A mudança de Rose
Depois das férias de natal, era hora de voltar à escola. A estação de Kings Cross parecia mais cheia do que o normal, o que na verdade era uma ilusão, já que alguns alunos ficaram na escola. Mas o barulho que algumas crianças faziam, e o excesso de parentes que foram levá-las numa despedida quase drástica (a julgar pela mãe de uma garotinha da Lufa-Lufa que praticamente soluçava ao saber que a filha retornaria para passar mais 6 meses na escola, antes das próximas férias), davam à impressão que tinha mais gente que de costume.
A família Weasley e Potter que acabara de chegar ao local, já estava mais que acostumada ao ver os filhos partirem para escola, que se emocionavam mais com a chegada deles do que com a partida. As “crianças” logo se separaram dos pais e foram se juntar aos amigos, para conversarem um pouco sobre as férias, já que ainda faltavam 25 minutos para a partida do trem. Os adultos permaneceram juntos, vez ou outra cumprimentavam algum pai que passava, ou sorriam para uma senhora que insistia em acenar para todos.
- Acho que essa senhora é mais uma das fãs do Harry! – disse Jorge.
- Por que mais uma fã minha? Ora, ela pode ser uma fã sua! – replicou Harry sorrindo.
- Simplesmente porque você é o Herói da história cara! Mais velho, barbudo, com cabelos brancos, mas ainda sim continua sendo o herói, o que ajuda a conquistar vários corações, principalmente os das senhoras da terceira idade. Ande Harry, não seja malvado e jogue um beijo pra ela, antes que aquele lencinho roxo com flores rosa, saia voando das mãos da pobre senhora! – disse Jorge, e logo em seguida levou um cutucão da esposa.
Antes que Harry pudesse responder ao cunhado, Gina apressou-se em fazer um comentário, mas nada relacionado às fãs do marido, mas sim a um jovem loiro, que estava passando perto deles, tomando cerveja amanteigada e conversando distraidamente com o amigo.
- Olha Ron, seu genro! – disse a ruiva, apontando para Scorpius que estava ao lado deles. Ela devia ter esperado um pouco, já que com o comentário, o garoto que tinha acabado de dar um gole na bebida, engasgou e começou a tossir desesperadamente, precisando da ajuda do amigo para se recuperar. Rony que acompanhou toda a cena ficou furioso. Não sabia se era por raiva do comentário da Gina, ou pelo fato do “suposto” genro ter se engasgado bem na hora que ela disse.
- Scorpius, cara, você tá bem? – disse Vincent, olhando pro amigo que tinha assumido uma cor levemente vermelha.
- Er... Tô sim, valeu Vincent! – o loiro tentava se manter despreocupado com a situação.
- Você engasgou bem na hora que a Sra. Potter falou que você era genro do nosso professor... Ai, ai, se não te conhecesse, acharia que tinha engasgado por ser verdade! – disse Vincent entre risos.
Scorpius que antes estava levemente vermelho assumiu um tom escarlate. E se Rony suspeitasse da reação dele e fosse tirar satisfações ou brigar com Rose? – “Bom, só me resta mostrar o que aprendi com meu pai agora” – pensando nisso, o garoto lançou um olhar de desdém ao amigo Vincent, provando ser o verdadeiro herdeiro de Draco Malfoy e disse com uma voz fria e arrastada, exatamente como seu pai fazia quando desprezava algum comentário:
- Poupe-me de suas tolices Vincent! Há mim pouco interessa a Weasley, e acho que você deveria medir seus comentários ao falar. Veja lá, sou um Malfoy, e jamais me interessaria por uma garota que vive com livros. A não ser que você pense que tenho cara de biblioteca, coisa que sinceramente, acho que não possuo! Agora me dê licença, antes que eu seja obrigado a ouvir mais alguma coisa, e esqueça da educação que minha mãe me deu! – dizendo isso, o loiro saiu, sendo seguido pelo amigo que não parava de lhe pedir desculpas. Os membros da família Weasley/Potter ainda olhavam pro ponto que o menino havia deixado. Foi realmente impressionante ver o jovem assumir o espírito de seu pai. Gina fez uma nota mental para dar os parabéns a Hermione pelo genro que tinha. O menino realmente a surpreendeu pela rapidez. Rony pareceu bastante convencido de que o menino jamais ousaria se meter com sua filha, e ficou bem tranqüilo e, diga-se de passagem, bem feliz, em ver a reação do jovem.
