Largada na rua (?)
Então Hermione via-se jogada no chão, com as roupas um tanto sujas e rasgadas, seria facilmente confundida com uma mendiga. Levantou-e como se nada houvesse acontecido, sua cabeça doía e se assustou com o grito de alguém que estava a sua frente. Limpou os olhos e forçou a vista.
– AHHHHHHHH! – gritou a mulher
Hermione a olhou um tanto assustada procurando entender o porquê de tanto espanto.
– O que foi? – perguntou Hemione
– Err... É que... Eu pensei que você tava morta e... Eu chamei a policia... E... De repente você levantou... – Disse a mulher procurando palavras.
Hermione a olhou interessada, afinal não se lembrava de nada que havia feito. O que tinha acontecido afinal? "Será que fui estuprada e me deram veneno, drogas ou apagaram a minha memória?" Afinal, até onde sabia, ela era uma bruxa, e era bem capaz que tivessem dado alguma droga ou poção pra ela, para extrair informações secretas. ela já era adulta e trabalhava pro governo Bruxo, tinha uma vida dupla, ora como espiã, ora como aurora e ainda encontrava tempo para ler seus preciosos livros.
– Hãã... Como eu vim parar aqui exatamente?
– Bom... Isso eu não sei, só sei que você tá ai desde as 6:00 AM pelo menos, que foi a hora que eu passei aqui;
– Ahh...
Hermione sentiu-se zonza e caiu sentada, encostada na porta de uma loja que ainda estava fechada. A mulher entrou em desespero, será que ela tinha perdido a memória e por isso fazia tantas perguntas...? Será que havia sido drogada e largada lá daquele jeito? Estava precupada, nem entendia porque, afinal não conhecia aquela mulher, mas de algum jeito, Hermione a havia cativado.
De alguma forma o brilho dos olhos de Hermione haviam impressionado a mulher o suficiente para ela saber que aquele não era o lugar de Hermione e que ela não tinha culpa nenhuma de tudo que estava acontecendo. Hermione se mexeu e isso chamou a atenção da mulher, Hermione apertou os olhos e os abriu com dificuldade, logo foi surpreendida por uma bateria de lembranças, ela viu toda sua vida passar diante de seus olhos, inclusive as ultimas 24 horas, então descobriu o que havia acontecido...
*Flashback*
Ela havia acabado de sair de um barzinho, tinha bebido café, apesar de ser um bar, então não podia ter desmaiado de tanto beber. Estava andando em direção a sua moto, que estava a algumas quadras de distância, afinal, tinha passado o dia inteiro fora de casa. A rua estava silenciosa, só se ouvia o barulho de seu coturno de salto alto.
Depois que saiu de Hogwarts, mudou completamente seu estilo, vestia roupas ousadas, pretas, vermelhas, rosa pink e roxas, todas sempre de couro e sempre acompanhadas de um sobretudo preto igualmente cromado (claro que ela tinha vários, e todos diferentes né pessoaas), seus cabelos continuavam os mesmos, ondulados, compridos, ela usava uma franjinha sobre a testa, e agora apresentava mechas em um tom mais claro, e usava lentes cor de mel, e juntamente com a cor de suas roupas, mudava a cor da moto, da luva e dos detalhes dos sapatos (não, ela não tinha poucas roupas mas tinha todas as cores de um mesmo modelo, e acreditem, eram MUITOS modelos e MUITOS tipos de coturno e sapatos de salto alto, e não leitoras e leitores, ela não dançava em boates, não era puta e nem roqueira, continuou a mesma de sempre, apenas com um visual diferente), passou por uma esquina e sentiu uma sensação diferente, um mal pressentimento, buscou alguém pela rua, mas não achou, então continuou andando, pensou ter visto a sombra se um homem, virou-se e viu o homem escondendo-se.
Apertou o passo e mentalmente tentou comunicar alguém da ordem, do lugar onde trabalhava ou do governo, mas todos pareciam estar com as mentes bloqueadas, ela havia brigado com o atual namorado trouxa, por isso foi ao bar e por ISSO não podia ligar pra ele, ela olhou pra trás rapidamente, procurando o sujeito, mas não o encontrou e quando tornou a olhar para frente, deu de cara com ELE, ela não conseguia ver seu rosto, estava coberto por um capuz preto, mas via sua fisionomia, caiu sobre os joelhos na frente dele, ELE a puxou pelo braço e saiu arrastando-a até seu carro, ela se debatia muito, então ele retirou um pano do bolso e apertou contra o rosto dela, ela desmaiou e acordou com uma forte luz invadindo seu olho, ela virou o rosto, estava presa em uma maca e aquilo parecia um laboratório, então ela tentou se soltar, mas não teve muito resultado, não conseguia falar, então desistiu, estava fraca e sem a varinha, não tinha a menor idéia do que estava fazendo ali e quem eram aquelas pessoas de máscaras que invadiram seu campo de visão que por sinal não era muito ampliado, não se via mais nada além de uma luz branca muito forte que fazia seus olhos lacrimejarem freqüentemente.
