então foi por isso que a Rose se misturou com seu filho... Eu a proibi disso antes mesmo de embarcar no trem, em seu primeiro ano!

- Sua filha se “misturou” com meu filho, porque os dois se amam! MAIS QUE DROGA, ENTENDE ISSO DE UMA VEZ! O LOIRO DAQUI SOU EU! PARE DE AGIR FEITO UM COMPLETO TRASGO!

- Tá vendo Ronald?! Até o Malfoy acha que você é um completo insensível e que tem um emocional do tamanho de uma colher de chá! – Hermione disse.

- Emocional? Seu marido não é capaz de sentir nada, talvez seja por isso que não se comove com a situação da filha... Ai, ai... Você que sempre me julgou tanto por ser frio e calculista, por ter seguidores, por ser um Malfoy... Está me saindo exatamente como um sonserino, só se preocupa com o próprio nariz!

- Eu não estou me preocupando com meu próprio nariz! – Rony protestou.

- Não? Vejamos... Sua filha está sofrendo por amar o meu filho e saber que seu pai não aprova isso... E por que ele não aprova? Porque meu filho é um Malfoy, e isso fere o orgulho panaca dele!...

- EU NÃO ESTOU AGINDO ASSIM!

- E COMO VOCÊ ESTÁ AGINDO ENTÃO? QUER O MELHOR PARA SUA FILHA, MAS NÃO VÊ QUE O MELHOR PARA ELA É ACEITAR DE UMA VEZ POR TODAS A DROGA DESSE NAMORO! – Draco gritou cansado – Eu realmente achei que você pudesse se comover com a situação da sua filha! Achei que a amasse, mas você prefere dar continuidade a uma briga que vem da nossa época! Até eu, com toda minha mania elitista consigo aceitar isso, mas você? Você não enxerga um palmo à frente desse seu nariz anormalmente grande! Você só pensa em si, mas uma coisa eu lhe digo Weasley, pode não gostar de mim, mas querendo ou não faremos parte da mesma família... – ele se aproximou de Rony e o encarou friamente – E nem pense em fazer algo para acabar com a felicidade daqueles dois, pois terá de se ver comigo!

- Foi uma ameaça?

- Claro que sim! Ao contrário de você, eu consegui enxergar o amor deles, e não vou permitir que você mova uma palha sequer para destruir... Você me dá pena! – dizendo isso, Draco se virou e foi em direção a sua esposa – Vamos Astoria, o que eu tinha para dizer aqui, eu já disse!

Harry, Gina, Hermione e até mesmo o próprio Rony estavam chocados com a atitude de Draco. Nunca escutaram o loiro falar sobre amor e sentimentos, aquilo sim era uma novidade para todos. Astoria, por sua vez, estava encantada com a atitude do marido. Não esperava menos dele, e ficou orgulhosa de tudo que disse.

- Vocês não querem ficar para o jantar? – Hermione perguntou com cautela.

- Não há espírito para jantar! E do jeito que seu marido me encara, é possível que eu tenha uma indigestão! – Draco respondeu irônico.

- Eu realmente sinto muito por tudo que aconteceu, Hermione! – Astoria se desculpava – Achei que poderíamos ter uma conversa amigável, mas acabamos transformando esse jantar numa briga de família!

- Briga de família que acontecerá quase sempre... – Rony falou, e deixou todos confusos.

- Como assim sempre? – Gina perguntou curiosa.

- Você consegue imaginar, Draco e eu, passando um dia inteiro juntos, sem brigar?! É praticamente impossível.

- E quem foi que lhe disse que eu quero passar um dia inteiro na sua companhia? Poupe-me Weasley, só de imaginar isso fico com enxaquecas! – Draco respondeu irônico, já tinha entendido aonde o ruivo queria chegar.

- Ué, você faz um discurso enorme sobre amor e família, e quando digo, que teremos que conviver juntos por causa dos nossos filhos, você diz que terá enxaquecas? – o ruivo perguntou sério.

- Merlin, deixe-me ver se entendi... Ron, você está dizendo que...

- É isso mesmo Mione! Estou dizendo que aceito esse namoro! – ele fez uma careta.

- Finalmente uma decisão sensata saída dessa sua cabeça!

- Draco, não diga uma coisa dessas ou já começaremos mais uma briga familiar! – Astoria repreendeu o marido sorrindo.


- Tudo acaba bem, quando começa péssimo! – Harry disse – Ok, péssima filosofia, vamos jantar que é o melhor que temos a fazer.

Todos riram, e em seguida foram para a sala de jantar, apreciar da comida feita por Gina e Hermione...

- Finalmente eu posso fazer a minha tão sonhada festa! – Astoria comentou, enquanto se servia.

- Que festa? – Gina perguntou curiosa, mas foi Draco quem respondeu.

- A festa com o título “Eu tenho uma nora”, que Astoria teimou que precisa fazer!

- Hermione, não pense em fazer uma festa com o nome “Eu tenho um Genro”, porque eu fico louco! – Rony disse divertido.

- Você já é louco Rony, creio que uma festa com esse nome não vai piorar em nada seu estado patético! – Draco respondeu, arrancando risada de todos.

- Merlin, com tanto homem no mundo, logo o Malfoy foi ser meu genro?! – o ruivo disse mais para si do que para os outros.

- Não precisa se emocionar, eu sei que se sente honrado em ser sogro de um Malfoy, mas logo perceberá que além da beleza, inteligência e classe, somos pessoas normais, como as outras! – o loiro respondeu convencido.

- Eles nunca vão aprender não é?! – Astoria perguntou a Hermione, revirando os olhos.

- Nunca... – a morena respondeu sorrindo.

Depois do jantar agradável, todos voltaram para a sala de estar, onde travaram uma nova conversa bastante animada. Definitivamente aquela “união familiar” estava saindo melhor que à encomenda. Embora Draco continuasse irônico, e Rony continuasse exagerado, o temperamento dos dois, dessa vez, não estava interferindo em nada, naquela amizade que começava a surgir.

- Não vejo a hora de enviar uma coruja a Rose e contar as novidades! – Hermione disse animada, enquanto se servia de uma taça de vinho – Ela vai ficar tão feliz!

- Mione, eu gostaria de dar essa notícia a ela pessoalmente! – Rony disse um pouco sério – Acho que fui um pouco insensível da última vez, e minha filha merece ouvir um pedido de desculpas.

- Está bem então, Ron! Mas você precisa ir logo! – a morena disse carinhosa.

- Irei amanhã mesmo!

- É tão bom quando tudo acaba bem! – Gina sorria satisfeita – Fico muito feliz em ver que finalmente vocês aceitaram o inevitável.