Depois de mais uns 10 minutos, as crianças finalmente subiram no trem, e foram em direção, no que seria um semestre bastante interessante, à Hogwarts. Rose e os primos já estavam em uma cabine, devidamente sentados e conversavam animadamente sobre as férias.
-... Então foi isso galera, o Tiago depois que assistiu ao show da banda trouxa, se apaixonou pela mulher dos longos cabelos negros. – Lily finalmente tinha terminado de contar toda a história das férias dos Potter, e todos ao redor riam ao imaginar Tiago se relacionando com uma mulher dez anos mais velha que ele, e ainda por cima, vocalista de uma banda de rock trouxa.
- O nome dela é Amy Lee, e podem dizer o que quiser, ainda tenho esperanças... – Tiago olhava pela janela, com uma expressão sonhadora. – Ai, sou só eu, ou mais alguém aqui está com vontade de comer sapos de chocolate?
- Por milagre Tiago, eu também estou com vontade de comer doce! Vou sair pra procurar a mulher do carrinho de guloseimas, e volto já! – Rose se levantou e foi procurar a vendedora. Demorou um pouco para encontrá-la, estava em frente à cabine de outro vagão, vendendo doces a um dos alunos. A menina aproximou-se o carrinho e foi com um leve susto e muita felicidade que olhou para a pessoa que estava comprando tortas de abóbora.
- Não seja esfomeado Malfoy, há outras pessoas querendo comprar doces, você não é o único aqui! – Rose provocou Scorpius. Sempre quem começava com as falsas provocações era ele, e hoje ela decidiu dar o primeiro passo.
Scorpius ergueu os olhos e pareceu momentaneamente paralisado. Quis dar um sorriso, mas lembrou-se que seus amigos estavam atrás observando tudo, então se contentou em responder a altura:
- Caso não tenha percebido Weasley, não é só para mim que estou comprando! – ele se afastou da porta, para que Rose pudesse ver seus amigos, e se surpreendeu ao ver à menina dar um aceno debochado aos demais. – Olha, vejo que está bem humorada hoje Weasley, está até cumprimentando meus amigos. – ele olhou profundamente nos olhos da menina. Azul penetrando no azul, um contraste mais que perfeito.
- Ah sim, claro que estou bem humorada! Mas isso não se deve a presença dos seus amiguinhos sem cérebro... Quero sapos de chocolate, tortinhas de abóbora, feijõezinhos de todos os sabores e varinhas de alcaçuz. – a menina foi obrigada a mudar de assunto ao ver o olhar aborrecido que a senhora do carrinho lançava a ela – Mas como eu ia dizendo, minha felicidade se deve ao fato de estar retornando a escola. Sabe, eu descobri que às vezes podem acontecer coisas muito interessantes por lá! – completou com um tom misterioso na voz.
Scorpius tinha entendido perfeitamente o que a menina dissera – “essa ruiva deve estar achando divertido me provocar, só porque sabe que não posso beijá-la na frente de todos. Rose, Rose o que aconteceu com a Srta. durante as férias?” – pensando nisso ele respirou fundo, e respondeu:
- E o que pode ser tão interessante? As aulas e os livros? – ao dizer isso ele ouviu seus amigos rirem, em sinal de apoio.
- Ah, não nego que as aulas são ótimas e os livros uma companhia e tanto, mas se você não sabe o que há de interessante por lá, além disso, não sou eu que irei dizer, não é?! – dizendo isso ela pegou um saquinho com todas as guloseimas – Obrigada! – ela sorriu pra senhora e se virou novamente para o loiro – Tchauzinho Malfoy! – ela jogou um beijo no ar e saiu andando pelo corredor do trem, deixando um Scorpius abobado para trás.