Estava atenta a tudo que via e ouvia, tentou trazer sua varinha para perto de si com a mente "accio varinha" pensou, só ouviu um baque vindo da janela, quando olhou, era sua varinha tentando entrar, "droga" pensou ela, então a varinha caiu e ela desistiu da tentativa.
– E você tem provas de que ela é uma bruxa? – um homem que parecia protegê-la gritava.
– Tenho! – gritou a mulher que parecia muito enciumada com a defesa do homem desconhecido mas que tinha o jeito de alguém muito familiar a Hermione.
– Quais? Me mostre! Já que você tem tanta certeza assim! – Berrou o homem para ficar no mesmo nível que ela.
Ela tirou um graveto detrás de si, e alguns livros que se Hermione não estivesse ficando louca, eram os que ela andava lendo na última semana, ela arregalou os olhos, mas como sabiam que ela era uma bruxa? Como conseguiram aqueles livros? E o que ela achava que era aquele graveto? Hermione tinha mil perguntas em mente, mas resposta para nenhuma.
– O que é isso? – perguntou o homem analisando o graveto.
– Uma varinha! – disse a mulher com simplicidade.
Hermione não agüentou e explodiu em risadas "De onde tiraram que esse GRAVETO é a minha varinha? Ela só pode tá louca..." O homem também não se contentou e riu também.
– Ahh! Claro, mas acho melhor você tomar cuidado, vai que ela dispara algum feitiço e você – disse o homem em tom sarcástico, sem que a outra que agora redobrara a atenção com a varinha, percebesse.
Hermione pensou "Nossa, num acredito que ela pensa mesmo que isso é uma varinha, ahahahaha!" Ela tinha mesmo razão, só podia ser loira, ela era alta, vestia um longo vestido preto, estava de luvas, tinha o cabelo curto, e muito loiro, quase branco, liso, com uma franja de lado, era magra e bem contornada, pena que fosse tão burra e o homem, ele era lindo, tinha os olhos azuis, cabelos castanhos escuros, usava uma blusa branca de botões e uma calça preta, com um sapato preto também, era forte a aparentava ter 23 anos, e tinha cara de ser muito inteligente e conquistador.
– Ahh! Você acha que eu sou idiota? – perguntou a mulher
– Bom, pra ser sincero, sim, mas o que são esses livros? – falou ele mudando de assunto.
– É, não pense que eu vou ignorar o seu comentário idiota, mas esses livros são de magia, são desconhecidos, as fotos se mexem e tem uma linguagem um pouco diferente, além de que, na última página de todos esses livros contém o nome "Hermione Jane Granger". Nesse momento Hermione sentiu seu coração parar e seus membros ficarem dormentes, ela ficou petrificada por alguns instantes, mas logo voltou ao normal, tomava todo o cuidado para não perceberem que ela estava os ouvindo e prestando atenção em cada movimento. Pelo menos depois que ela não conteve o riso e chamou a atenção da mulher que enfiara uma seringa em sua veia, aquilo deveria ser tranqüilizante, pois ela sentia-se cansada mas o tranquilizante ou seja lá o que fosse não fazia efeito em seu sangue bruxo. O homem abriu um dos livros e leu uma das frases em voz alta. Hermione sabia que ele não era bruxo e que não fariam efeito.
– Aleik Sabatz Xikatine Keane Shunko! (me desculpem por isso, mas eu num tenho imaginação pra criar frases loucas assim; HSAIUSAUHSA)
Ao dizer aquelas palavras um lampejo azul correu todo o ambiente e acertou a cabeça da mulher, que caiu inconsciente.
"O que foi aquilo? Ele é um bruxo? Hã?" Nem mesmo Hermione entendia tudo aquilo. Ficou mais surpresa quando ele caminhou em sua direção e falou
– Acalme-se, ela não morreu, apenas está inconsciente, ela não vai se lembrar de nada! Eu sou do bem e fui o único que recebi a sua mensagem de ajuda. Não, você não me conhece, eu estudei em uma escola de magia que fica no sul da França, nem me lembro mais o nome, e te conheço lá da Ordem, não sei se você lembra, mas você esteve lá no seu 5º ano. E estou fazendo isso porque desde aquele ano, em que te vi pela primeira vez, eu te amo! – Dizendo isso ele respondeu todas as perguntas de Hermione, então ele a soltou e desfez o feitiço que a impedia de falar.