- Verdade, agora todos podemos respirar em paz! – Harry falou – Mas, mudando um pouco de assunto, tem uma coisa que gostaria de perguntar ao Draco, desde o duelo final, de Hogwarts!

- Pergunte então! – Draco falou descontraído.

- O que houve quando você foi buscar Rose? O que aconteceu lá?

- Hum... Imaginei que fosse isso! – o loiro se ajeitou na poltrona e colocou a taça de vinho sobre a mesinha de centro – Para ser sincero não houve nada demais, só precisei convencê-la de que voltar era o melhor para todos!

- Ela... Ela não queria voltar? – Rony perguntou assustado.

- Não! Sua filha me surpreendeu com a atitude forte dela. Sendo bem honesto, nem parecia ser sua filha... Essa coragem e teimosia, com certeza herdou da Hermione! – ele disse sarcástico – Mas é isso, sua filha não queria voltar. Disse que preferia ficar presa ali ao ter que ver você – ele apontou para o ruivo – a olhar com decepção novamente. Também disse que preferia ficar lá, ao me ver brigado com Scorpius por causa dela... Muito nobre a atitude da minha nora! Detesto admitir, mas aquela ali merece ser uma Grifinória.

- Por que você detesta admitir isso? Afinal de contas, Ron e eu somos Grifinórios, coragem e determinação, é de família! – Hermione disse divertida.

- Oras, detesto admitir que ela é uma Grifinória, pois sou um sonserino! – o loiro respondeu de forma simples – Mas Rony, acho bastante sensato que queira conversar com sua filha amanhã! Precisa mostrar a ela que não está decepcionado e desfazer aquela impressão.

- Tem razão... – o ruivo respondeu pensativo – Nossa, quem diria que um dia, eu aceitaria conselhos de um Malfoy!

- As coisas mudam maninho, hoje você não só recebe conselhos de um Malfoy, como é sogro de um! O mundo realmente dá voltas! – Gina comentou e todos riram.



***




Depois do jantar, Vincent, Sophie, Rose e Scorpius, saíram juntos do salão principal e foram para os jardins da escola. Como ainda não era hora deles se recolherem em suas respectivas casas, aproveitaram para admirar o céu, que aquela noite parecia mais belo que nunca.

- Rose e eu vamos ficar próximos ao lago negro, vocês vem com a gente? – Scorpius perguntou ao casal de amigos.

- Não, Sophie e eu vamos dar uma volta! Daqui a pouco encontraremos vocês lá, pode ser?! – Vincent disse.

- Ok! Mas não demorem, daqui a pouco temos que voltar e...

- E se formos pegos fora do horário ficaremos em detenção! – Sophie completou – Nós já sabemos Ro! – ela disse e todos riram.

Conforme o combinado, Rose e Scorpius seguiram para a árvore que fica próximo ao lago, enquanto Sophie e Vincent foram passear. Logo que se chegaram ao local, o loiro se jogou deitado na grama macia, e puxou a ruiva pela mão, a fazendo cair deitada ao seu lado.

- Como será que meus sogros estão se saindo com o meu pai hein? – a ruiva perguntou num tom preocupado.

- Muito bem, com certeza! Sem querer me achar, mas já me achando, meu pai quando quer uma coisa, nem Merlin é capaz de impedir! É como ele costuma dizer, um Malfoy sempre consegue tudo que quer... E bom, eu sou um exemplo disso! – ele disse, enquanto acariciava os cabelos da namorada.

- Você é um exemplo disso? Por que hein? – Rose se ergueu um pouco à cabeça, para encarar o loiro.

- Simples, eu queria ter você, e hoje tenho! Definitivamente, sou um exemplo perfeito de um Malfoy! – Scorpius respondeu, e logo derrubou a ruiva na grama novamente, mas dessa vez, ficou por cima dela, a encarando com um sorriso sapeca.

Rose, por uns segundos, se viu hipnotizada pelo olhar e pelo sorriso do namorado, mas logo se recuperou do pequeno “transe” e retribuiu o mesmo sorriso sapeca.

- Você tá se achando por ter me conquistado, não é Malfoy?! – a ruiva perguntou entre risos.

- É claro! – ele disse, aproximando o rosto do dela, enquanto ainda a segurava pelos braços – A pessoa só deve se achar quando tem o melhor, e nesse caso, eu tenho! – os sorriram, e aproveitando esse momento, ele a beijou.

Rose correspondeu o beijo da mesma forma apaixonada, mas ao sentir que ele havia largado seus braços, o pegou de surpresa e inverteu a situação, colocando ele deitado na grama, enquanto ela ficava por cima, o segurando.

- Muito espertinha você hein, Weasley! – Scorpius disse num tom divertido.

- É claro, afinal de contas, eu sou a “sabe tudo” esqueceu?! Tenho que me aproveitar disso sempre! – ela disse entre risos.

- Então, posso saber o motivo de você ter me aprisionado aqui, de forma tão esperta, e porque não dizer, sedutora? – ele disse com um sorriso maroto, e ao ver a garota corar um pouco, sorriu mais ainda.

- Ah, sabe como é, eu só queria deixar uma coisa bem clara aqui!

- O que?

- Que na nossa relação, sou eu que mando! – ela disse com um sorriso irônico.

- Huuuuuuuum, querendo ditar as regras do jogo é?! Tudo bem, eu aceito o que a senhorita ordenar. É como o próprio Vincent disse, depois que começamos a namorar, viramos escravos das vontades femininas.

- Fico feliz que tenha entendido essa parte! – ela disse, fingindo seriedade – Sabe como é, sou muito exigente.

- Sim, sei bem como é! – ele também se fingia de sério – Então, alguma exigência nesse momento?

- Huuuuuum – a ruiva fez uma cara de pensativa – Não, por enquanto nenhuma!

- Então posso voltar a te beijar?

- À vontade! – ela disse sorrindo, e momentos depois os dois estavam trocando mais um longo beijo apaixonado. Tudo estava tão bem...

Um pouco afastado de onde eles estavam, outro casal também se encontrava no mesmo clima romântico. Vincent e Sophie estavam mais felizes que nunca, agora que estavam namorando.

- Eu nunca pensei que isso pudesse acontecer... – Sophie disse de forma carinhosa.

- Eu sim! – Vincent disse e ao ver o olhar intrigado da namorada, completou – Veja, eu sou um cara muito insistente, e nem que passasse a vida toda, eu jamais desistiria de ter você! E ainda seria capaz de trazê-la aqui, para podermos viver, o que estamos vivendo nesse exato momento...