Depois da breve conversa entre os jovens, a viagem pareceu passar num piscar de olhos, e quando todos se deram conta, já estavam na estação de Hogsmeade. Os alunos foram em direção às carruagens que os levariam ao castelo e logo foram conduzidos, em meio à neve e o frio de arrepiar os cabelos, para a escola.
Não houve discursos longos da diretora, e nem avisos exagerados do zelador Filch, o que fez o jantar ser servido mais rápido. Alvo não sabia se era a fome ou o cardápio estava realmente caprichado, mas achou a comida particularmente apetitosa, e comeu até seu estômago protestar em alerta que se comesse mais um grão de arroz, explodiria. Depois de todos já terem jantado, a diretora desejou a uma boa noite e alertou para que não dormissem tarde, embora soubesse que esse era um aviso inútil, pois haveria aula no dia seguinte.
Na manhã seguinte, depois do café, todos os alunos foram paras suas respectivas aulas. Rose como sempre, foi junto com o primo Alvo para a primeira aula, que seria de Poções. Conversava divertida com o primo sobre as férias, contava sobre o passeio desastroso no shopping que tiveram com seu pai (que por sinal ainda estava traumatizado com escadas rolantes), enquanto Alvo contava sobre a paixão platônica que seu irmão teve pela vocalista do Evanescence, e o quanto ouviu sobre ela durante os últimos dias.
Scorpius já estava na porta da sala, esperando que o professor Slughorn a abrisse e convidasse os alunos a entrar, quando avistou a ruiva subindo os degraus da torre muito sorridente, comendo um sapo de chocolate. Pensou em provocar a ruiva, só pra não perder o costume, mas ela foi mais rápida.
- Ora, o Malfoy acordou cedo pra aula? Merlin está realmente distribuindo milagres! – disse a menina com um sorriso malicioso nos lábios.
- Pensa o que Weasley? Que é a única a se importar com as aulas? Eu posso não ser um fanático por leitura e compulsivo por bibliotecas, mas sou um bom aluno! – revidou o loiro.
Ao ouvir as palavras dele, Rose se aproximou lentamente do loiro, ficando cara a cara com o menino, encarando seus belos olhos azuis.
- Tem certeza que não é um compulsivo por bibliotecas, Malfoy? – ela sustentou o sorriso malicioso nos lábios enquanto o encarava.
“Merlin, assim fica difícil me segurar!” – pensava o garoto. Ele respirou fundo, e respondeu secamente, ou pelo menos achava que estava respondendo assim:
- Absoluta!
- Ah, que pena... Pois a biblioteca pode ser um lugar bem... Interessante! E não me refiro aos livros! – ela se aproximou do ouvido do menino e sussurrou – Me espere na sala precisa, às 4 h! – afastou-se dele novamente e o olhou com um sorriso maroto – Chocolate?! – dizendo isso ela mordeu um pedaço do sapo de chocolate que estava na mão, e entrou na sala, bem na hora que o Prof. Slughorn abriu a porta.
Scorpius ficou pra trás, apenas observando, como se tivesse levado um choque. Rose estava realmente mudada, e ele gostava disso! A única coisa que o deixava muito irritado, era o fato de não poder corresponder às provocações da ruiva a altura, pois sabia que se fizesse algo, a beijaria na frente de todo mundo e ele precisava se controlar, já que pelo visto, ela estava disposta a fazê-lo perder o controle.
Só porque a menina havia marcado um horário na sala precisa, parecia que as aulas decidiram passar mais devagar que o normal. Scorpius não parava de olhar o relógio, enquanto Rose parecia bastante tranqüila acompanhando a aula de História da Magia. Ele reparou também que ela era a única que prestava atenção e anotava tudo o que o professor Binns dizia.
- Toma Al! – disse Rose, saindo da sala e entregando o pergaminho com as anotações feitas durante a aula – Eu sei que você vai me pedir mesmo, estou antecipando seu trabalho!
- Nossa, obrigado priminha! – disse Alvo sorrindo.
- Priminha? Achei que era anãzinha! – disse Scorpius, atrás dos dois, acompanhado pelo seu fiel amigo Vincent, que riu da provocação do loiro.