– Tá, obrigada, mas...O que exatamente ela queria fazer comigo? – perguntou Hermione
– Bom, isso eu não sei, afinal... Eu sou apenas o Harry – disse ele se transformando
– O quee? – disse Hermione com os olhos arregalados e a boca aberta, não entendia mais nada – Como você passou pela segurança? E... Todas essas explicações de agora há pouco?
– Bom, eu usei poção polissuco né, foi fácil, só derrubar o cara lá que eu nem sei quem era, (mas só sei que ele ia te fazer mal) e pegar um fio de cabelo dele né... E quanto as explicações... era pra ser surpresa né! – disse Harry sorrindo
– Ahh! Sim, entendi, maaas... Era TUDO mentira? – perguntou Hermione se lembrando... "desde aquele ano, em que eu te vi pela primeira vez, eu te amo!"
– Bom, nem tudo, afinal, a mulher continua desacordada, ela não vai lembrar de nada, eu sou do bem, óbvio e como você e eu temos uma ligação muito forte, eu fui o único que recebeu a mensagem, eee... – disse Harry querendo falar alguma coisa mais
– E...? – perguntou Hermione como se esperasse alguma coisa mais
– Nada não, esquece – disse ele sem vontade de falar desses assuntos no momento.
Hermione ficou curiosa, mas não fez mais nenhuma pergunta, afinal, estava com muita saudade do amigo e queria abraçá-lo. Ela guardou as dúvidas pra depois e o abraçou, ele não teve reação, apenas as abraçou também.
Ela mantinha um sorriso enorme no rosto, ele também sorria, e estava quase chorando, ao contrário dela. Harry achou isso bem estranho, afinal, ela sempre foi frágil e sempre chorava em momentos como esse "Será que junto com as roupas dela mudou o temperamento?". Hermione segurou a cabeça de Harry entre as mãos e o olhou bem nos olhos, lhe deu um selinho e saiu andando.
– Vamos Harry, minha moto tá lá fora, não sei onde, mas tá e minha varinha também. E nós precisamos sair daqui antes que o efeito passe... – disse Hermione escondendo a vergonha do ato que ela mesma havia cometido.
Harry ainda estava parado, com cara de assustado e ele mantinha a mão sobre a boca, como se quisesse guardar aquilo pra sempre.
– HARRY! Você não vem? – gritou Hermione
– Hã? – Murmurou Harry acordando do transe
– Vamos logo!
– Ok! – respondeu Harry com um aceno de cabeça
E os dois desceram as escadas correndo, mas Hermione acabou voltando para pegar seus pertences. Quando estavam chegando lá fora, Harry parou e perguntou
– Hermione, porque você me beijou?
Hermione deu uma parada brusca e olhou para trás. O olhou nos olhos e apenas sorriu, continuou correndo em busca de sua varinha. Quando a achou, conjurou a moto que dessa vez era roxa, montou na moto e pôs o capacete.
– Vem Harry, senta ai atrás, precisamos sair daqui! – dizendo isso ela tirou um capacete não se sabe da onde e ofereceu a Harry, ele ficou em dúvida, mas pos o capacete e segurou na cintura de Hermione.
Ele tinha que tomar cuidado, afinal, Hermione cresceu e se tornou uma mulher muito atraente, atraente demais até "Hermione mudou muito, de uma menina certinha para uma mulher ousada! E que mudança!" pensava Harry.
– Para onde estamos indo? – perguntou Harry curioso
– Vamos dar uma volta para despistar qualquer espião e depois vamos para o meu apartamento. Se você quiser, pode passar a noite lá. Opa! Se você quiser não, você VAI passar a noite lá.
– Hermione, você está realmente bem? Você mudou muito – disse ele sorrindo, apesar de estar envergonhado e não concordar com o ato de Hermione.
– Melhor impossível, agora que achei você então...! – disse ela
Harry estava achando tudo aquilo muito estranho, mas estava gostando. Eles deram algumas voltas pela cidade e finalmente entraram em uma garagem subterrânea. Aquele prédio era realmente luxuoso, Hermione havia subido muito na vida!
– Nossa, parece que você tá bem mesmo de vida! – disse Harry observando o prédio.
– Ah, acredite, não é tão bom quanto parece, e nem é meu mesmo, só moro ai porque sou espiã do governo e aurora, essa casa foi o governo que me deu, nem sei porque escolheram a melhor pra mim, mas já que insistem... – disse ela com simplicidade, não querendo parecer metida.
– Desce você primeiro Harry
– Eu sei né, ou você acha que eu nunca andei de moto?