- Own, que lindo! – a loira sorriu sincera e deu um beijo no rosto do namorado.

- Só isso? Faço uma declaração e recebo um beijo na bochecha... Ahhh, isso é coisa que minha mãe faz sempre! – ele fingiu-se de ofendido.

- Então o senhor quer um beijo de verdade?

- Você ainda pergunta?

- Se quer um beijo, venha me pegar! – dizendo isso, Sophie saiu correndo pelos terrenos na escola, sendo seguida pelo namorado. Os dois riam abertamente, estavam se divertindo muito, mas não demorou muito para Vincent alcançá-la e encostá-la em uma das árvores, a encurralando.

- Não é justo! – a loira disse sorrindo – Você é mais alto e mais rápido.

- Fazer o que... Algumas pessoas têm uma altura privilegiada e outras são como você! – ele debochou – Agora vamos, eu te peguei, preciso da minha recompensa.

- Está bem, está bem! Sou uma sonserina de palavra, tá aqui sua recompensa! – Sophie colocou uma das mãos na nuca do rapaz e em seguida aproximou seus lábios dos dele, e o beijou... Era um beijo quente e romântico, e os dois desejavam que não acabasse nunca. Ela acariciava a nuca do rapaz, enquanto ele deslizava suas mãos pela cintura dela... Ficaram assim durante um longo tempo.

Era impressionante que quando as coisas se encontravam em seus devidos lugares, tudo parecia se encaixar perfeitamente...



***



Depois do breve passeio nos terrenos da escola, os quatro amigos praticamente corriam pelos corredores, para não serem pegos. Já estava quase na hora de voltarem para suas casas.

- Eu avisei, eu avisei para não demorarmos! Mas não, ninguém me escuta! – Rose brigava com os outros três.

- Ah Rose, não seja má vai! – Sophie disse rindo.

- Não estou sendo má, estou sendo realista! Se Filch nos pegar aqui, vamos...

- Ah amor, você não tava muito preocupada com o Filch quando estávamos perto do Lago... – Scorpius sorriu maroto.

- Scorpius! – a ruiva ia repreender o loiro, mas acabou caindo na gargalhada, junto com os demais.

- Hei Ro, aquele ali na frente, não é seu primo Alvo? – Sophie apontava para um garoto alto, que andava em passos rápidos pelo corredor, um pouco a frente deles.

- É, é ele mesmo!!! – Rose olhou um pouco surpresa – Alvo! – ela o chamou e ao vê-lo parar, correu em sua direção.

- Ro... Rose, o que faz a essa hora andando pelos corredores do castelo? – ele perguntou sério, na tentativa de desviar a atenção da prima para outro assunto.

- Engraçado, eu ia lhe fazer a mesma pergunta Al! – ela ergueu uma das sobrancelhas e cruzou os braços na frente do corpo, esperando uma resposta.

- Bom... Eu... Ah, por Merlin, estava atrás de você! – ele respondeu de forma simples e pediu a Merlin que ela acreditasse nessa desculpa – E aí pessoal, tudo bem? – ele cumprimentou os outros três.

- Tudo sim! – Scorpius, Sophie e Vincent responderam juntos.

- Ah, que bom! – o moreno sorriu para os três e se voltou para prima – Você já deveria estar no salão comunal, Srta. Rose Weasley!

- E você também, Alvo Severo Potter! – ela respondeu no mesmo tom sério – Sabia que você poderia ser pego por Filch?! Por Merlin, quer sair por aí se agarrando com as meninas, faça isso em algum lugar que ele não os pegue, tipo, sala precisa!

- Bom, é que... ESPERA UM POUCO! Como você sabia que eu...?

- Alvo, você pensa que sou burra?! Suas roupas estão amassadas, você tá tentando me enrolar e seus cabelos estão muito bagunçados! – ela respondeu como se fosse óbvio.

- Rose, sem querer me meter, mas já me metendo, seu primo nunca teve um cabelo arrumado de forma descente! – Sophie disse.

- Desde quando você repara no clone do professor Harry, Sophie? – Vincent encarou a loira esperando resposta.

- Está com ciúmes é? – ela perguntou divertida.

- Não mude de assunto e me responda logo! – ele falava sério.

- Que lindo, tá com ciúmes! – a loira sorria ao ver a expressão séria do namorado – Amor, vamos ser sinceros! Não é muito difícil notar que os cabelos do Alvo são bagunçados!

- Bom... Nisso você tem razão, esse daí parece que nunca viu um pente! – Vincent concordou.

- Hei, não falem assim do cabelo do meu primo ok?! – Rose disse entre risos – O Alvo até tenta, mas os cabelos dele nunca ficaram no lugar... Iguais aos do tio Harry!

- E aos do meu avô também... E é isso que completa meu charme! – Alvo disse convencido.

- Quem disse que você é charmoso? – Scorpius brincou – Por favor, você não chega nem aos meus pés!

- Meu Merlin, não vamos começar uma briga de egos aqui! – a ruiva falou.

- Isso aí Rosecreide, até porque nessa briga, eu que ganho! Não tem aluno mais sexy nessa escola, que eu!

- É verdade! O Vincent é o mais lindo! – Sophie apoiava o namorado – E você Rose, quem acha mais bonito? Scorpius ou Alvo?

- Prefiro não comentar viu... – a ruiva disse sorrindo – Até porque, o Al é meu “marido”, e o Scorpius é meu namorado, não quero causar guerra entre eles!

- Caracas, vocês dois são cornos! – Vincent fingiu espanto, arrancando risadas de todos.

- Eu não! O Alvo que é, afinal de contas, Rose pode viver 24hs com ele, mas é comigo que ela vem se encontrar as escondidas... Ou seja, aqui eu sou “o outro”, e não “o corno” – Scorpius defendeu-se.

- Ela pode até sair às escondidas para encontrar com você, mas é comigo que ela fica acordada até tarde no salão comunal! – o moreno respondeu convencido.

- Vocês podem parar de falar de mim como se não estivesse aqui? – Rose protestou – E nenhum dos dois é traído, pois aceitaram a situação de bom grado, sem protestos e nada! – ela concluiu o assunto.

- Resumindo tudo que a ruiva disse, vocês são cornos mansos! – Vincent disse rindo – Sophie, nunca pense em querer se “casar” com alguém, a não ser eu, porque não quero ir para Azkaban tão cedo, sob acusação de tortura está bem?!

- Eu nunca pensei nisso amor...

Os cinco amigos haviam se esquecido completamente que já havia passado da hora permitida para andarem pelo castelo. Ao ouvirem passos pesados caminhando pelos corredores, pararam de rir e se encararam com uma expressão assustada.