Rose parou e se virou, ficando novamente cara a cara com o menino. Ao contrário do que ele pensava, ela respondeu de maneira calma:
- É... Talvez pro meu pai eu seja uma anãzinha fofa, inteligente, meiga que não saiba quase nada da vida e que só possa namorar com 30 anos... Ai ai, se ele soubesse como pode estar enganado.
- Enganado? Quer dizer que você não é a fofa, meiga e inteligente do papai? Até onde eu me lembre, você perguntou a ele o que era namorar! Não sabe o que é... Admita Weasley! – era a vez de Scorpius provocar a ruiva. Alvo que estava ao lado ria internamente da briga dos dois, e se segurava pra não rir da cara de besta que o Vincent fazia.
- Como pode ter tanta certeza que não sei Malfoy? Mas... Talvez tenha razão! Talvez eu precise arrumar alguém que me ensine o que é! – “Rose Weasley, você não disse isso!” – pensou a garota, enquanto encarava o menino.
- Você não faria isso Weasley! – ele segurou a menina pelo braço, puxando ela para perto de si, e a olhou tão profundamente, que por um minuto a garota pensou que ele estava lendo os pensamentos dela – Não teria coragem para pedir alguém uma coisa dessas! – agora ele estava muito perto do rosto dela, estava a poucos centímetros, tão poucos, que Alvo e Vincent encararam a cena, chocados, achando que eles iriam se beijar.
- Tem certeza?
- Tenho!
Ela riu, segurou o rosto de Scorpius com uma das mãos, e afastou dizendo:
- Você tem razão! Melhor eu não saber o que é...! – Rose se soltou das mãos de Scorpius, foi em direção ao primo e o puxou pela mão, se retirando do local bastante satisfeita.
- Rose o que foi aquilo? Você é louca! – disse Alvo rindo, e olhando pra prima.
- Talvez Alvo... Talvez! – ela riu, abraçou o primo e juntos eles foram para o salão principal almoçar.
*******
Quando faltavam 10 minutos para o encontro com seu adorado loiro, Rose inventou uma desculpa para os amigos, e seguida pelo primo Alvo foi em direção à sala precisa.
- Tem certeza que você não se incomoda em sumir também por algum tempo? Me sinto mal abusando de você assim Al! – disse Rose, olhando para o primo.
- Relaxa Ro! Vai lá encontrar com o Malfoy, que eu dou um jeito de enrolar um pessoal e fazer parecer que você esteve comigo o tempo todo ok?! – respondeu o primo.
- Ahh, já disse que você é meu anjo? – disse a ruiva, dando um beijo no rosto do primo – Bom, então até daqui a pouco!
- Daqui a pouco... Sei! Até daqui umas horas – ele riu ao ver a prima corar e em seguida sumiu pelo corredor.
Rose passou três vezes em frente à tapeçaria de Trasgos dançando balé, até que a porta apareceu, e ela entrou. A sala estava exatamente como da primeira vez que ela entrou. Uma bela biblioteca aconchegante, palco para a reconciliação dos dois.
- Scorpius? Você tá aí? – disse a menina andando pela sala. – Bom, acho que não! Que coisa mais feia esse Malfoy se atrasar... Ai ai, quando ele chegar vou querer explicações...
- Explicações sobre o que Weasley? – Scorpius sussurrou as palavras no ouvido de Rose, que sentiu um calafrio subir pelas costas.
- Ah, aí está você! Achei que não estava aqui! – ela se virou para encarar o menino “Merlin, ele é tão lindo”, pensava a menina, que estava perdida no sorriso que ele exibia.
- Acha mesmo que me atrasaria? – ele passou a mão pela cintura da menina e a puxou para perto de si.
- Não sei... Vai que você tinha algo mais importante para fazer... Nunca se sabe – a ruiva sorria marotamente.
