Na Estação de King's Cross



Capítulo 04

Na Estação de King's Cross



Já passava das 10:30 quando os Potter e os Weasley atravessaram a barreira da estação de King's Cross. As duas famílias sempre iam juntas para estação, e os dois casais precisavam admitir que faziam isso para diminuir a tristeza de ver os filhos partirem para mais uma temporada longe de casa. Era uma forma de consolo para os quatro amigos que depois de tanto tempo, ainda não se acostumavam em ver seus pequenos anõezinhos (termo que Rony usava e deixava Hermione realmente irritada), partirem.

- Eu disse, eu disse! Olha só a hora Gi, 10:45, por pouco não nos atrasamos. Mas esses dois aí - ela apontou para Harry e Rony que andavam mais a frente - sempre dizem que não vai dar nada, que vamos chegar a tempo... Se fossemos deixar os meninos nas mãos deles, com certeza as crianças chegariam na escola em um aspirador de pó voador ou coisa pior!

- Que nada! Eles iriam no carro voador, é bem melhor, não acha Harry? – Disse Rony rindo, ouvira o comentário da mulher e lembrou-se do dia em que perdeu o trem com Harry, quando ainda estavam no 2° ano em Hogwarts.

- Ou então poderíamos enfeitiçar a cama deles, e trazê-los voando! Tiago com certeza adoraria vir esparramado - Harry ria ao ver a expressão incrédula no rosto da amiga - E se for ver pelo lado bom, a Gi não precisaria arrumar nada quando eles viessem!

- Ah, eu adoraria me levantar e não ter nenhum trabalho para acordar as crianças e arrumar as camas - Gina andava ao lado de Hermione e ria do comentário do marido - Mas tenho a leve impressão de que Minerva não gostaria nenhum um pouco de ver camas aterrissarem nos terrenos da escola, com alunos vestidos de pijamas.

Hermione fechou a cara, mas não conseguiu permanecer assim por muito tempo e acabou rindo junto com os demais, imaginando a expressão da Profª McGonagall ao ver a cena.

Enquanto ouvia seus pais e seus tios “discutirem” qual seria a melhor forma para mandá-los para a escola, se não o Expresso de Hogwarts, Rose seguiu em frente com seu irmão e seus primos. Enquanto os outros pareciam procurar seus amigos, a menina olhava em volta a procura de um certo menino loiro, alto e bastante bonito... Seus olhos passaram por toda plataforma, mais ela não o achava... “Será que o pai dele decidiu mudá-lo de escola? Ah Rose, por Merlin! Ele não significa nada para você, pra que tanta preocupação?”. A garota continuou andando, até avistar umas amigas de seu ano e se juntar a elas.

Quando faltava menos de dez minutos para partida do trem, Scorpius e seu pai surgiram na plataforma. O menino foi cumprimentado por seus amigos, que logo fizeram uma roda em seu redor para admirar sua bela vassoura. Enquanto isso, seu pai acenava para os outros pais na plataforma, e quando avistou Harry e Rony foi até eles. Apesar de agora eles não serem mais inimigos declarados, ainda existia aquela rivalidade de Casas, dos tempos de colégio, e agora que seus filhos estudavam lá, era natural que essa rivalidade permanecesse.

- Ora, ora, ora, Potter e Weasley! Como estão? Vejo que vieram acompanhar suas crianças para escola, é realmente uma cena comovente não é? Vê-los partir... Espero que os filhos de vocês se dêem bem nesse ano, e Weasley... Diga a seu caçula para ter cuidado, meu filho agora dispõe de uma vassoura muito veloz e vai saber usá-la muito bem nos jogos de Quadribol! – Draco exibia um de seus famosos sorrisos irônicos, e isso deixou Rony extremamente furioso, mas soube se controlar – Vou me despedir do meu filho agora, vejo vocês por aí. – Draco virou-se e foi em direção ao filho, deixando um Rony furioso para trás.

- Esse, esse... – Rony ia soltar um palavrão daqueles quando Hermione o repreendeu.