- Filch! – disseram em uníssono, e juntos começaram a correr desesperados pelos corredores.

O zelador, ao ouvir os passos dos alunos, animou-se! Fazia certo tempo, (cerca de duas semanas), que não colocava ninguém em detenção! Começou a correr, mesmo desengonçado, com Madame Norra, a seu encalço, atrás deles.

- Parem, vocês cinco! – ele gritou ao ver os alunos.

- Merlin, estamos encrencados! – Rose disse desesperada.

- Ótima conclusão ruiva, vejo que sua capacidade de pensar não fica prejudicada quando está sob pressão! – Vincent debochou.

- Seus pestinhas malditos! Andando pelos corredores fora do horário... A diretora vai adorar saber disso, ahh se vai! – Filch dizia tudo com um olhar esperançoso e cruel – Sigam-me, levarei vocês até McGonagal, ela saberá como punir vocês, embora eu ainda seja a favor de torturas... Se ela ao menos me deixasse pendurá-los por correntes para que aprendessem à lição...

- Zelador, é impressão minha ou você tem algum afeto por práticas masoquistas? Essa coisa de nos prender por correntes sugere uma vida não muito satisfeita sabe?! – Vincent debochou novamente – Mas eu entendo, anos saindo apenas com uma gata fofoqueira só poderia resultar em um velho mal-humorado, disposto a torturar pobres alunos... Ai, ai, depois dizem que é a juventude que está perdida!

- Seu, seu... – os olhos do velho Filch faiscaram ao ouvir a resposta do aluno.

- Não vá dar respostas feias hein! Você deveria ser um exemplo para nós! – Scorpius também debochou, e ao ver o zelador o encarar com uma expressão assassina, disse sério – Vamos logo ver a diretora! Cumpra logo seu serviço e nos leve até ela... Caso não seja capaz de fazer isso, ao menos nos diga a senha para passar pelas gárgulas que iremos até ela!

Todos abafaram risadas, ao ver a cara feia de Filch se contorcer numa fúria. Sem dizer mais nenhuma palavra, ele caminhou um pouco a frente dos alunos, e foi com eles até a gárgula, que abriam passagem para a sala da diretoria.

- Varinha de alcaçuz! – Filch disse a senha e logo a gárgula girou e deu lugar a uma escada em forma de caracol. Todos subiram e ao chegarem à porta da diretoria, ouviram a voz de Minerva dizer:

- Entrem!

O zelador entrou com os alunos na diretoria, muito satisfeito em ter pego 5 dos mais bem falado, alunos da escola.

- Então Argo, o que faz aqui à essa hora, acompanhado por esses jovens? – Minerva perguntou.

- Boa noite diretora! – o velho fez uma breve reverência – Peguei esses cinco alunos caminhando pelos corredores do castelo fora do horário permitido!

- Ah sim Argo, fez bem em trazê-los até mim! Agora pode ir, eu assumo daqui! – a diretora disse séria.

- Mas diretora, eu pensei que...

- Sem “mas” Argo! Quantas vezes terei de dizer “não” a sua insistência de práticas de tortura com os alunos? Vamos, me deixe a só com esses jovens!

- Sim senhora... – o velho saiu da sala furioso, praguejando baixinho.

- Sentem-se, por favor! – Minerva conjurou cinco cadeiras para que os alunos pudessem se sentar.

- Diretora, nós... – Rose tentou se explicar, mas foi interrompida pela diretora.

- Srta. Weasley, não vou perguntar o que estavam fazendo caminhando pelos corredores do castelo fora do horário, pois está óbvio que todos perderam a noção do tempo. Mas devo adverti-los que não quero que isso se repita.

- Muito obrigada diretora! – Sophie agradeceu.

- De nada! Mas, como toda ação errada merece um castigo, os cinco estão de detenção, e como punição deverão ajudar o professor Slughorn a arrumar seu estoque de poções... Ele tem reclamado bastante por não ter ajudantes, e creio que encaminhar vocês para ele servirá de grande ajuda.

- Merlin, minha primeira detenção! Que horror! – Rose estava decepcionada.

- Srta. Weasley, não entendo o motivo para tanta decepção! Sendo filha de quem é, deveria se dar por satisfeita que pegou sua primeira detenção no 4º ano de escola... Ronald, Hermione e é claro, Harry, sempre faziam algo que os metiam em encrencas, e como prova disso, se você olhar os arquivos dos alunos detentos, poderá ver que a primeira detenção deles foi no 1º ano, acompanhados, é claro, de Draco. – Minerva esboçou um sorriso ao ver a expressão surpresa dos alunos – Agora vão para suas salas comunais, já está mais do que na hora de descansarem!

- Sim senhora! – eles responderam juntos.

- Ah, diretora, a que horas começaremos a detenção? – Alvo perguntou.

- Todos os dias depois do jantar, até sexta-feira!

Os cinco fizeram um sinal positivo com a cabeça e saíram da sala da diretora, rumo a suas casas. Tinham escapado por pouco de uma detenção pior, e fizeram uma nota mental de NUNCA mais esquecerem do horário.



***




No dia seguinte, quando todas as turmas estavam em suas salas estudando, ouvi-se a voz de Minerva ecoando por todo castelo:

“Rose Weasley, comparecer a sala da direção imediatamente!

A ruiva ficou assustava ao ouvir o chamado da diretora e professora de Transfiguração. Afinal, a detenção só seria a noite, será que ela tinha descumprido alguma outra regra da escola e não tinha se dado conta? Não... Isso era impossível! Ela conhecia todas as regras de Hogwarts, sabia tudo tão bem, que seria capaz de dizê-las em ordem, sem pular nenhuma! Respirou fundo, pediu licença ao professor Flitwick e caminhou rumo à sala da diretora.

- O que será que ela quer com a Rose? – Scorpius perguntou um pouco preocupado.

- Seja lá o que for, é melhor estarmos com os ânimos preparados, pois a ruiva deve sair soltando fogo da sala da diretora! – Vincent respondeu no mesmo tom preocupado.

Rose se surpreendeu ao chegar em frente a gárgula e vê-la girar, dando espaço para a escada, antes mesmo que ela dissesse a senha. Sem se questionar o motivo, subiu em silêncio até a diretoria, bateu 3 vezes na porta, até que ouviu a diretora a mandar entrar.

- Bom dia diretora, eu... PAPAI?! – ela perguntou surpresa ao notar o pai sentado próximo à diretora.

- Vou deixá-los a sós, precisam ter uma longa conversa! – Minerva saiu, sem dizer mais nada, deixando pai e filha sozinhos.