- Nada é mais importante do que isso – no instante que terminou de dizer a frase, passou uma das mãos pelos cabelos da menina, a fazendo inclinar um pouco a cabeça, e a beijou. Não sabia se era o efeito das provocações que Rose havia feito durante o dia, ou a saudade, mas a única coisa que percebia era a intensidade do beijo que dava e o desejo que tinha de nunca mais se separar dela. Explorava cada centímetro dos lábios da menina num beijo profundo e sufocante. Sentia as mãos da menina puxarem seus cabelos de forma violenta, mas não ligava, pelo contrário, gostava da sensação de saber que fazia a sua ruiva perder o controle. Desceu suas mãos para a cintura de Rose, abraçando-a bem forte, e em seguida ergueu-a no ar, sem deixar de beijá-la um segundo. Quando a colocou novamente no chão, caminharam, ainda se beijando, em direção ao que eles pensavam ser a parede, mas com o baque que deram, perceberam que era uma das estantes que havia na sala, e logo ouviram o barulho dos livros se espatifando no chão. Se separaram e ao olhar a bagunça que fizeram começaram a rir gostosamente da situação.
- Precisamos aprender a nos controlar – disse Rose enquanto tentava parar de gargalhar.
- Precisamos? Você que precisa parar de me deixar sem controle! – respondeu Scorpius, que assim como ela, ainda ria.
- Eu não tenho culpa se sou irresistível ok?! – disse a ruiva num tom convencido.
- Quem é você e o que fez com a Rose? Até onde eu lembre, as frases convencidas eram minhas! – o loiro fingiu-se de ofendido.
- Ahhh, deve ser a convivência! Sabe como é passar tempo demais com um Malfoy dá nisso! A gente fica meio metida sabe? – a menina ria olhando para o namorado.
- Olha fui chamado de metido, e da maneira mais descarada possível! – ele riu do próprio comentário e acrescentou – Mas falando sério ruiva, você tá um pouco mudada mesmo, o que aconteceu hein?
- Ahhh, acho que foi a viagem! – disse a menina simplesmente.
- Huuum, a viagem é? Conheceu alguém interessante por lá foi? – o loiro tentou, mas não conseguiu esconder o ciúme.
- Ah sim, claro! – ela disse encarando o menino, que a olhou com uma expressão chocada – Foi no dia em que eu saí com a mamãe para uma exposição de livros! – ela ignorou a expressão enciumada de Scorpius e continuou falando como se nada estivesse acontecendo – No almoço fomos a um restaurante que a tia Fleur havia recomendado, então eu vi um senhor...
- Um senhor? – Scorpius estava mais sério, mas ao mesmo tempo confuso.
- Não, eu não me apaixonei pelo senhor! – disse Rose, tentando se manter firme diante a expressão do namorado. Estava lutando contra as próprias forças para não cair na risada.
- Eu sei que não! Anda logo, termina com a história! – ele se afastou um pouco, encostando-se na estante em frente a que eles haviam derrubado os livros, e continuou encarando a menina bem sério.
- Termino se você parar de me interromper! – disse a menina fingindo estar ofendida – Como eu ia dizendo, eu vi que o senhor segurava um jornal, pra ser mais exata, o profeta diário. De longe eu havia visto uma manchete, falando de um jogo na Irlanda, e como você sabe que amooo quadribol – ela riu da própria ironia e continuou – pedi emprestado, e quando abro o que vejo? Uma foto de um loiro muito sorridente por estar na companhia do time vencedor do campeonato Irlandês, e Scorpius, preciso admitir, fiquei encantada...
- Ahhhh... – Scorpius enfim sorriu bastante aliviado por sinal.
Ao ver a reação do menino, Rose não pôde evitar uma gargalhada. Aproximou-se do menino e praticamente se jogou em seus braços.
- Você acha mesmo que me interessaria por alguém, se a única pessoa que eu queria estava na Irlanda? Só se eu fosse louca! – ela deu um beijo na bochecha do menino e em seguida sussurrou em seu ouvido – Eu amo você entendeu? Só você e não há ninguém no mundo capaz de ocupar esse lugar que é sempre foi, e sempre será unicamente seu! – ela se afastou um pouco a fim de encará-lo – Eu sou sua ruiva e você é meu loiro lembra? Desde os 11 anos...
Emocionado com as palavras da menina, Scorpius a abraçou bem forte e disse:
- Sim, desde os 11 anos!