- Ronald, é exatamente isso que ele quer! Deixar você nervoso e que instigue nossos filhos a competirem com o dele... Se acalme e vamos nos despedir de nossos filhos descentemente, eles não tem nada a ver com as brigas que nós tivemos com Malfoy na época que ainda estudávamos em Hogwarts. Controle-se, por favor, e mude essa cara de quem chupou limão azedo! – ela lançou ao marido um daqueles olhares penetrantes, e ele sabia que se não a obedecesse iria se arrepender muito, pois quando a Hermione se descontrolava falava mais do que o normal.

- Certo...

- Maninho, a Mione tem razão! Não podemos deixar que nossas diferenças com o Draco atinjam nossos filhos também. – Gina falava com um tom de quem estava explicando isso a uma criança de cinco anos.

- É cara! Esquece isso e vamos nos despedir dos nossos “anõezinhos” – Harry segurou a mão de Gina e a puxou, indo em direção aos filhos, e ao passar pelo cunhado olhou com uma expressão de quem aconselhasse a fazer o mesmo.

Rony segurou a mão de Hermione como Harry fizera, e chamou os filhos para se despedir. Ao ouvir seus pais chamando seu nome, Rose saiu de perto de suas amigas e se dirigiu ao encontro deles. Foi quando ela avistou Scorpius, estava alguns metros afastado do seu primo Tiago, e ainda exibia a sua vassoura nova... Na realidade não fazia isso de propósito, os meninos que não paravam de rodeá-lo... Mas isso não importava muito para menina naquele momento. O olhar dela estava fixo no menino, que parecia entediado com a situação, e ela só percebeu que continuava andando quando deu um encontrão no irmão.

- Ai Rose, olha por onde anda! – Hugo se levantava do tombo que levou ao esbarrar com a irmã.

- Me desculpa Hugo, foi sem querer, sem querer mesmo!

- Filhos, me escutem – Hermione se aproximou dos filhos, os abraçou e começou a fazer seu famoso discurso, que os filhos já conheciam de cor já que todo ano era o mesmo – Não quero brigas na escola; Não quero saber que deixaram de fazer os deveres; Não quero que andem pelo castelo fora do horário; Quero que me escrevam uma carta semanalmente, para saber como estão as coisas; Quero que obedeçam aos professores. E o principal, não quero que vocês dois...

- Entrem na floresta proibida – os filhos disseram em uníssono.

- Já sabemos disso mamãe! – disse Hugo – e pode não parecer, mas Rose e eu não temos tanta atração por aventuras que nos leve ao encontro de cães com três cabeças, cavalos que só quem viu a morte consegue enxergar, dragões, ou coisas do tipo. Nós dois sabemos que para nos divertirmos sempre, precisamos estar vivos! – todos a volta riram do menino, e Hermione ficou levemente corada, mais entrou na brincadeira também.

- Certo, fico feliz que saibam! Agora entrem no trem, já vai partir!

- E se lembre rapaz – Disse Rony se abaixando para falar com Hugo – Não deixe nenhum espertinho dar em cima da sua irmã e da Lílian, você tem que proteger as inocentes da sua família!

Hugo riu do comentário do pai e deu um abraço bem forte nele.
- Pode deixar pai, essas duas não vão sofrer perigo nenhum quando eu estiver por perto!

No mesmo instante Harry e Gina se despediam dos filhos, enquanto Hermione e Rony colocavam Rose e Hugo no trem. Harry aproximou-se dos três filhos, os puxou para um abraço bem apertado e depois os soltou. Olhou para o rosto de cada um, como se estivesse decorando a face dos filhos. Ele fazia isso sempre antes de vê-los partir, sempre tinha a impressão que voltavam maiores e diferentes.

- Escutem meninos, quero que por favor, vocês se comportem! Eu sei que isso é pedir demais, mas tentem ok? - agora ele falou diretamente pro filho mais velho - Tiago, tente não dormir mais que a cama, não fique pendurando seus "desafetos" pelos pés, sei que seu avô fazia isso, mas tente se controlar e é claro, - agora sua expressão mudou para uma mais severa - controle seu gênio! Não fique explodindo por qualquer coisa, prove para as pessoas que você não foi trocado na maternidade e é meu filho, e não do Rony. - ele riu e abraçou novamente o filho.

- Certo pai! Juro para você que vou tentar... Eu disse tentar hein - rindo, Tiago entrou no trem e foi observar os pais pela janela.