Por alguns segundos, o silêncio reinou na sala. Pai e filha apenas se encaravam, com expressões intrigadas.

- Como vai filha? – Rony quebrou o silêncio.

- Bem papai e o senhor? – Rose respondeu um pouco apreensiva.

- Não muito... E foi por isso que vim aqui conversar com você! – ele disse sério – Sente-se, por favor!

A ruiva obedeceu de imediato à ordem do pai e o encarou, esperando que começasse a conversa. Tinha certeza que tudo que ele falaria tinha a ver com seu relacionamento com Scorpius e dessa vez ela estava pronta para enfrentá-lo.

- Antes de mais nada, gostaria que me explicasse como e quando surgiu essa “atração” entre você e o filho do Malfoy...

- Eu... Eu não sei direito! Tentei explicar a mamãe, mas também não fui muito feliz nisso! Só sei que um belo dia eu percebi que toda raiva que sentia, não era exatamente raiva... Quero dizer, ele me irritava, me irritava até demais pra ser sincera, mas de um jeito diferente... Acho que estava mais irritada comigo, por ele me tirar do sério até quando sorria, do que com ele mesmo! – ela respondeu sincera, mas sem encarar o pai. Por algum motivo, olhar para o chão da diretoria havia se tornado uma coisa bem interessante.

- Hum... E você tentou lutar contra isso? – Rony mantinha-se indiferente, precisava ver a reação da filha.

- Com todas as forças, todos os dias, até que não consegui mais e fui vencida pelo que sentia...

- E o que você sentia?

- Eu o amava... Ou melhor, ainda amo! Muito, e fui vencida por isso, pelo amor que sinto por Scorpius.

- Você tem certeza que ama esse garoto? – ele perguntou mais sério que nunca.

- Absoluta...

- E você sabia desde o início que eu não ia aprovar esse romance, certo?

- Certo! – ela tentou responder firme, mas sua voz já estava embargada pelo choro – Papai, me... Me desculpe se te decepcionei! – agora ela não segurava mais o choro, e as lágrimas escorriam pelo seu rosto – Eu não queria! Tentei, juro que tentei, eu quis me afastar, quis lutar, dizer não, mas... É mais forte que eu! Eu o amo e não consigo mudar isso, e... Ele também me ama, sofreu junto comigo durante todo esse tempo, queríamos contar tudo, mas tínhamos medo, e eu... Eu tinha muito medo de decepcioná-lo, coisa que aconteceu quando o senhor descobriu tudo daquela forma! – a ruiva correu até o pai e o abraçou chorando – Me perdoe papai, por favor! Eu sei que o senhor não gosta dele, mas dê uma chance, uma única chance para que o Scorpius prove a você que não é má pessoa! Não me obrigue a ficar longe dele, por favor, não faça isso!

Rony até que tentou, mas ao ver a filha chorar em seus braços, implorando seu perdão e sua aceitação para o namoro, não conseguiu conter a emoção e abraçou a filha bem forte, como se quisesse fazer o sofrimento dela parar.

- Minha princesa, me escute! – ele afastou-se da filha, a fim de encará-la – Não sou eu que devo perdoá-la, e sim você que deve me perdoar! Fui insensível a agir daquela forma como você, sem nem ao menos esperá-la falar o que sentia... Errei com você a respeito desse namoro. Estava muito preocupado com as brigas que tive no passado com o pai do jovem Scorpius, para enxergar o que os dois sentiam...

- Então, quer dizer que...

- Quer dizer que eu aceito o namoro de vocês! Se até o doninha saltitante – ele disse, mas ao ver a expressão repressora da filha corrigiu – Quero dizer, o Draco, foi capaz de entender vocês e aceitar esse romance, não sou eu quem vou impedir... Até porque eu não tenho vocação pra ser vilão da história!

- Oh meu Merlin! – o sorriso de Rose não podia ser maior e mais radiante. Ela se jogou novamente nos braços do pai e o abraçou com muito carinho – Obrigada papai! Obrigada mesmo! – ela enchia o rosto do pai de beijos.

- De nada filha! – ele sorria satisfeito – Agora eu preciso conversar com o meu... Genro! – ele fez uma careta ao pronunciar a última palavra.

Scorpius, Vincent, Sophie e Alvo caminhavam aflitos pelos corredores. A aula já havia terminado e nada de Rose voltar e lhes contar o que havia acontecido na sala da diretora.

- Onde será que ela se meteu? – Alvo perguntou preocupado.

- Acalmem-se meninos! Não aconteceu nada demais com a Rose, pois notícia ruim chega depressa, vamos esperar para que ela apareça e nos conte tu...

“Scorpius Hyperion Malfoy, compareça imediatamente a sala da diretora!” – uma voz masculina ecoou pelos corredores da escola – “E RÁPIDO!”

- Essa voz não me é estranha...

- Claro que não Vincent, é a voz do meu tio Rony!

- Merlin, eu vou morrer! – Scorpius disse assustado.

- Aff, vocês homens são tão medrosos! Vou lhe fazer a mesma pergunta que fiz ao Vin... Você é um homem ou um rato? – Sophie perguntou tediosa.

- Acho que nesse momento eu serei uma doninha fugitiva... – ele respondeu divertido.

“Ô loiro, dá pra vir logo à direção?! Sabe como é, seu SOGRO não gosta muito de esperar!” – agora a voz que ecoou pelo castelo foi a de Rose.

- Vocês ouviram o que eu ouvi? – Alvo perguntou surpreso.

- Não só nós, como todos os alunos do castelo! – Vincent respondeu.

- Será que meu pai o convenceu?

- Isso você só vai saber indo até a direção, ANDA LOGO! – Sophie empurrou o amigo, que saiu correndo para a sala da direção. Assim como foi com Rose, quando ele se aproximou da Gárgula, ela deu passagem ao menino, antes mesmo que dissesse a senha. Scorpius subiu as escadas correndo, bateu uma vez na porta, e sem esperar resposta, entrou na sala.

- Bom... Bom dia Sr. Weasley! – ele disse ofegante. Ficou bem mais tranqüilo ao ver que Rose sorria e que Rony não tinha uma expressão assassina.

- Tem idéia do motivo que o chamei aqui? – Rony perguntou sério.

- Tenho sim senhor, eu...

- Sabe então que eu nunca seria a favor da união da minha filha com um Malfoy?

- Sim, mas...

- E que também seu pai e eu nunca fomos bons amigos?

- Sim, é que...

- E que apesar de tudo, sou obrigado a admitir que você ama a minha filha e aceitar esse namoro?

- Sim, mas... O que foi que o senhor disse?

