Fim de Férias
Finalmente o último dia de férias... Se fosse em uma família trouxa, o último dia seria recebido com muita tristeza e decepção, afinal voltar para escola e estudar matérias chatas e sem nenhuma ação, como matemática e história, realmente é um tormento. Mas em uma casa na Inglaterra, onde duas famílias haviam se reunido para jantar, o clima parecia totalmente diferente. A mesa estava rodeada pelos membros das duas famílias, que se serviam de comidas apetitosas e os mais novos se divertiam ao ouvir as aventuras de seus pais nos tempos de colégio... Todas as vezes que a família Weasley e Potter se reunia era essa alegria.
- Papai, papai - Lilian se levantou de sua cadeira e foi correndo para o colo do pai - eu posso voar em um pássaro gigante como você fez? Enfrentar dementadores e também lutar para encontrar a pedra teloscofal?
- É pedra filosofal filha, e eu espero que a Srta. fique bem longe de aventuras perigosas! Recebi várias corujas de Minerva me informando seu comportamento travesso e desrespeito as leis do colégio! - Harry olhava para sua filha sorrindo - Você não pode desobedecer às ordens que lhe dão, e não deve sair por aí aprontando...
- Se não o conhecesse desde os 11 anos e não soubesse de tudo que você aprontou na escola, poderia até dizer que esse é um bom conselho a se dar para seus filhos - Rony se servia de torta, enquanto falava e ao mesmo tempo ria da situação - agora veja só, Harry Potter querendo aconselhar aos filhos a serem obedientes no colégio!... Tem mais é que chutar o balde e revolucionar - Rony espetara uma batata com o garfo e erguera a mão no alto em sinal de comemoração.
- Ronald Weasley! Assim Rose e Hugo vão achar que você é a favor da desordem! - disse Hermione lançando um olhar severo ao marido - e abaixe essa batata já, antes que ela caia em cima de nós!
- Certo, eu tava só brincando Mi... Filhos ouviram sua mãe, nada de aprontar na escola esse ano, vocês devem ser que nem ela, autoritária, estudiosa. - nessa hora ele falou bem baixinho de modo que só seus filhos o escutasse - e que no final das contas sempre acabava quebrando as regras com a gente.
Os três Weasley riram, mas Hermione continuava encarando o marido com uma expressão severa, e quando abriu a boca pra falar, foi interrompida por Gina que dissera: - Harry, eu ganhei a aposta!
- Oi?! O que?
- Ganhei a aposta Harry!
- Que aposta? - Hermione e Rony perguntaram juntos
- Harry e eu apostamos quanto tempo você ficaria sem repreender o Ron. Eu disse a ele que seria até o jantar, ele foi mais esperançoso... Disse que seria até amanhã na estação de King's Cross...
Todos na mesa deram gargalhadas, incluindo Hermione, e assim a noite da família foi passando, cheia de risos e brincadeiras.
****************
Bem distante dos Potter e dos Weasley, a família Malfoy também se reunia para jantar. Estavam sentados em sua sala de jantar que era bem espaçosa e muito bem decorada. Possuía uma bela mesa de madeira, que ia de um canto a outro da sala, e no meio havia o desenho de uma cobra em prata, provando que aquela família era inteiramente Sonserina. As cadeiras eram altas, com um assento confortável e de cor verde escuro. No centro da mesa havia um lustre, preso ao teto. Era feito inteiramente de ouro, e suas pedras de diamante brilhavam com a luz do fogo que vinha da lareira. Todos os talheres que estavam sobre a mesa eram de prata, as louças eram de cristal, e tinham a letra M envolvida em uma cobra, simbolizando o nome da família. Definitivamente os Malfoy eram pessoas que gostavam de luxo.
- Filho, amanhã é seu primeiro dia no 4º ano em Hogwarts, já escolheu o que vai querer de presente? - perguntou Draco enquanto servia a esposa com um de seus vinhos mais caros e saborosos. - Pensei em lhe dar um novo cavalo alado, mas o presente é seu, então prefiro que você mesmo escolha.
- Bom papai, acho que quero... Ah sei lá, uma vassoura nova, talvez... É, uma vassoura já estaria ótimo pra começar. Não quero mais cavalos, não dou conta nem dos que você colocou aqui. - respondeu Scorpius, enquanto olhava para a salada e brincava entediado.
- Uma vassoura? Francamente Scorpius, na sua idade eu pedia a meu pai o mundo se pudesse! Você precisa ter mais ambição filho, vassouras eu posso lhe dar a qualquer hora, é só estalar os dedos.
- Ah pai, então faz assim. Compre o que achar melhor, e me mande uma carta me informando, confio no seu gosto e sei que não me decepcionaria com um presente - o garoto sorriu para o pai e voltou a encarar o prato.