- Lily, por mais que pareçam interessantes e fofos, os animais que Hagrid traz para as aulas de Trato das Criaturas Mágicas são perigosos, e muitas vezes até mortais. Procure sempre manter distância deles, principalmente dos que tiverem aparência de verme ou lagostas sem casca... Lembro até hoje dos explosivins, e isso não foi muito legal.

- Tá papai! - a garota abraçou o pai bem forte, e assim como o irmão Tiago, também entrou no trem.

- E Alvo... Bom, como você é o mais parecido comigo, creio que não precisa de muitos conselhos! E...

- Justamente por isso que ele precisa de conselhos, esqueceu que você é o herói que se metia nas maiores encrencas? – Rony chegou rindo e ficou ao lado de Harry, olhou para o sobrinho e disse: - Não seja como seu pai, por favor, seja como o tiozão aqui e em vez de procurar confusão, procure garotas!

- Isso é conselho que se dê pro meu filho Rony? - disse Gina se aproximando do garoto - Se ele seguir seu exemplo vai demorar séculos para descobrir que o frio no estômago que sente quando vê uma garota é amor, e não fome!

Ao ouvir as palavras da cunhada, Hermione não pôde conter o riso, e olhou para o marido como se quisesse dizer: "Engole essa garanhão". Rony permaneceu calado, mas para não passar vergonha na frente do sobrinho olhou para ele e apenas revirou os olhos.
As crianças entraram no trem e acenaram para os pais pela janela.

- Caracas! – Disse Rony ainda acenando para os filhos – Toda vez que eu vejo esse expresso lembro da gente, parece que foi ontem que eu fui pra Hogwarts pela primeira vez.

- Que exagero Ronald, você já tem 39 anos!


***************


O trem já havia feito a curva, e ao contrário de seu irmão e primos, que saíram para procurar uma cabine vaga, Rose continuou a observar pela janela, pensando que agora só veria seus pais nas férias de natal... Enquanto ela estava distraída, Scorpius e sua turma vinham em sua direção, procurando também uma cabine vaga, eles estavam rindo e brincando, quando de repente o garoto parou e percebeu que a ruiva estava no local.

Scorpius se aproximou de Rose, e ficou a observando até que ela notasse a sua presença. Olhava cada cacho ruivo dela, e o olhar que ela lançava ao horizonte. Pensava em tocar aqueles cabelos e chamar a atenção de Rose para si, mas não o fez. Ao perceber a presença de alguém ali, a ruiva virou-se, quando viu que quem estava parado a sua frente era o menino que ela tanto procurava na estação, ficou gelada, e não sabia como agir, ele estava lá parado, apenas olhando para ela, com aquele olhar que ela não sabia explicar.

- O-o que foi?

O menino não falou nada, apenas aproximou-se ainda mais, ficando ombro a ombro com Rose, ainda encarando-a. Eles nem imaginavam, mas naquele momento os dois estavam com o coração a mil.

- Cuide-se bem esse ano Srta. Weasley – Disse Scorpius olhando a ruiva com uma expressão desafiante – Vim preparado para competir.

- Pois desista Malfoy... – Rose disse com a mesma expressão desafiadora que o menino a olhava – Eu não sou do tipo que compete, não preciso disso, sou superior a coisas assim.

Eles ficaram se desafiando com o olhar por mais um tempo, até que Alvo chegou. Ela acompanhou o primo até a cabine em que estavam os outros, e Scorpius seguiu em frente com seus amigos para outra cabine... E assim, os dois seguiram viagem, a maior parte do tempo calados, lembrando do reencontro desafiador que tiveram, e pensando no que esse ano reservava para eles...








(Twins: Nossa, dois comentarios e a gente já está super feliz *-*' HUASHUASHUAS
Obrigada Teresa e Tah Potter pelos comentários, nós realmente adoramos saber que vocês estão gostando!
Quanto ao próximo capitulo, na escola, só ta faltando a finalização, logo, logo estamos postando! Beijos ;*)

Compartilhe!

anúncio

Comentários (1)

  • LelecrisMalfoy

    ♥♥Ai que emoção. Imaginei a cena todinha aqui na minha cabeça desse reencontro deles♥♥ Estou amando a fic. 

    2012-05-03
Você precisa estar logado para comentar. Faça Login.