- Isso mesmo que você ouviu! Seu pai esteve em minha casa, e depois de jogar umas verdades na minha cara, coisa que eu detesto admitir, percebi o que estava errado e decidi aceitá-lo como genro! – Rony sorriu pela primeira vez, desde que Scorpius entrou na sala.

- Eu... Nem sei o que dizer! – Scorpius sorria da mesma forma que Rose.

- Diga apenas “obrigado” e prometa que fará minha filha feliz!

- É claro! Tenha certeza disso Sr. Weasley, eu farei Rose a menina mais feliz de todo mundo. – o loiro respondeu sincero.

- Ótimo então... – o ruivo estendeu a mão para o genro, que a apertou em sinal de agradecimento – Bem vindo à família meu jovem!

- Obrigado senhor Weasley! – Scorpius respondeu sorrindo. Rose, que até então acompanhava a cena calada, correu para dar um abraço no menino, mas logo o soltou e foi dar um forte abraço no pai. O ruivo, que como sempre não conseguia conter a emoção, ergueu a filha no alto e a girou muito feliz por ter feito a coisa certa. Ver sua filha sorrindo o fazia ter certeza de que sua decisão não poderia ser a melhor.

- Papai me coloca no chão! – a menina pediu entre risos.

- Ah, me desculpe anãzinha! – Rony disse e Scorpius não conseguiu conter uma gargalhada – Ihhh, tá rindo do apelido carinhoso que dei a minha filha é?! Fique sabendo, que nessa família todos têm um apelido! E você não vai se livrar disso! – o ruivo sorriu maroto.

- Desde que não seja “barbie”, “doninha” ou algo que se refira a oxigenada, tudo bem! Serei sincero Sr. Weasley, estava ficando traumatizado com tanta implicância! – o loiro disse divertido.

- Rony, me chame apenas de Rony ok?! – ele disse simpático – Merlin olha à hora! Vocês precisam correr se quiserem almoçar! E eu preciso correr, se não sua Hermione vem atrás de mim com um rolo de macarrão... Não sei por que, desde que ela viu isso em um programa de TV, tem me ameaçado bastante... Acho que gostou da idéia! – todos riram ao imaginar Hermione correndo atrás do ruivo com um rolo de macarrão – Vão, vão, é melhor irem já!

- Ok papai! – Rose concordou – Mande lembranças à mamãe, a meus tios e aos meus avós, está bem?!

- Pode deixar!... Ah, quase ia me esquecendo! Scorpius, seu pai pediu para que enviasse uma coruja a ele, contando como foi nossa conversa... Disse que precisa ter certeza que eu não matei o filho dele!

- Pode deixar Rony! – o garoto fez um sinal positivo com a cabeça e riu – Vamos então Rose?

- Vamos sim! – a menina deu um último abraço no pai, e logo saiu de mãos dadas, com o namorado.

Rony apenas observou a cena com um misto de orgulho e ciúme. Sua única filha já não era mais uma criança, e agora ele percebia que ela já podia andar com os próprios pés... Sentia orgulho por ter como filha uma menina tão forte e inteligente... “Se parece tanto com a Hermione”, ele pensou e logo sorriu. Agora, mais do que nunca, tinha certeza que havia feito à escolha certa.



***




Rony aparatou no jardim de sua casa sério. Hermione já o esperava, acompanhada por suas cunhadas Gina, Fleur e Angelina, que haviam ido passar a tarde junto com a morena. O ruivo se aproximou da esposa com a mesma expressão indiferente, o que a fez ter certeza que tudo havia dado errado.

- Então...? – ela arriscou perguntar.

- Aquele pequeno Malfoy é um... – ele começou a falar ainda sério – ótimo rapaz para nossa filha! – Rony sorriu, mas logo precisou se defender dos tapas que a esposa distribuía nele.

- Como ousa a me deixar preocupada assim Ronald? – ela dizia enquanto batia em cada canto que conseguia alcançar – Você me assustou! Achei que nada tinha dado certo!

- Ai, ai Mione, calma! Não tem senso de humor, não?! – ele disse rindo, e ao ver a esposa parar respirou aliviado – Tive uma conversa com Rose e outra com ele, e preciso concordar com você... – disse, mas ao ver o olhar da irmã e das cunhadas corrigiu – Com vocês! Fiz o certo!

- Finalmente tomou uma sábia decisão hein Roniquinho! Como diria o Jorge, acho que está na hora de assumir meus laços familiares com você! – Gina disse divertida.

- Acho que o Jorge pregaria uma peça no meu cunhado, só pra comemorar! – Angelina comentou.

- Rony, você fez a coisa cerrrrrte ao aceitarr ess’ namorro! – Fleur disse com seu sotaque bem menos carregado que antigamente.

- Eu sei, eu sei! Ver Rose feliz daquele jeito me deixou satisfeito... Minha filha merece o melhor, e se o melhor para ela é o Scorpius Malfoy, que assim seja! – ele disse conformado – Bom, só passei aqui para dar as notícias, pois sabia que se demorasse mais um pouco, Mione ia partir da agressão física pra azaração completa! – brincou – Vou para o Ministério!

- Não vai nem almoçar?

- Não tenho tempo amor! Como qualquer coisa por lá! – o ruivo se aproximou da esposa e deu um breve beijo em seus lábios – O Harry já deve estar louco com tantos papéis! – riu – Tenham uma boa tarde! – dizendo isso ele aparatou. Hermione estava muito feliz, tudo tinha acabado bem.

- É como o meu Harry disse naquele jantar, tudo acaba bem quando começa péssimo!

- Nossa Gi, seu marido como filósofo é um ótimo... – Angelina começou a dizer, mas foi Fleur quem completou:

- Salvadorrr do munde brrruxo! – Todas riram e em seguida entraram na casa para almoçar, ainda muito felizes por tudo que havia acontecido!



***



Rose e Scorpius caminhavam pelos corredores de mãos dadas e com sorrisos radiantes. Seus olhos brilhavam de tanta felicidade, e qualquer um podia jurar que eles podiam iluminar parte do castelo só com aquele brilho no olhar.

- E aí, como foi? – Sophie perguntou ansiosa, assim que o casal chegou.

- Meu pai aceitou! – Rose disse eufórica.

- Aeeeeeeee, temos um casal livre para poder viver esse amor tão belo! – Vincent disse divertido – Agora Scorpius já pode agarrar a Rose por aí, sem medo de ser feliz!

- Verdade né?! Agora eu posso beijar você quando e aonde eu quiser! – Scorpius disse para namorada.

- Sim... Mas acho que sentirei falta da sala precisa viu... – ela sorriu marota.