- Algum problema filho? - perguntou a mãe do garoto.
- Não, nenhum mamãe, acho que é só... tristeza pelo fim das férias é isso! - o garoto sorriu para mãe, mais sabia que estava mentindo. Ele não estava daquele jeito pelo final das férias, pelo contrário, estava bem feliz, ia rever Hogwarts, alguns amigos que tinha lá, e ia poder fazer o que mais gostava... Implicar com Rose... E era aí que se encontrava o problema! Scorpius passou o verão inteiro pensando nas brigas que tivera com a menina, e isso estava atormentando sua cabeça de tal forma, que já não sabia se o que sentia era ódio ou outra coisa que nem ele mesmo conseguia definir.
- Então está certo filho, comprarei seu presente e avisarei a você. Quanto a sua vassoura, mandarei um de nossos empregados amanhã bem cedo ao beco diagonal, e antes de embarcar no trem, estará segurando a vassoura mais veloz e moderna do ano - disse Draco exibindo um sorriso pra lá de orgulhoso - Gosto que as pessoas olhem e digam: "Lá vai Scorpius, o grande herdeiro da família Malfoy", dessa forma todos sabem que deve lhe respeitar, assim como me respeitam, e...
- Papai! Mamãe! Eu já acabei... Pra falar a verdade estou sem fome, acho que um pouco ansioso, vou para o meu quarto se não se importam... - disse o garoto olhando para os pais.
- Claro que não filho, vá se deitar. Precisa descansar, amanhã será um dia cheio! - falou sua mãe.
Então o menino se levantou, foi em direção a mãe e deu um beijo em sua bochecha, foi até o pai e deu um abraço, desejou aos dois boa noite, e rumou para seu quarto. Subiu as escadas enormes escadas que ficavam de frente para porta de entrada da casa. Seu corrimão era de um mogno bem brilhante, e no início de cada lado tinha uma cabeça de cobra. As escadas eram forradas por um tapete verde, com detalhes em prata, e quando chegava ao meio, se dividia em duas partes, e cada lado levada para cômodos diversos da casa. O lado direito levava o filho dos Malfoy até seu quarto, e ele seguiu seu caminho até lá. O quarto era bem espaçoso, tinha um closet que guardava suas roupas e vestes da escola. Uma escrivaninha espaçosa, localizada em frente a janela, e em cima dela haviam penas de todos os tipos e cores, vários tinteiros, pergaminhos e livros também. Do outro lado do quarto havia uma estante, com estátuas que ele havia comprado em suas viagens pelo mundo, e uma coleção com miniaturas de todas as vassouras que já foram fabricadas no mundo, que ganhou de seu pai ao completar 11 anos. Sua cama ficava bem no meio do quarto, era bem espaçosa, e possuía as iniciais "SM" gravadas em prata, e o S envolvia o M como se fosse uma cobra.
Ele entrou em seu quarto, se jogou em cima de sua cama e ficou observando o teto do seu quarto, que foi enfeitiçado para que ao anoitecer estrelas brilhassem o tempo inteiro, como se fosse o céu verdadeiro. Muitas vezes ele havia se pegado rindo do teto mágico, pois tinha dias que do lado de fora estava chovendo e o céu muito negro, mas no seu quarto o céu sempre era limpo e perfeito. Mas agora ele nem estava ligando para o céu, estava apenas pensando no que seu pai dissera: "Quero que todos olhem e digam: Lá vai Scorpius, o grande herdeiro da família Malfoy" - Eu não queria ser sempre visto dessa maneira - disse ele para si mesmo e novamente seus pensamentos voaram, e foram parar em Hogwarts, exatamente no salão principal, onde as quatro casas estavam sentadas para o jantar e ele passava por uma garota ruiva que estava sentada de costas conversando distraidamente com suas amigas... Então sem se conter, derrubou sua pena em cima do prato vazio da menina, fazendo parecer um "acidente", mais ele sabia que o único objetivo era deixá-la muito irritada.
- O que está acontecendo com você Scorpius Malfoy? Por que não consegue passar um segundo sem pensar nela e em como ela consegue ser chata e irritante? Por que o rosto dela não para de vir em sua mente? Ela é uma sabe-tudo idiota, e que você gosta de irritar, só isso e mais nada! - o garoto dizia pra si mesmo enquanto dava socos em seu travesseiro de tanta raiva. Depois desse acesso de fúria, ele deitou novamente e conseguiu adormecer, ainda pensando na ruiva que ele tanto detestava.
(Nota: nós, twins, estamos trabalhando para o terceiro capítulo. Se estiverem gostando, comentem que vamos adorar. bjos ;*)
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