Depois dessa declaração, eles trocaram mais um beijo apaixonado, e foram conversar sobre as férias. Depois de boas risadas, Rose achou que já era hora de contar a ele a conversa que teve com sua mãe.
- Loiro você lembra de quando o tio Harry me aconselhou na festa de natal, a contar sobre nós dois para minha mãe? – ela viu o menino fazer um sinal afirmativo com a cabeça e prosseguiu – Então... Er... Eu contei! – ao ver a expressão assustada do namorado ela se apressou a completar – Mas calma, ela foi super compreensiva, e disse que dá todo apoio para nós!
- Ahhh que bom ruiva! – ele deu um selinho na menina – Bom, eu também contei a minha mãe sobre a gente, e ela simplesmente adorou! Prepare-se Rose, pois quando todos souberem do nosso namoro, minha mãe vai fazer uma festa com o título “Tenho uma nora”.
- Por Merlin, uma festa? – ela olhou pro menino assustada – Nossa não quero nem pensar.
- Minha mãe tem essas manias, qualquer coisa que eu faça quer comemorar... Mas dessa vez ela tem motivo, ou melhor, um belo e ruivo motivo! – ele sorriu maroto, olhando Rose dos pés a cabeça – Sim sim, belíssimo motivo!
Rose riu dos elogios do garoto e fez uma cara de quem dizia “eu sei tá?!”, logo depois puxou o loiro pela gravata do uniforme e tratou de lhe dar um beijo daqueles. Scorpius que obviamente adorava ser pego de surpresa, não pensou duas vezes em retribuir as carícias da amada. Como os dois sempre perdiam o controle quando se “empolgavam” um pouquinho com o beijo, ao andarem pela sala precisa se beijando, tropeçaram em uma das muitas almofadas que havia espalhadas pelo chão da biblioteca improvisada, e logo caíram deitados sobre elas (N/A: só pra quem não lembra, no capítulo que descrevemos como era essa tal biblioteca, tinha sim um canto com almofadas para que a pessoa que estivesse lá pudesse ler confortavelmente). Novamente eles se separaram rindo muito.
- Definitivamente, precisamos nos controlar! – dessa vez foi Scorpius que falou.
- Eu disse a você! – Rose ria. Demorou um pouco para ela se dar conta de que Scorpius caíra sobre ela, e quando se recuperou da crise, ficou um pouco sem jeito com a situação – Er... Loiro, se não se importa... – ela olhou para o menino, que assim como ela, graças à crise de risos, não tinha se dado conta de como tinha caído.
- Ah, claro! Desculpa! – ele se levantou e ajudou a menina a fazer o mesmo. – Acho que temos que voltar né?!
- Temos sim, Alvo já deve estar inventando mentiras a Merlin, a essa altura! – disse Rose, arrumando os cabelos, que com a queda ficaram totalmente desarrumados.
- Verdade! Seu primo tem sido um amigão viu! Agradeça a ele por mim!
- Pode deixar loiro! Agora vamos, tá tarde! – ela pegou Scorpius pela mão e foi arrastando pela sala.
- Ei! – ele parou em frente à porta e encarou Rose – Não está esquecendo nada?
- Ah sim! – ela entendeu o recado e depositou um selinho carinhoso nos lábios do loiro.
- Só isso? – Scorpius olhou para ruiva com a melhor cara de coitadinho que conseguia fazer.
- Temos que nos controlar lembra? – ela sorriu, e em seguida sussurrou bem próxima aos lábios dele – E assim eu deixo você com vontade até amanhã!
- Que menina má você se tornou hein!
- Não imagina o quanto, meu bem! – Rose sorriu e em seguida saiu pela porta da sala precisa. Do lado de fora, seu primo já a esperava, e quando o viu, ela foi a sua direção, e juntos seguiram para fora do castelo.
Scorpius assim que saiu da Sala precisa foi se juntar aos amigos sonserinos, inventando sempre uma desculpa para seu sumiço. Assim que avistou seu amigo Vincent, foi se juntar a ele para conversar.