- O fato de estarmos namorando não quer dizer que não podemos dar nossas escapadas! – ele sorriu irônico.

- Ok, troquem essas conversas íntimas quando Sophie e eu não estivermos por perto, somos um casal de respeito! – Vincent zombou – Agora será que podemos ir almoçar?! Não é por nada não, mas eu tô com fome!

- Sim vamos, mas... Vocês viram o Alvo por aí?! – Rose perguntou curiosa.

- Ele disse que ia ali e já voltava... – Sophie respondeu.

- E engraçado que ele falou isso bem na hora que aquela, Crawford, aluna da Corvinal, passou por aqui! – Vincent fingia-se de desentendido.

- Huuuuum, sei! – ela sorriu marota – Então vamos logo almoçar, eu também estou faminta!

Os quatro rumaram para o salão principal mergulhados em uma conversa divertida. Rose contava sobre a conversa que teve com seu pai, e Scorpius contava como seu sogro havia sido simpático.

- Quer dizer que o pai da Rosecreide não perguntou quais eram suas intenções com ela? – Vincent perguntou espantado.

- Não! Ele só disse “bem-vindo a família meu jovem”.

- Que sorte! Enquanto eu já estou preparando a pena e o pergaminho para fazer um longo discurso sobre minhas intenções com a Sophie... Tenho que preparar algo que convença o irmão dela!

- Você deveria ter medo é do meu pai! – a loira disse entre risos.

- Ahhh, do tio David eu não tenho tanto medo... Mas seu irmão, ele sim me assusta! – ele disse sombrio e todos riram. Quando os quatro apareceram à porta do salão principal, todos os olhares recaíram, mais uma vez, em Rose e Scorpius.

- Será que eles não cansam? – Rose revirou os olhos.

- Aí gente, eu sei que meus amigos são as celebridades do momento, mas os autógrafos eles só dão mais tarde ok?! Agora voltem a seus pratos de comida e se entupam até que se engasguem... A madame “sou tão velha que criei Merlin” Pomfrey estava cabisbaixa por não ter cuidado de ninguém a beira da morte, colaborem com a felicidade da enfermeira ok?! – Vincent debochou e novamente os quatro caíram na gargalhada.

- Hoje você vai se sentar conosco para jantar né?! – Scorpius perguntou.

- Hummm, ok! Mas antes preciso ir ali falar com meus primos, eles devem estar curiosos para saber o que houve! – a ruiva disse e em seguida foi em direção à mesa da Grifinória, onde os primos, assim como ela previa, esperavam ansiosos. Sophie, Scorpius e Vincent foram para a mesa da Sonserina, ainda rindo do que o moreno havia falado.

Rose se sentou ao lado do irmão e logo começou a contar todo o ocorrido. Todos a ouviam com atenção, e esboçavam sorrisos sinceros ao ver a felicidade da menina.

- Então foi isso, agora posso namorar em paz! – ela concluiu.

- Ahhhhhh que lindo! – Vic disse emocionada – Fico muito feliz por você!

- Obrigada Vic! – ela agradeceu sincera – Bom, agora eu vou almoçar lá com o Scorpius na mesa da sonserina!

- Xiiiiii, perdemos uma Grifinória para a casa das serpentes! – Tiago brincou.

- Heeeeei, posso até namorar um Sonserino, mas isso não me impede de continuar torcendo para vê-los cair no campeonato das casas ok?! – a ruiva disse marota – Vou lá!

Rose saiu de perto dos primos e se dirigiu para a mesa da Sonserina. Mas antes que pudesse chegar, foi parada por ninguém mais, ninguém menos, que Peter!

- Eu preciso falar com você! – o rapaz se colocou na frente da menina, pouco se importando com os olhares assassinos que Scorpius e a família da ruiva o lançavam.

- Será que você ainda não entendeu? EU NUNCA VOU SAIR COM VOCÊ PETER! – ela disse nervosa.

- Mas eu gosto de você! Eu... Eu sou muito melhor que aquele sonserino metido a besta!

- Não é o que eu acho!

- Por que você ainda não experimentou! – ele puxou a menina pelo braço e a trouxe para perto de si, mas antes mesmo que pudesse fazer qualquer coisa Scorpius, Vincent, Sophie, Alvo (que havia chegado ao local naquele exato momento), Tiago, Lily, Roxanne, Fred, Vic e Hugo, estavam com as varinhas apontadas na direção dele, que logo soltou a menina e a encarou confuso – Me dê só cinco razões para que você não me dê uma chance!

- Você quer cinco razões?! Ok, vamos lá! – a garota começou a falar de forma sarcástica – Primeira razão: você é um imbecil;
Segunda: você não passa de um ser arrogante e metido;
Terceira: sua capacidade cerebral se resume a um grão de feijão;
Quarta: nunca fui com sua cara;
E quinta:...

- Ela é minha! – Scorpius que havia se aproximado dos dois, puxou a menina e a beijou de forma até, indecente, na frente de Peter – Entendeu agora seu idiota?! Ela é, sempre foi e sempre vai ser minha e sabe porque? – ele dizia da forma mais fria e arrogante possível, até seus amigos se espantaram com o tom de sua voz e sua cara de desprezo – Por que você não passa de um fracassado, e aqui, pessoas desse tipo não têm vez... Procure um grupo de apoio a pessoas inferiores e vá se unir a elas, é o melhor que tem a fazer... Ah, e mais uma coisa – Scorpius se aproximou do garoto e o encarou de forma ameaçadora – Ouse a chegar perto de Rose novamente, e você vai sentir na pele do que um Malfoy furioso é capaz! Acredite, será muito divertido ver você implorar para que eu não acabe com sua raça! – ele concluiu e ao ver a cara assustada de Peter, riu sarcástico – Ótimo, vejo que entendeu bem o recado! Vamos amor, você precisa almoçar.

- Sim amor! – Rose sorriu satisfeita, mas antes de seguir com o namorado disse – Ah, eu sempre tive vontade de fazer uma coisa...

- O que amor?

- Isso aqui! – ela se virou e acertou com um soco, o nariz do Peter – Nossa, nunca pensei que fosse tão divertido!

- DÁ-LHE ROSECREIDE! – Vincent ria do ocorrido – Agora sim Madame Pomfrey ficará feliz!

Peter saiu do salão principal acompanhado de alguns amigos, que não conseguiam parar de gargalhar e debochar.

- Perdeu a aposta meu caro! – Miller, um amigo de Peter sorria triunfante.

- Cala a boca seu idiota! – o rapaz retrucou mal-humorado, seu nariz ainda doía.

- Dá próxima vez que você topar uma aposta, procure saber quem é a menina! – Jack ironizava.