Ele desceu, tirou o capacete e passou a mão nos olhos. Logo foi seguido por ela, que também desceu, tirou o capacete, colocou em cima da moto e arrumou os cabelos que estavam um tanto... armados.. Foram até o elevador, subiram, ela morava no último andar, na cobertura.
O apartamento era lindo, grande e aconchegante. Tinha uma sala ampla, com vários sofás brancos, muito confortáveis. Uma TV de plasma embutida na parede, luminárias brancas muito bonitas, um tapete em forma de urso que contrastava com o piso que era preto e uma porta gigante de vidro. Hermione largou as chaves em um lugar qualquer e saiu puxando Harry, iria mostrar o apartamento para ele, a sala de jantar era linda, tinha uma mesa toda de vidro, as cadeiras também eram de vidro, e tinham o almofadado branco, na sala de estar a porta de vidro dava para a sacada, que era muito grande. Ela abriu a porta da sacada e logo uma brisa geladinha bateu em seu rosto. Foram em direção a cozinha, esta, era uma cozinha normal, exceto pelo fato de que os armários eram de vidro fumê. "Caramba, ela gosta de vidro né" pensou Harry.
O banheiro era lindo como o resto da casa, era todo branco, os armários eram pretos com detalhes brancos, tinha um espelho que ocupava metade de uma das paredes do banheiro. Depois de Hermione apresentar o escritório, a sala de TV, a biblioteca, a lavanderia e até o quarto da empregada, subiu correndo as escadas. Harry tentava acompanhá-la, chegaram lá arfando que nem cachorros, lá em cima, tinha mais uma sala, simples, e um corredor com 5 portas, uma era o SPA, outra, uma sala de TV, a outra era um cinema, a outra porta dava para o lado de fora da casa, e a última, que ficava no fim do corredor, era o quarto de Hermione, ela abriu essa porta, quando Harry entrou, sentiu algo estranho, o quarto era absurdamente perfumado e lindo.
Tinha espelhos no teto, as paredes eram roxas, pois também acompanhavam a cor de suas roupas, a cama era redonda e muito grande, estava coberta por um ededrom lilás, tinha um tapete branco que parecia ser de pelo de animais. Os guarda-roupas não existiam naquele ambiente, ela tinha um closet, o quarto era todo esquematizado, ela pegou um controle remoto e apertou um dos 30 botões, Harry viu a cama girar que nem um parafuso e no lugar aparecer um balcão, cheio de equipamentos mágicos, afinal ela era uma espiã
– Uaau... – disse Harry observando o movimento da cama
Hermione o empurrou para dentro do closet e por um segundo Harry pensou que ela fosse o beijar de novo, mas não. Ele ficou maravilhado com as milhares de roupas, sapatos e acessórios, apesar de serem femininos, eram MUITOS. Ela o mostrou o banheiro que ficava dentro do closet. Depois disso, eles sairam do quarto, e foram em direção a porta que dava para fora de casa, quando ela abriu, ele viu que ela tinha uma piscina no apartamento... Depois de apresentar a casa a ele, resolveram comer alguma coisa rápida e ir dormir.
– Ahhnn... Harry... Como você viu... Aqui é grande pra caramba, mas só tem um quarto, então, você vai ter que dormir lá comigo... A não ser que você queira dormir no quarto da empregada, que não é limpo há aanos... Virou um quartinho da bagunça – disse ela rindo e pensando "Ahh, é hoje que eu pego você, Harry Potter"
– Ah, tudo bem né... – disse ele retribuindo o sorriso.
Terminaram de comer, tomaram banho, e dormiram...
*Fim do flashback*
(de volta a rua)
– Meu Merlin, eu dormi com o Harry? – gritou Hermione espantada
– Mas... Quem é Harry garota? – perguntou a mulher
– Outro dia te conto! – falou Hermione apressada, pegou um papel, pediu uma caneta para a mulher, escreveu o número de casa, e seu nome, não escreveu o do celular porque nem sabia se ainda tinha um...
E saiu correndo, com a dúvida de como havia acordado na rua se dormiu em casa, com o Harry e se sua casa é protegida com magia. Ela entrou em um beco escuro onde nenhum trouxa pudesse vê-la
– Accio Varinha!
E sua varinha que estava enfiada no lixo veio a sua mão, ela conjurou uma roupa, limpou o rosto e saiu em direção ao seu apartamento, chegou na porta e não conseguiu abrir
– Alohomora!
A fechadura fez um barulho estranho, e destrancou, ela entrou devagar, sem fazer barulho, e rumou até seu quarto. Abriu a porta com cuidado e olhou direto pra cama. Harry ainda estava lá! E deitado com outra mulher! Ela foi devagar até a cama e olhou bem o rosto da individua.
Bom, primeiro capítulo, espero que gostem
Beijinhos
:*
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