- E então cara, eu esperei muito para perguntar isso, mas agora você vai ter que me dizer! – disse Scorpius, e ao ver a expressão confusa do amigo completou – Afinal, quem é a tal garota que você gosta? Aquela que você falou na festa de natal, durante o jogo da mentira?
Vincent engoliu seco, e arregalou os olhos diante a pergunta do amigo.
- Ah, não era ninguém! – ele tentou fugir do assunto, mas não obteve sucesso.
- Ah, qual é? Nunca tivemos segredos, por que isso agora?
- Tá certo, eu conto! – ele respirou fundo e disse – Cara, eu não sei se vocês já tiveram algo, ou você pretende ter, porque ela bom... Tá meio na cara que quer... Enfim, sem enrolar mais, eugostodaSophie! – Vincent disse a última frase tão rápido, que o loiro teve que parar um momento, para processar a informação.
- DA SOPHIE? – quando finalmente Scorpius entendeu, não conteve a surpresa – Foi mal cara, mas... Logo dela? Merecia coisa melhor, sinceramente!
- Diz isso porque ela corre atrás de você o tempo todo!
- Não, eu digo por que ela quase arruinou minha vida e a da garota que eu amo, por causa da mania idiota que tem de achar que consegue tudo! Eu nunca me interessei pela Sophie, só a via como amiga, mas infelizmente ela abusou da minha boa vontade, e agora só a vejo como mais uma dessas atiradas ridículas que não têm amor próprio! – disse Scorpius indignado.
- Espera! Eu entendi bem? Você não pretende dar uma chance a Sophie? E ainda por cima ama outra garota? Cara, agora é a sua vez de me contar!
- Bom... Certo! Mas você vai ter que me jurar segredo!
- Eu juro!
- Okay! Não é segredo pra você a implicância que tenho pela Weasley né?! – ele viu o amigo consentir com a cabeça e continuou – Agora o que vai ser surpresa pra você, é que a Weasley é a garota que eu amo, e faz mais de um mês que estamos namorando!
-NÃOOOOOOOO! Tá falando sério? Quando seu pai souber... – Vincent fez uma expressão preocupada.
- Quando ele souber terá que aceitar! Sei que não vai ser simples, mas pelo menos já temos muitas pessoas do nosso lado! Nossas mães, nosso professor Harry, a esposa dele e Alvo... Bom, e agora espero que você também! – Scorpius encarava o amigo sério.
- É claro cara! Pode contar comigo sempre! De mim é que seu pai não vai saber, e olha eu sempre desconfiei que vocês dois um dia fossem ter algo... Implicavam demais um com o outro, e como dizem por aí “Onde há fumaça, há fogo” – os dois riram. Vincent sem dúvida era o melhor amigo de Scorpius. Era um rapaz bem bonito, alto, com os cabelos e olhos castanhos, e que provou ter um grande coração ao guardar o segredo de Scorpius.
- Valeu cara! E quanto a seu segredo sobre a Sophie, pode deixar que também está seguro... Mas, eu continuo achando que você merece uma garota legal, e não uma cobra como ela... Mas como dizem por aí “O amor é cego” – eles novamente riram, e Scorpius aproveitou o tempo antes do jantar para contar sobre seu romance com Rose e sobre a armação de Sophie para separá-los.
E assim eles passaram o restante daquele dia, conversando e rindo de como às vezes o destino prega peças nas pessoas.
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Então neah, tá virando rotina eu vir aqui todo sábado hauahauahuahau
Já estou acostumando a vir postar sempre! Acho que quando a Gica voltar vou proibi-la de postar os capítulos =P kkkkkkk
Gostaram da mudança da Rose? Só pra esclarecer, a mudança dela foi só para mostrar que de anãzinha e protegida ela não tem nada! Não que ela seja uma pessoa livre, leve e solta (não me perguntem de onde arranquei essa definição), mas ela também não tem 5 anos de idade!
Aos que comentaram, muito obrigada! E Reji, pelamor de Merlin, não morra engasgada HAUAHUAHAUAHAUAHUA
Continuem comentando hein?!
Adoro vcs *-*’
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