Flashback

Era início do ano letivo, e como sempre, Peter e seus amigos planejavam algo para se divertirem durante o ano.

- Sugiro uma aposta! – Jack disse, depois de tanto pensarem no que poderiam fazer aquele ano.

- Uma aposta? Interessante, prossiga! – Miller ouvia tudo com bastante atenção.

- Nosso amigo Peter aqui, se gaba por sempre ficar com a garota que quer, certo?! Então vamos apostar... Você terá até o final desse ano, para beijar uma garota da nossa casa! – Jack dizia em voz baixa, para que ninguém mais ouvisse.

- Beijar uma menina da nossa casa? Já ganhei essa aposta! – Peter disse convencido.

- É, mas não é qualquer garota... – Miller já havia entendido de qual garota o amigo se referia – Você terá que ficar com a menina mais certinha, mais protegida, mais... Inatingível, da Grifinória.

- Resumindo tudo isso em um nome, Rose Weasley!

- Vai ser moleza! Vocês já perderam essa aposta! – Peter debochava.

- Ótimo, se perdermos a aposta, pagaremos a você 10 galeões está bem?! Agora se você perder... – Jack falava.

- Se eu perder o que?

- Se você perder terá que nos pagar, e ainda por cima, nos dar a sua tão adorada vassoura! – Miller disse com um sorriso irônico.

- Hum... Ou eu beijo a “Weasleyzinha” e ganho 10 galeões, ou perco a aposta e vocês ganham 10 galeões, mais a minha vassoura... Preparem os bolsos meus caros amigos, até o final do ano, aquela ruiva será minha!


Fim do Flashback



- É cara, você perdeu, e agora tem que nos pagar!

- Fazer o que né?! – Peter dizia irritado – NUNCA MAIS, eu me aproximo de uma ruiva, depois desse ano, quero distância de qualquer menina com o cabelo vermelho!

Os amigos de Peter riram e foram com ele até a ala hospitalar, pois seu nariz estava muito inchado.

No salão principal, todos ainda riam e comentavam do belo soco que Rose havia dado no seu companheiro de Casa.

- Você tem um belo soco de direita, deveria explorar esse seu lado boxeadora, poderíamos faturar com isso! E como eu dei a idéia, seria seu agente! – Vincent brincou.

- Hei, não incentiva isso! Já pensou se em uma das brigas ela resolve fazer à mesma coisa comigo?! Não quero ser vítima do soco super potente da ruiva! – Scorpius entrou na brincadeira, e os quatro caíram na gargalhada.

- O que seria uma cena a se repetir...

- Como assim? – o loiro perguntou confuso.

- Vai me dizer que meu sogro nunca contou como no 3º ano, minha mãe quase quebrou o nariz dele com um belíssimo soco?! – ela ironizou – Se eu fizesse o mesmo com você, só estaria repetindo a cena de anos atrás... Mas não se preocupe, ao contrário da mamãe, eu não quero matar um Malfoy, o quero bem vivo! – a ruiva sorriu marota.

Depois do almoço, os alunos do 4º ano se encaminharam para as estufas, para a aula de Herbologia. No caminho, Rose parou subitamente ao ver uma cena que acontecia próxima ao lago negro.

- O que foi amor? – Scorpius perguntou curioso.

- Não sabia que o Al era tão assanhadinho! – ela disse espantada e aponto para o primo que estava encostado em uma das árvores beijando a tal aluna da corvinal.

- Que isso, mão pra cá, beijo pra lá, finalmente seu primo provou não ter vocação para aquele líder religioso trouxa... Como é mesmo o nome? Ah sim, padre! Eu já estava indo confessar meus pecados a ele.

- Cala a boca Vincent! Acho que ele agora se sente mais tranqüilo, pois não precisa ficar preocupado comigo 24hs e pode seguir a vida! – Rose sorria – Bom, vamos pra aula logo, não quero chegar atrasada!

Todos concordaram e foram para a aula de Herbologia. Neville havia prometido aos alunos que agora só se preocuparia em revisar as matérias que havia passado para os exames, que estavam muito próximos...



***




Algum tempo depois...


- Pelo amor de Merlin, se acalma Rose! – Alvo brigava com a prima pelos corredores.

- Como eu vou me acalmar? Estamos prestes a fazer um exame de transfiguração e eu não sei nada! – a menina estava à beira de um ataque.

- Rose, se você não sabe nada, então nós, pobres mortais estamos arruinados!

- Eu tô tendo um ataque! – a ruiva estava desesperada.

Scorpius, Vincent e Sophie, se aproximaram dos primos com expressões tranqüilas, diferente de Rose, nenhum deles estavam à beira de um ataque de pânico por causa dos exames.

- Finalmente você apareceu! – Alvo disse a Scorpius – Toma que a ruiva é tua! – disse divertido.

- Eu não lembro de mais nada! Nadinha mesmo, cadê meu livro? Eu vou tirar uma nota péssima, serei a vergonha da família! Merlin tenha piedade de mim! Mamãe vai me matar, e papai vai...

- ROSE WEASLEY, CHEGA! – Scorpius disse sério e ao ver a menina parar disse – Assim está ótimo! Amor, relaxa tá?! Mesmo não “sabendo nada” você continua sendo a mais inteligente de todos nós! Então respira fundo e prova pra todos que você é filha de Hermione Granger, e arrase!

Rose finalmente se acalmou. Ao ouvirem o sinal, eles entraram na sala para fazer a primeira prova, daquela semana estressante. O ano finalmente estava acabando e isso os deixava mais tranqüilos... Depois dessa semana, e da noite de encerramento, eles voltariam pra casa, e poderiam desfrutar das melhores férias de suas vidas...





***






N/A: Finalmente o penúltimo capítulo!

Estou desde as 08h00min escrevendo esse capítulo para vocês!!! Me perdoem pela demora, mas é como eu disse a vocês, andei muito ocupada e porque não dizer, atrapalhada, para escrever!

Tentei a todo custo postar no sábado, mas foi impossível! Não queria postar qualquer porcaria, então tive que atrasar!

Espero que tenham gostado desse capítulo, como eu disse antes, é o penúltimo da fic! O próximo, será o retorno deles para a casa, e já adianto que o capítulo não sairá no próximo sábado e por favor, não me matem, tenho que escrevê-lo com muita calma!!!

Até mais gente!

Bjinhos,

Mily

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Comentários (1)

  • LelecrisMalfoy

    ♥♥Ameii  esse capitulo pena que é o penúltimo :'( .Nossa quanta emoção pra um capitulo só. Parabéns pelo otimo trabalho♥♥

    2012-05-05
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